15.04.2013 Views

J.R. Ward Covet - CloudMe

J.R. Ward Covet - CloudMe

J.R. Ward Covet - CloudMe

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Tiamat World<br />

The Fallen Angels 01<br />

<strong>Covet</strong><br />

J. R. <strong>Ward</strong><br />

comprimento, com um balcão que estava cheio de maquiagem, e havia peças muito pequenas de<br />

roupa e saltos de agulha em todas as partes. O ar cheirava a suor de mulher e xampu.<br />

Como de costume, tinha o um lugar para ela vazio. Ela sempre era a primeira a chegar e a<br />

primeira em sair, e agora que estava no modo de trabalho, não havia dúvidas, não havia vacilações<br />

em sua rotina.<br />

Seu casaco entrou em seu armário. Tirou de um chute os sapatos de rua. Sua cinta do cabelo<br />

foi retirada livre de seu rabo-de-cavalo. A bolsa de lona se abriu bruscamente.<br />

Suas calças jeans azuis e sua blusa branca e azul foram trocadas por um conjunto de roupa<br />

que nem morta levaria no Halloween: saia de lycra microscópica, camiseta sem mangas que lhe<br />

chegava até a parte inferior das costelas, meias altas com os topos de renda, e esmalte vermelho<br />

que decorava as unhas de seus pés.<br />

Tudo era preto. O negro era a cor de assinatura do Iron Mask, e tinha sido também no outro<br />

clube. Ela nunca se vestia de preto quando estava fora do trabalho. Um mês logo depois de entrar<br />

neste pesadelo, ela tinha jogado no lixo cada peça de roupa que teve com qualquer preto nela, até<br />

o ponto em que teve que sair e comprar algo para usar no último funeral ao que foi.<br />

Diante do espelho iluminado, bateu as cinco toneladas de cabelo moreno com um pouco de<br />

spray e logo foi para as palhetas de sombras de olhos e blush, escolhendo os escuros, as cores<br />

brilhantes que eram quase tão “garota do lado” como era a mulher nua da página central de<br />

Penthouse. Movendo-se rapidamente, foi ao estilo Ozzy Osbourne com o delineador de olhos e<br />

colando alguns cílios postiços.<br />

A última coisa que fez foi ir à bolsa e pegar um batom. Ela nunca compartilhava o batom das<br />

outras garotas. Todo mundo era devidamente examinado cada mês, mas não queria correr riscos:<br />

ela podia controlar tudo que fazia e quão escrupulosa era quando se tratava da segurança. As<br />

outras garotas poderiam ter padrões diferentes.<br />

O brilho vermelho tinha sabor de morango de plástico, mas o batom era crítico. Não beijar.<br />

Jamais. E a maioria dos homens sabia, mas com uma grossa capa de brilho, cortava qualquer<br />

debate: Nenhum deles queria que suas esposas ou namoradas soubessem o que estavam fazendo<br />

em sua “noite de saída com os moços”.<br />

Negando-se a olhar seu reflexo, Marie-Terese se afastou do espelho e se dirigiu para o<br />

centro do clube, para enfrentar o barulho, as pessoas e os negócios. Ao entrar pelo longo corredor<br />

escuro do clube, o grave da música cresceu mais forte e o mesmo ocorreu com o som de seu<br />

coração pulsando nos ouvidos.<br />

Talvez fossem um só.<br />

No final do corredor, o clube se estendia ante seus olhos, suas paredes púrpuras e chão<br />

preto e teto de cor vermelho sangue iluminado tão escassamente que era como entrar em uma<br />

caverna. O ambiente era tudo sobre sexo retorcido, com mulheres que dançam em gaiolas de<br />

ferro forjado e de corpos que se movem em casais ou em trios, e música erótica enchendo o ar.<br />

Depois que seus olhos se acostumaram à escuridão, procurava entre os homens, aplicando<br />

uma tela de dados que desejava nunca tivesse adquirido. Não se tratava de se eram aceitáveis<br />

pela roupa que levavam ou com quem estavam ou se tinham um anel de casamento ou não. Nem<br />

10

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!