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J.R. Ward Covet - CloudMe

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Tiamat World<br />

The Fallen Angels 01<br />

<strong>Covet</strong><br />

J. R. <strong>Ward</strong><br />

Manhattan ou Montreal, do norte ao sul, não importava: a viagem merecia a pena. Em toda a sala<br />

de exposição uma sucessão de luzes brilhantes cegavam os olhos: uma galáxia inteira se posou ali<br />

mesmo, e os ângulos da luz direta e a disposição das vitrines de cristal conseguiam atenuar a<br />

diferença entre o que se quer e o que se necessita.<br />

Logo antes que o relógio do avô próximo à porta marcasse dez horas, James abriu<br />

rapidamente um armário oculto, tirou uma Oreck, e deslizou o aspirador sobre as pegadas<br />

marcadas no tapete oriental. No retorno do armário, voltou seus passos sobre o mesmo caminho<br />

para comprovar que tudo estava em perfeitas condições.<br />

—Acredito que ele já está aqui —disse William de uma das janelas com grades.<br />

—OH.. meu deus —murmurou Janice enquanto se inclinava ao lado de seu companheiro—.<br />

Certamente que é ele.<br />

James deslizou o aspirador fora de vista e voltou a colocar o paletó do terno no lugar. Seu<br />

coração palpitava vivamente em seu peito, mas mantinha uma aparência sossegada enquanto se<br />

aproximava nas pontas dos pés para olhar para a rua.<br />

Recebia os clientes no estabelecimento das dez da manhã até as seis da tarde de segundafeira<br />

a sábado. Os clientes que desejavam sessões privadas tinham que vir depois desse horário.<br />

Qualquer dia e a qualquer hora que lhes conviesse.<br />

O cavalheiro que desceu do BMW M6 tinha todo o aspecto de cliente próprio da joalheria:<br />

traje de corte europeu, nenhum sobretudo apesar do frio, com andar de atleta e cara de<br />

assassino. Era um homem muito elegante, e muito poderoso, que provavelmente teria um lado<br />

sombrio, mas nem a máfia nem o dinheiro procedente do tráfico de entorpecentes eram<br />

discriminados na joalheria Marcus Reinhardt. James se dedicava a vender, não a julgar, assim no<br />

que a concernia, esse homem era um modelo de virtude, íntegro com seus sapatos Bally.<br />

James desconectou o alarme e abriu antes que soasse o timbre.<br />

—Boa noite, senhor diPietro.<br />

O aperto de mãos foi firme e breve, sua voz profunda e aguda, seus olhos frios e cinzas.<br />

—Estamos prontos?<br />

—Sim.<br />

James vacilou.<br />

—Quer juntar-se a nós?<br />

—Não.<br />

James fechou a porta e indicou o caminho à parte de trás, ignorando com intenção a<br />

fascinação que Janice sentia pelo recém-chegado.<br />

—Podemos lhe oferecer algo de beber?<br />

—Poderiam começar me mostrando os diamantes, o que lhe parece?<br />

—Como deseja.<br />

A sala para a exibição privada continha óleos sobre as paredes, um balcão antigo de grandes<br />

dimensões e quatro cadeiras de ouro. Havia também um microscópio, uma toalha de mesa de<br />

veludo negro, o vinho gelado, e dois copos de cristal. James fez um sinal com a cabeça a seus<br />

empregados e Terrence chegou para retirar o recipiente de prata enquanto Janice levou as taças<br />

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