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Politecnia n.º 25 Fevereiro / 2011<br />

Or<strong>de</strong>ns Parar para Profissionais Pensar<br />

Domingos <strong>de</strong> Azevedo: "Os candidatos ao ensino superior, as famílias e os empregadores, (…) começaram a sentir necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

uma melhor informação sobre a qualida<strong>de</strong> das formações oferecidas(…)"<br />

lização que se pe<strong>de</strong> ao TOC é o <strong>de</strong>ver<br />

<strong>de</strong> diligência nas funções que a lei lhe<br />

atribui e se ele não o fizer <strong>de</strong>ve ser penalizado.<br />

Este <strong>de</strong>ver não <strong>de</strong>ve abranger,<br />

como tem acontecido com alguns<br />

serviços <strong>de</strong> finanças, pela responsabilização<br />

dos técnicos oficiais <strong>de</strong> contas<br />

pelo incumprimento dos sujeitos passivos.<br />

Neste caso a Or<strong>de</strong>m tomou uma<br />

posição firme, porque essa situação é<br />

ilegal ameaçando colocar esses serviços<br />

em tribunal. Quando confrontados<br />

com a nossa posição, esses serviços<br />

respon<strong>de</strong>ram que apenas queriam<br />

sensibilizar os profissionais.<br />

POL. – Foi uma vitória da Or<strong>de</strong>m?<br />

D.A. – A Or<strong>de</strong>m dos Revisores Oficiais<br />

<strong>de</strong> Contas existe para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r<br />

os seus membros, seguindo um rumo<br />

<strong>de</strong>finido por lei, sendo uma guardiã<br />

dos valores éticos e <strong>de</strong>ontológicos<br />

da profissão. O técnico oficial <strong>de</strong><br />

contas, para ser um bom profissional<br />

tem <strong>de</strong> estudar duas a três horas por<br />

dia, e só consegue isso se possuir<br />

avenças <strong>de</strong>vidamente remuneradas.<br />

O salário é equivalente à qualida<strong>de</strong><br />

do trabalho executado e a Or<strong>de</strong>m<br />

tenta evitar que situações <strong>de</strong> avenças<br />

subvalorizadas não aconteçam,<br />

mas temos a consciência que o mercado<br />

<strong>de</strong> trabalho está difícil.<br />

POL. – Com o alargamento das suas<br />

funções os TOC não correm o<br />

risco <strong>de</strong> chocarem com profissionais<br />

<strong>de</strong> outra área?<br />

D.A. – Uma das gran<strong>de</strong>s conquistas<br />

que o estatuto da Or<strong>de</strong>m dos Revisores<br />

Oficiais <strong>de</strong> Contas veio trazer foi o<br />

<strong>de</strong> permitir que os TOC tenham capacida<strong>de</strong><br />

representativa dos seus clientes,<br />

juntos dos serviços da administração<br />

local. Isto é: os profissionais têm possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>rem a interpretação<br />

que fazem das leis, que aplicam<br />

na sua activida<strong>de</strong>, sem recorrerem a<br />

um advogado.<br />

POL. – Foi difícil conseguir isso?<br />

D.A. – Essa foi uma guerra que tive<br />

com o José Miguel Júdice, o ex-Bastonário<br />

da Or<strong>de</strong>m dos Advogados, on<strong>de</strong><br />

lhe dizia que nós aceitamos que,<br />

sempre que estejam em discussão<br />

conceitos <strong>de</strong> natureza jurídica, ou interpretação<br />

conflituosa da lei, como<br />

nos casos em que haja um tribunal a<br />

<strong>de</strong>cidir sobre duas interpretações distintas,<br />

haja a intervenção <strong>de</strong> um advogado.<br />

Mas, nas outras situações o<br />

TOC tem a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interpretar<br />

e aplicar o que vem <strong>de</strong>finido no código<br />

do IVA, e na restante legislação, sem<br />

que tenha <strong>de</strong> entrevir um advogado<br />

como porta-voz das acções do pro-<br />

fissional <strong>de</strong> contabilida<strong>de</strong>. O estatuto<br />

veio clarificar estas situações e separar<br />

as águas, e o papel da or<strong>de</strong>m é este,<br />

o <strong>de</strong> criar mais meios e situações<br />

em que os TOC exerçam <strong>de</strong> uma forma<br />

mais digna a sua profissão.<br />

POL. – Foi positiva a implementação<br />

do novo Sistema <strong>de</strong> Normalização<br />

Contabilística?<br />

D.A. – Totalmente, porque veio entregar<br />

a contabilida<strong>de</strong> aos contabilistas.<br />

O contabilista até agora era obrigado<br />

a seguir o caminho indicado pelo sistema<br />

<strong>de</strong> regulamentação. Hoje pelo<br />

sistema das normas internacionais<br />

<strong>de</strong> contabilida<strong>de</strong>, o profissional tem<br />

vários caminhos disponíveis e ele tem<br />

<strong>de</strong> saber qual é o mais indicado para a<br />

sua situação. Passou a ter que tomar<br />

opções e isso responsabiliza-o mais,<br />

mas como já referi sem responsabilização<br />

não há credibilização.<br />

POL. – Foi <strong>de</strong>putado à Assembleia<br />

da República <strong>de</strong> 1983 a 1995 e<br />

membro da Comissão <strong>de</strong> Economia<br />

e Finanças. Continua com aspirações<br />

políticas?<br />

D.A. – Não pretendo voltar à política,<br />

apesar dos convites para me candidatar<br />

a câmaras municipais. Já <strong>de</strong>i o meu<br />

contributo para <strong>de</strong>senvolver e consolidar<br />

a profissão <strong>de</strong> contabilista.<br />

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