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62<br />
Estante<br />
SE o jazz apren<strong>de</strong>u com Bach e com<br />
Ravel, mesmo com Schöenberg, harmonias<br />
mais complexas e estruturas<br />
mais <strong>de</strong>senvolvidas, também Stravinsky<br />
e Ravel foram buscar inspiração<br />
ao jazz, John Adams ao rock,<br />
e Thomas Adès à pop, para só citar<br />
alguns casos. Talvez este ecumenismo<br />
na abordagem sem preconceitos<br />
à música mo<strong>de</strong>rna esteja na base do<br />
imenso sucesso <strong>de</strong>ste livro, que não<br />
hesita em colocar lado a lado Stravinsky<br />
e Gershwin, Sibelius e os Velvet<br />
Un<strong>de</strong>rground.<br />
Sem apriorismos estéticos, nem<br />
ditames seriais, tonais ou atonais,<br />
Ross reconhece aquilo que muitas<br />
vezes não foi reconhecido pelos fanáticos<br />
<strong>de</strong> ambos os lados: que a<br />
música tem vários caminhos, vários<br />
tempos, várias possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> re-<br />
Revisores<br />
e Auditores<br />
A ORDEM dos Revisores<br />
Oficiais <strong>de</strong> Contas continua<br />
a publicação da sua<br />
Alex Ross escreve “O Resto é Ruído”<br />
O PRIMEIRO livro <strong>de</strong> Alex Ross, o célebre crítico musical do The<br />
New Yorker, vencedor do National Book Critics Award, acaba<br />
<strong>de</strong> ser lançado pela Casa das Letras. Best-seller nos EUA, o<br />
que é raro num livro sobre música erudita, é uma que faz a<br />
diferença, ao mostrar que músicas eruditas e não eruditas se<br />
cruzam. E aqui se prova que, pelo menos no século XX, esse<br />
cruzamento foi profícuo para ambos os lados.<br />
novação, e que compositores tão<br />
diferentes como Varèse, Sibelius,<br />
Webern ou Ives po<strong>de</strong>m coexistir e,<br />
efectivamente, coexistiram, sem que<br />
algum <strong>de</strong>les possa reclamar como<br />
unicamente seu um conceito absoluto<br />
e utópico <strong>de</strong> “mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>”.<br />
Apenas uma nota negativa, neste<br />
volume <strong>de</strong> 575 páginas entre letra<br />
miudinha, que se lê como um romance,<br />
sem didactismos inúteis nem pedantismos<br />
escolásticos (igualmente<br />
inúteis): a tradução. Parece efectivamente<br />
que, em Portugal, as editoras<br />
ainda não compreen<strong>de</strong>ram que qualquer<br />
tradutor <strong>de</strong> matéria especializada<br />
(ciência, artes, etc.), que utiliza necessariamente<br />
– mesmo em livros <strong>de</strong><br />
divulgação como este – um vocabulário<br />
próprio que facilmente é mal interpretado<br />
por leigos, ou é duplamente<br />
Revista, dando espaço<br />
à análise e investigação<br />
na área da contabilida<strong>de</strong>,<br />
auditoria e fiscalida<strong>de</strong>. A<br />
publicação <strong>de</strong> periodicida<strong>de</strong><br />
trimestral e distribuição<br />
gratuita, Revisores<br />
e Auditores, tem como<br />
director o Bastonário da<br />
Or<strong>de</strong>m dos revisores oficiais<br />
<strong>de</strong> contas António<br />
Gonçalves Monteiro, que<br />
<strong>de</strong>staca no seu editorial a<br />
importância da integrida<strong>de</strong><br />
na profissão que impõe a<br />
obrigação sobre todos os<br />
revisores e auditores <strong>de</strong><br />
serem rectos, honestos e<br />
imparciais no seu relacionamento<br />
profissional.<br />
A Revista conta com a<br />
participação <strong>de</strong> inúmeros<br />
especialistas da área profissional<br />
que contribuem<br />
com todo o seu conhecimento<br />
para a elaboração<br />
<strong>de</strong> artigos pertinentes e <strong>de</strong><br />
qualida<strong>de</strong>.<br />
Nesta edição po<strong>de</strong>mos<br />
ler artigos como “ A aplicação<br />
das ISA numa auditoria<br />
a uma PME” <strong>de</strong> Óscar<br />
Figueiredo e “Documentação<br />
<strong>de</strong> auditoria” <strong>de</strong> Cristina<br />
Figueiredo Rodrigues,<br />
entre outros.<br />
Texto <strong>de</strong> Sofia Roque<br />
proficiente na língua que verte para<br />
português e na matéria que traduz, ou<br />
então necessita <strong>de</strong> um revisor técnico<br />
que o aconselhe ou percorra o texto<br />
<strong>de</strong> fio a pavio em busca <strong>de</strong> asneiras.<br />
O resultado <strong>de</strong>sta negligência, quer<br />
das editoras quer dos próprios tradutores,<br />
salta à vista para quem perceba<br />
um pouco, neste caso, <strong>de</strong> música:<br />
expressões mal traduzidas <strong>de</strong>ixam<br />
<strong>de</strong> ter ligação com o contexto, termos<br />
técnicos que pura e simplesmente<br />
<strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> fazer sentido algum, etc.<br />
Alex Ross merecia melhor do que<br />
esta tradução que, ainda assim, não é<br />
das piores. Tenho porém o prazer <strong>de</strong><br />
informar que o original em inglês também<br />
se encontra à venda em Portugal,<br />
pelo que o leitor mais avisado po<strong>de</strong>rá<br />
saltar por cima da <strong>versão</strong> portuguesa<br />
e beber directamente da fonte.<br />
Os valores<br />
do Liberalismo<br />
A PUBLICAÇãO “ O Liberalismo<br />
em Questão” da<br />
autoria <strong>de</strong> João Ricardo<br />
Politecnia n.º 25 Fevereiro / 2011