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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ - Pfi.uem.br

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mesma fase ordenamento elétrico e magnético [5]. Além disso, esses materiais<<strong>br</strong> />

podem apresentar um acoplamento entre essas duas propriedades, a indução<<strong>br</strong> />

de uma polarização devido a um campo magnético externo e de uma<<strong>br</strong> />

magnetização na presença de um campo elétrico externo [6]. Esse<<strong>br</strong> />

acoplamento entre as fases elétrica e magnética é chamado de efeito<<strong>br</strong> />

magnetoelétrico. Isso faz com que os materiais magnetoelétricos sejam o foco<<strong>br</strong> />

de grande interesse pelas diversas aplicações que serão possíveis e para o<<strong>br</strong> />

entendimento de suas propriedades. Poucos desses materiais existem ou<<strong>br</strong> />

foram sintetizados em laboratório, uma vez que a camada d dos metais de<<strong>br</strong> />

transição semi preenchida, condição fundamental para o magnetismo, reduz a<<strong>br</strong> />

tendência de ocorrer a distorção ferroelétrica [7].<<strong>br</strong> />

Um dos poucos e mais promissores materiais multiferróicos<<strong>br</strong> />

magnetoelétricos é a cerâmica BiFeO3. Este uma cerâmica ferroelétrica, com<<strong>br</strong> />

temperatura de Curie TC = 1083 K [8] e antiferromagnético com temperatura de<<strong>br</strong> />

Néel, TN = 625 K [9]. O BiFeO3 possui uma estrutura perovskita romboédrica<<strong>br</strong> />

distorcida e pertence ao grupo espacial R3c [10], o qual permite<<strong>br</strong> />

ferroeletricidade e antiferromagnetismo. Devido a sua fórmula química simples<<strong>br</strong> />

e suas altas temperaturas de Néel e Curie, ele é um dos materiais<<strong>br</strong> />

multiferróicos preferidos para estudos fundamentais, teóricos e experimentais<<strong>br</strong> />

[11]. O BiFeO3 também apresenta características de ferromagnetismo fraco<<strong>br</strong> />

[12] “weak ferromagnetism”, que, acoplado com o ordenamento<<strong>br</strong> />

antiferromagnético dos spins, o torna ainda mais interessante para aplicações<<strong>br</strong> />

práticas, tais como armazenamento de dados [5], dispositivos spintrônicos [13]<<strong>br</strong> />

e sensores [14] onde as propriedades magnéticas e elétricas acopladas<<strong>br</strong> />

podem ser utilizadas e exploradas.<<strong>br</strong> />

Uma das principais dificuldades de se trabalhar com o BiFeO3 é a sua<<strong>br</strong> />

alta condutividade elétrica, o que dificulta a observação de curvas de histerese<<strong>br</strong> />

ferroelétrica, além da dificuldade de se processar materiais monofásicos [15].<<strong>br</strong> />

Essa alta condutividade é geralmente relacionada a fases espúrias e a outros<<strong>br</strong> />

defeitos no material [15]. Recentemente, Kleemann e colaboradores [16],<<strong>br</strong> />

conseguiram resolver esses problemas usando temperaturas de calcinação e<<strong>br</strong> />

sinterização mais baixas do que as que vinham sendo utilizadas e tempos de<<strong>br</strong> />

tratamento térmico e sinterização mais longos, podendo observar assim uma<<strong>br</strong> />

alta polarização, Ps ~ 40 µC/cm 2 . Outra opção é o processamento do BiFeO3<<strong>br</strong> />

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