UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ - Pfi.uem.br
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ocorrência de ferroeletricidade. Por outro lado, se não houver elétrons na<<strong>br</strong> />
camada d nenhum ordenamento magnético é possível. O que parece é que<<strong>br</strong> />
quando o orbital d do cátion B é parcialmente ocupado a tendência para uma<<strong>br</strong> />
distorção que remova o centro de simetria é eliminada. Isso pode ser o<<strong>br</strong> />
resultado de diversos fatores como, por exemplo: tamanho do cátion B, a<<strong>br</strong> />
tendência para outras distorções estruturais mais dominantes, propriedades<<strong>br</strong> />
eletrônicas e magnéticas [7].<<strong>br</strong> />
Tamanho do cátion B: se tivermos um cátion B muito grande seria<<strong>br</strong> />
difícil de ele se mover do centro do octaedro de oxigênio. Aqui vamos comparar<<strong>br</strong> />
o tamanho do cátion B onde o orbital d está ocupado com alguns cátions em<<strong>br</strong> />
perovskitas ferroelétricas onde o orbital d não está ocupado. Alguns raios<<strong>br</strong> />
iônicos com o orbital d desocupado são: Ti 4+ , 0,061 nm; Nb 5+ , 0,064; Zr 4+ , 0,072<<strong>br</strong> />
nm [7]. E para perovskitas não ferroelétricas temos: Mn +3 (d 4 ), Ti 3+ (d 1 ) e V 4+ (d 1 )<<strong>br</strong> />
com raios iônicos de 0,064 nm, 0,067 nm e 0,059 nm respectivamente [7].<<strong>br</strong> />
Portanto, cátions B com o orbital d ocupado não poss<strong>uem</strong> necessariamente um<<strong>br</strong> />
raio iônico maior do que os com o orbital d desocupado.<<strong>br</strong> />
Distorções estruturais: Cátions com uma determinada ocupação do<<strong>br</strong> />
orbital d poss<strong>uem</strong> uma tendência a sofrer outras distorções estruturais mais<<strong>br</strong> />
fortes que o deslocamento do cátion B para fora do centro. Um exemplo é a<<strong>br</strong> />
distorção Jahn-Teller que ocorre no LaMnO3 e no YTiO3 [45], ambos os<<strong>br</strong> />
materiais não são ferroelétricos.<<strong>br</strong> />
Magnetismo e ocupação do orbital d: está claro que a presença de<<strong>br</strong> />
elétrons no orbital d do cátion B reduz a tendência de estruturas perovskitas<<strong>br</strong> />
apresentarem ferroeletricidade, mas não quanto à influência dos momentos<<strong>br</strong> />
magnéticos. Na ref. [7], os autores usaram cálculos de primeiros princípios<<strong>br</strong> />
retirando a magnetização de materiais magnéticos e em seguida determinando<<strong>br</strong> />
se eles se tornariam ferroelétricos ou não. Foram estudados o BiMnO3 e o<<strong>br</strong> />
YMnO3, onde foi observado que a retirada dos momentos magnéticos não<<strong>br</strong> />
alterou significativamente o sistema. Este resultado sugere que a ocupação do<<strong>br</strong> />
orbital d e não o magnetismo do orbital d é dominante na distorção<<strong>br</strong> />
ferroelétrica.<<strong>br</strong> />
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