UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ - Pfi.uem.br
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mesma estequiometria é pequena, geralmente temos polimorfismo, que é quando<<strong>br</strong> />
um único composto pode ter mais de uma estrutura.<<strong>br</strong> />
Para cristais iônicos a maior parte da interação é devido ao termo<<strong>br</strong> />
eletrostático, com o termo de repulsão de curto alcance correspondendo com<<strong>br</strong> />
apenas 10% da interação. Podemos mostrar que isso é o que acontece,<<strong>br</strong> />
considerando que a energia de interação é mínima quando a separação dos<<strong>br</strong> />
íons for R0. Então diferenciamos Eq. 1.2 em relação à Rij e depois igualando o<<strong>br</strong> />
resultado a zero em Rij = xijR0, obtemos a constante C<<strong>br</strong> />
interação<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
Z cZ<<strong>br</strong> />
ae<<strong>br</strong> />
n−1<<strong>br</strong> />
C = −α<<strong>br</strong> />
R0<<strong>br</strong> />
, (1.6)<<strong>br</strong> />
4πε<<strong>br</strong> />
0<<strong>br</strong> />
substituindo essa expressão na Eq. 1.3 obtemos a energia total de<<strong>br</strong> />
E<<strong>br</strong> />
c<<strong>br</strong> />
2<<strong>br</strong> />
Z cZ<<strong>br</strong> />
ae<<strong>br</strong> />
⎡ 1⎤<<strong>br</strong> />
= Nα<<strong>br</strong> />
⎢<<strong>br</strong> />
1−<<strong>br</strong> />
πε R ⎣ n⎥<<strong>br</strong> />
, (1.7)<<strong>br</strong> />
⎦<<strong>br</strong> />
4 0 0<<strong>br</strong> />
onde o segundo termo em parênteses é ~10% da energia total, isto é n~10.<<strong>br</strong> />
A constante de Madelung fornece a energia eletrostática de uma<<strong>br</strong> />
estrutura cristalina em particular, relativa à energia de moléculas isoladas ou a<<strong>br</strong> />
outras estruturas iônicas, mas não permite prever como o serão as estruturas.<<strong>br</strong> />
Por exemplo, as quatro primeiras estruturas na Tabela 2.1 são formadas por<<strong>br</strong> />
compostos de estequiometria MO, metal oxigênio, mas nem todos formam uma<<strong>br</strong> />
estrutura com o maior α possível. A diferença está em como os ânions se<<strong>br</strong> />
coordenam ao redor dos cátions, e vice versa, nas respectivas estruturas. Em<<strong>br</strong> />
qualquer estrutura com uma grande contribuição de ligações iônicas, teremos<<strong>br</strong> />
uma energia eletrostática mínima quando a atração cátion-ânion é máxima e a<<strong>br</strong> />
repulsão entre íons iguais é mínima. Assim podemos dizer que os cátions<<strong>br</strong> />
preferem estar cercados pelo maior número de ânions como primeiros vizinhos,<<strong>br</strong> />
e vice versa. E do mesmo modo os cátions preferem manter a maior distância<<strong>br</strong> />
possível de outros cátions. Outra maneira de explicar é dizer que íons de<<strong>br</strong> />
mesma carga preferem estar eletrostaticamente blindados uns dos outros por<<strong>br</strong> />
íons de carga oposta. Geralmente, o maior dos íons irá formar os arranjos FCC<<strong>br</strong> />
ou HCP, com os sítios sendo ocupados por íons de cargas opostas em um<<strong>br</strong> />
arranjo ordenado. No entanto esse arranjo deve preservar a neutralidade da<<strong>br</strong> />
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