UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ - Pfi.uem.br
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flexível num líquido sob alta pressão, e colagem, na qual uma suspensão<<strong>br</strong> />
concentrada do pó (água + pó + aditivos ligantes + aditivos dispersantes) é<<strong>br</strong> />
vertida num molde absorvente, na forma desejada. Durante a operação normal<<strong>br</strong> />
de prensagem do pó muitas variáveis devem ser consideradas, tais como nível<<strong>br</strong> />
de pressão, resistência mecânica do pó, atrito causado pela parede do molde,<<strong>br</strong> />
tensões capilares e o projeto adequado do molde [31].<<strong>br</strong> />
2.3.3 O Processo de Sinterização<<strong>br</strong> />
A sinterização se realiza quando as partículas micrométricas ou<<strong>br</strong> />
submicrométricas do pó estão em estreito contato entre si e a temperatura do<<strong>br</strong> />
ambiente de sinterização supera aproximadamente 80% da temperatura de<<strong>br</strong> />
fusão do material de que são feitas as partículas [31]. Na maioria dos casos, o<<strong>br</strong> />
material que está sendo sinterizado é multicomponente e a temperatura do<<strong>br</strong> />
ambiente de sinterização ultrapassa a temperatura de fusão de algum<<strong>br</strong> />
componente. A formação de uma fase líquida que consiga molhar todas as<<strong>br</strong> />
partículas sólidas é a base da técnica conhecida como sinterização via fase<<strong>br</strong> />
líquida [33]. Para alguns materiais, como amálgamas de prata-mercúrio<<strong>br</strong> />
(material odontológico) e o gelo, a temperatura ambiente e temperaturas<<strong>br</strong> />
inferiores são suficientemente altas para que ocorra fase líquida. No caso de<<strong>br</strong> />
cubos de gelo que são retirados da geladeira, ocorre fusão da água na<<strong>br</strong> />
superfície. Se dois cubos estão em contato, a camada líquida entre eles<<strong>br</strong> />
solidifica, unindo os dois cubos.<<strong>br</strong> />
Na indústria, entretanto, utilizam-se fornos com temperaturas muito<<strong>br</strong> />
altas, no caso de cerâmicas e metais, entre 800 e 2000 ºC. A sinterização de<<strong>br</strong> />
um material provoca usualmente muitas mudanças nas suas propriedades. Nas<<strong>br</strong> />
cerâmicas, o processo de sinterização aumenta a resistência mecânica, a<<strong>br</strong> />
condutividade térmica e até mesmo possibilitando a produção de peças<<strong>br</strong> />
transparentes ou translúcidas [34]. Na temperatura adequada para que o<<strong>br</strong> />
fenômeno ocorra, um sistema de partículas em contato começa a formar<<strong>br</strong> />
"pescoços" entre si. É a fase inicial da sinterização, fig. 2.16(a,b) Na fase<<strong>br</strong> />
intermediária, a área de contato entre as partículas aumenta e os poros<<strong>br</strong> />
começam a ser suavizados, fig. 2.16(c). Não existem poros fechados nesta<<strong>br</strong> />
etapa. A fase final da sinterização começa quando a densidade real do material<<strong>br</strong> />
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