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A Moeda - Viverpontocom

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Joyce Meyer e Deborah Bedford<br />

porque ele era infeliz, não sei por que achava que precisava fazer todos<br />

nós infelizes também.<br />

Mesmo quando minha irmã estava emburrada, Jean era tudo o<br />

que eu não era: alta e esbelta, com cabelos castanhos claros e olhos<br />

cor de avelã que tinham um tom esverdeado. Meus cabelos pareciam<br />

um punhado de grama cor de cortiça quando eu os amarrava em um<br />

rabo de cavalo. Os cabelos de Jean desciam por suas costas, lisos como<br />

uma fita.<br />

Quando ela perguntou “Por que eu não posso ir?”, senti um nó<br />

em minha garganta de medo, do mesmo jeito que acontecia quando<br />

Jean insistia com Papai. Ele nunca iria mudar. E minha irmã parecia<br />

destinada a ser aquela que estava mais disposta a provar da sua fúria.<br />

Eu queria agarrá-la e fazê-la ficar quieta, mas antes que conseguisse<br />

fazer isso, ela explodiu: “Por que não?”.<br />

Minha irmã e eu éramos muitas coisas uma para a outra: aliadas,<br />

rivais, cúmplices, inimigas. Em determinados dias nós nos tornávamos<br />

uma mistura indecifrável dessas quatro coisas. Enquanto eu observava<br />

Jean enfrentar Papai, sua bravura me deixava morrendo de<br />

medo e ao mesmo tempo me revirando de amor. Eu queria matá-la<br />

por ser tão tola.<br />

Quando Papai atravessou a sala em direção a ela, seu corpo volumoso<br />

se moveu com uma agilidade surpreendente. A raiva nos seus<br />

olhos verde-claros parecia ser capaz de atravessar minha irmã. Uma<br />

madeixa de seus poucos cabelos castanhos, que ele tentava manter<br />

penteada para trás da cabeça, caiu em sua testa. Seus lábios finos e<br />

desagradáveis franziram.<br />

“Se você me responder desse jeito, garota, e eu a jogo do outro lado<br />

da sala”.<br />

“Jean”. Peguei o aquário com o peixe dourado na mesa do café<br />

enquanto ele avançava em direção a ela. “Não”. Eu já sabia que não<br />

ajudaria nada chamar a Mamãe.<br />

Mas Jean, por sua vez, já estava exaltada demais para pensar em se<br />

proteger. “Você nunca nos deixa fazer nada”.<br />

E sem mais nem menos, Papai agarrou-a pelos cabelos com uma<br />

mão larga como a tábua de uma cerca e desfechou uma bofetada do-<br />

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