Mapeamento da autoincompatibilidade sexual do cacau e ... - Uesc
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As almofa<strong>da</strong>s florais não sen<strong>do</strong> <strong>da</strong>nifica<strong>da</strong>s por tratos culturais ou <strong>do</strong>enças<br />
podem produzir frutos por vários anos. As flores são hermafroditas e<br />
pentâmeras, apresentan<strong>do</strong> pétalas, sépalas, estames e estaminódios ou falsos<br />
estames. No pistilo, o ovário apresenta de 30 a 70 óvulos. Os órgãos<br />
reprodutivos (estame e pistilo) encontram-se isola<strong>do</strong>s na flor por duas barreiras<br />
físicas: a coroa de estaminódios e as próprias pétalas que envolvem as<br />
anteras. A presença dessas barreiras favorece a polinização cruza<strong>da</strong>, mesmo<br />
em <strong>cacau</strong>eiros autocompatíveis, embora nesses a taxa de autofecun<strong>da</strong>ção seja<br />
relativamente alta. Quan<strong>do</strong> a planta é jovem, as flores são produzi<strong>da</strong>s<br />
principalmente no tronco. Em plantas adultas, elas surgem por to<strong>da</strong> planta, em<br />
maior quanti<strong>da</strong>de nos ramos com mais de 1 cm de diâmetro. Plantas<br />
autocompatíveis apresentam uma menor quanti<strong>da</strong>de de flores que as plantas<br />
autoincompatíveis, porém a porcentagem de frutos nestas plantas é maior e<br />
esses frutos (COPE, 1939). Um <strong>cacau</strong>eiro adulto pode produzir mais de 100 a<br />
150 mil flores por ano, <strong>da</strong>s quais menos de 5% é poliniza<strong>da</strong>, e somente 0,5 a<br />
5% resulta na produção de frutos (COPE, 1976; ANEJA, et al., 1999). Isto é em<br />
parte devi<strong>do</strong> ao fato de que a taxa efetiva de autofertilização em árvores<br />
autoincompatíveis é baixa, enquanto que árvores autocompativeis pode<br />
alcançar até 43% (YAMADA; GURIES, 1998).<br />
O pólen é pegajoso, forman<strong>do</strong> pequenos grumos o que favorece a sua<br />
aderência à superfície de insetos, que comumente são os agentes<br />
poliniza<strong>do</strong>res <strong>da</strong>s flores. A flor não poliniza<strong>da</strong> nas primeiras 8 a 10 horas após<br />
a emergência cai; esse aborto ocorre normalmente nas 24 a 36 horas<br />
subseqüentes (ANEJA et al., 1999; HASENSTEIN; ZAVADA, 2001). O tempo<br />
que transcorre entre a germinação <strong>do</strong> pólen no estigma e a fecun<strong>da</strong>ção é de<br />
aproxima<strong>da</strong>mente seis horas (CHEESMAN, 1938). Se a polinização é realiza<strong>da</strong><br />
e a fecun<strong>da</strong>ção ocorre, o ovário e o pedicelo aumentam de tamanho, e a coroa<br />
murcha e se deteriora (ANEJA et al, 1999).<br />
Em <strong>cacau</strong>eiros, a abscisão floral pode ser uma conseqüência <strong>da</strong> reação<br />
de rejeição com o reconhecimento preceden<strong>do</strong> as primeiras mu<strong>da</strong>nças<br />
detectáveis no ambiente hormonal que pode conduzir à abscisão floral (ANEJA<br />
et al., 1994; BAKER, et al., 1997). A abscisão é um processo de regulação<br />
hormonal que envolve o órgão <strong>da</strong> planta e a zona de abscisão. O etileno e o<br />
aci<strong>do</strong> in<strong>do</strong>l acético (AIA), uma auxina, têm um papel primário no controle <strong>da</strong><br />
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