uma proposta metodológica para bebês e pré-escolares - Aquabarra
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UMA PROPOSTA METODOLÓGICA PARA BEBÊS E PRÉ-<br />
ESCOLARES PARA A CONQUISTA DAS HABILIDADES<br />
AQUÁTICAS ATRAVÉS DA EXPLORAÇÃO DE MATERIAIS *<br />
1 INTRODUÇÃO<br />
Egle Ribeiro da Luz –<br />
Academia Golfinho de Ouro<br />
Uberlândia – MG<br />
Brasil<br />
Em nossa instituição, encaramos a natação infantil em <strong>uma</strong><br />
perspectiva educativa, a qual respeita, sobretudo, os processos de elaboração<br />
das aprendizagens.<br />
Em nossa concepção, nadar está muito além de realizar imersões,<br />
bater pernas e rodar braços. Ele tem um significado próprio <strong>para</strong> cada indivíduo<br />
e é “construído” por cada um de acordo com seus interesses, necessidades e<br />
habilidades.<br />
Às crianças é permitido e incentivado a experimentação e<br />
exploração de variados movimentos e posturas aquáticas. Uma prática que<br />
solicita de forma intensa e profunda as capacidades h<strong>uma</strong>nas, que permite as<br />
crianças conhecerem a água através de seu corpo, ganhando autonomia<br />
motora e emocional no meio líquido.<br />
Consideramos ser muito importante também o desenvolvimento de<br />
<strong>uma</strong> metodologia que valorize o aspecto lúdico, ou seja, que proporcione<br />
vivências agradáveis, prazerosas. Que permita a brincadeira com a água e na<br />
água. Neste sentido, os materiais pedagógicos, no papel de brinquedos<br />
aquáticos, têm <strong>uma</strong> função fundamental, pois além de motivarem, auxiliam<br />
intensamente no processo de ensino <strong>para</strong> o alcance das habilidades aquáticas.<br />
O principal objetivo deste trabalho é mostrar <strong>uma</strong> <strong>proposta</strong><br />
<strong>metodológica</strong> que valorize os brinquedos e materiais alternativos no sentido da<br />
conquista das habilidades aquáticas <strong>para</strong> <strong>bebês</strong> e <strong>pré</strong>-<strong>escolares</strong>.<br />
* Disponível on line via:<br />
http://www.waterbabies.org/subweb/article%20Egle%20Luz%20(portugese).htm
2 OS COMPONENTES FUNDAMENTAIS DAS HABILIDADES<br />
AQUÁTICAS<br />
Apresentamos neste quadro, a nossa <strong>proposta</strong> de classificação das<br />
componentes <strong>para</strong> o desenvolvimento destes fundamentos.<br />
Nele apresentamos <strong>uma</strong> <strong>proposta</strong> de sistematização das<br />
componentes fundamentais das habilidades aquáticas <strong>para</strong> desenvolvimento<br />
de um programa de natação <strong>para</strong> <strong>bebês</strong> e <strong>pré</strong>-<strong>escolares</strong>, ou seja, <strong>para</strong> crianças<br />
de 0 a 6 anos.<br />
As componentes do modelo estão divididas e classificadas <strong>para</strong><br />
efeito de ordenamento didático e facilitação do estudo e aplicação. Porém o<br />
processo se realiza de forma que as várias habilidades estão se<br />
desenvolvendo <strong>para</strong>lela e concomitantemente, sendo muitas vezes, um<br />
comportamento de <strong>uma</strong> habilidade, <strong>pré</strong>-requisito de um outro comportamento<br />
de outra diferente habilidade.<br />
Temos aqui, os fundamentos gerais de equilíbrio, respiração e<br />
propulsão divididos nas diversas componentes que o integram.<br />
2.1 Equilíbrio<br />
Quanto ao Equilíbrio dividimos este fundamento em 5 principais<br />
componentes.<br />
- Equilíbrio Vertical com apoio plantar;<br />
- Equilíbrio em locais profundos, com auxílio de implementos<br />
flutuadores;<br />
- Equilíbrio Horizontal - Flutuação ventral e dorsal;<br />
- Equilíbrio Misto e Dinâmico: deslizes, giros, balanços e<br />
inversões;<br />
2.1.1 Equilíbrio Vertical com Apoio Plantar<br />
Esta habilidade significa o ganho do equilíbrio e do deslocamento<br />
vertical harmônico em locais de pequena profundidade onde se tem o apoio<br />
plantar dos pés.<br />
Além da aquisição da estabilidade vertical, o objetivo desta<br />
componente é fazer com que a criança experimente diferenciadas situações de<br />
instabilidade, as quais fornecem um rico repertório de desequilíbrio- reajuste<br />
posturais do corpo na água.<br />
Através das atividades de equilíbrio se realiza <strong>uma</strong> reestruturação<br />
postural do corpo no novo meio, considerando-se que todas as novas<br />
informações sensoriais (visuais, táteis, cinestésicas e labirínticas) e as
propriedades da água (como a densidade, pressão, temperatura, força de<br />
empuxo) são totalmente diferenciadas quando com<strong>para</strong>das ao meio terrestre.<br />
Estas experimentações oferecem <strong>uma</strong> intensa estimulação interna a qual leva<br />
a um realinhamento dos segmentos corporais se ajustando as novas<br />
informações <strong>para</strong> “construir” um novo equilíbrio.<br />
As atividades estimuladas <strong>para</strong> o ganho desta componente<br />
consistem nos deslocamentos verticais, ou seja, o caminhar com as seguintes<br />
variações:<br />
- Com auxílio h<strong>uma</strong>no, materiais ou borda da piscina;<br />
- Variando a profundidade, de locais menos <strong>para</strong> mais profundos,<br />
em plataformas ou equipamentos;<br />
- Em grupo, em variadas conformações como rodas, filas ou<br />
outras;<br />
- Com variação de velocidade, direção;<br />
- Com transposição de obstáculos superiores ou inferiores<br />
colocados no chão, na superfície da piscina ou acima dela;<br />
- Combinando com materiais dinamizantes como bolas e outros<br />
brinquedos;<br />
- Combinando com saltitos, giros e outras movimentações;<br />
- Equilibrar verticalmente ou deslocar em equipamentos instáveis;<br />
Os comportamentos apresentados pelas crianças de 0 a 6 anos no<br />
desenvolvimento desta componente são:<br />
- Equilibrar em locais de pouca profundidade;<br />
- Caminhar com auxílio h<strong>uma</strong>no ou de materiais;<br />
- Caminhar sem auxílio com desenvoltura;<br />
- Explorar os deslocamentos verticais em diversos materiais,<br />
planos, velocidades e combiná-los com outras habilidades;<br />
- Combinação de habilidades e destrezas terrestres e aquáticas<br />
2.1.2 Equilíbrio em Locais Profundos, com Auxílio de Implementos<br />
Flutuadores<br />
Através desta componente o corpo experimenta o equilíbrio desde a<br />
posição vertical até a posição horizontal passando pela posição inclinada,<br />
acompanhando o desenvolvimento das diferentes etapas de evolução dos<br />
movimentos aquáticos de pernas, os quais também passam por diferentes<br />
posições de corpo.<br />
O uso de flutuadores permite experimentar a ação da força do<br />
empuxo precocemente, mesmo que modificada, além de oferecer oportunidade<br />
de propulsão e liberdade de exploração desde a tenra idade. Na busca da<br />
estabilidade nestes materiais a criança trabalha intensamente o equilíbrio nas<br />
diversas e variadas retificações posturais que necessita realizar. Sua utilização<br />
permite também à criança que experimente e desenvolva também em idade
precoce, a habilidade motora dos membros inferiores e com isso ganhe <strong>uma</strong><br />
grande independência, liberdade e alegria <strong>para</strong> explorar o meio aquático.<br />
É importante salientar que a gama de implementos flutuadores é<br />
grande e, portanto, as possibilidades de experimentações são muito ricas e<br />
portanto não se criam dependências, mas sim, se oportunizam situações novas<br />
de equilíbrio, propulsão de pernas, movimentações variadas como giros e<br />
balanços, movimentações dos braços, tomada de decisões <strong>para</strong> ir e vir na<br />
piscina com independência do adulto.<br />
Se criam condições <strong>para</strong> que a criança brinque com seu corpo e<br />
com a água. Condições <strong>para</strong> que ela crie um espaço <strong>para</strong> o jogo.<br />
As atividades <strong>proposta</strong>s <strong>para</strong> aquisição desta componente consistem<br />
no equilíbrio e deslocamento em locais profundos utilizando flutuadores<br />
diversos que;<br />
- Oferecem muito apoio e grande estabilidade;<br />
- Oferecem médios apoio e média estabilidade;<br />
- Oferecem pouco apoio e pequena estabilidade;<br />
- Exploração do equilíbrio em diversas posições nos diferentes<br />
implementos flutuadores;<br />
Os comportamentos observados <strong>para</strong> os <strong>bebês</strong> e <strong>pré</strong>-<strong>escolares</strong>, que<br />
indicam a prontidão de desenvolvimento <strong>para</strong> esta componente são;<br />
- Equilibrar em alguns implementos de maior estabilidade;<br />
- Equilibrar em alguns implementos de média estabilidade;<br />
- Equilibrar em implementos de menor estabilidade;<br />
- Explorar diversificadamente o equilíbrio em vários materiais.<br />
2.1.3 Equilíbrio Horizontal - Flutuação Ventral e Dorsal<br />
Esta componente representa a conquista de <strong>uma</strong> nova posição<br />
hidrodinâmica, ou seja, <strong>uma</strong> reaprendizagem postural, a qual necessita de <strong>uma</strong><br />
reorganização interna do indivíduo o qual perderá o apoio plantar dos pés no<br />
chão <strong>para</strong> se manter sustentado apenas pela água. Implica em <strong>uma</strong><br />
progressão das posições equilibratórias chegando à capacidade de manter-se<br />
sobre a água horizontalmente. É <strong>uma</strong> conseqüência das aquisições<br />
equilibratórias das duas componentes anteriores.<br />
dorsal.<br />
Este equilíbrio será conquistado tanto na posição ventral como<br />
É importante considerar também que a criança trocará sua posição<br />
vertical, na qual estão estruturadas as referências e coordenadas corporais,<br />
<strong>para</strong> <strong>uma</strong> posição horizontal, perdendo assim seus referenciais de orientação.<br />
O acima e abaixo que tinham como correspondência a cabeça e os pés, na<br />
nova posição correspondem às costas e abdome.
À posição dorsal deve ser dada <strong>uma</strong> especial atenção na graduação<br />
das atividades por ser um posição de muita insegurança <strong>para</strong> a grande maioria<br />
das pessoas devido à forte estimulação do sistema proprioceptivo labiríntico e<br />
pela possibilidade de submegir-se ao desconhecido, em um plano que está<br />
fora de seu controle visual, perdendo em maior grau as referências de<br />
orientação.<br />
são:<br />
As formas clássicas <strong>para</strong> o desenvolvimento desta habilidade são:<br />
- Atividades de deitar em colchões ou tapetes de diversas<br />
espessuras e flutuabilidade, partindo dos mais <strong>para</strong> os menos<br />
flutuantes até sua total retirada;<br />
- Atividades que incluem a ultrapassagem de obstáculos superiores<br />
e inferiores em que o corpo perde o contato parcial ou total dos<br />
pés com o chão;<br />
- Progressão do trabalho com implementos flutuadores até o apoio<br />
nas mãos, com posterior retirada gradativa destes;<br />
- Experimentações das posições de flutuação com auxílio corporal<br />
e retirada destes gradativamente;<br />
- Atividades de deitar e deslizar até algum elemento deixando o<br />
corpo em suspensão, em distâncias gradativas;<br />
Os comportamentos apresentados pelas crianças nesta habilidade<br />
- Flutuar com o auxílio na posição estática;<br />
- Flutuar sem auxílio por tempos mínimos, com auxílio na tomada<br />
da posição inicial;<br />
- Tomar a posição de flutuação sem auxílio soltando o corpo na<br />
água;<br />
- Explorar as posições de flutuação estática e dinamicamente;<br />
2.1.4 Equilíbrio Misto e Dinâmico: Deslizes, Giros, Balanços e<br />
Inversões<br />
Esta componente é identificada pelas posturas e movimentações<br />
com variações nos diferentes planos e nos três eixos corporais: longitudinal,<br />
transversal e ântero-poterior. Os deslizes, balanços, giros e inversões se<br />
tornam também importantes componentes aquáticas, pois à medida que as<br />
crianças dominam suas execuções em diversos planos estão ampliando suas<br />
possibilidades de domínio espacial aquático em suas três dimensões.<br />
Ao realizá-los, os estímulos sensoriais oferecidos aos sistemas<br />
proprioceptivos labiríntico e cinestésico são muito intensos, fornecendo assim<br />
importantes informações que estarão contribuindo <strong>para</strong> a aquisição da<br />
consciência corporal, da precisão de movimentos, de atitudes corporais<br />
adequadas nos movimentos, além da aquisição de vários conceitos relativos à<br />
percepção do espaço. Podemos considerar ainda que a aprendizagem e
prática de giros e balanços poderá servir como um <strong>pré</strong>-requisito <strong>para</strong> técnicas<br />
futuras como respiração lateral, giro do corpo nos nados, viradas simples e<br />
olímpicas, assim como os deslizes e as inversões são <strong>pré</strong>-requisitos <strong>para</strong> as<br />
saídas e as viradas.<br />
As atividades estimuladas <strong>para</strong> desenvolvimento destas<br />
componentes aquáticas são:<br />
- Manuseios dos corpos das crianças que provocam os balanços e<br />
giros;<br />
- Exploração na utilização de implementos flutuadores que facilitam<br />
ou provocam os balanços, as quedas e os giros em diferentes<br />
eixos;<br />
- Exploração na utilização de equipamentos que facilitam ou<br />
provocam as quedas, os deslizes e as inversões em diferentes<br />
planos e eixos;<br />
- Atividades que estimulam os balanços, os giros e as inversões<br />
sem auxílio de implementos em torno dos vários eixos corporais e<br />
nas três dimensões do espaço aquático.<br />
Os comportamentos apresentados pelas crianças de 3 meses a 6<br />
anos que indicam a prontidão nestas habilidades são:<br />
- Balançar e girar em torno dos eixos longitudinal, tranversal e<br />
ântero-posterior com apoio h<strong>uma</strong>no ou auxílio de implementos;<br />
- Balançar e girar em torno do eixo longitudinal nos planos vertical<br />
e horizontal sem auxílio h<strong>uma</strong>no ou de implementos;<br />
- Balançar e girar em torno do eixo ântero-posterior em diferentes<br />
planos;<br />
- Balançar e girar em torno do eixo transversal <strong>para</strong> frente e <strong>para</strong><br />
trás;<br />
- Inverter totalmente a posição vertical, ou seja, abaixar a cabeça<br />
em direção ao fundo da piscina e elevar os quadris e pernas<br />
acima da superfície.<br />
Incluímos ainda nesta etapa duas outras habilidades que possuem<br />
estreita relação com o componente equilíbrio:<br />
Saltos - São as formas da criança penetrar na piscina. Os padrões<br />
de entrada na água variam com a idade e a experiência da criança. Implica em<br />
<strong>uma</strong> seqüência de desequilíbrios e equilíbrios posturais desde a fase aérea até<br />
o final da fase subaquática. Portanto, esta componente tem íntima relação com<br />
as anteriores, ou seja, é necessário a aquisição do controle corporal no ar e na<br />
água <strong>para</strong> a efetivação dos saltos.<br />
Nessa etapa é importante o aumento progressivo dos planos de<br />
partidas dos saltos <strong>para</strong> a adaptação gradativa à visão de profundidade.<br />
As atividades e condutas estimuladas são:
- Entradas na água saltando da posição assentada graduando a<br />
altura dos planos de partida;<br />
- Entradas na água saltando da posição de pé graduando a altura<br />
dos planos de partida;<br />
- Entradas na água saltando de diversas formas graduando a altura<br />
dos planos de partida;<br />
- Entradas na água saltando de cabeça de planos progressivos<br />
abaixo da superfície até acima dela, utilizando elementos que<br />
direcionam o movimento e direção da cabeça e do corpo;<br />
Os comportamentos que indicam a prontidão nesta habilidade são:<br />
- Saltar, com auxílio, tocando primeiro os pés;<br />
- Saltar, sem auxílio, tocando primeiro os pés;<br />
- Saltar de diversas formas sem auxílio;<br />
- Saltar com inversão da posição de cabeça partindo da posição<br />
assentada até a de pé.<br />
2.1.5 Combinação de Habilidades e Destrezas Terrestres e<br />
Como em nossa <strong>proposta</strong> estimulamos e encorajamos as crianças a<br />
utilizarem e explorarem sua capacidade de movimento e criatividade, várias<br />
destrezas utilizadas habitualmente em movimentos terrestres e que fazem<br />
partes do ciclo de evolução do ser h<strong>uma</strong>no são permitidas e incentivadas nas<br />
atividades aquáticas <strong>proposta</strong>s.<br />
Todas essas vivências aumentam o repertório de experiências<br />
aquáticas as quais contribuem <strong>para</strong> o aumento da sensibilidade e agilidade na<br />
água e conseqüentemente <strong>para</strong> a execução de posturas mais adequadas e<br />
movimentos mais eficientes dos padrões aquáticos.<br />
Entre as inúmeras possibilidades praticadas podemos citar as<br />
habilidades de engatinhar, correr, saltar, trepar, dependurar-se, empurrar,<br />
lançar, chutar, equilibrar e outras, que podem estar combinadas com materiais,<br />
equipamentos e com as componentes aquáticas de específicas de equilíbrio,<br />
propulsão e respiração.<br />
são:<br />
Os comportamentos apresentados pelas crianças nesta componente<br />
- Realizar poucas combinações de habilidades terrestres e<br />
aquáticas<br />
- Explorar e combinar intensamente habilidades terrestres e<br />
aquáticas
2.2 Respiração<br />
O fundamento Respiração foi dividido em 3 componentes:<br />
- Bloqueio Respiratório;<br />
- Imersões;<br />
- Ritmo respiratório.<br />
2.2.1 Bloqueio Respiratório<br />
Representa a capacidade de bloquear a respiração quando em<br />
contato da face com a água, criando a consciência de mudança de conduta<br />
respiratória na água.<br />
Este conteúdo tem grande importância na medida em que<br />
experimentamos na água <strong>uma</strong> forma de respirar diferente daquela utilizada em<br />
ambiente terrestre.<br />
A primeira etapa deste processo consiste na capacidade de bloquear<br />
a respiração e suportar a água quando em contato com a face. Inclui ainda<br />
neste fundamento, a habilidade de tolerar e controlar a água dentro e em volta<br />
da boca, nariz, ouvido e face.<br />
As formas clássicas <strong>para</strong> se desenvolver o bloqueio respiratório são:<br />
- Atividades de molhar a face com respingos até maiores<br />
quantidades de água;<br />
- Atividades de contato da face com a superfície da água,<br />
parcialmente, iniciando pela boca, durante saltos e outros tipos de<br />
entradas como escorregando, rolando, etc;<br />
- Atividades combinadas de jogar água na face após diversas<br />
ações e contato da face com a superfície da água;<br />
- Atividades de contato total da face com a água após saltos e<br />
outros ações de entrada;<br />
- Atividades de contato parcial e total da face, <strong>para</strong> passar sob<br />
obstáculos superiores, pegar objetos no chão da piscina,<br />
esconder de alguém, etc;<br />
- Atividades de colocar água na boca e expulsá-la.<br />
Os comportamentos que indicam a prontidão desta habilidade em<br />
<strong>bebês</strong> e <strong>pré</strong>-<strong>escolares</strong> são:<br />
- Fazer bloqueio respiratório quando recebe água na face ou<br />
mantém contato da boca com a água;<br />
- Fazer bloqueio respiratório quando imerge a face parcial ou<br />
totalmente;<br />
- Suportar e controlar a água na boca.
2.2.2 Imersões<br />
As imersões implicam submergir a face com controle respiratório<br />
aliado à capacidade de propulsão. À medida que a criança ganha em<br />
habilidade <strong>para</strong> suportar a água na face, controlar sua respiração e de<br />
progredir pela ação das pernas suas imersões também vão ganhando<br />
performance.<br />
As imersões trazem novas e diferentes experiências sensoriais e<br />
motoras à criança. Estas podem ser positivas ou negativas, de prazer ou<br />
desprazer. Por isso há a necessidade de <strong>uma</strong> lenta progressão e entregar a<br />
decisão de mergulhar à criança à medida que seu grau de compreensão<br />
aumenta.<br />
Atividades livres e lúdicas que a permitam arriscar, explorar, ter<br />
iniciativas de imersão da face em ações diversas são as mais indicadas <strong>para</strong><br />
desenvolver esta habilidade.<br />
A imersão implica além da organização respiratória, <strong>uma</strong><br />
organização e orientação espaço-temporal, <strong>uma</strong> estruturação equilibratória,<br />
além da progressão de sua capacidade propulsiva.<br />
são:<br />
As atividades que estimulamos <strong>para</strong> o desenvolvimento da imersão<br />
- Vivências de imersões após ações de saltar, escorregar, rolar,<br />
etc.<br />
- Vivências de imersões passando sob obstáculos superiores, ou<br />
<strong>para</strong> apanhar objetos no chão da piscina.<br />
- Vivências de imersões em propulsão na superfície da água,<br />
variando distâncias e referenciais.<br />
- Vivências de imersões em propulsão variando profundidade e<br />
tempo de bloqueio.<br />
Os comportamentos que indicam a prontidão desta habilidade <strong>para</strong><br />
as crianças entre 3 meses a 6 anos são:<br />
- Imergir com auxílio, pequenas distâncias após ações diversas<br />
(saltos, escorregar, rolar, etc.);<br />
- Imergir voluntariamente em posição estática com os olhos<br />
abertos;<br />
- Imergir sem auxílio, pequenas distâncias, após ações diversas.<br />
- Imergir sem auxílio, distâncias maiores, após ações diversas.<br />
- Imergir até um referencial e retornar à posição inicial;<br />
- Explorar as imersões em distância, referências,<br />
profundidades,tempo de bloqueio.
2.2.3 Ritmo Respiratório<br />
Representa a capacidade de realizar inspiração fora e expiração<br />
dentro d’água.<br />
Na água necessitamos sempre contatar o ar e inspirar acima desta.<br />
Dentro dela só podemos expirar, de forma consciente e forçada. Isso significa<br />
que a expiração regulada é um fator limitante <strong>para</strong> as experiências aquáticas.<br />
Nesta habilidade todas as formas de respirar são exploradas e<br />
experimentadas, provendo a criança com mais opções de estruturar seu<br />
controle respiratório nas atividades aquáticas.<br />
citamos:<br />
Dentre as formas que utilizamos par desenvolver o ritmo respiratório<br />
- Atividades de soltar borbulhas em ações diversas;<br />
- Atividades de soltar o ar em atividades rítmicas;<br />
- Atividades de soltar o ar em propulsões;<br />
- Atividades de respiração de diferentes formas e combinações,<br />
variando em intensidade, quantidade, duração e velocidade.<br />
Os comportamentos que indicam a prontidão desta habilidade <strong>para</strong><br />
<strong>bebês</strong> e <strong>pré</strong>-<strong>escolares</strong> são:<br />
- Expirar o ar só com o contato da boca na água em atividades<br />
estáticas ;<br />
- Expirar o ar só com o contato da boca na água em atividades<br />
dinâmicas;<br />
- Expirar o ar com o contato de todo o rosto na água em atividades<br />
estáticas e dinâmicas;<br />
- Expirar ritmadamente em propulsões informais;<br />
- Expirar diversicadamente pela boca e nariz<br />
2.3 Propulsão<br />
E finalmente <strong>para</strong> o fundamento Propulsão temos as seguintes<br />
componentes:<br />
- Propulsão de Pernas;<br />
- Propulsão de Braços.<br />
2.3.1 Propulsão de Pernas<br />
São os movimentos de perna os que primeiro dão propulsão às<br />
crianças dentro d’água nos primeiros 2 a 3 anos de idade. Nesta etapa após a
aquisição dos padrões naturais de pernas pelas crianças passamos ao ensino<br />
de <strong>uma</strong> gama variada de movimentações dos membros inferiores não se<br />
limitando apenas aos padrões dos quatro estilos oficiais.<br />
Os movimentos de perna se esboçam de acordo com a experiência<br />
e maturação da criança. São eles:<br />
- Os primeiros movimentos apresentados são os padrões reflexos,<br />
coordenados e harmônicos;<br />
- Posteriormente se apresenta a etapa de transição com<br />
movimentos desorganizados;<br />
- Em seguida as crianças passam a apresentar movimentação de<br />
pedaladas;<br />
- Finalmente adquirem os padrões de movimentos alternados no<br />
sentido ascendente descente, os quais inicialmente apresentam<br />
grande flexão de joelhos passando depois a um grau menor de<br />
flexão.<br />
Nesta etapa após a aquisição dos padrões naturais acima descritos<br />
passamos ao ensino de <strong>uma</strong> gama variada de movimentações dos membros<br />
inferiores não se limitando apenas aos padrões dos quatro estilos oficiais.<br />
São os movimentos de perna os que primeiro dão propulsão às<br />
crianças dentro d’água nos primeiros 2 a 3 anos de idade.<br />
As atividades que estimulamos <strong>para</strong> o ganho dos padrões de<br />
pernadas acima descritos são:<br />
- Atividades que estimulam os deslocamentos na água com<br />
utilização de implementos;<br />
- Atividades de imersão das mais diversas formas exploratórias;<br />
- Atividades de criar e experimentar diferentes tipos de pernadas.<br />
2.3.2 Propulsão de Braços<br />
Esta etapa representa o ganho de movimentos de braços partindo<br />
dos movimentos naturais e chegando à variação intensa.<br />
A propulsão pela ação dos braços vem posteriormente à ação de<br />
pernas na fase inicial da vida. Como nos movimentos de pernas, as ações de<br />
braços também não se limitam aos poucos movimentos associados com nados<br />
formais avançados.<br />
Os comportamentos que indicam a prontidão aquática das<br />
componentes de propulsão são:<br />
- Os movimentos naturais submersos, curtos e rápidos, <strong>para</strong> cima e<br />
<strong>para</strong> baixo, sem recuperação (cachorrinho);
- Os movimentos <strong>para</strong> baixo e <strong>para</strong> trás com recuperação<br />
rudimentar , o braço arrastando na água (remada);<br />
- Os movimentos mais amplos na tração com ampla recuperação<br />
(braços estendidos);<br />
- Diferentes tipos de braçadas nas posições ventral e dorsal tanto<br />
com ações semelhantes ou totalmente diferenciadas dos estilos<br />
convencionais.<br />
Para o ganho da propulsão de braços as formas que utilizamos <strong>para</strong><br />
estimular são:<br />
- Atividades que estimulam a movimentação dos braços de<br />
diversas formas estando o corpo em apoio h<strong>uma</strong>no ou de<br />
materiais;<br />
- Atividades de propulsão utilizando os braços variadamente;<br />
- Atividades de criar e experimentar diferentes formas de deslocar<br />
utilizando os braços de inúmeras maneiras<br />
2.4 Coordenações<br />
Incluem as combinações entre ação de braços, pernas, posição de<br />
corpo e controle respiratório. Várias formas de coordenação são naturalmente<br />
usadas pela criança antes dos nados oficiais. Uma grande extensão de<br />
movimentos são explorados e considerados informalmente <strong>para</strong> propelir o<br />
corpo na água. A ampla experiência é estimulada <strong>para</strong> melhoria da habilidade,<br />
<strong>para</strong> estabilização dos nados rudimentares e <strong>para</strong> domínio, posteriormente, em<br />
outra etapa, dos nados formais avançados.<br />
Com este método que explora as variedades de meios de mover-se<br />
na água, auxilia o aumento da eficiência dos movimentos da criança nos nados<br />
oficiais, porque aumenta o conhecimento cognitivo e a base experimental na<br />
água.<br />
As atividades <strong>proposta</strong>s são aquelas que estimulam formas<br />
diferentes de combinar os movimentos de braços, pernas e respiração na<br />
superfície e debaixo d’água.<br />
Os comportamentos que indicam a prontidão desta habilidade são;<br />
- Crawl tipo cachorrinho<br />
- Crawl remador<br />
- Crawl rudimentar<br />
- Coordenações diversas, nas posições ventral e dorsal<br />
diferenciadas dos padrões formais.
3 OS MATERIAIS PEDAGÓGICOS<br />
Consideramos de fundamental importância <strong>para</strong> o desenvolvimento das<br />
componentes acima citadas em <strong>bebês</strong> e <strong>pré</strong>-<strong>escolares</strong>, a criação de um<br />
ambiente propício a aprendizagem. E como componente ambiental essencial<br />
de nossa <strong>proposta</strong> <strong>metodológica</strong> destacamos os materiais pedagógicos. Estes<br />
têm a função de dar suporte à aprendizagem, são a ferramenta do aprender.<br />
Eles estimulam a criança a descobrir, experimentar, inventar,<br />
explorar, analisar e com<strong>para</strong>r. Os materiais pedagógicos funcionam como<br />
brinquedos aquáticos, criando momentos lúdicos de exploração.<br />
Em nossa <strong>proposta</strong> qualquer material pode converter-se em algo<br />
<strong>para</strong> jogar e movimentar na água, desde que sirva à criança de forma lúdica.<br />
Na efetivação deste processo se torna importante também a<br />
estruturação e classificação dos materiais pedagógicos. Dentre os materiais<br />
utilizados em nossas aulas de natação apresentamos <strong>uma</strong> classificação em<br />
três grandes grupos os quais permitem melhor seleção e utilização dos<br />
mesmos nos planejamentos diários. Esses grupos são:<br />
- Grandes equipamentos;<br />
- Implementos flutuadores;<br />
- Pequenos materiais de funções diversas.<br />
3.1 Grandes equipamentos<br />
Neste grupo de materiais incluímos os brinquedos de tubos,<br />
estrutura de PVC, pneus de borracha, arcos, rolos, piscinas de “telinha”,<br />
escorregadores e outros.<br />
Os grandes equipamentos são todos aqueles materiais de grande<br />
porte visualmente atrativos por seu tamanho e cores. Eles motivam, pois são<br />
novidades <strong>para</strong> as crianças, mas também são familiares a elas em razão de<br />
sua semelhança a parques de diversões.<br />
As crianças iniciantes e que têm medo, se distraem e “esquecem” o<br />
medo focalizando sua atenção no equipamento atrativo. Elas se sentem<br />
atraídas e motivadas a se moverem na água até os referidos brinquedos.<br />
Os grandes equipamentos criam um ambiente propício à exploração<br />
e levam as crianças a buscarem alternativas variadas de ação.<br />
Sua organização e distribuição no espaço aquático de forma criativa<br />
e diversificada é de fundamental importância na motivação <strong>para</strong> exploração e<br />
consequentemente <strong>para</strong> o desenvolvimento das habilidades aquáticas.
O inestimável valor dos grandes equipamentos está no alcance de<br />
metas através de estímulos e decisões próprias, ou seja, a criança controla sua<br />
ação, toma suas próprias iniciativas tornando seu progresso mais seguro e sem<br />
riscos.<br />
A livre exploração destes materiais permite conquistas gradativas e<br />
constantes, pois o domínio de <strong>uma</strong> ação dá abertura a novos caminhos<br />
exploratórios mais complexos. Assim adquirem e aperfeiçoam os padrões das<br />
habilidades aquáticas podendo ser utilizados desde os <strong>bebês</strong> até as crianças<br />
mais habilidosas.<br />
A esses equipamentos associam-se habilidades naturais de<br />
engatinhar, correr, saltar, dependurar, rolar, trepar, escorregar com as<br />
habilidades específicas como o controle respiratório, flutuação, imersões e<br />
propulsões.<br />
Os grandes equipamentos servem também como locais de descanso<br />
e de segurança podendo ser utilizados em diferentes locais da piscina.<br />
3.2 Implementos flutuadores<br />
Fazem parte deste acervo todos os implementos flutuadores do<br />
comércio e outros alternativos, como sucatas, flutuadores de braços, bóias<br />
circulares, aquatubos, pranchas, “cotonetes gigantes”, garrafas descartáveis,<br />
bolas e outros.<br />
Este grupo de materiais é representado pôr todos aqueles materiais<br />
que oferecem apoio e sustentação ao corpo permitindo a livre e precoce<br />
experimentação do equilíbrio e propulsão.<br />
Neles estão inclusos todos os tipos de materiais que oferecem apoio<br />
e estabilidade à criança, deixando-a em flutuação na superfície da água e<br />
permitindo que experimente o prazer do corpo em flutuação, mesmo que de<br />
forma facilitada, desde os primeiros meses de vida.<br />
Este grupo inclui desde materiais que dão muito apoio e oferecem<br />
grande estabilidade até aqueles que dão pouco apoio e oferecem pequena<br />
estabilidade.<br />
À medida que as crianças vão melhorando sua habilidade de<br />
equilíbrio, aumenta-se a dificuldade dos implementos, ou seja, utilizam-se<br />
implementos mais estáveis inicialmente até chegarmos à utilização dos mais<br />
instáveis.<br />
Igualmente variam-se a forma e local de apoio destes materiais do<br />
corpo da criança. Partimos da utilização sob as axilas, passando pelo uso sob<br />
o peito até chegarmos no apoio somente nas mãos.
Sua utilização propicia o desenvolvimento das habilidades de<br />
equilíbrio e propulsão desde as etapas iniciais até as mais avançadas de<br />
acordo com a utilização correta e diversificada dos diferentes níveis de<br />
dificuldade dos flutuadores.<br />
3.3 Pequenos materiais de funções diversas<br />
Por fim temos o grupo dos pequenos materiais de funções<br />
diversificadas. Entre os de distração temos a gama de pequenos materiais que<br />
distraem, tornam o ambiente familiar, devido a semelhança com seus<br />
brinquedos de casa além de motivarem as crianças a se movimentarem. São<br />
exemplos as bolas, carrinhos, copinhos, bichinhos, bonecas e outros.<br />
São aqueles de pequeno porte que incluem desde os brinquedos<br />
<strong>para</strong> distração e motivação até aos materiais de funções cognitiva e<br />
respiratória.<br />
Estes materiais permitem à criança explorar intensamente o jogo<br />
simbólico dramatizando situações familiares; das próprias aulas de natação e<br />
outras de sua realidade infantil. Com isso o pequeno descarrega suas tensões,<br />
enfrenta suas dificuldades e expressa seus desejos e fantasias.<br />
Encher e esvaziar recipientes; alimentar, dar banho e ensinar as<br />
bonecas a nadarem, empurrar carrinho, organizar e lavar bichinhos são alguns<br />
de seus brinquedos prediletos.<br />
As pequenas bolinhas fazem a felicidade dos <strong>bebês</strong> e também das<br />
crianças maiores devido à sua ampla possibilidade de brincadeiras, inclusive os<br />
jogos desportivos adaptados à água.<br />
Os pequenos brinquedos são de muito valor <strong>para</strong> as crianças<br />
iniciantes, inseguras, ou que têm medo da água. Muitas vezes se agarram a<br />
um brinquedo como se tentassem repartir com eles suas dúvidas, angústias e<br />
inseguranças, só os abandonando após se organizarem internamente ou<br />
alcançarem a meta <strong>proposta</strong>.<br />
Também estão neste grupo todos os tipos de jogos cognitivos como<br />
blocos lógicos, quebra-cabeças, jogos de encaixe, dominós, jogos de memória,<br />
letras, números e todo tipo de materiais plásticos ou de borracha que<br />
estimulem o aspecto cognitivo.<br />
Estes brinquedos estimulam os jogos de construção tão importantes<br />
aos menores e também motivam as crianças a se deslocarem várias vezes na<br />
piscina em busca de <strong>uma</strong> peça do brinquedo, dando assim um significado à<br />
sua ação e tornando o clima das aulas mais propício às investigações motoras<br />
e intelectuais, desde os <strong>bebês</strong> até os maiores e mais habilidosos.<br />
Outros pequenos materiais são os que estimulam e exploram o<br />
controle respiratório como tubos de linhas, regadores, apitos, bolinhas de ping-
pong, mangueiras e todo tipo de materiais que afundam como argolas, bastões<br />
e bichinhos.<br />
Da mesma forma estes materiais facilitam e motivam o ganho da<br />
habilidade respiratória tornando a atividade significativa <strong>para</strong> as crianças, ou<br />
seja, despertando seu interesse com algo que faça parte de sua realidade e<br />
chame sua atenção.<br />
CONCLUSÃO<br />
Através da exploração de materiais de forma intensa e adequada, há<br />
<strong>uma</strong> forte estimulação do sistema sensório-perceptivo, o qual se converte em<br />
ganho de <strong>uma</strong> grande noção espaço-temporal e consciência corporal. São<br />
criadas assim, condições <strong>para</strong> que a criança se ajuste à água e organize seus<br />
movimentos tanto sob o ponto de vista motor quanto afetivo e cognitivo. A<br />
criança adquire competência aquática e autonomia.<br />
Assim se cria também <strong>uma</strong> forte base que se reverte em facilidades<br />
e eficiência na posterior aprendizagem e técnica dos estilos, saídas e viradas<br />
oficiais.<br />
Além disso, o interesse e motivação das crianças é tão grande que<br />
adicionado aos bons resultados se cria o gosto e o prazer pela natação,<br />
contribuindo <strong>para</strong> a formação de crianças participativas, criativas,<br />
independentes, seguras e felizes.
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DADOS PESSOAIS<br />
Egle Ribeiro da Luz<br />
egleluz@uol.com.br<br />
Academia Golfinho de Ouro<br />
Avenida Nicomedes Alves dos Santos, 240<br />
Bairro: Altamira<br />
Uberlândia – MG- Brasil<br />
Cep: 38400-170<br />
Fone: (55) 34 3219-3888
ÍNDICE<br />
1 INTRODUÇÃO............................................................................................ 1<br />
2 OS COMPONENTES FUNDAMENTAIS DAS HABILIDADES<br />
AQUÁTICAS ...................................................................................................... 2<br />
2.1 Equilíbrio .............................................................................................. 2<br />
2.1.1 Equilíbrio Vertical com Apoio Plantar............................................ 2<br />
2.1.2 Equilíbrio em Locais Profundos, com Auxílio de Implementos<br />
Flutuadores ................................................................................................. 3<br />
2.1.3 Equilíbrio Horizontal - Flutuação Ventral e Dorsal ........................ 4<br />
2.1.4 Equilíbrio Misto e Dinâmico: Deslizes, Giros, Balanços e<br />
Inversões..................................................................................................... 5<br />
2.1.5 Combinação de Habilidades e Destrezas Terrestres e................. 7<br />
2.2 Respiração........................................................................................... 8<br />
2.2.1 Bloqueio Respiratório.................................................................... 8<br />
2.2.2 Imersões ....................................................................................... 9<br />
2.2.3 Ritmo Respiratório ...................................................................... 10<br />
2.3 Propulsão........................................................................................... 10<br />
2.3.1 Propulsão de Pernas .................................................................. 10<br />
2.3.2 Propulsão de Braços................................................................... 11<br />
2.4 Coordenações.................................................................................... 12<br />
3 OS MATERIAIS PEDAGÓGICOS ............................................................ 13<br />
3.1 Grandes equipamentos...................................................................... 13<br />
3.2 Implementos flutuadores.................................................................... 14<br />
3.3 Pequenos materiais de funções diversas........................................... 15<br />
CONCLUSÃO .................................................................................................. 16<br />
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................ 17