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aperfeiçoamento do nado costas - Aquabarra

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LEONARDO DE A. DELGADO.<br />

APERFEIÇOAMENTO DO NADO COSTAS<br />

2006


Índice<br />

1 DEFINIÇÃO E CONSIDERAÇÕES............................................................. 3<br />

2 POSIÇÃO DO CORPO ............................................................................... 3<br />

3 POSIÇÃO DA CABEÇA .............................................................................. 3<br />

4 AÇÃO DOS BRAÇOS ................................................................................. 4<br />

4.1 Fase Área ............................................................................................ 4<br />

4.1.1 Recuperação................................................................................. 4<br />

4.1.2 Entrada da Mão na Água .............................................................. 5<br />

4.2 Fase Aquática ...................................................................................... 5<br />

4.2.1 Apoio............................................................................................. 5<br />

4.2.2 Tração........................................................................................... 5<br />

4.2.3 Empurrada .................................................................................... 6<br />

4.2.4 Finalização.................................................................................... 6<br />

5 AÇÃO DAS PERNAS.................................................................................. 6<br />

5.1 Movimento Ativo (Ação Ascendente) ................................................... 7<br />

5.2 Movimento Passivo (Ação Descendente) ............................................ 7<br />

6 RESPIRAÇÃO............................................................................................. 7<br />

7 SAÍDA ......................................................................................................... 7<br />

7.1 Posição Preparatória............................................................................ 7<br />

7.2 Deixan<strong>do</strong> a Marca (Fase Aérea) .......................................................... 7


NADO DE COSTAS<br />

1 DEFINIÇÃO E CONSIDERAÇÕES<br />

O na<strong>do</strong> de <strong>costas</strong>, que tal como o nome indica é regulamenta<strong>do</strong> pela<br />

FINA(Federação Internacional de Natação Ama<strong>do</strong>ra) com a obrigação ao<br />

nada<strong>do</strong>r de conservar a posição deitada, com o ab<strong>do</strong>me para cima, em to<strong>do</strong> o<br />

percurso da prova. Os braços se alternam continuamente um em relação ao<br />

outro, com recuperação se dan<strong>do</strong> de fora d’água e em seguida entran<strong>do</strong><br />

novamente na água para efetuar a fase propulsiva da braçada.<br />

O batimento de pernas tem um ritmo alterna<strong>do</strong>, realiza<strong>do</strong> no plano<br />

vertical, e está sincroniza<strong>do</strong> com o movimento <strong>do</strong>s braços que agem,<br />

estendi<strong>do</strong>s, executan<strong>do</strong> as suas ações alternadas, pois enquanto um age<br />

n’água o outro é recupera<strong>do</strong> por cima d’água.<br />

2 POSIÇÃO DO CORPO<br />

Está intimamente relacionada à eficiência de seus movimentos de<br />

braços e pernas e sua coordenação entre si. Deve na horizontal, em decúbito<br />

<strong>do</strong>rsal, o mais paralelo possível ao nível da água, sem permitir queda <strong>do</strong>s<br />

quadris, que devem estar mais submersos que o tronco, para facilitar o<br />

movimento das pernas. O queixo deverá formar com o pescoço um suporte<br />

ligeiramente angular de 30°, provocan<strong>do</strong> um ligeiro afundar <strong>do</strong>s quadris, para<br />

facilitar o movimento das pernas.<br />

Os quadris devem ser manti<strong>do</strong>s altos e fixos com uma ligeira<br />

oscilação que apenas acompanhe o trabalho de pernas e a movimentação <strong>do</strong><br />

tronco. Entretanto, a tendência a “sentar” na água levan<strong>do</strong> o quadril afundar<br />

mais <strong>do</strong> que necessário deve ser evita<strong>do</strong>.<br />

Vistos por trás, os ombros <strong>do</strong> nada<strong>do</strong>r devem estar realizan<strong>do</strong> um<br />

rolamento em direção ao braço que está tracionan<strong>do</strong>, devem atingir um desvio<br />

máximo <strong>do</strong> plano horizontal quan<strong>do</strong> a mão e o braço passarem através <strong>do</strong><br />

plano <strong>do</strong> ombro, de aproximadamente 45°, tornan<strong>do</strong> compatível com a<br />

mecânica da ação <strong>do</strong>s braços.<br />

Ven<strong>do</strong> o nada<strong>do</strong>r de cima, seu “eixo longitudinal” deve estar em<br />

linha com a direção desejada <strong>do</strong> movimento. Não deve também haver flexão <strong>do</strong><br />

corpo devi<strong>do</strong> ao movimento <strong>do</strong>s membros, o que tenderá a aumentar a<br />

superfície de resistência e o atrito <strong>do</strong> na<strong>do</strong>.<br />

3 POSIÇÃO DA CABEÇA


O nível d’água deve estar no meio da cabeça e logo abaixo <strong>do</strong><br />

queixo, com a cabeça imóvel, como se fosse uma plataforma, em torno da qual<br />

girassem os braços.<br />

A onda formada em torno da cabeça pode servi de apoio<br />

proporcionan<strong>do</strong> uma posição cômoda, como se estivesse sobre um travesseiro,<br />

rosto fora d’água, como o queixo a um ângulo de 30° aproximadamente, em<br />

relação ao tórax pois os olhos precisam manter um ângulo aproximadamente<br />

de 45° com a linha da água. Os ouvi<strong>do</strong>s ficam submersos, queixo contraí<strong>do</strong>,<br />

mas ajusta<strong>do</strong> levem, ente na posição.<br />

Um ligeiro movimento é executa<strong>do</strong> pela cabeça para a lateral, após<br />

passar pelas bandeirolas de aviso paras as viradas, a fim de se situar o<br />

nada<strong>do</strong>r, para a execução da volta.<br />

Alguns nada<strong>do</strong>res, especialmente os velocistas, gostam de manter<br />

alta a cabeça e o fazem em virtude de uma pernada forte, <strong>do</strong> aumento da<br />

velocidade e da elevação <strong>do</strong> corpo.<br />

4 AÇÃO DOS BRAÇOS<br />

Os braços executam movimentos de rotação alterna<strong>do</strong>s e<br />

diferencia<strong>do</strong>s, forman<strong>do</strong> as principais forças propulsivas <strong>do</strong> na<strong>do</strong>. Podemos<br />

dividir o na<strong>do</strong> de <strong>costas</strong>, como o "crawl", em duas etapas distintas da ação <strong>do</strong>s<br />

braços:<br />

- Fase aérea, ou fora d'água, e<br />

- Fase aquática, dentro d'água.<br />

4.1 Fase Área<br />

4.1.1 Recuperação<br />

O início desta fase se dá com o braço ainda submerso, palma da<br />

mão giran<strong>do</strong> para dentro, sen<strong>do</strong> que o polegar será o primeiro a romper a<br />

superfície.<br />

Na fase área, o braço estará estendi<strong>do</strong> na lateral <strong>do</strong> corpo e acima<br />

da água, então o mesmo sofre um relaxamento e parte para o início da<br />

recuperação, com o pulso completamente solto, o que obriga uma queda da<br />

mão e impede um atrito em seu <strong>do</strong>rso.<br />

O braço recupera-se diretamente para cima, estendi<strong>do</strong> e inicia a<br />

rotação, giran<strong>do</strong> a palma da mão para fora quan<strong>do</strong> se encontra sobre o ombro<br />

(momento que o corpo tem uma rotação de 40° a 50°) e vai descen<strong>do</strong> até a<br />

entrada na água, passan<strong>do</strong> com o braço próximo a orelha ao entrar na água.<br />

O braço parte para um movimento solto, mas retilíneo, para trás, em<br />

direção à linha <strong>do</strong> ombro, até o ponto de entrada da mão.


4.1.2 Entrada da Mão na Água<br />

Corresponde a colocação <strong>do</strong> braço na água que deve estar no<br />

prolongamento <strong>do</strong> corpo, com o braço muito próximo <strong>do</strong> ouvi<strong>do</strong>, palma da mão<br />

para fora entran<strong>do</strong> primeiro o de<strong>do</strong> mínimo.<br />

O ponto de entrada deve ser toma<strong>do</strong> atrás da cabeça, ligeiramente<br />

fora <strong>do</strong> eixo central <strong>do</strong> corpo. A mão terá seu de<strong>do</strong> mínimo como condutor, e<br />

formará em sua entrada, um ângulo de aproximadamente 145° com o<br />

antebraço ten<strong>do</strong>-se em vista o que for forma<strong>do</strong> pela colocação da mão e o eixo<br />

central <strong>do</strong> corpo.<br />

É muito importante a não flexão <strong>do</strong> braço durante a entrada.<br />

4.2 Fase Aquática<br />

4.2.1 Apoio<br />

É a posição da mão que encontra a primeira resistência oferecida<br />

pela água, e que tem uma profundidade que varia de nada<strong>do</strong>r para nada<strong>do</strong>r e<br />

está intimamente ligada ao rolamento <strong>do</strong> ombro e flexibilidade <strong>do</strong> atleta.<br />

O apoio com a tração, mão deve ser feito com os de<strong>do</strong>s uni<strong>do</strong>s, para<br />

evitar uma posição incomoda e um conseqüente desgaste desnecessário.<br />

4.2.2 Tração<br />

Após o apoio ou a “pegada”, inicia-se a fase seguinte, que vai desde<br />

o apoio até que a mão alcance o cotovelo que não age nesta fase, fican<strong>do</strong><br />

como ponto fixo.<br />

O movimento para baixo <strong>do</strong> braço que entra na água, na sua fase<br />

final de recuperação, faz com que ele afunde ainda estendi<strong>do</strong>. O cotovelo<br />

começa a se flexionar enquanto o braço é puxa<strong>do</strong> para baixo e lateralmente.<br />

Vai acentuan<strong>do</strong> a flexão <strong>do</strong> cotovelo enquanto a palma da mão fica voltada em<br />

direção aos pés. Após a passagem <strong>do</strong> braço pelo alinhamento <strong>do</strong> ombro, o<br />

cotovelo atinge a sua flexão máxima e começa a se estender trazen<strong>do</strong>-a<br />

próxima ao corpo, finalizan<strong>do</strong> o movimento com o braço em extensão.<br />

O trajeto em arco, descrito pela mão na água, significa sua procura<br />

das superfícies propulsivas, o que assegura uma resistência constante da água<br />

na palma da mão, o que não pode ser sempre na mesma direção,<br />

perpendicular a linha da puxada.


4.2.3 Empurrada<br />

Quan<strong>do</strong> a mão alcança o cotovelo, ela passa a ser empurrada por<br />

ele, para frente em direção aos pés.<br />

O punho continua em hiperextensão, para permitir que a mão se<br />

oponha à linha perpendicular da empurrada, continuan<strong>do</strong> sua trajetória em arco<br />

inclina<strong>do</strong>.<br />

O cotovelo faz a empurrada da mão, até sua extensão total.<br />

4.2.4 Finalização<br />

Ocorre quan<strong>do</strong> a extensão total <strong>do</strong> braço próximo ao corpo, com a<br />

palma para baixo em direção <strong>do</strong>s quadris e ligeira rotação <strong>do</strong> corpo.<br />

A extensão <strong>do</strong> braço se dá até mais ou menos 10 cm da coxa,<br />

quan<strong>do</strong> se executa uma chicotada final.<br />

5 AÇÃO DAS PERNAS<br />

As pernas realizam movimentos alterna<strong>do</strong>s e diferencia<strong>do</strong>s,<br />

começan<strong>do</strong> à partir da articulação coxo-femural, em rito ativo e passivo e com<br />

amplitude normal.<br />

Inicia-se na articulação da coxa executan<strong>do</strong> movimento flexível das<br />

pernas e sua batida forte deve ser efetuada para cima, ou seja, no trajeto<br />

ascendente. O movimento deverá ser com soltura de toda a perna com<br />

batimento <strong>do</strong>s pés soltos a ponto de sentir a resistência da água no peito <strong>do</strong>s<br />

pés. O joelho tem uma semiflexão mais acentuada <strong>do</strong> que no estilo crawl.<br />

Uma pernada forte e efetiva é a chave <strong>do</strong> na<strong>do</strong> de <strong>costas</strong> e ela<br />

implica não apenas no equilíbrio <strong>do</strong> corpo, mas na propulsão real, que deve ser<br />

mantida com ritmo de 6 (seis) batidas para cada ciclo completo de braços. Um<br />

batimento fraco de pernas pode produzir uma rotação irregular e bamboleio <strong>do</strong>s<br />

quadris.<br />

É preciso conseguir a máxima flexão <strong>do</strong>as tornozelos, para uma<br />

pernada solta e com trabalho evidente. Os pés são ligeiramente volta<strong>do</strong>s para<br />

dentro conseqüência de uma posição cômoda, além de um maior raio de ação<br />

de força na superfície propulsora, embora os pés não devam romper a linha da<br />

água, ten<strong>do</strong> apenas um efeito de ebulição.


5.1 Movimento Ativo (Ação Ascendente)<br />

É o movimento de baixo para cima, com tornozelos relaxa<strong>do</strong>s, joelho<br />

levemente flexiona<strong>do</strong>, com o pé ligeiramente volta<strong>do</strong> para dentro.<br />

É preciso que se diga que a flexão da perna no na<strong>do</strong> de <strong>costas</strong> é<br />

maior que a <strong>do</strong> crawl, em virtude da “pegada” de água que tem que ser feita<br />

por ela.<br />

5.2 Movimento Passivo (Ação Descendente)<br />

É o relaxamento da parte ativa, com extensão total de perna,<br />

manten<strong>do</strong> o pé em posição natural.<br />

O movimento <strong>do</strong> batimento para baixo contribui substancialmente<br />

para a elevação <strong>do</strong> quadril e a manutenção da posição desejável <strong>do</strong> corpo, no<br />

entanto o batimento para baixo contribui muito pouco com o movimento <strong>do</strong><br />

na<strong>do</strong> para frente.<br />

6 RESPIRAÇÃO<br />

Devi<strong>do</strong> à posição <strong>do</strong> corpo, onde rosto permanece fora da água, é<br />

mais fácil à respiração. A inspiração deverá ser feita pela boca quan<strong>do</strong> um<br />

braço fizer a recuperação, e a expiração quan<strong>do</strong> fizer a tração pelo outro braço.<br />

O ritmo respiratório pode ser adapta<strong>do</strong> a qualquer braço indiferentemente.<br />

7 SAÍDA<br />

7.1 Posição Preparatória<br />

Dentro d’água, com o corpo posiciona<strong>do</strong> à frente da borda, mãos<br />

seguran<strong>do</strong> na borda (ou alça <strong>do</strong> bloco), afastadas a largura <strong>do</strong>s ombros, braços<br />

estendi<strong>do</strong>s e cabeça entre eles, inclinada na direção da parede olhan<strong>do</strong> para<br />

as mãos.<br />

Pernas flexionadas e afastadas com a planta <strong>do</strong>s pés na parede,<br />

paralelos ou não, abaixo <strong>do</strong> nível d’água.<br />

7.2 Deixan<strong>do</strong> a Marca (Fase Aérea)<br />

Flexão <strong>do</strong>s braços para a aproximação <strong>do</strong> corpo à borda. Empurrada<br />

com os pés à parede estenden<strong>do</strong> joelhos e quadris e lançan<strong>do</strong> o corpo para<br />

cima e para trás, juntamente com os braços que realizam um movimento para<br />

forra, em arco até os polegares se tocarem.


A cabeça seguira a trajetória <strong>do</strong>s braços que serão lança<strong>do</strong>s pelo<br />

la<strong>do</strong> <strong>do</strong> corpo e acima d’água encontran<strong>do</strong>-se atrás <strong>do</strong> mesmo, em extensão<br />

total, com as mãos sobrepostas, palmas para cima.<br />

Neste momento há uma extensão total das pernas, as <strong>costas</strong> devem<br />

estar fora d’água durante o vôo. A reentrada e atlética estendida, os de<strong>do</strong>s<br />

primeiros as <strong>costas</strong> levemente arqueadas para cima.


Saída<br />

Viradas<br />

Na<strong>do</strong> de <strong>costas</strong><br />

Posição <strong>do</strong> corpo:<br />

- Corpo em posição de cócoras - mãos no ponto de apoio<br />

- Pernas impulsionam a parede<br />

- Corpo projeta<strong>do</strong> para cima e para trás com extensão <strong>do</strong> tronco<br />

- Mãos e braços são lança<strong>do</strong>s para os la<strong>do</strong>s e estendi<strong>do</strong>s para trás<br />

- Cabeça é lançada para trás com extensão <strong>do</strong> pescoço<br />

- Mãos entram primeiro na água<br />

- Sem alterar o ritmo <strong>do</strong> na<strong>do</strong><br />

- Girar para um <strong>do</strong>s la<strong>do</strong>s (da posição em decúbito <strong>do</strong>rsal para<br />

ventral)<br />

- Efetuar movimento <strong>do</strong> braço que está ao la<strong>do</strong> da coxa<br />

- Braços ao la<strong>do</strong> das coxas<br />

- Flexione o pescoço (empurran<strong>do</strong> a cabeça para baixo)<br />

- Movimente os quadris e pernas<br />

- Girar o corpo sobre o ab<strong>do</strong>me<br />

Segun<strong>do</strong> o que temos visto sobre o princípio da impulsão, o corpo<br />

deve estar o mais paralelo possível à água, para diminuir as zonas de atrito. A<br />

maior ou menor capacidade de flutuação revela o melhor ou o pior nada<strong>do</strong>r de<br />

<strong>costas</strong>. Podemos afirmar que a extensão <strong>do</strong> corpo favorece a flutuação;<br />

entretanto, normalmente, as escapulas se encontram mais que os quadris, em<br />

virtude da busca <strong>do</strong> equilíbrio dinâmico.<br />

A horizontalidade <strong>do</strong> deslocamento <strong>do</strong> centro de gravidade é<br />

perturbada pelo mecanismo rotativo da ação <strong>do</strong>s braços, em razão da fraca<br />

profundidade alcançada pelos mesmos. Por outro la<strong>do</strong>, as oscilações laterais<br />

têm, neste na<strong>do</strong>, tendências a serem mais intempestivas uma vez que estão<br />

ligadas à passagem alternada <strong>do</strong>s braços no plano lateral.<br />

Em 100 metros de na<strong>do</strong> de <strong>costas</strong>, parece que a maioria <strong>do</strong>s<br />

nada<strong>do</strong>res procura uma posição de força, apresentan<strong>do</strong> uma ligeira<br />

concavidade ab<strong>do</strong>minal. Esta posição favorece o trabalho de pernas, bem<br />

como a melhor colocação da força. Isto, entretanto, não se traduz por regra; e<br />

quem nos afirma é o recordista mundial, o alemão Roland Matthes, que tem<br />

uma posição de corpo bem horizontal em qualquer distância, com ligeira<br />

elevação <strong>do</strong>s quadris acima da linha de superfície. A ação alternativa das<br />

pernas pode atenuar consideravelmente as exageradas oscilações laterais,<br />

porque existe o rolamento natural <strong>do</strong> corpo que deve ser efetua<strong>do</strong> sem perda<br />

de posição. O rolamento acompanha a submersão <strong>do</strong> braço que procura o local


exato da aplicação da força, é preciso, entretanto, efetuar pouco rolamento,<br />

para maior eficiência da propulsão.<br />

Não se deve dizer ao nada<strong>do</strong>r para realizar o rolamento, mas dar-lhe<br />

condições de efetuá-lo, uma vez que não se faz o rolamento porque se quer,<br />

mas em virtude da ação-reação A elevação da cabeça é mais ou menos<br />

individual, sen<strong>do</strong>, no entanto, aconselhável que as orelhas estejam fora d'água,<br />

e o queixo um pouco eleva<strong>do</strong>.<br />

Ação <strong>do</strong>s braços:<br />

Podemos dividir o na<strong>do</strong> de <strong>costas</strong>, como o "crawl", em duas etapas<br />

distintas da ação <strong>do</strong>s braços: uma aérea, ou fora d'água, e outra dentro d'água.<br />

Como deve agir o braço na saída?<br />

Deve sair com o polegar dirigi<strong>do</strong> para cima, palmas das mãos para<br />

dentro. O braço se movimenta no plano vertical, dirigin<strong>do</strong>-se em linha reta para<br />

a água, na extensão <strong>do</strong> ombro. Ao se aproximar da superfície da água, executa<br />

uma pronação, de mo<strong>do</strong> que a palma da mão se dirija para fora e coincida a<br />

entrada <strong>do</strong> braço na água com o de<strong>do</strong> mínimo dirigi<strong>do</strong> para baixo.<br />

Ação subaquática <strong>do</strong>s braços:<br />

Quan<strong>do</strong> entra na água, em virtude <strong>do</strong> rolamento, o braço procura<br />

maior profundidade em busca <strong>do</strong> apoio. Assim que o braço encontra o apoio,<br />

inicia a fase da tração, que é marcada pela flexão da articulação <strong>do</strong> cotovelo,<br />

até um ângulo reto, inician<strong>do</strong> a fase da puxada, que deveria ser chamada de<br />

"empurrada", uma vez que se efetua para a frente, com uma extensão <strong>do</strong> braço<br />

que termina com a palma da mão voltada para o fun<strong>do</strong> da piscina, abaixo <strong>do</strong>s<br />

quadris. Quan<strong>do</strong> retiramos a mão da água, ela deve sair com o de<strong>do</strong> mínimo<br />

volta<strong>do</strong> para cima e a palma da mão voltada para dentro, evitan<strong>do</strong>-se dessa<br />

forma a resistência frontal e a sucção.<br />

Aqui podemos explicar a naturalidade <strong>do</strong> rolamento como reação<br />

normal de uma ação executada: quan<strong>do</strong> a mão pressiona para baixo, é natural<br />

a elevação <strong>do</strong> ombro que coincide com a entrada da outra mão, que, por não<br />

sentir o apoio logo na superfície, aprofunda-se, em virtude da elevação <strong>do</strong><br />

outro la<strong>do</strong> É o rolamento natural <strong>do</strong> corpo. Há necessidade de uma boa<br />

coordenação <strong>do</strong>s braços. Devem estar sempre em posições completamente<br />

opostas. A maior flexão <strong>do</strong> cotovelo se fará, quan<strong>do</strong> o outro braço estiver na<br />

vertical completa. Pode-se dizer que uma mão começa a tração, assim que a<br />

outra termina a puxada, o que faz com que haja sempre um braço em atividade<br />

motriz.<br />

Seqüência <strong>do</strong> na<strong>do</strong> de <strong>costas</strong>:<br />

1 - Tomada de apoio com uma das mãos<br />

3 - Meio da tração com uma das mãos e elevação da outra<br />

4- Puxada com uma das mãos e final de recuperação da outra


5- Puxada final com uma das mãos, "snap" e início de apoio com a outra<br />

6 - Volta ao número 1, movimento inverso<br />

7 - Seqüência <strong>do</strong> movimento de um braço: caminho a percorrer para uma<br />

puxada correta. Na tentativa de sermos claros, procuramos ilustrar o<br />

movimento coordena<strong>do</strong> <strong>do</strong> na<strong>do</strong> de <strong>costas</strong>, a fim de conseguirmos, pelas<br />

gravuras, o entendimento que talvez não tenhamos consegui<strong>do</strong> com nossas<br />

palavras.<br />

Saída:<br />

O nada<strong>do</strong>r está dentro d'água, mãos seguras na haste de partida,<br />

pés abaixo <strong>do</strong> nível da água, firma<strong>do</strong>s na parede da piscina; ao ouvir o sinal de<br />

"às suas marcas", faz pressão com os pés na parede (fig.54). eleva o tronco e<br />

inclina-o ligeiramente para a frente, com flexão <strong>do</strong>s braços, cabeça baixa para<br />

a frente; ao sinal <strong>do</strong> tiro de partida, lança-se para trás (fig. 55) e para cima,<br />

levan<strong>do</strong> a cabeça para trás e para baixo, braços sain<strong>do</strong> pela lateral, fazen<strong>do</strong>,<br />

na entrada da água, um arco com o tronco (fig.56)- Assim que o braço e a<br />

cabeça atingem a água, começam a perder sua efetividade; o nada<strong>do</strong>r inicia o<br />

movimento de pernas e a tração com um <strong>do</strong>s braços, continuan<strong>do</strong> em na<strong>do</strong><br />

completo, assim atinge a superfície.<br />

Viradas:<br />

O na<strong>do</strong> de <strong>costas</strong>, como o "crawl", tem <strong>do</strong>is tipos de virada: a<br />

simpies ou reversa, cujas gravuras estão à direita virada simples e a olímpica<br />

ou cambalhota, cujas gravuras estão à esquerda.<br />

virada cambalhota<br />

1° tipo (descrição): o nada<strong>do</strong>r se aproxima da borda da piscina; toca com a<br />

mão que tenha chega<strong>do</strong> primeiro, sem virar a cabeça, sem quebrar a linha <strong>do</strong>s<br />

ombros ou perder a posição das <strong>costas</strong>; flexiona as pernas s o corpo e vira-se<br />

para o la<strong>do</strong> da mão em a enquanto o outro braço permanece ao ' <strong>do</strong> corpo. No<br />

instante em que a virada coi a se efetuar, o braço que estava ao long corpo se<br />

movimenta para cima e para tn<br />

Sça


Exercícios <strong>do</strong> na<strong>do</strong> <strong>costas</strong><br />

01. Com o auxilio <strong>do</strong> professor, braços estendi<strong>do</strong>s atrás realizan<strong>do</strong> a perna<br />

de <strong>costas</strong>.<br />

02. Ainda com o professor, com os braços ao longo <strong>do</strong> corpo, realizar a<br />

pernada de <strong>costas</strong>; conseguin<strong>do</strong> o deslocamento o professor solta o<br />

aluno.<br />

03. Com a prancha, braços estendi<strong>do</strong>s atrás, realizar a pernada de <strong>costas</strong>.<br />

04. Dentro da piscina, para<strong>do</strong> com o auxilio <strong>do</strong> professor realizar a braçada<br />

de <strong>costas</strong>.<br />

05. Com a prancha, braços estendi<strong>do</strong>s à frente, realizar braçada de <strong>costas</strong>,<br />

sen<strong>do</strong> que vai um braço e volta o outro, pernada normal.<br />

06. Braços estendi<strong>do</strong>s ao longo <strong>do</strong> corpo, realizar pernada de <strong>costas</strong><br />

07. Braçada de <strong>costas</strong>, sen<strong>do</strong> que os <strong>do</strong>is braços juntos e pernada normal.<br />

08. Com pulbool, realizar pernada de <strong>costas</strong>.<br />

09. Braçada completa, sen<strong>do</strong> que só troca os braços a cada 6 pernadas.<br />

10. Com os pés para<strong>do</strong>s e cruza<strong>do</strong>s, o aluno deverá realizar a braçada de<br />

<strong>costas</strong>.<br />

11. Com os pés para<strong>do</strong>s e cruza<strong>do</strong>s, o aluno deverá realizar a braçada de<br />

<strong>costas</strong>.<br />

12. Braços, um estendi<strong>do</strong> ao longo <strong>do</strong> corpo, o outro para trás, realizar a<br />

pernada de <strong>costas</strong>.<br />

13. Pernada normal, braços, realizar a saída da mão da água, levar o braço<br />

até a orelha e voltar.<br />

14. Costas completo, vai braço direito, volta esquer<strong>do</strong>, o outro fica<br />

estendi<strong>do</strong> ao longo <strong>do</strong> corpo – pernada normal.<br />

15. A cada 2 pernadas de golfinho invertida, uma braçada de <strong>costas</strong>.<br />

16. Pernada de <strong>costas</strong> lateral alternan<strong>do</strong> o la<strong>do</strong> a cada 6 pernadas<br />

17. Pernada de <strong>costas</strong>, braços um ao longo <strong>do</strong> corpo o outro realizan<strong>do</strong> a<br />

braçada (alternan<strong>do</strong>)<br />

18. Braçada de <strong>costas</strong> com pernas cruzadas<br />

19. Vai crawl volta <strong>costas</strong><br />

20. Braçada de <strong>costas</strong> com o pulbol<br />

21. Costas Completo com a mão fechada.

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