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Novo cenário do ensino técnico - Senac

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14<br />

[ Integração ]<br />

Teleconferência debate juventude e drogas<br />

foto: Robson Nascimento<br />

Rede Sesc-<strong>Senac</strong> de Teleconferência<br />

promoveu, em 6 de novembro, um<br />

amplo debate sobre o tema Jovens<br />

e drogas: a sociedade em busca de soluções,<br />

com a participação de Nara<br />

Santos, oficial <strong>do</strong> escritório brasileiro<br />

<strong>do</strong> Programa das Nações Unidas<br />

sobre Drogas e Crime (UNODC); Esmeralda<br />

Ortiz, jornalista e escritora;<br />

e Fernan<strong>do</strong> Sobhie Diaz, médico e<br />

especialista de Gestão em Saúde da<br />

Superintendência de Atenção Básica<br />

da Secretaria Estadual de Saúde<br />

<strong>do</strong> Rio de Janeiro. Mais de 180 perguntas<br />

foram enviadas ao vivo pelos<br />

telespecta<strong>do</strong>res e houve 48 interações<br />

com o público via Twitter.<br />

Durante duas horas de transmissão<br />

<strong>do</strong>s estúdios <strong>do</strong> Con<strong>do</strong>mínio Sesc-<br />

<strong>Senac</strong>, no Rio de Janeiro, para mais<br />

de 400 salas e auditórios espalha<strong>do</strong>s<br />

pelos esta<strong>do</strong>s brasileiros, foram discuti<strong>do</strong>s<br />

os impactos sobre o uso das<br />

drogas ilícitas pelos jovens, o consumo<br />

cada vez maior <strong>do</strong> crack em<br />

nossa sociedade e as formas de tra-<br />

set|out 2012 | revista <strong>do</strong> senac | nº 713<br />

tamento da dependência química.<br />

A jornalista Bárbara Pereira mediou<br />

o debate, traduzi<strong>do</strong> na Língua Brasileira<br />

de Sinais (Libras) pela intérprete<br />

Gildete Amorim.<br />

Nara lembrou que, somente em 1998,<br />

as relações <strong>do</strong>s usuários com as drogas<br />

passaram a vigorar na agenda <strong>do</strong><br />

organismo internacional. “O debate<br />

se amplia na sociedade e passamos<br />

a abordar desde a prevenção à redução<br />

<strong>do</strong>s danos sociais causa<strong>do</strong>s pelas<br />

drogas. Um <strong>do</strong>s maiores problemas é<br />

que muitos usuários vivem na ilegalidade<br />

e se envolvem com o tráfico e<br />

a violência, o que dificulta a reabilitação”,<br />

explicou.<br />

Para Esmeralda, ex-viciada em<br />

crack por 12 anos, a falta de aceitação,<br />

os conflitos internos e a<br />

curiosidade são alguns <strong>do</strong>s motivos<br />

que levam o jovem ao contato<br />

com as drogas. “A pessoa é<br />

solitária, mas quan<strong>do</strong> coloca uma<br />

máscara, torna-se segura e acha<br />

que pode tu<strong>do</strong>, mas na verdade<br />

vira um escravo daquela situação”,<br />

afirmou.<br />

Os alunos da Escola Sesc de Ensino<br />

Médio gravaram perguntas para a<br />

teleconferência. Uma delas, sobre<br />

o tempo de recuperação <strong>do</strong> droga<strong>do</strong>,<br />

foi respondida por Fernan<strong>do</strong>,<br />

que destacou a importância da família<br />

e da comunidade. “O tempo<br />

varia muito e as drogas lícitas (álcool,<br />

psicotrópicos e fumo) ainda<br />

são graves problemas de saúde pública<br />

que demandam campanhas,<br />

recursos e longos tratamentos.”<br />

De acor<strong>do</strong> com o médico, é necessário<br />

constituir uma rede social<br />

para proteção de vulnerabilidades<br />

<strong>do</strong>s usuários de drogas: “A criação<br />

de serviços comunitários para tratamento<br />

de transtornos psíquicos,<br />

como o modelo de cuida<strong>do</strong> integral<br />

desenvolvi<strong>do</strong> pelos Centros<br />

de Atenção Psicossocial, no Rio de<br />

Janeiro”, sugeriu.

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