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A grande Babilônia - Assembleia de Deus do Cruzeiro

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<strong>Babilônia</strong>, a meretriz (17:1-6a).<br />

Não nos <strong>de</strong>vemos olvidar que o Apocalipse foi originalmente escrito para a igreja cristã<br />

primitiva, que sofria perseguições por parte <strong>do</strong> império romano. Essa perseguição era<br />

especialmente intensa porque os cristãos se recusavam a a<strong>do</strong>rar ao impera<strong>do</strong>r romano,<br />

conforme se requeria no culto ao impera<strong>do</strong>r. A besta saída <strong>do</strong> mar representa a Roma<br />

secular e pagã. Historicamente, representa o impera<strong>do</strong>r Nero; profeticamente, o «Nero<br />

redivivo» ou anticristo. A besta saída da terra representa a Roma religiosa, o culto ao<br />

impera<strong>do</strong>r (historicamente falan<strong>do</strong>); mas, profeticamente, ela representa o «João Batista»<br />

<strong>do</strong> anticristo, o falso profeta, que promoverá por to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong> o culto ao anticristo,<br />

mediante os meios <strong>de</strong> comunicação em massa. Na antiguida<strong>de</strong>, a própria cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Roma<br />

fora <strong>de</strong>ificada, e uma <strong>de</strong>usa, chamada «Roma», veio a ser a <strong>de</strong>usa protetora das cida<strong>de</strong>s<br />

romanas da Ásia Menor. Roma era a divinda<strong>de</strong> tutelar <strong>de</strong> Cartago. Em 29 a.C., foram<br />

erigi<strong>do</strong>s por Otávio templos <strong>de</strong>dica<strong>do</strong>s a «Dea Roma» e a «Divus Julius». Também houve<br />

templos <strong>de</strong>dica<strong>do</strong>s ao próprio Otávio em Pérgamo, na Nicomédia e naBitínia. Os<br />

remanescentes <strong>de</strong>sses templos pagãos até hoje po<strong>de</strong>m ser vistos em Pérgamo. E isso<br />

talvezseja os restos <strong>do</strong> «trono <strong>de</strong> Satanás», que figura na epístola à igreja <strong>de</strong> Pérgamo,<br />

neste livro <strong>do</strong> Apocalipse. Parece que o culto <strong>de</strong> Roma estava associa<strong>do</strong> à a<strong>do</strong>ração <strong>do</strong>s<br />

«impera<strong>do</strong>res faleci<strong>do</strong>s», ao passo que o culto ao impera<strong>do</strong>r dirigia-se aos impera<strong>do</strong>res<br />

reinantes. De tu<strong>do</strong> isso é que se <strong>de</strong>senvolveu uma espécie <strong>de</strong> <strong>do</strong>utrina da «Roma eterna».<br />

Não há que duvidar que o vi<strong>de</strong>nte João, no capítulo que passamos a comentar, zombava<br />

<strong>de</strong>ssa i<strong>de</strong>ia, sen<strong>do</strong> provável também que ele fustigava todas as formas da «i<strong>do</strong>latria<br />

romana», representadas no culto a Roma e no culto ao impera<strong>do</strong>r.<br />

A meretriz, que figura neste capítulo, é essa i<strong>do</strong>latria romana <strong>de</strong> muitas facetas, ainda que<br />

o culto ao impera<strong>do</strong>r seja o ponto mais <strong>de</strong>staca<strong>do</strong>, conforme se vê por to<strong>do</strong> o Apocalipse.<br />

Roma se tornara o centro das formas mais ousadas e horrendas <strong>de</strong> i<strong>do</strong>latria; mas João<br />

predisse que nada disso perduraria, pois estava con<strong>de</strong>na<strong>do</strong> a sofrer a mais contun<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong>rrota que se possa imaginar. Também não se <strong>de</strong>ve duvidar que João esperava que isso<br />

ocorresse em seus próprios dias, pois não antecipava a aplicação a «longo prazo» <strong>de</strong><br />

suas predições. Nessa expectação, que não se cumpriu em seus próprios dias, João não<br />

se mostrou diferente <strong>do</strong>s profetas <strong>do</strong> A.T., como Isaías, que esperava o reino messiânico<br />

para imediatamente <strong>de</strong>pois <strong>do</strong> julgamento da Assíria (ver os capítulos <strong>de</strong>z e onze <strong>do</strong> livro<br />

<strong>de</strong> Isaías); ou como Daniel, que pensou que o fim ocorreria imediatamente após o<br />

julgamento <strong>de</strong> Antíoco IV Epifânio. Jeremias esperava o reino para imediatamente <strong>de</strong>pois<br />

<strong>do</strong> retorno <strong>do</strong> exílio. É evi<strong>de</strong>nte, pois, que as visões <strong>do</strong>s profetas ultrapassavam seu<br />

próprio entendimento e as suas expectações pessoais, que tão frequentemente ficaram<br />

sem cumprimento, ainda que <strong>Deus</strong> tenha <strong>de</strong>creta<strong>do</strong> seu cumprimento para os últimos<br />

dias.<br />

Normalmente, as predições bíblicas têm um cumprimento a curto prazo e outro a longo<br />

prazo. Portanto, nos «últimos dias», veremos o aparecimento tanto <strong>de</strong> um império político,<br />

a fe<strong>de</strong>ração <strong>do</strong>s <strong>de</strong>z reinos, controlada pelo anticristo, que terá a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Roma<br />

como seu centro, como também veremos o aparecimento <strong>de</strong> um novo «culto ao<br />

impera<strong>do</strong>r», que consistirá da a<strong>do</strong>ração conferida ao homem <strong>do</strong> peca<strong>do</strong>. Esse culto tornarse-á<br />

tão forte que <strong>do</strong>minará as mentes <strong>do</strong>s homens e os tornará virtuais escravos<br />

da malignida<strong>de</strong>; pois Satanás será a<strong>do</strong>ra<strong>do</strong> por intermédio <strong>do</strong> anticristo (ver Ap 13:4). A<br />

maior perseguição religiosa <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os tempos será promovida pelos a<strong>de</strong>rentes <strong>do</strong> culto<br />

ao anticristo; e essa a<strong>do</strong>ração será corrupta e maligna <strong>de</strong> tal mo<strong>do</strong> que fará o comunismo<br />

parecer santo comparativamente.

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