Educação Infantil 1 - Corrigido_OK.pmd - Ministério da Educação
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Apesar desse avanço conceitual, é necessário reconhecer a necessi<strong>da</strong>de de articulação<br />
<strong>da</strong>s políticas e de ações práticas efetivas e integra<strong>da</strong>s entre os setores governamentais que<br />
desenvolvem essas políticas, para que as crianças com necessi<strong>da</strong>des educacionais especiais<br />
tenham acesso aos recursos e equipamentos especiais necessários ao processo de<br />
desenvolvimento e aprendizagem no âmbito <strong>da</strong> educação infantil.<br />
Os focos <strong>da</strong> política pública integra<strong>da</strong> devem ser: o desenvolvimento humano, a eqüi<strong>da</strong>de<br />
<strong>da</strong>s oportuni<strong>da</strong>des educativas e a participação de todos. Enfatizando o eixo <strong>da</strong> humanização,<br />
do desenvolvimento integral e do processo de aprendizagem, o acesso ao mundo <strong>da</strong> cultura<br />
e do conhecimento não pode ser desfocado de uma política de educação infantil que se diz<br />
democrática.<br />
3. Integração e inclusão, diferentes conceitos e práticas ?<br />
O conceito de integração tem origem no princípio ideológico e filosófico <strong>da</strong> normalização,<br />
criado na Dinamarca por Bank-Mikel Kelsen (l959) e amplamente adotado na Suécia, em l969.<br />
Esse conceito defendia, para as crianças com deficiências, modos de vi<strong>da</strong> e condições iguais<br />
ou pareci<strong>da</strong>s com as dos demais membros <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de. A idéia <strong>da</strong> normalização, como foi<br />
proposta, subentendia não tornar o indivíduo “normal”, mas torná-lo capaz de participar <strong>da</strong><br />
corrente natural <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, inclusive <strong>da</strong> escola.<br />
Surge, <strong>da</strong>í, o princípio de oferecer condições e oportuni<strong>da</strong>des iguais do ponto de vista<br />
educacional, e ativi<strong>da</strong>des sociais mais amplas, o que, na déca<strong>da</strong> de 70, nos EUA e em outros<br />
países, era denominado mainstreaming, que significa integrar as pessoas com deficiências à<br />
corrente principal <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>.<br />
Nesse conceito, a educação deveria ocorrer em ambiente o menos restritivo possível, e<br />
o atendimento às necessi<strong>da</strong>des individuais realizado preferencialmente no ensino regular.<br />
Somente os alunos com deficiências mais graves seriam encaminhados para escolas especiais.<br />
O conceito <strong>da</strong> integração, segundo Kaufman (1975) e Warnock (1978, apud MAZZOTA,<br />
1982 e CARVALHO, 1997) apresentava três dimensões abrangentes:<br />
• Integração Física: envolve o espaço e o tempo de convivência no mesmo ambiente.<br />
Assim, quanto maior fosse a oportuni<strong>da</strong>de de convivência, melhor seriam os<br />
resultados, desde que a escola e o ambiente fossem preparados adequa<strong>da</strong>mente e a<br />
integração ocorresse de forma “gra<strong>da</strong>tiva”. A outra dimensão, “locacional”, é a de<br />
que crianças matricula<strong>da</strong>s na escola comum disponham de classes especiais ou salas<br />
de recursos organizados para a educação especial, onde seriam prepara<strong>da</strong>s para a<br />
integração.<br />
• Integração Funcional: supõe a utilização dos mesmos recursos educacionais<br />
disponíveis no ensino comum.<br />
• Integração Social: diz respeito ao processo de interação com o meio, à comunicação<br />
e à inter-relação por meio <strong>da</strong> participação ativa nos grupos, na escola e na<br />
comuni<strong>da</strong>de.<br />
Embora a proposta de integração plena estivesse volta<strong>da</strong> para a inserção do aluno na<br />
classe comum e na comuni<strong>da</strong>de, a educação de crianças com deficiências acabou<br />
acontecendo de forma paralela em instituições especializa<strong>da</strong>s ou em classes especiais.<br />
INTRODUÇÃO 13