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Educação Infantil 1 - Corrigido_OK.pmd - Ministério da Educação

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profundo, vai além do ato de inserir, de trazer a criança para dentro do centro de educação<br />

infantil. Significa envolver, compreender, participar e aprender.<br />

Assim, no processo de inclusão, a criança com necessi<strong>da</strong>des educacionais especiais<br />

não pode ser vista apenas por suas dificul<strong>da</strong>des, limitações ou deficiências. Ela deve ser<br />

olha<strong>da</strong> na sua dimensão humana, como pessoa com possibili<strong>da</strong>des e desafios a vencer, de<br />

forma que os laços de soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de e afetivi<strong>da</strong>de não sejam quebrados.<br />

Essas são atitudes éticas que não implicam apenas no respeito ou valorização <strong>da</strong><br />

diferenças, mas em uma questão de posturas positivas, adequa<strong>da</strong>s e, acima de tudo, de<br />

compromisso pe<strong>da</strong>gógico para que o aluno construa, à sua maneira, o conhecimento, e avance<br />

na aprendizagem.<br />

Nesse sentido, AINSCOW (1995) afirma que se torna fun<strong>da</strong>mental a escola passar de<br />

uma visão estreita e mecanicista do ensino, na qual os alunos não progridem em virtude de<br />

suas dificul<strong>da</strong>des ou deficiências, e por isso necessitam de uma intervenção educacional<br />

especial, para adotar estratégias de transformação <strong>da</strong>s condições sociais e ambientais. Essa<br />

nova visão tem como eixo central o processo de aprendizagem na classe comum, a modificação<br />

e reorganização do sistema educativo.<br />

BARTOLOME (1994) alerta para o perigo <strong>da</strong> pe<strong>da</strong>gogia centra<strong>da</strong> na técnica, no poder<br />

do fetiche metodológico, que pode desviar o professor de uma atitude crítica e reflexiva<br />

sobre as estratégias adota<strong>da</strong>s. A crença em métodos fixos impedem a busca de alternativas<br />

de ensino e a criação de recursos e materiais que promovam a aprendizagem de todos os<br />

alunos.<br />

Essas concepções restritas, basea<strong>da</strong>s na limitação e no déficit, estão profun<strong>da</strong>mente<br />

enraiza<strong>da</strong>s no imaginário de algumas escolas que ain<strong>da</strong> crêem que a criança, em virtude de<br />

sua deficiência, necessita de um currículo especial, de abor<strong>da</strong>gens pe<strong>da</strong>gógicas diferentes e<br />

métodos de ensino especiais.<br />

Por isso, a responsabili<strong>da</strong>de pela educação desses alunos é delega<strong>da</strong> à educação especial.<br />

Essas crenças e mitos têm contribuído para que a escola não assuma o compromisso<br />

pe<strong>da</strong>gógico em relação às crianças com necessi<strong>da</strong>des educacionais especiais e nem inclua<br />

suas necessi<strong>da</strong>des específicas no projeto pe<strong>da</strong>gógico e no plano de desenvolvimento<br />

educacional do centro de educação infantil..<br />

A educação infantil, não somente a de crianças com necessi<strong>da</strong>des educacionais<br />

especiais, é uma situação educativa complexa que exige uma análise lúci<strong>da</strong> e crítica acerca<br />

dos contornos do contexto escolar, <strong>da</strong>s condições concretas existentes, dos conteúdos<br />

propostos e <strong>da</strong>s estratégias e alternativas metodológicas que aten<strong>da</strong>m as necessi<strong>da</strong>des de<br />

desenvolvimento, de interação, comunicação, autonomia, socialização e participação nas<br />

brincadeiras e ativi<strong>da</strong>des lúdicas.<br />

O eixo central <strong>da</strong> proposta inclusiva é proporcionar melhores condições de aprendizagem<br />

para todos por meio de uma transformação radical <strong>da</strong> cultura pe<strong>da</strong>gógica. Exige-se, assim,<br />

que as relações interpessoais e o fazer pe<strong>da</strong>gógico sejam postos em discussão, evitando-se,<br />

dessa forma, que não sejam camuflados ou projetados no aluno, a quem, na maioria <strong>da</strong>s<br />

vezes, se atribui o fracasso escolar em virtude de suas carências ou deficiência.<br />

INTRODUÇÃO 27

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