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Eduardo Parra<br />
Zozo voltou ao batuque, acompanhado por dois assistentes<br />
e pelo tocador de chocalho. Depois apareceu um tocador<br />
de bandolim e a confusão chegou ao auge...<br />
Zozo abandonou o batuque, dirigiu-se ao altar... e de<br />
<strong>novo</strong> levou a cobra consigo.<br />
Obrigou-a a contorcer-se e enroscar-se junto aos fiéis<br />
que estavam presentes, pronunciando as palavras que eram<br />
repetidas por setenta vozes: “ Vodu, vodu magniam!”<br />
Depois enroscou a cobra em volta da cabeça e lançou-se<br />
no meio da fogueira acesa.<br />
É impossível descrever a gritaria que se seguiu a isto.<br />
Os instrumentos rústicos retomaram as notas dissonantes,<br />
misturadas agora aos urros da assistência. O coro do<br />
inferno de Dante...”<br />
Este ritual Vodu, com exceção da utilização de cobras, muito<br />
se assemelha as Bruxarias, Macumbas, etc... Já vimos referências<br />
as suas provas de iniciação, onde o neófito é obrigado a queimar<br />
pólvora na palma de sua mão, e outras barbaridades...<br />
Porém há uma luz no fim do túnel e esperamos que sob<br />
essa luz da razão e do entendimento, gradativamente, esses<br />
cultos abandonem os rituais grosseiros e se norteiem na<br />
espiritualidade superior do amor-sabedoria.<br />
Enfim, sabemos que a incorporação de valores espirituais é<br />
um processo lento e demorada, mas depende de nós buscarmos<br />
a conscientização da paz e do amor do ‘religare’ no terceiro<br />
milênio.<br />
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