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Santos Oliveira “liberta-se” do PS - O Povo Famalicense

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28<br />

PF – E em termos de saneamento, como está a freguesia?<br />

AF – Em termos de saneamento ainda não temos nada.<br />

Nada não é o termo mais correcto. Existe já uma conduta principal,<br />

que vem sobre o rio Pego. Esta conduta-mãe começou<br />

no Louro, neste momento vai atravessar Mouquim e continua<br />

até Santiago da Cruz, permitin<strong>do</strong> a partir daí que se faça a rede<br />

de saneamento pelas freguesias.<br />

Sei que em termos de saneamento a freguesia de Mouquim<br />

vai ser uma das últimas a ter cobertura significativa, mas penso<br />

que mesmo assim lá para 2011, fins de 2011 inícios de 2012, o<br />

saneamento há-de estar concluí<strong>do</strong>.<br />

PF – Ou seja, a rede depende dessa conduta?<br />

AF – Depende sim, mas essa é uma obra que está a andar.<br />

Podemos até dizer que o saneamento já começou, porque<br />

essa ligação é fundamental para que o resto seja possível, e a<br />

seu tempo irão ser feitos os ramais que vão beneficiar directamente<br />

a população. Reconheço que esta obra é uma necessidade,<br />

mas estas coisas têm o seu tempo, e enten<strong>do</strong> que em<br />

pouco tempo haverá condições para que o saneamento esteja<br />

a funcionar.<br />

PF – Reconhece a necessidade <strong>do</strong> saneamento. A<br />

freguesia tem dificuldade em gerir a sua falta?<br />

AF – O saneamento é uma infra-estrutura que de facto faz<br />

muita falta, e em to<strong>do</strong> o la<strong>do</strong>. Não posso dizer que tenhamos<br />

casos de alarmantes, de prejuízo <strong>do</strong> ambiente devi<strong>do</strong> à falta <strong>do</strong><br />

saneamento, mas as pessoas muitas vezes remedeiam da forma<br />

que podem. Temos um sítio ou outro em que há pequenas<br />

descargas pelas valetas, mas nós vamos actuan<strong>do</strong> discretamente,<br />

sem estar aqui a acusar ninguém. Até porque muitas<br />

vezes quem aponta o de<strong>do</strong> acaba por fazer o mesmo. Estamos<br />

num país democrático.<br />

PF – Que investimento considera ter si<strong>do</strong> mais importante<br />

para a freguesia ao longo destes anos?<br />

AF – A rede viária foi muito importante, mas enten<strong>do</strong> que o<br />

Parque Desportivo foi igualmente importante. Era um equipamento<br />

que fazia muita falta e continua a ser fundamental para<br />

a freguesia de Mouquim. Posso mesmo dizer que Mouquim<br />

deve ser a única freguesia <strong>do</strong> concelho que tem um equipa-<br />

mento deste tipo em que o terreno e tu<strong>do</strong> é da freguesia. Nós<br />

sabemos que muitas das vezes os terrenos são da Câmara, depois<br />

cedi<strong>do</strong>s em direito de superfície. Este é nosso, está escritura<strong>do</strong><br />

no nome da freguesia. O Parque Desportivo é inteiramente<br />

nosso. Aqui há uns 10/15 anos fizemos um direito de superfície<br />

a favor da Associação Desportiva Juventude de<br />

Mouquim, mas se essa associação vier a ter problemas no futuro<br />

que ponham em causa a sua continuidade, nomeadamente<br />

dívidas, o equipamento volta a reverter para a freguesia.<br />

Está garanti<strong>do</strong> que nunca sairá da posse desta freguesia.<br />

PF – Que balanço faz destes mandatos em que está à<br />

frente da Junta?<br />

AF – Para falar <strong>do</strong>s anos to<strong>do</strong>s em que estou na Junta,<br />

desde 1986, tenho que falar <strong>do</strong>s anos pobres que passei. Eu<br />

não preten<strong>do</strong> com isto magoar ninguém, não queria que os<br />

políticos que leiam isto amanhã<br />

fiquem senti<strong>do</strong>s, mas<br />

as verdades têm que se dizer.<br />

Eu em 16 anos, isto é um<br />

facto, posso dizer que fiz<br />

quatro ou cinco protocolos.<br />

Quatro ou cinco em 16 anos!<br />

Não fiz mais! Agora, ultimamente<br />

desde que este executivo<br />

camarário tomou posse,<br />

fiz bastantes protocolos.<br />

E posso justificar especificamente<br />

onde é que o dinheiro<br />

foi gasto. Fizemos o alarga-<br />

De 28 de Abril a 4 de Maio de 2009<br />

mento <strong>do</strong> cemitério, que era uma obra muito precisa mesmo.<br />

Para que se perceba como era urgente, devo dizer que tive que<br />

meter um cadáver no passeio, a dada altura. Durante anos andamos<br />

de volta <strong>do</strong>s proprietários <strong>do</strong> terreno, que não tinham<br />

grande vontade de vender. Andamos também de volta da<br />

Câmara, que à data também não fazia grande pressão, e a obra<br />

foi sen<strong>do</strong> adiada, adiada… A ponto de não termos onde meter<br />

as pessoas. Aliás o exemplo que dei mostra bem em que situação<br />

estava o cemitério.<br />

Entretanto esta Câmara ouviu o meu apelo, meteu os pés<br />

ao caminho e a obra fez-se. Está lá uma obra impecável.<br />

Fizemos alargamento da área <strong>do</strong> cemitério, metemos electricidade,<br />

colocamos escoamento de águas pluviais, metemos piso<br />

novo, em pedrinha, e pusemos aquilo como deve de ser. Esta<br />

foi uma daquelas obras que fizemos via protocolo com a<br />

Câmara, e na verdade o protocolo ainda nos permitiu fazer<br />

mais obra <strong>do</strong> que aquela que estava prevista.<br />

Mouquim foi a primeira freguesia <strong>do</strong> concelho que aproveitou<br />

este alargamento para fazer uma coluna de gavetões.<br />

Temos 21 destes gavetões, e outros tantos ossários, que nos<br />

permitem ter o problema <strong>do</strong> cemitério para mais de 50 anos.<br />

Nós somos uma freguesia que ainda não temos <strong>do</strong>is mil habitantes,<br />

70 por cento da população já tem o seu jazigo compra<strong>do</strong>,<br />

de forma que estes gavetões vão servir para pessoas que<br />

eventualmente venham de fora e que não tenham espaço<br />

adquiri<strong>do</strong>. Ainda não metemos lá ninguém, apesar de já estar<br />

feito há cerca de cinco anos. Agora é preciso também que as<br />

pessoas percebam que os gavetões não são uma solução pior<br />

<strong>do</strong> que aquela que tradicionalmente se usa.<br />

PF – Durante a governação<br />

socialista depreende-se<br />

que a freguesia de<br />

Mouquim foi negligenciada…<br />

AR – É verdade. Só desde<br />

2002 para cá temos feito<br />

muita obra. Para além <strong>do</strong><br />

cemitério foi nestes últimos<br />

anos que também se fez a<br />

pré-primária. A pré-primária,<br />

que na altura tinha já 25/27<br />

crianças, funcionava aqui<br />

neste edifício da Junta. Esteve<br />

aqui oito ou nove anos.<br />

Não se justificava! Porque<br />

os políticos têm que olhar<br />

mais para as freguesias, e<br />

deixar de la<strong>do</strong> a simpatia<br />

política.<br />

Eu sou força<strong>do</strong> a falar<br />

numa freguesia, e não vou<br />

dizer qual é, que fez uma escola<br />

pré-primária e não tinha<br />

crianças. A escola esteve<br />

fechada. Mouquim, desde<br />

1993/4 que pedia uma préprimária,<br />

porque víamos que<br />

(CONTINUA NA PÁG. 29)

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