Santos Oliveira “liberta-se” do PS - O Povo Famalicense
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É O POVO A FALAR...<br />
Um abraço contra a “raiva” e o “ódio”<br />
que se instalaram no <strong>PS</strong> Famalicão<br />
A manta de retalhos em que a secção de Famalicão <strong>do</strong><br />
Parti<strong>do</strong> Socialista há uma dúzia de anos está transformada, por<br />
acção directa e/ou complacência das suas principais figuras de<br />
proa, já não estica mais. Confronta<strong>do</strong> com um ciclo eleitoral<br />
particularmente exigente, o seu actual líder optou por cerzir os<br />
trapos disponíveis, primeiro, para só depois acrescentar o pano<br />
adequa<strong>do</strong> ao tamanho exagera<strong>do</strong> de uma estrutura partidária<br />
que nos últimos anos só organicamente tem cresci<strong>do</strong> – e,<br />
mesmo assim, unicamente para servir os desígnios circunstanciais<br />
deste ou daquele grupo ou para ajustar a cotação, na<br />
bolsa de valores interna, de um ou outro dirigente aposta<strong>do</strong> em<br />
fazer carreira política.<br />
Os resulta<strong>do</strong>s dessa estratégia arriscada estão à vista: alguns<br />
<strong>do</strong>s supostos esteios internos de Fernan<strong>do</strong> Moniz abanaram<br />
com o negocia<strong>do</strong> reingresso de Duarte <strong>Santos</strong>, um <strong>do</strong>s<br />
promotores <strong>do</strong> arreme<strong>do</strong> de eleições para a comissão política<br />
concelhia promovi<strong>do</strong> na praça pública em 17 de Dezembro de<br />
2005. António José <strong>do</strong>s <strong>Santos</strong> <strong>Oliveira</strong>, presidente da comissão<br />
de gestão <strong>do</strong> <strong>PS</strong> Famalicão à data <strong>do</strong> lamentável episódio<br />
da “roulotte”, é, pelo que vai transpiran<strong>do</strong> da sede concelhia<br />
para o exterior, o rosto mais visível <strong>do</strong> desconforto gera<strong>do</strong> entre<br />
os socialistas famalicenses por esta tentativa espúria de reabilitação<br />
partidária de um <strong>do</strong>s mais combativos adversários internos<br />
de Moniz, apesar de ter si<strong>do</strong>, transitoriamente, um <strong>do</strong>s<br />
seus lugares-tenente nas autárquicas de 2001.<br />
Ao apresentar a sua demissão <strong>do</strong> <strong>PS</strong> neste contexto de realinhamentos<br />
vários e unidade artificialmente forçada, <strong>Santos</strong><br />
<strong>Oliveira</strong> vem questionar o senti<strong>do</strong>, a oportunidade e o alcance<br />
político da estratégia de reconquista <strong>do</strong> poder municipal em<br />
que Moniz está empenha<strong>do</strong>. Mais: ao demarcar-se dessa estratégia<br />
escassos dias depois de O <strong>Povo</strong> <strong>Famalicense</strong>, em<br />
primeira mão, ter noticia<strong>do</strong> as condições colocadas pelo militante<br />
expulso aos líderes concelhio e distrital <strong>do</strong>s socialistas<br />
para voltar ao parti<strong>do</strong>, <strong>Santos</strong> <strong>Oliveira</strong> vem evidenciar que no<br />
<strong>PS</strong> continuam por sarar as feridas mais profundas abertas durante<br />
anos e anos de disputas fraticidas. De outra forma, como<br />
Lions Clube de Famalicão<br />
comemorou<br />
32.º aniversário<br />
No passa<strong>do</strong> dia 18 de<br />
Abril, o Lions Clube de Vila<br />
Nova de Famalicão comemorou<br />
mais uma ano de actividade,<br />
com a entrada de <strong>do</strong>is<br />
jovens sócios, vê o seu quadro<br />
social aumentar com<br />
perspectivas de sucesso.<br />
O jantar comemorativo realizou-se<br />
num restaurante <strong>do</strong><br />
Louro, num ambiente de<br />
amizade e companheirismo,<br />
contan<strong>do</strong> com a presença de<br />
ilustres convida<strong>do</strong>s, nomeadamente,<br />
o prove<strong>do</strong>r da Santa<br />
Casa da Misericórdia e esposa,<br />
o vice-presidente da<br />
Câmara, Leonel Rocha, e o<br />
presidente <strong>do</strong> Rotary Club de<br />
Vila Nova de Famalicão.<br />
Importante foi também a representação<br />
de vários clubes<br />
entender que os mais orto<strong>do</strong>xos segui<strong>do</strong>res <strong>do</strong> líder concelhio<br />
tenham ti<strong>do</strong> necessidade de impregnar o argumentário de<br />
Moniz com termos como “raiva” e “ódio”?<br />
No quadro em que esta rotura acontece, <strong>Santos</strong> <strong>Oliveira</strong><br />
presta ao <strong>PS</strong> Famalicão um último e relevante serviço, tanto ou<br />
mais importante que a sobrevivência assegurada durante o<br />
tempo de balcanização interna em que foi chama<strong>do</strong> a presidir,<br />
em condições muito difíceis, a uma comissão de gestão que<br />
teve de enfrentar o desafio das eleições autárquicas de 2005.<br />
Estou a referir-me à credibilização política, porventura o aspecto<br />
mais descura<strong>do</strong> por Moniz desde que voltou a liderar o<br />
<strong>PS</strong> Famalicão.<br />
Na verdade, o PREC (processo de reabilitação em curso)<br />
entre os socialistas da nossa terra parece não ter a credibilidade<br />
<strong>do</strong> <strong>PS</strong> nos seus objectivos cimeiros. Os valores, os princípios<br />
e a forma como terá de ser alcançada a pacificação interna<br />
parecem ter si<strong>do</strong> sacrifica<strong>do</strong>s a uma unidade que é vital aparentar<br />
numa conjuntura eleitoral decisiva para o futuro político<br />
de Fernan<strong>do</strong> Moniz. Em consequência, sucedem-se os apelos<br />
(ocos na substância, tantas vezes) para que se olhe para a<br />
frente e se passe uma esponja sobre o passa<strong>do</strong>. E ao mínimo<br />
sinal de crítica, levantam-se das suas sinecuras os sena<strong>do</strong>res<br />
e os guardiões <strong>do</strong> templo, de de<strong>do</strong> em riste, acusan<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s<br />
quantos pensam de forma diferente de conluio com as forças<br />
<strong>do</strong> mal, personificadas num Armin<strong>do</strong> Costa feri<strong>do</strong> de morte por<br />
negócios e interesses mais ou menos inconfessáveis.<br />
Infelizmente, quase 35 anos depois da abertura da sua<br />
primeira sede, num espaço onde antes e depois <strong>do</strong> 25 de Abril<br />
fervilharam muitos debates e ideias generosas, ali na Rua de<br />
Alves Roçadas, o <strong>PS</strong> Famalicão dá mostras de continuar a ser<br />
apenas uma máquina de poder alavancada por uma série de agentes<br />
políticos que, pelos vistos, já esqueceram a ética republicana,<br />
a declaração de princípios e os estatutos <strong>do</strong> parti<strong>do</strong>.<br />
Se o não ignorassem ostensivamente como ignoram, talvez evitassem<br />
os dislates e os excessos retóricos e uma estratégia<br />
que, por não resultar de uma debate interno sério e alarga<strong>do</strong>,<br />
Lions, considera a estrutura<br />
de Famalicão, que tornaram<br />
este evento numa verdadeira<br />
festa.<br />
Como habitualmente realizamos<br />
durante o jantar uma<br />
tômbola, cuja receita reverteu<br />
a favor das vítimas <strong>do</strong> câncro<br />
da mama, a conceder através<br />
da “Associação <strong>do</strong> Voluntaria<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong> hospital de São João<br />
de Deus de Vila Nova de<br />
Famalicão”.<br />
O Lions Clube de Famalicão,<br />
que vem promoven<strong>do</strong><br />
diversas iniciativas de angariação<br />
de fun<strong>do</strong>s para acusas<br />
diversas, aproveita para agradecer<br />
a todas as empresas<br />
e estabelecimentos comerciais<br />
que com ele colaboraram,<br />
tornan<strong>do</strong> possível a<br />
realização desta tômbola.<br />
Afinal, comenta o Lions, a receita<br />
reverte para uma “causa<br />
nobre”.<br />
De 28 de Abril a 4 de Maio de 2009<br />
tem a sua eficácia dependente de quem, sem méritos nem<br />
créditos políticos suficientes, em 2005 se disponibilizou para<br />
ser candidato <strong>do</strong> <strong>PS</strong> à presidência da Câmara da Trofa depois<br />
de a comissão de gestão liderada por <strong>Santos</strong> <strong>Oliveira</strong> e a direcção<br />
distrital socialista - presidida pelo mesmo Joaquim<br />
Barreto que agora aparece a patrocinar o seu reingresso! -,<br />
terem opta<strong>do</strong> por candidatar António Barbosa em Famalicão.<br />
A História há-de contar muitas estórias sobre estes “anos da<br />
brasa” para os socialistas da nossa terra. Ao <strong>PS</strong> Famalicão - a<br />
começar pelo seu líder! –, é de se exigir congruência com os<br />
princípios funda<strong>do</strong>res <strong>do</strong> <strong>PS</strong> e merecimento suficiente para os<br />
seus actuais dirigentes se abrigarem debaixo da mesma bandeira<br />
que, ao longo <strong>do</strong>s últimos 36 anos, tem si<strong>do</strong> empunhada<br />
por homens como o nosso conterrâneo Arman<strong>do</strong> Bacelar,<br />
Mário Soares, Salga<strong>do</strong> Zenha, Manuel Tito de Morais, Mário<br />
Cal Brandão, António Mace<strong>do</strong>, Jorge Sampaio ou Ferro<br />
Rodrigues.<br />
É neste contexto que, gradualmente, tem emergi<strong>do</strong> a figura<br />
de José Carlos Reis Campos. Mobiliza<strong>do</strong> por Moniz para a ingrata<br />
tarefa de tentar disputar a presidência da Câmara de<br />
Famalicão com Armin<strong>do</strong> Costa, a este independente competirá<br />
trilhar o caminho da credibilização de processos de actuação,<br />
tanto na equipas como na formulação de propostas políticas.<br />
Se o conseguir, ficará mais perto <strong>do</strong>s seus objectivos eleitorais<br />
e iluminará o caminho que o <strong>PS</strong> Famalicão tem necessidade de<br />
fazer até à sua completa regeneração. Terá ele condições para<br />
lutar pela vitória em Outubro num quadro político-partidário<br />
com este?<br />
(No fun<strong>do</strong>, é esta a principal questão que aos socialistas de<br />
Famalicão levanta o pedi<strong>do</strong> de demissão de <strong>Santos</strong> <strong>Oliveira</strong> –<br />
meu Amigo há mais de 40 anos, já agora, que nunca me coibi<br />
de criticar sempre que entendi dever fazê-lo. Daqui, Tozé, o<br />
meu abraço fraterno e cúmplice).<br />
"Noites de Insónia" esta 5.ª-Feira<br />
em S. Miguel de Seide<br />
A Casa-Museu Camilo<br />
Castelo Branco desafia os<br />
leitores da obra camiliana a<br />
participarem em “Noites de<br />
Insónia”, uma iniciativa que<br />
arranca na próxima quintafeira,<br />
dia 30 de Abril, pelas<br />
21h30, na casa onde o escritor<br />
viveu, em S. Miguel de<br />
Seide, Vila Nova de Famalicão.<br />
Num ambiente informal<br />
e descontraí<strong>do</strong>, a iniciativa<br />
tem como finalidade explorar<br />
de uma forma diferente,<br />
menos erudita e menos académica,<br />
os textos <strong>do</strong> génio<br />
de S. Miguel de Seide.<br />
Ten<strong>do</strong> como media<strong>do</strong>r<br />
Cândi<strong>do</strong> <strong>Oliveira</strong> Martins,<br />
professor da Universidade<br />
Católica Portuguesa, a iniciativa<br />
irá decorrer mensal-mente<br />
ao longo de 2009. Na atmosfera<br />
mágica da Casa de<br />
Camilo e com actividadessurpresa<br />
para cada sessão,<br />
os participantes são incita<strong>do</strong>s<br />
a descobrir novas formas de<br />
interpretar a obra camiliana,<br />
uni<strong>do</strong>s pelo gosto e curiosidade.<br />
Para cada encontro,<br />
haverá a escolha prévia de<br />
uma obra <strong>do</strong> escritor, <strong>do</strong>nde<br />
serão retira<strong>do</strong>s breves excertos,<br />
segui<strong>do</strong>s da livre discussão<br />
em grupo.<br />
Do desenvolvimento desta<br />
comunidade de leitores resultará<br />
assim o gosto pela<br />
leitura e a conversa sobre o<br />
que se lê; a troca de opiniões<br />
CARLOS DE SOUSA<br />
Leitura e debate pela noite<br />
dentro na Casa de Camilo<br />
e de pontos de vista; as associações<br />
de textos e as afinida-des<br />
electivas – geran<strong>do</strong>se<br />
certas cumplicidades e o<br />
gosto por uma leitura mais<br />
activa e partilhada.<br />
Como objectivos, pretende-se<br />
que um pequeno e heterogéneo<br />
grupo de leitores<br />
cruze ideias acerca <strong>do</strong>s livros<br />
apresenta<strong>do</strong>s e possa expor<br />
vários caminhos de fruição e<br />
de interpretação. A participação<br />
é gratuita.