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Ler Dissertação - CCS - Universidade Federal da Paraíba

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No presente estudo, chamamos a atenção para um dos sentidos do princípio de<br />

integrali<strong>da</strong>de relativo às configurações de certas políticas específicas, chama<strong>da</strong>s, aqui, de<br />

políticas especiais, que são especificamente desenha<strong>da</strong>s para <strong>da</strong>r respostas a um determinado<br />

problema de saúde, ou aos problemas de saúde que afligem certo grupo populacional. Nesse<br />

caso, a política do SNT perpassaria o desenho do cui<strong>da</strong>do singular e integral aos usuários que<br />

necessitam de transplante.<br />

A noção de integrali<strong>da</strong>de, aplica<strong>da</strong> ao usuário do transplante, expressa a convicção<br />

de que cabe ao governo responder a certos problemas de saúde pública, e que essa resposta<br />

deve incorporar tanto as possibili<strong>da</strong>des de prevenção quanto as possibili<strong>da</strong>des assistenciais.<br />

Desta forma, o programa organizado e gerenciado pelo SNT, para o atendimento integralizado<br />

ao usuário do transplante, envolve não só a busca de doadores de órgãos e tecidos como<br />

também a realização <strong>da</strong> cirurgia, o acompanhamento pós-transplante e a distribuição de<br />

medicamentos especiais, chamados de imunossupressores, para a manutenção do enxerto.<br />

O usuário do transplante tem seu integral atendimento garantido por lei e, por<br />

isso, deveria ser atendido em suas necessi<strong>da</strong>des, tanto no que concerne ao internamento<br />

hospitalar, para a realização <strong>da</strong> cirurgia, quanto para a efetivação de um diagnóstico precoce<br />

que possibilitasse a prevenção <strong>da</strong> doença que provocou a necessi<strong>da</strong>de do transplante, e<br />

garantisse o acesso à lista de espera em tempo satisfatório, e a distribuição eficiente dos<br />

medicamentos necessários à manutenção do enxerto. To<strong>da</strong>via não é isso que acontece.<br />

Provedello (2005) ressalta que:<br />

O SUS não dispõe de recursos financeiros suficientes para tal. O<br />

investimento público em saúde (União, estados e municípios) é de 3,54% do<br />

PIB, insuficiente para fornecer todos os serviços que to<strong>da</strong> a população<br />

brasileira necessita. Somando o gasto público e privado, chegamos a 7,6%<br />

do PIB, 41,6% público e 58,4% privado. Comparando com outros países, o<br />

gasto público é baixo. Nos EUA, que gastam, em saúde, 13,9% do PIB, o<br />

gasto público responde por 44,4%2, na Alemanha 74,9%, Reino Unido<br />

82,2% e Espanha 71,4%. O gasto per capita do SUS em 2002 foi de 305<br />

reais. (PROVEDELLO, 2005, p. 22).<br />

Em relação à política de saúde, na <strong>Paraíba</strong>, as fragili<strong>da</strong>des existentes no<br />

atendimento integral ao indivíduo ficam ain<strong>da</strong> mais evidentes quando se considera o<br />

atendimento <strong>da</strong> parcela <strong>da</strong> população que necessita de um transplante, em virtude de o Estado<br />

ser historicamente marcado pelas adversi<strong>da</strong>des sócio-econômicas. O usuário do transplante<br />

necessita de atendimentos especializados e de exames diagnósticos de alta densi<strong>da</strong>de<br />

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