Ler Dissertação - CCS - Universidade Federal da Paraíba
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Entretanto, o TCU chama a atenção para a fonte financeira do financiamento dos<br />
procedimentos dos transplantes, pois, segundo esse tribunal, somente a partir do ano de 2000,<br />
as ações do SNT começaram a figurar no Plano Plure Anual – PPA – e, assim mesmo, com<br />
dotação oriun<strong>da</strong> de outros programas gerenciados pelo DAE/SAS.<br />
O Programa Doação, Captação e Transplantes de Órgãos e Tecidos foi<br />
criado apenas a partir do Plano Plurianual 2004/2007. No PPA 2000/2003 as<br />
ações relaciona<strong>da</strong>s ao SNT eram empreendi<strong>da</strong>s com a utilização de dotações<br />
oriun<strong>da</strong>s de outros programas gerenciados pelo Departamento de Sistemas e<br />
Redes Assistenciais (DRSA), sucedido, posteriormente, pelo Departamento<br />
de Atenção Especializa<strong>da</strong> (DAE), ambos vinculados à Secretaria de Atenção<br />
à Saúde (SAS) do Ministério <strong>da</strong> Saúde – MS. (TCU, 2006).<br />
Para finalizar, o próprio TCU conclui que, atualmente, o SUS financia todo tipo<br />
de transplante, transformando o SNT no maior sistema público de transplante do mundo.<br />
Entretanto, vale ressaltar que, para o transplante ser realizado, é necessário haver a doação de<br />
algum órgão ou tecido, pois, para Garcia (2000.p. 19), “A característica principal de<br />
transplante e que o distingue de outras cirurgias, convertendo-o em uma terapêutica única e<br />
que alguns consideram como uma desvantagem é a necessi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> utilização de um órgão ou<br />
tecido proveniente de um doador, vivo ou cadáver”.<br />
Assim, a respeito do processo de doação, captação e transplante, é necessário<br />
inserir alguns conceitos. O “processo de doação de órgãos e tecidos” é definido como um<br />
conjunto de ativi<strong>da</strong>des que envolvem a obtenção de órgãos e de tecidos utilizados para<br />
transplante. Essas ativi<strong>da</strong>des se iniciam com a busca do doador e termina com a entrega do<br />
corpo aos familiares após a retira<strong>da</strong> dos órgãos.<br />
Conforme Pereira (2000), podemos utilizar para transplante os órgãos de dois<br />
tipos de doadores: o doador vivo – que, segundo a Lei 9.434/97, pode dispor de um de seus<br />
órgãos duplos ou parte de órgão, desde que não cause mutilação ou prejuízo à saúde do<br />
doador, e o doador cadáver. O doador cadáver, por sua vez, pode ser de dois tipos: com o<br />
coração parado, do qual pode ser retirado apenas tecidos, como válvula cardíaca, osso, pele,<br />
cartilagens e córneas, e com morte encefálica, do qual poderão ser retirados órgãos, como<br />
coração, fígado, pâncreas, rins e pulmão além dos tecidos já citados. Vale ressaltar que a<br />
doação de órgãos de doadores vivos não aparentados só pode ser efetiva<strong>da</strong> em casos especiais,<br />
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