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Ler Dissertação - CCS - Universidade Federal da Paraíba

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defini<strong>da</strong>s no encontro anterior. Assim, a pós-entrevista foi composta pelas seguintes fases:<br />

transcrição do material gravado, textualização, transcriação, identificação do tom vital,<br />

conferência e análise do material empírico produzido.<br />

A transcrição é o processo de mu<strong>da</strong>nça do estágio oral para o código escrito e para<br />

efetivá-la, procedeu-se à escuta cui<strong>da</strong>dosa e repeti<strong>da</strong> <strong>da</strong>s entrevistas. Tentou-se também<br />

manter um intervalo curto de tempo entre as realizações <strong>da</strong>s entrevistas e as transcrições para<br />

que o texto se tornasse o mais fiel possível. Assim sendo, a transcrição foi feita logo após a<br />

gravação do depoimento.<br />

A textualização foi a fase em que o texto foi trabalhado em sua plenitude. As<br />

perguntas foram retira<strong>da</strong>s do texto e diluí<strong>da</strong>s nas respostas, <strong>da</strong>ndo-lhe, inclusive, uma<br />

organização cronológica, preservando-se as idéias em detrimento <strong>da</strong> transcrição absoluta,<br />

pois, segundo Bom Meihy, “A entrevista deve ser corrigi<strong>da</strong>, e o ideal é a manutenção do<br />

sentido intencional <strong>da</strong>do pelo narrador, que articula seu raciocínio com as palavras.<br />

Logicamente não são as palavras que interessam, e sim, o que elas contêm” (BOM MEIHY,<br />

2002, p.172).<br />

Na transcriação, o texto foi recriado em sua plenitude. Nesse sentido, Bom Meihy<br />

(1991) afirma: “Teatralizando-se o que foi dito, recriando-se a atmosfera <strong>da</strong> entrevista,<br />

procura-se trazer ao leitor o mundo <strong>da</strong>s sensações provoca<strong>da</strong>s pelo contato” e, como é<br />

evidente, isso não ocorreria reproduzindo-se o que foi dito palavra por palavra. Para Bom<br />

Meihy (1998), os vícios de linguagem e as palavras repeti<strong>da</strong>s devem manter-se em número<br />

suficiente para que o leitor sinta o tipo de narrativa ou o sotaque.<br />

Neste trabalho, à medi<strong>da</strong> que as entrevistas iam sendo trabalha<strong>da</strong>s, observava-se o<br />

cui<strong>da</strong>do em manter, não só o sentido <strong>da</strong>s palavras e o significado <strong>da</strong>s sentenças, como também<br />

procurou-se expressar, através <strong>da</strong>s repetições, dos vícios de linguagem e <strong>da</strong> maneira própria<br />

de falar de ca<strong>da</strong> entrevistado, o sentimento também demonstrado durante as narrativas. Dessa<br />

forma, facilitou-se a identificação do tom vital. Para Bom Meihy (2002), tom vital<br />

“corresponde à frase que serve de epígrafe para a leitura <strong>da</strong> entrevista. É sobre essa frase que<br />

se pretende organizar o critério de percepção do leitor. Portanto, a frase escolhi<strong>da</strong> funciona<br />

como um farol a guiar a recepção do trabalho”. (BOM MEIHY, 2002, p. 171).<br />

A fase de conferência e de autorização para uso e a publicação, de acordo com<br />

Bom Meihy (2002, p.173), é “o momento em que, depois de trabalhado o texto, quando se<br />

supõe que este está em sua versão final, com hora marca<strong>da</strong>, o autor entrega a sua versão para<br />

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