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Decomposição das diferenças na distribuição dos salários do setor ...

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<strong>do</strong> diferencial educacio<strong>na</strong>l entre o <strong>setor</strong> público e priva<strong>do</strong>, bem como, o comportamento da<br />

desigualdade salarial no <strong>setor</strong> público e no <strong>setor</strong> priva<strong>do</strong> nos anos 90. Essa análise é<br />

desenvolvida para o <strong>setor</strong> público como um to<strong>do</strong> e para suas três esferas. Os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> mais<br />

significativos são de que há um sistemático e significativo crescimento <strong>do</strong> diferencial de<br />

<strong>salários</strong> em favor <strong>do</strong> <strong>setor</strong> público, ocorre certa redução <strong>do</strong> emprego público, a desigualdade<br />

no <strong>setor</strong> público é maior e crescente e observou-se uma redução <strong>do</strong> hiato da qualidade <strong>do</strong><br />

trabalha<strong>do</strong>r médio <strong>do</strong> <strong>setor</strong> público em relação ao trabalha<strong>do</strong>r médio <strong>do</strong> <strong>setor</strong> priva<strong>do</strong>.<br />

Fi<strong>na</strong>lmente, não se constatou que o Plano Real tenha trazi<strong>do</strong> uma modificação de maior<br />

monta a dinâmica <strong>do</strong> salário e a desigualdade salarial no <strong>setor</strong> público, embora se tenha obti<strong>do</strong><br />

certa indicação de que a Lei de Responsabilidade Fiscal esteja induzin<strong>do</strong> um ajuste nos gastos<br />

com pessoal, principalmente a nível federal e estadual.<br />

Os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> encontra<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>na</strong> literatura sobre diferenciais salariais no Brasil apontam<br />

de maneira consistente uma desvantagem <strong>do</strong> <strong>setor</strong> priva<strong>do</strong> frente ao <strong>setor</strong> público. Beluzzo et.<br />

al. (2005) com objetivo de complementar esses estu<strong><strong>do</strong>s</strong> a<strong>na</strong>lisan<strong>do</strong> o diferencial públicopriva<strong>do</strong><br />

em diferentes porções da <strong>distribuição</strong> condicio<strong>na</strong>l de <strong>salários</strong>, utilizan<strong>do</strong> méto<strong><strong>do</strong>s</strong> de<br />

regressão quantílica revelou nos seus resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> que o diferencial a favor <strong>do</strong> <strong>setor</strong> público é<br />

maior <strong>na</strong> cauda inferior da <strong>distribuição</strong> de <strong>salários</strong>, decli<strong>na</strong>n<strong>do</strong> constantemente à medida em<br />

que nos deslocamos em direção à cauda superior. A reversão da vantagem <strong>do</strong> <strong>setor</strong> público<br />

ocorre ape<strong>na</strong>s em casos específicos.<br />

3. Fonte de da<strong><strong>do</strong>s</strong> e meto<strong>do</strong>logia<br />

Esta seção tem por fi<strong>na</strong>lidade apresentar a fonte de da<strong><strong>do</strong>s</strong> utilizada e apresentar o<br />

méto<strong>do</strong> a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> no trabalho necessários para se estudar os diferenciais de <strong>salários</strong> públicopriva<strong>do</strong>.<br />

3.1 Fontes de da<strong><strong>do</strong>s</strong> e amostra<br />

A análise empírica é baseada em da<strong><strong>do</strong>s</strong> para da PNAD (2009). Os da<strong><strong>do</strong>s</strong> foram<br />

trata<strong><strong>do</strong>s</strong> e o salário é uma medida <strong>do</strong> salário hora calcula<strong>do</strong> a partir da divisão <strong>do</strong> salário pelo<br />

número de horas trabalha<strong>das</strong>. Foram também cria<strong>das</strong> dummies para identificar as<br />

características de gênero (para o caso de ser homem), região (Norte, Nordeste e Sudeste), raça<br />

(branco, preto e par<strong>do</strong>), a idade e idade ao quadra<strong>do</strong> como proxy de experiência, esta<strong>do</strong> civil<br />

(casa<strong>do</strong>) e a educação (fundamental 1 - de 1 a 4 anos de estu<strong><strong>do</strong>s</strong>, fundamental 2 – de 4 a 8<br />

anos de estu<strong><strong>do</strong>s</strong> e Graduação – com mais de 14 anos de estu<strong>do</strong>).<br />

Para capturar o padrão de mudança no salário ao longo da <strong>distribuição</strong> em 2009 para<br />

os <strong>setor</strong>es estuda<strong><strong>do</strong>s</strong> decompomos as mudanças salariais por diferentes quantis. Isso permite<br />

ver se fatores diferentes têm diferentes impactos em diferentes pontos da <strong>distribuição</strong> <strong>do</strong><br />

salário. Usan<strong>do</strong> esta abordagem flexível, em oposição às medi<strong>das</strong> resumo da desigualdade<br />

como a média, é importante uma vez que a dispersão salarial muda de forma muito diferente<br />

em diferentes pontos da <strong>distribuição</strong>.<br />

3.2 <strong>Decomposição</strong> padrão de Oaxaca-Blinder<br />

O méto<strong>do</strong> de Oaxaca-Blinder clássica é comumente usa<strong>do</strong> para decompor a<br />

alterações nos rendimentos médios ao longo <strong>do</strong> tempo. Antes de discutir como a decompor a<br />

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