Câmbio Real Efetivo - Fecomercio
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ao setor, desativando o motor que mantinha seu crescimento. Há um descolamento dos<br />
preços relativos (recebidos e pagos), acarretando uma ruptura nessa estabilidade de preços. A<br />
conseqüência é a “quebra” de vários produtores, sobretudo os pequenos e médios.<br />
4,0<br />
3,5<br />
3,0<br />
2,5<br />
2,0<br />
<strong>Câmbio</strong> <strong>Real</strong> <strong>Efetivo</strong><br />
Deflacionado pelo IPCA<br />
Fonte: RC Consultores<br />
jan/99 mar/00 mai/01 jul/02 set/03 nov/04 jan/06<br />
Cadernos <strong>Fecomercio</strong> de Economia - Número 14 - Julho de 2006<br />
Expansão Crise<br />
Compra<br />
Venda<br />
Compra<br />
- 20%<br />
Venda<br />
- 10%<br />
Compra<br />
Venda<br />
Isto indica que o produtor rural precisa receber um tratamento compatível com a natureza<br />
dos riscos que envolvem a atividade à qual ele se dedica. Em outros termos, é necessária a<br />
adoção de um ambiente econômico que lhe proporcione uma renda permanente, apoiada em<br />
um contexto em que sejam previsíveis o crescimento econômico, a estabilidade de preços e a<br />
competitividade externa.<br />
Um dos pontos de partida dessa política tem como passagem obrigatória a redução da<br />
carga tributária, uma das mais elevadas do mundo. E porque não começar pela redução dos<br />
tributos que incidem diretamente sobre os alimentos? Este seria um primeiro e fundamental<br />
passo no sentido de aumentar a competitividade dos produtos do Agronegócio.<br />
No setor de alimentos industrializados existem várias cadeias produtivas, cada uma delas<br />
com diferentes etapas de processamento e transformação, que incorporam sucessivos impostos,<br />
tributos e taxas. Cabe avançar no processo de desoneração fiscal de algumas dessas cadeias<br />
de produção.<br />
Se hoje existe maior transparência na relação entre receita e custo da lavoura (que na época<br />
de inflação alta era marcadamente nebulosa), há também uma competição mais direta sob o<br />
cenário de concorrência globalizado.<br />
A grande conclusão é que, para simplificar o Agronegócio, é preciso criar uma Plataforma<br />
Global para seu efetivo desenvolvimento no Brasil. Sem necessidade de recorrer a subsídios,<br />
até porque a agricultura brasileira já demonstrou que pode competir em diferentes mercados<br />
sem as muletas de uma proteção comercial, cabe construir essa Plataforma Global Desgravada<br />
e Modernizada para o Agronegócio Brasileiro.