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Obra Completa - Universidade de Coimbra

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fMJréeior e proprietário<br />

Dr. Teixeira <strong>de</strong> Carvalho<br />

daccao c biinislracào — ARCO DO BISPO, 3<br />

Auxl^naluríi»<br />

Anno, 2400 réis; Semestre, i#>2Óô'réis; trimestre,<br />

600 réis. Brasil e Africa, anno, 3$>6òo<br />

réis; semestre, i#>8oo réis. Ilhas adjacentes,<br />

anno, 3#>ooo réis; semestrç, i#5oo réis<br />

CompoMição e inpresttão<br />

OOicioa typographica M. Reis Gomes — COIMBRA<br />

Protesto<br />

Os abaixo assignados, commerciantes<br />

<strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, protestam solemnemente<br />

perante todo o país,<br />

contra as falsas e cavillosas arguições<br />

que lhe são dirigidas no edictorial<br />

do jornal o Pais, <strong>de</strong> 23 do corrente,<br />

por carecerem, em tudo, absolutamente<br />

<strong>de</strong> fundamento.<br />

O commercio <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong> é honesto<br />

e sempre tem affirmado o seu<br />

valor moral reclamando os progressos<br />

moraes e materiais d'esta<br />

cida<strong>de</strong> em especial e do paiz em geral.<br />

Atftrinaiii-no nniumeros acto*<br />

públicos e só por ignorancia ou ma<br />

fé, se pô<strong>de</strong> affirmar o contrario.<br />

<strong>Coimbra</strong>, 25 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1909.<br />

Francisco Villaça da Fonseca,<br />

Pedro Ferreira Dias Ban<strong>de</strong>ira, Ribeiro<br />

& Almeida, Adrião dos Santos<br />

Mortagua & C. a , Aulonio Marques<br />

<strong>de</strong> Seabia, Manuei Feri en a Lopes.<br />

João Rodrigues Mo ura Marques,<br />

Abreu Pinto & Filho, Gaitto & Caunas,<br />

J. M. Men<strong>de</strong>s d'Abreu, Manuei<br />

Maria <strong>de</strong> Castro Lião, Ernesto Lopes<br />

<strong>de</strong> Moraes, Jose Lopes Gomes<br />

d'Araujo, Francisco Vieira <strong>de</strong> Car<br />

valho, Carlos Augusto Louzada,<br />

Joaquim Maria Marim», Successo<br />

res, João Men<strong>de</strong>s, Manuel Ferreira<br />

Matheus, Antonio Jose Lopes Guimarães,<br />

Successor, Manuel Fernan<strong>de</strong>s<br />

d'Azevedo & C. a , Antonio<br />

Men<strong>de</strong>s Simões <strong>de</strong> Castro, Manuel<br />

José Dantas Guimarães, Francisco<br />

Maria <strong>de</strong> Sousa Nazarethe & Filho,<br />

Antonio DiasTliemido, José <strong>de</strong> Sousa<br />

Feiteira, Bernardino Anjos <strong>de</strong> Carvalho.<br />

Lotario Lopes M. Ganilho, Francisco<br />

dos Santos Mello, Eugénio Antunes<br />

Ramos. Augusto da Cunha &<br />

C. a , Manuel da Silva Carvalho, Francisco<br />

Simões da Silva, Manuel Joaquim<br />

<strong>de</strong> Miranda, José Antonio Dias<br />

Pereira & C.'\ Sebastião José <strong>de</strong> Carvalho,<br />

Joaquim Marques Cor<strong>de</strong>iro,<br />

Eduardo Marta & C. a , J. F. d'Ohveira<br />

Reis Successor, Jayme Lopes<br />

Lobo, Silva & Filho, Roque d'Almeida<br />

Marianno, Victor da Silva Feitor,<br />

Joaquim Augusto Borges d'01iveira,<br />

Antonio Caetano, AlbanoGomes Paes,<br />

Julio da Cunho Pinto, Joaquim Men<strong>de</strong>s<br />

<strong>Coimbra</strong>, Francisco Rodriques<br />

da Cunha Lucas.<br />

Alberto Duarte Areosa, Manue<br />

Simões, Augusto Pinto Amado, José<br />

Monteiro dos Santos, José Maria Teixeira<br />

Fânzeres, Antonio Fernan<strong>de</strong>s<br />

José d'Aimeida Teixeira, Joaquim<br />

Carvalho da Silva, Francisco Duarte<br />

Lopes, Francisco Joaquim da Costa<br />

Francisco Alves Teixeira Braga, Ricardo<br />

Pereira da Silva, J. J. Duarte<br />

Successores, Antonio Francisco do<br />

Valle, Successor, Antonio Il<strong>de</strong>fonso<br />

do Valle.<br />

Miguel Fernan<strong>de</strong>s d'Oiiveira, Manuel<br />

José Telles, Paulo Antunes Ramos,<br />

Valentim Jose Rodrigues, A11<br />

tomo Manuel <strong>de</strong> Lima, Jaime Planas<br />

José Alves Viena da Costa, Edgar<br />

<strong>de</strong> Moura Lloi, Cassiano Augusto<br />

Martins Ribeiro, Antonio Jose Fernan<strong>de</strong>s.<br />

Pereira d'Almeida, João Simões<br />

da Fonseca Barata, Antonio Ferreira<br />

Pereira, José Men<strong>de</strong>s da Silva, A<strong>de</strong><br />

tino F. Matheus, Manuei Antonio da<br />

Josta, Joaquim Lopes Gandarez, João<br />

Alves Brandão <strong>de</strong> Carvalho, Joaquiui<br />

Pessoa, Joaquim Gomes dos Santos<br />

Antonio Jose da Costa, Manuel Villaça<br />

da Fonseca, Alberto Carlos <strong>de</strong><br />

Moura, Manuel Pais da Silva, Francisco<br />

Correia, Eduardo Pereira Correia,<br />

Manuel Joaquim Villaça, Joaquim<br />

Men<strong>de</strong>s Macedo, Antonio Dias<br />

Vieira Machado, Justiniano da Fonseca,<br />

José Bastos dos Santos.<br />

Antonio Nunes Correia, Antonio<br />

Marques Gregorio, José Luiz Cartaso,<br />

Joaijuitu Gonçalves* Ritma, An-<br />

tonio Domingos Graça, José <strong>de</strong> Figueiredo,<br />

Pereira & Simões, Antonio<br />

Alves <strong>de</strong> Mattos, José Victorino B.<br />

Miranda, Luiz Manuel da Costa Dias,<br />

Manuel Pereira Júnior, José Martins<br />

c e Vasconcèllos, Manuel Martins Ri-<br />

)eiro, Adriano Marques, Manuel Nunes<br />

Ferreira, Guilherme Barbosa,<br />

Caetano Cruz Rocha, Zacarias Neves.<br />

Portugal e o estrangeiro<br />

Mais uma vez o partido republicano<br />

soube dar ás facções monarchicas<br />

uma lição <strong>de</strong> civismo que<br />

ellas fingem aproveitar.<br />

A <strong>de</strong>terminação do Directorio,<br />

enviando ao estrangeiro uma commissão<br />

encarregada <strong>de</strong> informar<br />

conscienciosamente sobre o nosso<br />

estado, sobre as nossas aspirações,<br />

a principio chasqueada como missão<br />

diplomatica náo autorizada pelas<br />

chancellarias, converteu-se num estimulo,<br />

e os bandos monarchicos<br />

íingem-se aiadigados á procura dos<br />

que têem promovido lá íóra o nosso<br />

<strong>de</strong>scredito.<br />

Bom é porém que ninguém se<br />

engane com uma campanha que<br />

nada pô<strong>de</strong> ter <strong>de</strong> séria e é, como<br />

tudo indica, mais um dos gastos ex<br />

pedientes <strong>de</strong> syndicancia, que nada<br />

<strong>de</strong>scobrem, antes tudo encobrem —<br />

<strong>de</strong> que tem vivido a monarchia largamente<br />

em Portugal.<br />

A monarchia nao pô<strong>de</strong> querer<br />

<strong>de</strong>scobrir a causa do nosso <strong>de</strong>scredito,<br />

para a expor á execraçao publica<br />

ou para a castigar; porque e do<br />

nosso <strong>de</strong>scredito no extrangeiro que<br />

a monarchia tem vivido, quer directamente,<br />

apresentando-nos como um<br />

povo da maior ignorancia e dos mais<br />

vis instinctos, quer indirectamente<br />

l-or favorecer com tal <strong>de</strong>scredito os<br />

interesses dos banqueiros que caro<br />

lhes ven<strong>de</strong>m o apoio nas horas <strong>de</strong><br />

crise.<br />

A campanha <strong>de</strong> <strong>de</strong>scredito do<br />

nosso paiz está montada ha muito no<br />

extrangeiro, tem uma organisação<br />

tão complicada como a da campanha<br />

<strong>de</strong> favor que ás vezes se levanta, lá<br />

íóra, e que tem a mesma origem.<br />

Foi montada ha muito. Tem-se<br />

attribuido sempre ao sr. con<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Burnay uma parte activa nella, e a<br />

recente afiirmação feita por este banqueiro<br />

<strong>de</strong> que o credito da nação <strong>de</strong><br />

nada valia sem o seu apoio e sem a<br />

sua firma, parece confirmar o que<br />

apenas sabem os que estão no segredo<br />

dos <strong>de</strong>uses do Olympo monarchico.<br />

Por forma que este furor <strong>de</strong> tudo<br />

<strong>de</strong>scobrir parece-se extraordinariamente<br />

com o <strong>de</strong> tudo encobrir.<br />

A <strong>de</strong>cisão do partido republicano<br />

lançou o alarme nas fileiras monarchicas<br />

e, como em casa <strong>de</strong> Datota<br />

avisada a tempo, prepara-se tudo<br />

para a vinaa da policia.<br />

Por fim concluir-se-ha que são<br />

todos uns cavalheiros <strong>de</strong> primeira<br />

qualida<strong>de</strong> e das mais limpas mãos.<br />

o que nem sempre se conhece pelo<br />

estado das luvas...<br />

O partido republicano prestou<br />

um gran<strong>de</strong> serviço ao paiz e ha <strong>de</strong><br />

saber levantar o credito do nosso<br />

nome que tão baixo cahira no estrangeiro.<br />

Para autorizar todo o regimen<br />

Orgdo do Partido Republicano <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong><br />

COIMBRA — Sexta-feira, 29 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1909<br />

<strong>de</strong> odiosas perseguições que tão tristemente<br />

assinalaram, a situação franquista,<br />

fez-se espalhar que nós éramos<br />

um povo atrazado, vivendo no<br />

eãtado primitivo, aproveitando toda<br />

a occasião, que a tolerância dava, para<br />

fazer estendal dos mais vis instinctos.<br />

Para o estrangeiro, Portugal estaria<br />

sempre á beira <strong>de</strong> uma revoução<br />

que tragicamente se assignaaria<br />

na historia pelas maiores vioencias,<br />

pelos maiores attentados á<br />

iberda<strong>de</strong>, á justiça, á humanida<strong>de</strong>.<br />

Tudo se afundaria rapidamente,<br />

ao primeiro motivo que necessário<br />

seria affastar, usasse-se embora <strong>de</strong><br />

medidas obsoletas, e <strong>de</strong> extraordinário<br />

rigor.<br />

Dá-se porém a tragedia do Terreiro<br />

do Paço, e quando a Europa<br />

esperava o promettido cataclismo,<br />

o paiz conservava-se na immobili-<br />

da<strong>de</strong> grave d'um julgador.<br />

Tinham accorrido ao primeiro<br />

rebate jornalistas, na esperança <strong>de</strong><br />

observarem casos <strong>de</strong> sensacional interesse,<br />

e elles ficaram-se pasmados,<br />

e reconheceram que unhamos sido<br />

calumniados por quem quizera impor<br />

seus crimes, não dizemos ao respeito,<br />

mas á tolerancia diplomatica.<br />

A opinião na Europa mudou<br />

hoje, accentuou-se o <strong>de</strong>scredito da<br />

politica monarchica, levantou-se o<br />

povo portuguez como povo culto,<br />

sequioso <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> e <strong>de</strong> justiça.<br />

E' necessário porém náo nos illudirmos<br />

mais uma Vez, porque a<br />

campanha monarchica contra o <strong>de</strong>screuito,<br />

occulta, talvez, manejos <strong>de</strong><br />

actuar sobre o extrangeiro, por forma<br />

a neutralizar a acçáo do partido<br />

republicano.<br />

A missão, que este nomeou, não<br />

<strong>de</strong>ve ter por isso o caracter <strong>de</strong> momento,<br />

<strong>de</strong>ve pelo contrario ter uma<br />

existencia permanente e uma organisação<br />

que lhe permitta seguir dia a<br />

dia os manejos monarchicos e neutralizar<br />

as crises <strong>de</strong> <strong>de</strong>scredito á sombra<br />

das quaes vive a monarchia portugueza<br />

em communida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interesses<br />

com o bandoleirismo financeiro<br />

cosmopolita.<br />

O imposto municipal dos generos<br />

que se ven<strong>de</strong>rem nos estabele<br />

cimentos situados na estrada <strong>de</strong>nominada<br />

da Guarda Ingleza foram arrematados<br />

por o sr. Leandro da Siiva<br />

pela quantia <strong>de</strong> 245;0U0 réis, quantia<br />

muito superior á que se esperava.<br />

E' este o primeiro anno em que<br />

o imposto neste logar vae á praça.<br />

O administrador do concelho <strong>de</strong><br />

Soure, sr. dr. Victorio <strong>de</strong> Freitas<br />

abandonou o seu logar, entregando<br />

a administração ao presi<strong>de</strong>nte da camara.<br />

O segundo tenente <strong>de</strong> marinha,<br />

sr. Nogueira <strong>de</strong> Lemos, foi mandado<br />

fazer serviço no Observatório Astronomico,<br />

annexo á <strong>Universida<strong>de</strong></strong>.<br />

Vai ser promovido a juiz para S.<br />

Vicente (Açores) o sr. dr. Adolpho<br />

Maria Sarmento <strong>de</strong> Sousa Pires, <strong>de</strong>legado<br />

da comarca <strong>de</strong> Soure.<br />

Foi ontem á assignatura o <strong>de</strong>creto<br />

nomeando bispo <strong>de</strong> Angola o sr.<br />

João Evangelista <strong>de</strong> Lima Vidal, couego<br />

da Se Cathedral.<br />

14.° ANNO<br />

Projecto da installação electrica em <strong>Coimbra</strong><br />

SECÇÃO B — Linha aerea; fee<strong>de</strong>rs; telephones<br />

O systhema <strong>de</strong> alimentação será,<br />

como foi dito, feito por meio <strong>de</strong> uma linha<br />

aerea <strong>de</strong> cobre nu (fio <strong>de</strong> trolley)<br />

com retorno <strong>de</strong> corrente pelos rails. O<br />

10 <strong>de</strong> trolley será duma secção pelo<br />

menos <strong>de</strong> 60 millimetros quadrados, e<br />

será duplo na totalida<strong>de</strong> da re<strong>de</strong>, ligado<br />

entre si nas rampas mais asperas.<br />

O isolamento do fio <strong>de</strong> trolley será,<br />

como habitualmente, duplo, isto<br />

é, por meio <strong>de</strong> doiu isoladores entre<br />

elle e qualquer suporte.<br />

O sy stema <strong>de</strong> suspensão será elas -<br />

tico. O material <strong>de</strong> isolamente é preferível<br />

que seja do typo «Cap & Cone)».<br />

A linha será montada pelo systema<br />

axial, os fios seguindo em projecção<br />

o eixo da via, com os <strong>de</strong>svios<br />

admissíveis em relação aos movimentos<br />

do trolley. Para a suspensão<br />

da linha empregar-se-ão exclusivamente<br />

fios <strong>de</strong> aço galvanisado <strong>de</strong> 6<br />

(seis) millimetros <strong>de</strong> diâmetro e com<br />

uma resistencia <strong>de</strong> ruptura não inferior<br />

a 120 kilos por millimetro quadrado.<br />

Sempre que fôr possível, empregar-se-ha<br />

a suspensão do fio <strong>de</strong> trolley<br />

por fios transversaes fixados ás<br />

pare<strong>de</strong>s das casas por meio <strong>de</strong> rosetas<br />

com uma disposição elastica<br />

para amortecer as vibrações dos tios<br />

<strong>de</strong> suspensão e evitar que sejam<br />

transmittidas ás pare<strong>de</strong>s das casas<br />

On<strong>de</strong> não fôr possivel o emprego <strong>de</strong><br />

rosetas, adoptar-se-ha um typo <strong>de</strong><br />

poste-consola, ou postes simples para<br />

montagem em fios transversaes, ou<br />

para dar ás linhas nas curvas a curvatura<br />

pela qual ella se adaptará<br />

tanto quanto possível e-necessário á<br />

curvatura da via.<br />

Os postes são tubulares, <strong>de</strong> aço,<br />

typo Mannesmann, sem junta ou<br />

costura. Deverão ter a resistencia<br />

precisa para supportar os esforços<br />

a que estão sujeitos sem dar logar<br />

a uma flecha superior a 50 millime<br />

tros, medida 11a ponta. A parte a enterrar<br />

no sollo será <strong>de</strong> dois metros,<br />

num massiço <strong>de</strong> beton. Estes postes<br />

<strong>de</strong>verão ter a altura sufficiente para,<br />

acima do fio do trolley cuja altura<br />

normal será <strong>de</strong> 6 metros, permittirem<br />

a collocação <strong>de</strong> fios <strong>de</strong> reiguar<br />

do on<strong>de</strong> fôr preciso proteger as linhas<br />

telephonicas e telegraphicas.<br />

Nos extremos superiores e infe<br />

riores <strong>de</strong> todas as rampas, a linha<br />

<strong>de</strong>verá ser fortemente espiada. As<br />

agulhas, orelhas, grampos <strong>de</strong> ligação<br />

e em geral todas as peças on<strong>de</strong><br />

o fio <strong>de</strong> trolley está interrompido<br />

<strong>de</strong>vem estar fortemente espiadas e<br />

amarradas a fim <strong>de</strong> diminuir o es<br />

forço <strong>de</strong> trabalho sobre o fio <strong>de</strong> trolley.<br />

As agulhas e cruzamentos aereos.<br />

serão do typo mais mo<strong>de</strong>rno e <strong>de</strong><br />

bronze extra-duro. As agulhas serão<br />

<strong>de</strong> direcção automatica po<strong>de</strong>ndo esta<br />

ser mudada por meio <strong>de</strong> uma corda.<br />

Os cruzamentos serão ajustaveis conforme<br />

o angulo preciso.<br />

A linha será munida <strong>de</strong>soladores<br />

<strong>de</strong> secção. Estes isoladores serão<br />

collocados <strong>de</strong> 500 em 500 metros,<br />

e situados, o mais possivel, em<br />

patamar e nunca a meio <strong>de</strong> rampas<br />

fortes. Cada par <strong>de</strong>soladores <strong>de</strong> se -<br />

cção será servido por um interruptor<br />

<strong>de</strong> secção, em caixa <strong>de</strong> ferro,<br />

montado sobre o poste. A ligação<br />

entre o interruptor <strong>de</strong> secção e os<br />

dois isoladores-<strong>de</strong> secção será feita<br />

por meio <strong>de</strong> cabo <strong>de</strong> dois conductores.<br />

A meio <strong>de</strong> cada uma d'estas secções<br />

<strong>de</strong>verá haver um pára-raios<br />

num poste, <strong>de</strong>ntro duma caixa <strong>de</strong><br />

ma<strong>de</strong>ira alcatroada e parafinada e<br />

em ligação com os rails que assim<br />

çoRstituirão a sua terra.<br />

A linha aerea será ligada ao quadro<br />

<strong>de</strong> distribuição da Estação geradora<br />

por meio <strong>de</strong> dois fee<strong>de</strong>rs <strong>de</strong> cobre<br />

nu <strong>de</strong> 100 millimetros quadrados<br />

<strong>de</strong> secção. Ol. 0 ligará o polo positivo<br />

da secção do lado <strong>de</strong> distribuição<br />

pertencente á linha aerea, ao tio <strong>de</strong><br />

trolley na Estrada da Beira, seguindo<br />

o trajecto mais curto. O 2.° partirá<br />

do quadro para ir ligar ao tio <strong>de</strong><br />

trolley nas imediações do Bairro <strong>de</strong><br />

S. Bento, seguindo o mais curto trajecto<br />

através do Jardim Botânico.<br />

Para manter e assegurar a perda<br />

<strong>de</strong> potencial <strong>de</strong>ntro dos limites admissíveis<br />

collocar-se-ha um fee<strong>de</strong>r<br />

negativo que irá ligar os rails junto<br />

ao Arco <strong>de</strong> S. Sebastião, seguindo<br />

através do Jardim Botânico.<br />

Nos pontos <strong>de</strong> ligação dos fee<strong>de</strong>rs<br />

com a linha aerea montar-se-ao interruptores<br />

<strong>de</strong> secção montados sobre<br />

postes.<br />

Telephones<br />

Para maior garantia dum serviço<br />

rápido e conjugado e para facilitar a<br />

sahida immediata do carro <strong>de</strong> reserva<br />

para substituir qualquer carro<br />

avariado, e ainda para regularisação<br />

dos cruzamentos imprevistos, será<br />

estabelecida uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> sete apparelhos<br />

telephonicos, collocados nos<br />

seguintes pontos: 1 0 Estação geradora<br />

; 2.° Estação A do Caminho <strong>de</strong><br />

fen o; 3.° Praça 8 <strong>de</strong> Maio; 4.° fabrica<br />

do gaz; 5.° Estação B do caminho<br />

<strong>de</strong> ferro; 6.° Largo <strong>de</strong> D. Luiz;<br />

7.° Arco <strong>de</strong> S. Sebastião.<br />

Os apparelhos 11a Praça 8 <strong>de</strong> Maio<br />

e na Estação geradora estarão permanentemente<br />

ligados aos circuitos;<br />

os restantes serão ligados automaticaticamente<br />

quando forem abertas<br />

as portas das caixas que os conteem,<br />

<strong>de</strong> forma que os conductores ou guardas-freio<br />

possam communicar <strong>de</strong><br />

qualquer ponto com a Estação geradora.<br />

Cinco d'estes apparelhos serão fechados<br />

em fortes caixas <strong>de</strong> ferro, solidamente<br />

fixadas aos postes da linha<br />

aerea.<br />

Os apparelhos na Estação geradora<br />

e na Praça 8 <strong>de</strong> Maio serão do<br />

typo usual com dois circuitos apropriados<br />

ao serviço e providos <strong>de</strong><br />

campainhas.<br />

Os tios da re<strong>de</strong> telephoniea .serão<br />

<strong>de</strong> sehcium Bronze, presos sobre<br />

isoladores proprios seguros nos postes<br />

da linha aerea, pata o que se<br />

lhes adaptarão os precisos braços e<br />

isoladores.<br />

Fios pilotos<br />

Os extremos da linha estarão ligados<br />

ao quadro <strong>de</strong> distribuição da<br />

Estação Geradora por meio <strong>de</strong> fios<br />

pilotos, para a verificação da differença<br />

<strong>de</strong> potencial entre os railsnaquelles<br />

pontos e o polo negativo<br />

dos geradores na Estação. Estes tios<br />

serão suspensos, como os tios telephonicos,<br />

nos postes da linha aerea-<br />

(Continua.)<br />

Além da casa <strong>de</strong> corrécção para<br />

menores do districto <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>,<br />

que a camara pediu e que o sr. D.<br />

João <strong>de</strong> Alarcão se mostra, ao que<br />

informam, disposto a fazer, tem o<br />

mesmo ministro i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> estabelecer<br />

em <strong>Coimbra</strong> uma casa <strong>de</strong> correcção<br />

para mulheres.<br />

Muito boa vonta<strong>de</strong>...<br />

Mas outro pedido anterior ha <strong>de</strong><br />

mais importancia, o <strong>de</strong> uma relação<br />

judicial, ha muito <strong>de</strong>sejada, e ha<br />

muito promettida, e a que não vemos<br />

sequer sombra <strong>de</strong> assentimento.<br />

E é tão fácil prometer..,<br />

E não çuroprir...<br />

M

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