Raquel Ferrari da Veiga - Sonia Afonso - UFSC
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VOLUME / SUPERFÍCIES DEFINIDORAS DO ESPAÇO<br />
Os traços perpendiculares são predominantes, formando<br />
uma caixa transparente devido às suas paredes envidraça<strong>da</strong>s.<br />
Essa porção se desprende do solo e consta o principal volume<br />
que indubitavelmente se sobressai levemente na paisagem.<br />
Preso ao solo está um sólido bloco de concreto.<br />
O interior <strong>da</strong> casa é revelado para o exterior, que ao<br />
mesmo tempo não pode se esconder em nenhum momento.<br />
Tem-se a vista <strong>da</strong> floresta, <strong>da</strong>s plantações e <strong>da</strong>s bor<strong>da</strong>s <strong>da</strong><br />
ci<strong>da</strong>de de São Paulo. (ver foto 6)<br />
A horizontali<strong>da</strong>de é mais explora<strong>da</strong>, tanto na circulação<br />
quanto na forma. Seguindo o modernismo, a funcionali<strong>da</strong>de<br />
dos volumes acaba por esculpi-los, integrando-os<br />
harmoniosamente à paisagem.<br />
Foto 6. Relação com o exterior<br />
Fonte: BARDI & FERRAZ, 1999<br />
ESTRUTURA / TÉCNICA CONSTRUTIVA<br />
Estrutura:<br />
Cobertura:<br />
Laje intermediária:<br />
Alvenaria:<br />
Esca<strong>da</strong>:<br />
Ve<strong>da</strong>ção lateral:<br />
• Vigas de concreto armado e pilares de tubos e aço.<br />
• Laje fina de concreto, recoberta com telha de fibrocimento e<br />
isola<strong>da</strong> com lã de vidro.<br />
• Caixão perdido com vigas inverti<strong>da</strong>s de concreto armado.<br />
• Tijolo revestido com massa e pintado.<br />
• Estrutura metálica com degraus de granito natural.<br />
• Chapa de ferro duplo com isolamento de lã de vidro.<br />
Fonte: ACAYABA, M.M<br />
Observa-se que a técnica construtiva é mista, pois ora é sustenta<strong>da</strong> pelos pilotis,<br />
ora tem contato direto com o solo. Parece que a estrutura busca se misturar com a<br />
composição <strong>da</strong> casa, fazendo parte de sua estética e não comprometendo a<br />
funcionali<strong>da</strong>de dos ambientes.<br />
HIERARQUIAS<br />
Como a casa era, além de residência, um local para encontros artísticos e<br />
intelectuais, o projeto deixou os ambientes sociais limpos e vazios, como uma forma<br />
de ressaltar o que ali tinha de mais<br />
importante: as obras de arte. (ver foto 7).<br />
Alguns elementos estão expostos, como as<br />
lareiras.<br />
Este espaço privado/social se<br />
sobressai perante os outros por estar<br />
contido no principal volume, por sua<br />
facha<strong>da</strong> ser destaca<strong>da</strong> pela parede<br />
envidraça<strong>da</strong> e assim ter seu interior<br />
exposto. Em segui<strong>da</strong> a zona íntima se<br />
apresenta, e por último, na parte mais<br />
“afasta<strong>da</strong>” <strong>da</strong> casa, se encontra a área de<br />
serviços.<br />
Foto 7. Ambiente social e obras de arte<br />
Fonte: BARDI & FERRAZ, 1999<br />
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