Raquel Ferrari da Veiga - Sonia Afonso - UFSC

1. RESUMO:
A ocupação de encostas deve carregar consigo todo um estudo do impacto
ambiental que poderá causar. Sendo assim, as construções exigem grande
comprometimento técnico do autor do projeto para se obter um resultado satisfatório,
ou seja, que não se prejudique o ambiente em que estão inseridas. Estes
condicionantes naturais não devem ser encarados apenas como problemas, e sim
como geradores de um partido criativo para o projeto.
Tendo em vista a ocupação residencial nas encostas, propomos analisar
exemplares unifamiliares já construídos. Para a escolha destes, levamos em
consideração a importância da Arquitetura Moderna na ocupação de encostas,
especialmente porque sua intervenção apresenta menor impacto no terreno.
A pesquisa já vinha sendo encaminhada pela análise da residência projetada
pelos arquitetos Carmem e Ademar Cassol, em Florianópolis, quando foi possível
compreender sua inserção no espaço urbano, buscando conceitos que nos confirmam a
relação da Arquitetura Moderna como modelo adequado para a ocupação em encosta.
Dando continuidade à pesquisa, procuramos realizar um estudo comparativo de
outros dois grandes exemplos da arquitetura moderna residencial brasileira em
encostas: A Casa de Vidro, em São Paulo, projetada pela arquiteta Lina Bo Bardi; e a
Casa das Canoas, no Rio de Janeiro, projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer.
Pretendemos assim identificar elementos projetuais, dentro tipologias
arquitetônicas estudadas, que possam gerar diretrizes para o projeto qualificado de
novas construções residenciais implantadas em encostas. Dessa forma contribuiremos
para a manutenção do meio físico através de uma adequada intervenção antrópica.
Palavras Chave: Ocupação de encostas; Arquitetura Moderna; Arquitetura
Residencial Unifamiliar.
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