Luana Regina Borges Pavan - Fmu
Luana Regina Borges Pavan - Fmu
Luana Regina Borges Pavan - Fmu
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
proximal da tíbia. A hipoplasia do vasto medial pode não ser clinicamente detectável. Outros<br />
fatores que foram propostos como contributivos ao desenvolvimento destas condições são:<br />
lesão intra-uterina, hereditariedade, estrógenos e traumatismo. Há pouca evidência que<br />
consubstancie a afirmativa implicando que a lesão intra-uterina nos mecanismos extensores é<br />
o fator etiológico primário nos casos de luxação patelar lateral. A hereditariedade é de difícil<br />
consubstanciação como fator, devido à baixa prevalência desta condição. O caso que se<br />
apresenta para o papel dos estrógenos é igualmente frágil. Este caso se baseia num<br />
experimento em que Beagles em fase de crescimento foram medicados com estradióis, e<br />
desenvolveram sulcos trocleares rasos. O papel do traumatismo é facilmente compreendido,<br />
pois um episódio traumático pode levar às alterações estruturais que promovem a luxação<br />
patelar. Porém, nos casos de luxações espontâneas, a fisiopatologia primária nem sempre é<br />
evidente (BOJRAB, 1996).<br />
6.3 - Luxação patelar congênita em gatos<br />
Há poucas referências à luxação patelar no gato. A afecção tem sido registrada em<br />
gatos British Shorthaired, Devon Rex, Siamês e em uma variedade de cruzamentos de raças.<br />
Apenas cerca de 30% dos gatos com luxação patelar apresentam claudicação, mas<br />
provavelmente a real incidência do problema deve ser maior do que se acredita. Os princípios<br />
de tratamento, tanto para luxação congênita, como para luxação de patela traumática, são os<br />
mesmos usados no cão. O prognóstico para o retorno de uma função normal do membro após<br />
cirurgia corretiva é usualmente bom (DENNY; BUTTERWORTH, 2006).<br />
6.4 - Luxação medial resultante de traumatismo<br />
Animais de todas as raças são suscetíveis a esta lesão relativamente rara, embora<br />
mudanças esqueléticas de menor importância e instabilidade patelar leve predisponham a este<br />
problema. A luxação coxofemoral traumática pode ser acompanhada por luxação patelar<br />
medial. Não foram encontradas referências citando luxação traumática lateral (PIERMATEI;<br />
FLO, 1999).<br />
Mecanicamente, a situação é similar àquela da luxação de grau 1, com sinais de<br />
inflamação aguda. A dor é grave e geralmente é necessária anestesia ou sedação profunda<br />
para a palpação. O membro fica erguido em flexão e rotação interna. Derrame articular e<br />
edema de tecidos moles são evidentes. O exame radiográfico para descartar luxação<br />
41