UniFIAM FAAM – CENTRO UNIVERSITÁRIO INSTRUMENTO ... - Fmu
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<strong>UniFIAM</strong> <strong>FAAM</strong> <strong>–</strong> <strong>CENTRO</strong> <strong>UNIVERSITÁRIO</strong><br />
<strong>INSTRUMENTO</strong> PARA ORIENTAÇÃO AO NOVO FRANQUEADO DA<br />
EMPRESA ELLUS INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.<br />
FERNANDA DA ROCHA MANGUEIRA<br />
Professor Orientador: Prof. Paulo Eduardo Marcondes de Salles<br />
São Paulo<br />
2003
<strong>UniFIAM</strong> <strong>FAAM</strong> <strong>–</strong> <strong>CENTRO</strong> <strong>UNIVERSITÁRIO</strong><br />
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS<br />
FERNANDA DA ROCHA MANGUEIRA<br />
<strong>INSTRUMENTO</strong> PARA ORIENTAÇÃO AO NOVO FRANQUEADO DA<br />
EMPRESA ELLUS INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.<br />
São Paulo<br />
2003<br />
Trabalho de Estágio Supervisionado apresentado ao<br />
Curso de Graduação em Administração de<br />
Empresas da Uni FIAM <strong>FAAM</strong> sob a orientação do<br />
Professor Paulo Eduardo Marcondes de Salles.
658 MANGUEIRA, Fernanda da Rocha.<br />
Instrumento Para Orientação ao Novo<br />
Franqueado da Empresa Ellus Indústria e Comércio<br />
Ltda. / Fernanda da Rocha Mangueira - São Paulo:<br />
Faculdades Integradas Alcântara Machado, 2003.<br />
67 folhas.<br />
Estágio Supervisionado realizado na empresas<br />
Ellus Indústria e Comércio Ltda. São Paulo, 2003.<br />
1. Franchising 2. Varejo 3. Instrumento de<br />
orientação ao franqueado I. Título
Uni FIAM <strong>FAAM</strong> <strong>–</strong> Centro Universitário<br />
Faculdade de Administração de Empresas<br />
Avaliação da Banca Examinadora<br />
Título: Instrumento para Orientação ao Novo Franqueado da Empresa Ellus<br />
Indústria e Comércio Ltda.<br />
Professor Orientador: Prof. Paulo Eduardo Marcondes de Salles<br />
Estagiário (a): Fernanda da Rocha Mangueira<br />
Empresa Concedente: Ellus Indústria e Comércio Ltda.<br />
Itens de Avaliação:<br />
Observações:<br />
___________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________<br />
Banca Examinadora: Data:
iii<br />
Em especial, dedico este trabalho á minha<br />
família, meus pais Nercy e Maura e minhas<br />
irmãs Renata e Cássia, que são as pessoas<br />
que sempre me auxiliaram e apoiaram durante<br />
toda a vida, sendo esta dedicação em especial<br />
nestes últimos quatro anos de graduação.<br />
Serei eternamente grata por tudo. Amo vocês!<br />
Dedico também este trabalho á meus<br />
verdadeiros amigos.
Agradeço a toda dedicação e paciência<br />
iv<br />
dispensada pelo Professor Orientador Paulo<br />
Eduardo Marcondes de Salles nestes seis<br />
meses de estágio supervisionado, auxiliandome<br />
na conclusão deste trabalho.
RESUMO<br />
Este relatório de estágio supervisionado é o resultado da experiência de estágio que<br />
foi realizado no período de seis meses visando o aperfeiçoamento e aprendizado<br />
sobre o Departamento de Varejo da empresa Elllus Indústria e Comércio Ltda, que<br />
tem como responsabilidade a administração de lojas próprias e franquias.<br />
O problema, ou melhor, a oportunidade encontrada foi em relação a área de<br />
franquias que hoje dentro da empresa tem uma grande importância quanto a sua<br />
participação na parte financeira da empresa como também na possibilidade de<br />
expansão das áreas de atendimento e divulgação da marca Ellus.<br />
Assim, a partir da oportunidade encontrada, houve a pesquisa em livros, sites e na<br />
própria empresa sobre o tema e a elaboração da solução, baseada em todo<br />
conteúdo encontrado.<br />
Definindo, a oportunidade encontrada foi a falta de estruturação no suporte as novas<br />
franquias, que seriam de novos proprietários que apesar de possuírem um<br />
conhecimento sobre como administrar um negócio, não conhecem a forma que é<br />
desenvolvida pela empresa franqueadora Ellus.<br />
Ao desenvolver o estágio, algumas dúvidas que a estagiária encontrava foram<br />
solucionadas, como por exemplo, de que se o modelo utilizado pela empresa se<br />
enquadrava dentro dos que são especificados pelos autores especialistas no tema e<br />
se haveria a necessidade de correção, aproveitando corrigir e colocá-los de forma<br />
correta através deste instrumento de orientação ao franqueado.<br />
Desta forma, desenvolveu-se assim a proposta, que seria um manual ao novo<br />
franqueado com as orientações necessárias ao entrar neste novo negócio.<br />
Palavras-Chave: Franchising, Ellus, históricos, vantagens, desvantagens, parcerias,<br />
suporte, orientação, análises, oportunidade, manual.<br />
v
ABSTRACT<br />
This report of supervised training is the result of the training experience that was<br />
carried through the period of six months aiming the improvement and learning on the<br />
Retail Department from Elllus Indústria e Comércio Ltda, that has as liability the<br />
administration of its own stores and franchisings.<br />
The problem, or better, the opportunity found was related to the franchising area that<br />
currently has in the company a hudge matter for its participation on the financial<br />
company’s side as also in the potencial of expansion of attendance’s areas and<br />
spreading of the brand Ellus.<br />
Thus, from this chance, there were inquires in books, internet sites and also inside<br />
the company about this theme and preparing the solution, based on the entire<br />
content acquired.<br />
Summarizing, the opportunity found was the lack of structure in supporting the new<br />
franchisings, that would be to new owners who although having the knowledge on<br />
how to manage business, doesn’t know the internal criterias of franchising developed<br />
by Ellus.<br />
When developing the training, some doubts that the trainee found had been solved,<br />
as for example, that if the pattern used for the company was squaring on what is<br />
specified by specialists authors in this subject, and if was needed correction, making<br />
progress to correct and putting them on the right way through this franchised leading<br />
tool.<br />
In this way, there was developed a proposal that would be a guideline to the new<br />
franchised with the required conducts to get in this new business.<br />
Key Works: Franchising, Ellus, historics, advantages, penalties, partnerships,<br />
support, leading, analyses, timeliness, manual.<br />
vi
SUMÁRIO<br />
INTRODUÇÃO 01<br />
I. CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO 04<br />
1.1. Nelson Alvarenga Filho e a Ellus 04<br />
1.2. A Consolidação e Crescimento da Empresa 05<br />
1.3. A Ellus nos Anos 90 06<br />
1.4. A História Recente 08<br />
1.4.1. A Empresa Hoje 09<br />
1.5. Sua Organização Interna 09<br />
1.5.1. Organograma Geral 10<br />
II. ÁREA DE ESTÁGIO 11<br />
2.1. Organograma da Área de Estágio 11<br />
III. REFERENCIAL TEÓRICO 12<br />
3.1. Histórico do Franchising 12<br />
3.1.1. O Início no Brasil 13<br />
3.1.2. Quadro Atual no Brasil 14<br />
3.2. O que é o Sistema de Franchising 15<br />
3.3. Vantagens e Desafios do Franchising 17<br />
3.4. Estágios de Desenvolvimento 19<br />
3.5. Fatores para a Abertura de Uma Franquia 22<br />
3.5.1. Planejamento Estratégico 22<br />
3.5.2. Taxas 23<br />
3.5.3. Escolha do Ponto 23<br />
3.5.4. Análise da Viabilidade Financeira para a Abertura 26<br />
3.6. Administração da Franquia 27<br />
3.6.1. Administração de Pessoal 27<br />
3.6.2. Administração Financeira 28<br />
3.6.3. Compras 31<br />
vii
3.6.4. Controle de Estoque 32<br />
IV. ESTÁGIO E OBSERVAÇÃO 34<br />
4.1. Problema / Oportunidade 35<br />
V. PROPOSTA 36<br />
5.1. Instrumento para Orientação ao Novo Franqueado 36<br />
CONCLUSÃO 49<br />
CONSIDERAÇÕES FINAIS 51<br />
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 52<br />
ANEXOS 54<br />
ANEXO 1 - Exemplo de Planilha de Custos e Investimentos para 55<br />
a Abertura de Franquia<br />
ANEXO 2 - Exemplo de Planilha de Cotas de Compra 57<br />
ANEXO 3 - Modelo De Carta De Ranking Mensal 58<br />
viii
LISTA DE FIGURAS E TABELAS<br />
1. Logotipo Ellus Indústria 04<br />
2. Logotipo Ellus Indústria <strong>–</strong> Campanha 1995 07<br />
3. Modelo Campanha Ellus Indústria 1997 07<br />
4. Campanha Ellus 2003 08<br />
5. Empresas Franqueadoras em cada Segmento de Mercado 15<br />
6. Vantagens e Desafios para o Franqueador 18<br />
7. Vantagens e Desafios para o Franqueado 19<br />
8. Moldes da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 31<br />
9. Giro de Estoques 33<br />
ix
INTRODUÇÃO<br />
Ellus Indústria e Comércio Ltda é uma empresa que atua no ramo de<br />
confecções há 31 anos buscando atingir um público-alvo de pessoas jovens que<br />
buscam desde produtos básicos a diferenciados com qualidade.<br />
A empresa, sendo responsável pela criação de quase todos os produtos<br />
vendidos, possui o setor de varejo que é responsável também por gerar lucro para<br />
empresa e fixar a marca e seu conceito no mercado, ampliando assim a rede de<br />
lojas em extensão nacional.<br />
Por isso, vem ampliando sua rede de vendas e atuando no varejo brasileiro com<br />
lojas próprias, coligadas, monomarcas, mutilmarcas e franquias. No exterior, vem<br />
ampliando a rede de pontos-de-venda e Show Room em cidades como Nova York,<br />
Roma, Santiago e Paris.<br />
Por serem em sua maioria lojas de venda exclusiva da empresa e, portanto, por<br />
carregarem a nome Ellus como marca e referência para o público consumidor, as<br />
franquias da empresa têm uma função estratégica de grande importância para a<br />
sustentação da imagem da empresa, para o reconhecimento por parte dos<br />
consumidores e para as possibilidades de expansão da marca por regiões do país<br />
ainda pouco exploradas. Sendo assim, faz-se necessário, por parte da<br />
franqueadora, um planejamento e um monitoramento de grande parte das ações<br />
adotadas pelos franqueados, principalmente por serem vendedoras exclusivas da<br />
marca Ellus e por possuírem uma administração própria.<br />
As franquias, um conceito acreditado no Brasil em seu início por algumas poucas<br />
empresas, dentre elas a Ellus, foi durante alguns anos considerada como apenas<br />
despesas para franqueados e também para o franqueador.<br />
1
Atualmente, não há nenhuma estruturação e documentação do processo de<br />
abertura e acompanhamento das franquias. Sendo assim, por atuar na área de<br />
controladoria de varejo, este estágio está visando trazer um aperfeiçoamento a área<br />
de suporte a franquias, um trabalho que o departamento de varejo vem buscando<br />
desenvolver para proporcionar ao franqueado uma confiança em abrir uma franquia<br />
com a marca Ellus, por saber que durante todos os anos que for nosso parceiro<br />
receberá a assistência necessária quanto a produtos, vendas, estoque etc. e que<br />
também será mais uma filial a fixar o conceito e a marca Ellus nas regiões em que<br />
esta filial atingir. Além disto, este acompanhamento visa ampliar a possibilidade de<br />
obtenção de lucro para o franqueado, sendo que desta forma, resultará em lucro<br />
para o franqueador Ellus também.<br />
A busca de informações e conceitos se dará através de pesquisas em livros<br />
especializados nos assuntos abordados, em sites e na própria empresa Ellus. Após<br />
a análise de todas as informações será proposto um modelo de “manual”, contendo<br />
todas as informações quanto aos procedimentos de abertura e assistência ao<br />
franqueado na abertura e administração de uma franquia Ellus como a escolha do<br />
ponto, custos aproximados para a abertura e montagem de lojas, cálculo para<br />
compra de produtos durante as duas coleções (verão e inverno) que ocorrem<br />
durante o ano, baseada em previsões de vendas e formas de acompanhamento do<br />
andamento da franquia.<br />
Este trabalho trará em seu início a caracterização da organização, que são<br />
algumas informações como histórico da empresa Ellus, sua estrutura organizacional,<br />
situação do mercado, concorrentes, dentre outros.<br />
A seguir trará informações sobre a área em que foi realizado o estágio, com o<br />
organograma da área de Varejo Nacional e também com a descrição de algumas<br />
das principais atividades exercidas pela estagiária e quais as dificuldades que<br />
encontrou nas rotinas que fizeram-na determinar esta problemática a ser<br />
desenvolvida.<br />
2
A teoria que envolve as soluções a serem propostas será apresentada a seguir.<br />
Primeiramente, serão expostos o tema franchising, seu histórico, seu conceito, e<br />
quais são os principais fatores para a abertura de uma franquia, como a escolha do<br />
ponto, análise da viabilidade financeira para a abertura, administração de Pessoal,<br />
compras e controle de estoque.<br />
No capítulo seguinte será feita uma descrição sobre o período de estágio e<br />
assim a proposta encontrada para a solução do problema / oportunidade<br />
encontrada. Na continuação será descrita a elaboração da proposta e a proposta<br />
em si.<br />
Ao final deste relatório de estágio, estarão os anexos considerados de grande<br />
importância dentro do tema abordado e desenvolvido.<br />
3
I. CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO<br />
1.1. NELSON ALVARENGA FILHO E A ELLUS<br />
A história da Ellus Indústria e Comércio Ltda. se confunde com a própria história<br />
de seu fundador e, hoje, sócio majoritário e diretor-presidente.<br />
Quando decidiu criar a Ellus em 1972, Nelson Alvarenga Filho já havia feito de<br />
tudo um pouco. Aos sete anos ganhou seu primeiro salário vendendo tomates<br />
cultivados no quintal de sua casa pela mãe. No colégio, engraxava sapatos e<br />
limpava os quartos dos colegas, ganhando assim, aos nove anos, os seus primeiros<br />
trocados. Entretanto, o primeiro emprego de verdade aconteceu quando se mudou<br />
de Minas Gerais para São Paulo, depois de completar o ginasial, aos 15 anos. Como<br />
office-boy da gráfica Macron, no Itaim Bibi, Nelson conheceu o dono de uma<br />
pequena camisaria, Gledson Assunção. Por dois salários mínimos e uma hora para<br />
se dedicar aos estudos, trocou o trabalho na gráfica para ser auxiliar de escritório na<br />
Gledson.<br />
Logo, Nelson, com boas noções de matemática, descobriu uma nova forma de<br />
controle de custos, mais moderna e sofisticada, o que lhe valeu uma promoção na<br />
empresa. Mesmo assim, continuou a estudar medicina, como havia prometido a<br />
mãe.<br />
Porém, seu crescente interesse pela moda o transformou no gerente<br />
administrativo da Gledson. Ao mesmo tempo, se dedicava aos estudos de<br />
Administração de Empresa na Fundação Getúlio Vargas, onde se formou.<br />
4
Em 1968, em pleno auge da contracultura, foi aos Estados Unidos e à Europa,<br />
onde presenciou uma mudança significativa em termos de comportamento e de<br />
vestuário. Começava a era das t-shirts e dos jeans, roupas que, para os jovens,<br />
significavam uma nova forma de liberdade e um sinal de rebeldia. Foi com essas<br />
idéias na cabeça que Nelson decidiu abrir seu próprio negócio. Vendeu então seu<br />
carro, um Galaxie Landau e, com um empréstimo de US$ 300 mil, alugou uma casa<br />
na rua Joaquim Floriano, comprou cinco máquinas de costura e uma Kombi.<br />
Em 1972 nascia a marca Ellus, fundamentada em cinco preceitos básicos,<br />
difundidos pelos jovens de todo o mundo:<br />
Ideologia,<br />
Amor livre,<br />
Paz,<br />
Comunidade,<br />
Liberdade.<br />
1.2. A CONSOLIDAÇÃO E CRESCIMENTO DA EMPRESA<br />
Depois de um começo quase que artesanal, com camisetas pintadas a mão por<br />
um grupo de jovens cariocas, a Ellus virava sinônimo de roupa jovem. Mas o boom<br />
da marca só aconteceu cinco anos depois, em 1977. Para celebrar a data, a grife<br />
lançou a etiqueta comemorativa Ellus Five, um adereço muito bem aceito que<br />
passou a ser roubado dos jeans para ser costurado em outras roupas.<br />
No ano seguinte, a empresa conseguiu estabelecer uma parceria que foi de<br />
grande importância para sua consolidação no mercado da moda nacional. Para<br />
lançar seu novo jeans com opção de cores, o Kanvas, a Ellus usou a música "Mania<br />
de Você", incluída no novo disco de Rita Lee. Numa bem idealizada campanha<br />
publicitária, a propaganda mostrava um casal debaixo d'água se beijando e tirando a<br />
roupa. O resultado foi que o jeans Kanvas alcançou o topo das vendas em todo<br />
Brasil.<br />
5
A empresa surpreendia continuamente o mercado com modismos e idéias bem-<br />
sucedidas. Em 1980, vieram os jeans marrons. Depois, os stonewashed, com uma<br />
técnica importada da Suíça, que dava aos jeans o aspecto surrado tão desejado<br />
pelos consumidores. Um novo produto e uma nova campanha. O par formado pelos<br />
atores Kadu Moliterno e Lídia Brondi anunciava: "Stonewashed, o jeans lavado a<br />
pedra". Ao mesmo tempo em que se tornava um produto de massa, a Ellus tentava<br />
se reorganizar internamente. A década de 80 serviu para que a marca investisse em<br />
lojas próprias e no franchising.<br />
Em 1985 mais uma arrebatadora conquista da marca: o slogan "invista-se com<br />
Ellus. Invista-se em você", que anunciava a nova coleção de inverno, inspirada nos<br />
uniformes de guerra.<br />
Nos anos seguintes, sofisticação e qualidade formavam as palavras chave que<br />
novamente direcionavam a marca. Em 1987, Luma de Oliveira protagonizava outra<br />
novidade: o catálogo de inverno em preto e branco. As inspirações que vieram a<br />
seguir foram muitas.<br />
1.3. A ELLUS NOS ANOS 90<br />
Foi no inverno de 1990 que a Ellus mais uma vez se destacou com intensidade<br />
no mercado da moda brasileiro. Com o lançamento de um concurso de modelos, o<br />
"Ellus Look of the Year" trouxe ao Brasil umas das maiores top models de todos os<br />
tempos, Cindy Crawford.<br />
Em 1993, Nelson Alvarenga resolveu mais uma vez investir em seu know-how<br />
relacionado às tendências mundiais da moda, saindo do Brasil para se atualizar. O<br />
resultado foi uma política audaciosa da empresa, que marcou a nova cara da Ellus,<br />
com coleções, lojas e marketing renovados. O que passa a direcionar a empresa é<br />
então ser a "Marca de moda" e não mais a "Marca da moda".<br />
6
Em 1995 a letra E da Ellus fica estilizada em forma de<br />
asa, anunciando mais uma campanha; "Fly Ellus". No<br />
inverno do mesmo ano, inovam com uma apresentação<br />
apoteótica. Uma passarela de água, criada especialmente<br />
no Campo de Marte em SP.<br />
Já em 1997, a Ellus promove mais uma ousada<br />
mudança na sua imagem elegendo como top a modelo<br />
Milla Jovovich, com a qual a marca manteve contrato de<br />
exclusividade, no Brasil e no Chile, por dois anos. Milla<br />
representou, durante quatro estações, não só a cara,<br />
mas a atitude Ellus. A atriz, modelo e cantora representa a imagem perfeita do jovem<br />
independente, bonita e saudável para quem a marca se dirige.<br />
No Verão de 1999 a Ellus acerta em cheio com um desfile antológico. A empresa<br />
voltou as origens da marca com uma coleção intitulada "Hippie-Chic", conseguindo<br />
antecipar uma tendência que só viria a ser desenvolvida e apresentada nas<br />
passarelas internacionais alguns meses depois.<br />
Já no verão de 2000, diante das possibilidades que a chegada do novo milênio<br />
poderia trazer para a empresa, a Ellus assume que o novo século só começa em<br />
2001.<br />
Partindo desse princípio, a marca decide usar o lançamento da sua nova<br />
coleção para homenagear os anos 90, a década do amadurecimento da moda no<br />
Brasil. Com um desfile histórico, a Ellus traz para desfilar, pela primeira vez no<br />
Brasil, um dos maiores ícones da moda em todos os tempos: Kate Moss.<br />
Em janeiro de 2000 a Ellus volta a surpreender contratando a top sudanesa Alek<br />
Wek para ser a imagem do seu inverno 2000. Junto com Alek esteve a modelo<br />
Mariana Weickert, grande revelação nacional. Hoje a Ellus investe em looks clean,<br />
que misturam praticidade e sofisticação, onde o diferencial é dado pela<br />
7
personalidade do consumidor. É com este ideal de ousadia que a marca aposta<br />
neste fim de milênio.<br />
1.4. A HISTÓRIA RECENTE<br />
Em 2002, a Ellus comemorou seus 30 anos com um desfile da coleção Verão<br />
2003 tendo como tema “Urban Pirates”, fazendo um desfile emocionante apostando<br />
ainda no estilo jeanswear.<br />
Em junho de 2002 deu início ao projeto Ellus Second Floor, inicialmente apenas<br />
na loja Oscar Freire com 13 expositores, onde se dava início ao “Novo Exército<br />
Fashion Underground”, com a possibilidade de novos criadores venderem e exporem<br />
seus produtos, trazendo inovações para a moda e também ao varejo.<br />
Atualmente, o espaço Second Floor conta com 40 expositores, dentre eles<br />
jovens fotógrafos, estilistas e designers. Além disto, qualquer loja, desde próprias e<br />
franquias podem ter estes produtos diferenciados mostrando assim o grande<br />
sucesso que esta inovação gerou no varejo.<br />
Para a coleção Inverno 2003 a Ellus tornou-se<br />
polêmica, por trazer como tema a Luxúria, Fetiches e<br />
Sexo. No desfile masculino, eram as mulheres que<br />
utilizavam os trajes masculinos, apostando em roupas<br />
escuras.<br />
Além disto continua apostando nos jeans. Todos muito justos, adesivos,<br />
chamativos, supersexy. A coleção veio praticamente fumegando com um estilo<br />
abusando de correntes, cintos, chicotes, suspensórios, amarras, máscaras e capas<br />
misteriosas. Tem a ver com História d’O (quem tem mais de 30 sabe do que se<br />
trata), tem a ver com a cena do clube de orgia em De Olhos Bem Fechados, de<br />
Stanley Kubrick. Não à toa, o cenário era uma jaula com rapazes de sunga de couro<br />
8
e mulheres dominatrix, como nas fotos porn no defunto e esquecido livro Sex, de<br />
Madonna.<br />
1.4.1. A empresa Hoje<br />
Atualmente, a Ellus é reconhecida em muitas regiões do país como uma marca<br />
jovem, de qualidade e moderna. Seu público-alvo se compõe basicamente de<br />
pessoas entre 15 e 25 anos, das classes de maior renda da população. Dentro de<br />
seu nicho de mercado tem como principais concorrentes as marcas Zoomp e Fórum.<br />
Com a ampliação do seu mercado no ano de 2002 e agora em 2003, a Ellus vem<br />
ampliando a sua rede nacional e possui atualmente, para atender à demanda deste<br />
mercado, 18 lojas próprias no estado de São Paulo, 3 em Curitiba, 2 em Goiânia, 1<br />
em Uberlândia e 1 em Belo Horizonte. Além das próprias, possui também 2 lojas<br />
coligadas em Porto Alegre, 28 franquias distribuídas pelo Brasil e mais de 800<br />
pontos de vendas (multimarcas). No exterior, possui 07 lojas licenciadas no Chile e<br />
também Show Rooms em cidades potenciais como Nova York, Milão, etc.<br />
1.5. SUA ORGANIZAÇÃO INTERNA<br />
Atualmente, o quadro de funcionários é composto por uma equipe de<br />
aproximadamente 350 colaboradores. Na Ellus Indústria, sede administrativa da<br />
empresa localizada no bairro de Santo Amaro em São Paulo (SP), são cerca de 300<br />
funcionários, responsáveis por toda a administração da empresa. Embora a grande<br />
maioria do processo produtivo seja terceirizada, a sede administrativa também conta<br />
com setores de produção, risco e modelagem e estocagem.<br />
Os outros 150 funcionários que são vendedores, gerentes, caixas, etc. estão<br />
alocados nos pontos de vendas das lojas próprias.<br />
9
1.5.1. Organograma Geral<br />
Internamente, a empresa está estruturada conforme ilustra o organograma<br />
geral 1 apresentado na seqüência. O diretor-presidente, Nelson Alvarenga Filho,<br />
comanda os diferentes setores da empresa, sempre com o alvo de alinhar os<br />
interesses da empresa às necessidades do mercado.<br />
Dir. de Produto<br />
G. Comunicação<br />
Diretor Presidente<br />
Nelson Alvarenga<br />
G. Distribuição G. Produção G. Vendas Mult. I G. Compras G. Licenciados<br />
1 Fonte: Departamento de Recursos Humanos <strong>–</strong> Ellus Ind. Com. Ltda.<br />
Dir. Adm. Financ. Procuradoria Dir. Varejo Naciomal<br />
10
II. ÁREA DE ESTÁGIO<br />
O estágio foi realizado na área de Controladoria no Departamento de Varejo,<br />
área em que a estagiária atua desde agosto de 2002.<br />
Dentre as principais atividades exercidas durante o período de estágio, está a<br />
participação na convenção da coleção de Verão 2004. Nela, acontece a visita de<br />
todos os franqueados para conhecer os produtos da coleção, qual será o seu<br />
conceito, uma análise dos meses anteriores de 2003 e a determinação de verba<br />
para pedido.<br />
Nas rotinas, há a elaboração de ranking de vendas, acompanhamento de<br />
estoque e alguns contatos com os franqueados. Além da parte de franquias, há o<br />
controle e atendimento as lojas próprias da empresa.<br />
2.1. ORGANOGRAMA DA ÁREA DE ESTÁGIO<br />
O organograma de Diretoria de Varejo e Franquias 2 mostra como está<br />
estruturada a função do Sr. José Carlos Sampaio, diretor dos departamentos<br />
referentes ao Varejo Nacional e Franquias, sendo, portanto o responsável pelo<br />
departamento de Controladoria, do qual a estagiária faz parte.<br />
Diretor<br />
José Carlos Sampaio<br />
Lojas Controladoria<br />
Superv. de Franquias Superv. de Lojas<br />
2 Fonte: Departamento de Recursos Humanos <strong>–</strong> Ellus Ind. Com. Ltda.<br />
11
III. REFERENCIAL TEÓRICO<br />
Para dar sustentação à proposta de melhoria sugerida no capítulo seguinte,<br />
algumas referências teóricas serão apresentadas. Os principais conceitos de toda a<br />
estrutura da proposta serão brevemente explicados neste item.<br />
3.1. HISTÓRICO DO FRANCHISING<br />
Segundo PAULO C. MAURO (1994, p.73), no conceito que hoje conhecemos de<br />
estabelecer canais de distribuição exclusivos e controláveis, o franchising teve seu<br />
primórdios na própria Igreja Católica, que montou uma rede mundial sob controle<br />
central do Vaticano. Já na Idade Média os monarcas destacavam nobres para cuidar<br />
de determinados territórios, em troca de proteção.<br />
Desta forma, podemos dizer que a base geradora dos princípios do franchising<br />
vem da Idade Média, principalmente na França onde existiram as cidades francas,<br />
“Onde pessoas e bens tinham livre circulação, e eram isentas de pagamento de<br />
taxas e imposto ao poder central e/ou a igreja” (SONIA DAHAB, 1996, p. 13). Esta<br />
outorga de direitos e privilégios, de certa forma podem ser considerados como um<br />
sistema rudimentar de franchising.<br />
O franchising, como evolução do sistema de canais de distribuição para<br />
empresas, iniciou-se por volta de 1863, por meio da empresa Singer Sewing<br />
Machine Company, nos Estados Unidos. A Singer tinha dificuldades de divulgar seu<br />
produto, que era uma novidade na época, e necessitava educar a população para<br />
usa-lo, além de fornecer a manutenção das máquinas. Assim, por meio de<br />
distribuidores exclusivos, a empresa conseguiu seu objetivo.<br />
Mas o franchising evoluiu muito somente a partir do final da Segunda Guerra<br />
Mundial, não apenas no número de adeptos do sistema, mas também no seu<br />
conceito.<br />
12
Entretanto, a "explosão" do franchising só veio mesmo a partir dos anos 50,<br />
quando milhares de ex-combatentes que voltaram para os Estados Unidos<br />
realizaram o sonho de abrir seus próprios negócios. O fato histórico considerado<br />
responsável pelo crescimento do sistema foi o surgimento do McDonald's em 1954,<br />
hoje o maior franqueador do mundo.<br />
3.1.1. O Início no Brasil<br />
Até o início da década de 80, PAULO C. MAURO (1994, p. 85) afirmou que o<br />
franchising no Brasil concentrava-se nas áreas de distribuição de veículos,<br />
combustíveis e engarrafamento de bebidas, franquias tradicionais de produto e<br />
marca.<br />
O setor de shopping centers, foco principal da empresa Ellus, desenvolveu-se na<br />
década de 80 por todo país, levando ao desenvolvimento quase que automático das<br />
redes de varejo, concentrada nas áreas de confecções, acessórios e cosméticos.<br />
“O país teve iniciativas pioneiras com o Fisk e o Yázigi na área<br />
de escolas. O Boticário, na área de produtos naturais, e a<br />
Ellus, na área de confecções. Aliás, as áreas que tiveram<br />
maior crescimento no início da implantação do franchising no<br />
Brasil foram a de confecções e a de produtos naturais.”<br />
(PAULO C. MAURO, 1994, p. 87)<br />
Confirmando esta importância, ainda no ano de 1987, foi criada a ABF <strong>–</strong><br />
Associação Brasileira de Franchising <strong>–</strong> que, resumidamente, tem os seguintes<br />
objetivos: divulgar o franchising, defender os interesses comuns de franqueados e<br />
franqueadores, promover pesquisas sobre o tema e o intercâmbio de informações,<br />
prestar assistência aos associados e estabelecer padrões para a prática do<br />
franchising no Brasil.<br />
13
3.1.2. Quadro Atual no Brasil<br />
Atualmente, segundo dados do ABF 3 , o Franchising tem crescido continuamente<br />
nos últimos anos (20% ao ano), fazendo do Brasil hoje o 3º maior país franqueador<br />
do mundo, atrás somente dos EUA e Japão. Atualmente, o Brasil conta com cerca<br />
de 650 empresas que já franqueiam e aproximadamente 56.000 pontos de vendas<br />
em todo o Brasil nos mais diversos segmentos, sendo que 90% deles são iniciativas<br />
nacionais.<br />
A ABF - Associação Brasileira de Franchising apurou o desempenho do<br />
franchising no país durante o ano de 2002. No ano passado, o franchising<br />
apresentou crescimento de 12% comparado a 2001 e movimentou cerca de R$ 28<br />
bilhões. De acordo com a associação, essa taxa de crescimento é considerada<br />
excepcional no contexto atual da economia brasileira. Para se ter uma idéia, tanto<br />
em 2001 como em 2000, a taxa apurada de crescimento do franchising foi de 7%.<br />
Abaixo, segue quadro com a última pesquisa realizada pelo Instituto Franchising<br />
em 2000, demonstrando quais setores possuem o maior número de empresas<br />
franqueadoras. Nota-se que, que os segmentos de mercado com maior número de<br />
franqueadoras são Saúde & Beleza, Vestuário e Educação & Treinamento:<br />
3 Disponível em: <br />
14
Tabela 1 <strong>–</strong> Empresas Franqueadoras em cada Segmento de Mercado<br />
Segmentos Franqueadoras %<br />
SAÚDE & BELEZA 65 14,3%<br />
VESTUÁRIO 63 13,8%<br />
EDUCAÇÃO & TREINAMENTO 50 11,0%<br />
ALIMENTAÇÃO / FAST FOOD 48 10,5%<br />
ALIMENTAÇÃO / ESPECIALIZADA 35 7,7%<br />
NEGÓCIOS & SERVIÇOS 31 6,8%<br />
INFORMÁTICA 25 5,5%<br />
VEÍCULOS 24 5,3%<br />
MÓVEIS, DECORAÇÕES & PRESENTES 20 4,4%<br />
LIMPEZA & CONSERVAÇÃO 17 3,7%<br />
ACESSÓRIOS PESSOAIS 13 2,9%<br />
ENTRETENIMENTO 9 2,0%<br />
ALIMENTAÇÃO / VAREJO 8 1,8%<br />
FOTOS / GRÁFICAS & SINALIZAÇÃO 8 1,8%<br />
HOTELARIA & TURISMO 8 1,8%<br />
LIVRARIAS & PAPELARIAS 7 1,5%<br />
CONSTRUÇÃO / MATERIAL & SERVIÇOS 5 1,1%<br />
EQUIPAMENTOS / PROD. & SERVIÇOS 5 1,1%<br />
RESIDÊNCIA / PRODUTOS & SERVIÇOS 5 1,1%<br />
COMUNICAÇÃO 4 0,9%<br />
INFANTIL 4 0,9%<br />
ESPORTES & ACESSÓRIOS 2 0,4%<br />
TOTAL 456 100,0%<br />
Tabela 1: Nº de Empresas Franqueadoras em cada segmento. 2000.<br />
O setor de vestuários, apesar de já ser um setor composto por muitas empresas,<br />
continua em expansão. No Brasil, está se encontrando a oportunidade de abertura<br />
de novas empresas em regiões demográficas pouco exploradas como o interior do<br />
país.<br />
3.2. O QUE É O SISTEMA FRANCHISING<br />
O franchising é:<br />
“Um verdadeiro casamento de interesses, no qual dois<br />
parceiros - o franqueador de um lado e o franqueado do outro -<br />
tendem a unir seus esforços e habilidades, trabalhando<br />
15
harmoniosamente em busca de um único objetivo: o sucesso<br />
de ambos”. (CHERTO, M., RIZZO, M., 1991, p. 01)<br />
Segundo definição da ABF, Franchising é uma estratégia para a distribuição e<br />
comercialização de produtos e serviços. É um método seguro e eficaz para as<br />
empresas que desejam ampliar suas operações com baixo investimento,<br />
representando, por outro lado, uma grande oportunidade para quem quer ser dono<br />
de seu próprio negócio.<br />
Além disto, MICHAEL LEVY e BARTON A. WEITZ (1997, p. 633) afirmaram que,<br />
apesar de não existirem estatísticas precisas sobre a probabilidade de um negócio<br />
dar certo, estima-se que 20% dos que começam uma nova empresa tem chance de<br />
sobrevivência, dos que compram uma empresa existente 70% e dos que compram<br />
uma franquia, 90%.<br />
A uniformidade ou padronização da rede é um dos fatores de sustentação do<br />
Franchising de acordo com afirmações da ABF. Ou seja, o cliente ao entrar em uma<br />
filial Ellus em São Paulo perceberá que, ao visitar uma filial em Belém, existe uma<br />
padronização no layout da loja e também deverá ser bem atendido em qualquer loja<br />
que carregue a marca Ellus.<br />
O Sistema de Franchising garante uma série de benefícios a quem pretenda<br />
operar o seu próprio negócio. Além de oferecer a oportunidade de trabalhar com<br />
uma marca conhecida, uma boa franquia pressupõe a existência de um conceito de<br />
negócio previamente testado e aprovado no mercado. Ou seja: o franqueado não<br />
precisará "reinventar a roda".<br />
A ABF afirma que em princípio, um franqueador profissional deverá transferir a<br />
seus franqueados a experiência que desenvolveu, orientando-os em tudo o que diga<br />
respeito à implantação, operação e gestão do negócio franqueado. Ou seja: deverá<br />
fornecer aos mesmos um "formato", ou padrão, que os auxilie a reproduzir (ou até<br />
mesmo superar) o sucesso que ele, o franqueador, esteja alcançando em seus<br />
estabelecimentos próprios.<br />
16
Para isso, um bom franqueador deverá oferecer, entre outras ferramentas,<br />
treinamento e manuais para garantir a qualidade e a consistência de cada um dos<br />
estabelecimentos que usam a sua marca. De sua parte, cada franqueado deverá<br />
implantar, operar e administrar o negócio de acordo com os padrões ditados pelo<br />
franqueador. Isso mantém a unidade da rede.<br />
A Associação, por sua vez, assim define o franchising e seus participantes:<br />
franchising é uma estratégia para a distribuição e comercialização de produtos e<br />
serviços; o franqueador é a empresa detentora da marca, que idealiza, formata e<br />
concede a franquia, do negócio ao franqueado, que é uma pessoa física ou jurídica,<br />
que adere à rede de franquia. No sistema de franchising, o franqueado investe<br />
recursos em seu próprio negócio, o qual será operado com a marca do franqueador<br />
e de acordo com todos os padrões estabelecidos e supervisionados por ele.<br />
Dada sua crescente importância na economia do país e das empresas, a Lei<br />
8.955, de 15 de Dezembro de 1994, dispõe sobre o contrato de franquia empresarial<br />
e suas obrigações no Brasil. De acordo com seu Art.2 o :<br />
“Franquia empresarial é sistema pelo qual um franqueador<br />
cede ao franqueado o direito de uso de marca ou patente,<br />
associado ao direito de distribuição exclusiva ou semiexclusiva<br />
de produtos ou serviços e, eventualmente, também<br />
ao direito de uso de tecnologia de implantação e administração<br />
de negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou detidos<br />
pelo franqueador, mediante remuneração direta ou indireta,<br />
sem que, no entanto, fique caracterizado vínculo<br />
empregatício”. (ABF, 2003, www.abf.com.br)<br />
3.3.VANTAGENS E DESAFIOS DO FRANCHISING<br />
Segundo PAULO C. MAURO (1994, p. 105), as desvantagens que existem no<br />
sistema de franchising devem ser consideradas desafios e passarem a ser<br />
enfrentadas pelas empresas. A implantação de um sistema profissional traz a<br />
possibilidade da redução ou eliminação destas desvantagens.<br />
17
Argumentando sobre as vantagens e desvantagens (desafios) da aplicação do<br />
conceito de franchising para o franqueado e para o franqueador, CHERTO e RIZZO<br />
(1991, p. 54) ilustram nos quadros a seguir (Quadros 2 e 3) seus pontos de vista:<br />
Tabela 2 <strong>–</strong> Vantagens e Desafios para o Franqueador<br />
FRANQUEADOR<br />
Vantagens Desafios<br />
Maior cobertura do mercado, com um<br />
custo menor.<br />
Acesso confiável a um canal de<br />
distribuição.<br />
Alcance de maior eficiência na<br />
condução de cada unidade do negócio<br />
do franqueador.<br />
Fonte: CHERTO e RIZZO (1991)<br />
Aumento da intensidade da cobrança<br />
por parte do franqueado em relação às<br />
atitudes e decisões do franqueador em<br />
relação à condução de seu negócio e de<br />
suas franquias.<br />
Perda de acesso direto ao consumidor<br />
final, cuja função passa a ser do<br />
franqueado.<br />
18
Tabela 3 <strong>–</strong> Vantagens e Desafios para o Franqueado<br />
FRANQUEADO<br />
Vantagens Desafios<br />
Maior garantia de sucesso, pois está<br />
entrando num negócio cuja atuação já<br />
deva estar pré-testada e pré-aprovada.<br />
Conhecimento e experiência adquiridos<br />
pela franqueadora (know how) facilitam<br />
a atuação do franqueado.<br />
Economia no investimento, em<br />
comparação a um negócio totalmente<br />
independente.<br />
Fonte: CHERTO e RIZZO (1991)<br />
3.4. ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO<br />
Necessidade de seguir o padrão criado<br />
e imposto contratualmente pelo<br />
franqueador, o que confere pouca<br />
independência ao franqueado.<br />
Risco relacionado à atuação do<br />
franqueador em relação à<br />
implementação de suas franquias e ao<br />
acompanhamento das tendências do<br />
mercado e das necessidades dos<br />
consumidores.<br />
Obrigação de repasse de parte da<br />
receita bruta de vendas ao franqueador,<br />
a título de taxa inicial e/ou royalties.<br />
Convivem no Brasil, hoje, operações de franchising que se encontram em<br />
diferentes estágios de evolução. Estes estágios, como ressaltou PAULO C. MAURO<br />
(1994, p. 96) mostram o nível de integração do franqueador com a sua rede. Assim,<br />
podem ser classificadas em:<br />
Franquias de 1o Geração<br />
São aquelas em que a ênfase está no uso de uma certa marca em conexão com<br />
a revenda, sem exclusividade para o franqueador, de determinados produtos ou a<br />
prestação de determinados serviços.<br />
19
Ou seja: praticamente não se verifica a transparência, pelo franqueador ao<br />
franqueado, de qualquer tipo de know-how de atuação no ramo específico em que<br />
este último irá atuar. Nesse caso, ou o franqueado precisa ter experiência anterior no<br />
negócio, ou deve arranjar um jeito de obtê-la por conta própria.<br />
Além disso, os mesmos produtos ou serviços que o franqueado deverá<br />
comercializar por força do contrato celebrado com o franqueador (que, até o advento<br />
da Lei Magalhães Teixeira, muitas vezes acabava sendo um mero contrato verbal)<br />
podem ser encontrados, geralmente com a mesma marca, em outros pontos de<br />
venda, inclusive lojas multi-marcas que nada tem a ver com a rede de franquias<br />
desse franqueador.<br />
Tudo leva a crer que a maior parte das franquias que ainda estão estruturadas<br />
dessa forma, tende a evoluir para um estágio mais avançado, ou deixar de existir.<br />
Franquias de 2o Geração<br />
Os americanos chamam esse tipo de franquia de "Traditional Franchises". Assim<br />
como ocorre com as franquias de 1o Geração, a ênfase contínua na licença de uso<br />
de marca associada a revenda de certos produtos ou a prestação de certos serviços<br />
(que quase sempre envolvem a utilização de produtos, equipamentos ou insumos<br />
fornecidos pelo próprio franqueador).<br />
Praticamente não se verifica, nesse tipo de franquia, a transferência de knowhow<br />
de atuação, pelo franqueador ao franqueado. Em especial no que se refere ao<br />
planejamento e a gestão de negócio.<br />
A diferença básica entre esses dois tipos de franquia reside no fato de que, nas<br />
franquias de 2o Geração, os produtos ou serviços que são a razão de ser do<br />
negócio, apenas são encontrados nos estabelecimentos que integram a rede que<br />
opera sob marca licenciada pelo franqueador.<br />
20
A tendência é que as empresas que se utilizam desse esquema de atuação<br />
acabem optando por evoluir para o patamar seguinte, as Franquias de 3o Geração.<br />
Aliás, muitas já o fizeram, ou estão fazendo.<br />
Franquias de 3o Geração<br />
A Essência das franquias deste tipo está na transferência do know-how<br />
desenvolvido pelo franqueador ao franqueado, em tudo o que diz respeito à<br />
instalação, operação e gestão de um negócio como o que será implantado e<br />
operado pelo franqueado. Trata-se de um tipo de franquia no qual costuma existir<br />
um espírito de parceria e equipe na rede.<br />
Numa típica franquia de 3o Geração, todos os métodos, processos e sistemas<br />
relacionados ao negócio que o franqueado irá instalar e operar são previamente<br />
desenvolvidos e testados na prática, pelo franqueador, para depois serem<br />
transferidos ao franqueado através de treinamento, manuais, consultoria de campo e<br />
mais uma série de outros mecanismos e ferramentas.<br />
O objetivo, no caso, é garantir a manutenção, em toda a rede de<br />
estabelecimentos que venha a ser instalada, de um padrão mínimo de qualidade e<br />
de uniformidade, tanto visual, quanto operacional, que assegure a eficiência e a<br />
eficácia de todas as franquias. Que, espera-se, deverão ser um bom negócio para os<br />
respectivos franqueados e também para o franqueador.<br />
Franquias de 4o Geração<br />
Nesse tipo de franquia, as regras de dia a dia são menos rígidas. A padronização<br />
está menos baseada no típico esquema de "comando e controle" e mais na<br />
conscientização e na motivação da rede.<br />
O funcionamento e a padronização da rede estão fundamentados mais no senso<br />
de Missão e em Valores, em objetivos claros e compartilhados e em<br />
relacionamentos fundados no respeito mútuo.<br />
21
A troca de informações entre franqueador e franqueados é contínua, sendo um<br />
caminho de duas mãos. A comunicação entre os franqueados (e deste com o<br />
franqueador) não é apenas tolerada, mas estimulada o tempo todo. O mesmo ocorre<br />
no que diz respeito à participação dos franqueados em certas decisões estratégicas.<br />
As franquias de 4o Geração bem estruturadas fazem uso de tudo aquilo que as<br />
franquias de 3o Geração tem de melhor, ao mesmo tempo em que oferecem mais<br />
liberdade de atuação à rede. É evidente que, para que as coisas funcionem com<br />
devem, os franqueadores que optarem por esse tipo de sistema deverão estar ainda<br />
mais atentos aos processos de recrutamento, seleção, treinamento, motivação e<br />
monitoramento de seus franqueados.<br />
As franquias de 4o Geração estão apenas surgindo. Mas tudo indica que a<br />
tendência natural será a evolução, por parte de muitas das redes que se encontram<br />
em estágios inferiores, para esse estágio mais elevado. Isso porque esse tipo de<br />
franquia agiliza a solução de problemas e o desenvolvimento de novos diferenciais<br />
competitivos essenciais à sobrevivência dos negócios num mercado em que as<br />
coisas acontecem e mudam num ritmo cada vez mais alucinante.<br />
3.5. FATORES PARA A ABERTURA DE UMA FRANQUIA<br />
3.5.1. Planejamento Estratégico<br />
PAULO C. MAURO (1994, p. 21) define a importância do planejamento<br />
estratégico, pois através dele tem-se a possibilidade de se avaliar o negócio em<br />
relação ao mercado que vai atuar, podendo assim desenvolver alternativas para que<br />
exista um crescimento saudável da franquia.<br />
O planejamento estratégico não precisa ser necessariamente um documento<br />
impresso com dados, metas e etc., mas pode também ser uma discussão entre<br />
franqueados e franqueadores, sócios e empregados, podendo desta forma analisar<br />
e determinar a importância e a real necessidade daquela franquia em determinado<br />
local.<br />
22
Nem sempre o desejo de abrir uma franquia é o suficiente. Nesta fase, pode-se<br />
analisar se será interessante a entrada desta franquia no mercado através da<br />
análise da concorrência, dos consumidores da região e do potencial da cidade para<br />
o ramo da franquia, que neste caso seria de vestuários.<br />
3.5.2. Taxas<br />
Segundo PAULO C. MAURO (1994, p. 146), ao se tornar franqueado, existem<br />
algumas taxas que normalmente as franqueadoras exigem o pagamento causado<br />
pelos fatores especificados a seguir:<br />
Taxa de entrada: Paga na assinatura do contrato. È devida pela cessão da<br />
marca e uso do sistema e pelos custos dos serviços oferecidos até a abertura<br />
do negócio.<br />
Taxa de royalties: Percentual referente ao faturamento bruto mensal pago a<br />
titulo de remuneração pelo uso da marca e assistência técnica.<br />
Taxa de propaganda cooperada: Percentual referente ao faturamento bruto e<br />
paga a titulo de formação de um fundo para propaganda da rede de franquia.<br />
3.5.3. A Escolha do Ponto<br />
A escolha do ponto é um fator de alta importância para a abertura de uma<br />
franquia, pois é nele que a franqueador estará expondo sua marca e seus produtos /<br />
serviços e o franqueado estará investindo e apostando seu capital no sucesso dessa<br />
parceria.<br />
Conforme ALEXANDRE ALVES SCHINADER ET AL (1991, p. 47) argumenta,<br />
muitas vezes o franqueado já possui um ponto comercial e gostaria de utilizar este<br />
ponto na abertura da nova franquia. Assim, o franqueado deve fazer uma análise da<br />
viabilidade do ponto para suprir as necessidades da empresa franqueadora como<br />
tamanho, possibilidade de layout, o mercado consumidor da região, acesso ao ponto<br />
e também a presença de concorrente.<br />
23
Para facilitar esta avaliação, existem algumas variáveis que devem ser<br />
relacionadas e analisadas, conforme a determinação de ALEXANDRE ALVES<br />
SCHINADER ET AL (1994, p. 49):<br />
- População <strong>–</strong> Em cada região há um perfil de diferenciado de hábitos e<br />
características. Assim. Deve-se verificar se o perfil do consumidor é próximo<br />
ao desejado pela franquia e pelo franqueador.<br />
- Compatibilidade de Vizinhança <strong>–</strong> Verificar se o comércio que está próximo<br />
atrai consumidores do mesmo perfil, podendo atrair estes clientes para a nova<br />
franquia.<br />
- Concorrência <strong>–</strong> A existência de concorrência próxima não é muito vantajoso,<br />
pois acaba tendo que se dividir a demanda. È interessante para o franqueado<br />
aproveitar essa oportunidade e tentar adquirir o ponto do concorrente, caso se<br />
encaixe aos padrões desejados. Além da concorrência externa, há o risco de<br />
existir a concorrência interna, no caso de franquias próximas. Para isso, deve<br />
existir um limite de distância entre franquias, principalmente no caso de<br />
pequenas regiões.<br />
- Potencial de Crescimento <strong>–</strong> Verificar quais são as previsões realistas sobre o<br />
futuro do local para se saber se, por exemplo, a área se desenvolverá por<br />
estar próxima a potencias centros comerciais (universidades, centros<br />
empresariais, pontos turísticos, etc.).<br />
- Obstáculos Naturais <strong>–</strong> Avaliar os aspectos naturais da região e como podem<br />
afetar o comportamento do consumidor como excesso de sol, dificuldade de<br />
livre acesso a pessoas, etc.<br />
- Vias de Acesso <strong>–</strong> A franquia deve possuir fácil acesso para aumentar o fluxo<br />
de clientes. Verificar as principais avenidas e vias da região.<br />
- Estacionamento <strong>–</strong> No caso de franquias em ruas, pode ser necessário um<br />
convênio com estacionamento para a comodidade do cliente. No caso dos<br />
Shoppings, já há o estacionamento próprio.<br />
24
- Visibilidade <strong>–</strong> A franquia deve estar bem visível para que possa chamar a<br />
atenção de sus potenciais consumidores. O logotipo da marca deve estar bem<br />
destacado.<br />
- Tipo de atração exercida pelo produto ou serviço sobre o consumidor <strong>–</strong> O<br />
consumidor compra um produto ou serviço através de uma compra planejada<br />
ou por impulso. Saber qual tipo de compra haverá na franquia ajuda a<br />
determinar se há a necessidade de um local com muito ou pouco fluxo de<br />
pessoas.<br />
- Viabilidade legal <strong>–</strong> Verificar se não há proibições quanto à abertura do ponto<br />
comercial na área desejada.<br />
- Tipos de pontos <strong>–</strong> Saber qual tipo de ponto se adequa melhor a franquia<br />
como shoppings centers, supermercados, ruas comerciais, centros<br />
empresariais, bairros residenciais ou até estradas.<br />
- Características do ponto <strong>–</strong> Analisar tamanho, layout, instalações elétricas,<br />
número de andares e se há a possibilidade de alteração para se adaptar ao<br />
que é desejado pelo franqueado e franqueador.<br />
Após estas avaliações quem decide se o ponto será utilizado é o franqueador:<br />
“A decisão final na escolha do locam tem que ser do<br />
franqueador, pois ele, baseado em pesquisas de mercado e<br />
em sua experiência, possui as informações relativas ao<br />
consumidor e ás características necessárias ao<br />
ponto”.(ALEXANDRE ALVES SCHINADER ET AL, 1991, p.<br />
47)<br />
Apesar disto, a opinião do franqueado deve ser ouvida para não gerar<br />
descontentamento ou conflitos entre as partes.<br />
Caso o franqueado já tenha o ponto e este não se adeque às necessidades da<br />
franqueadora, deve-se buscar outro com características que preencham as<br />
25
necessidades da empresa. Caso ainda não se tenha o ponto, deve-se buscá-lo<br />
através da determinação da região e do público-alvo.<br />
3.5.4. Análise da Viabilidade Financeira para a Abertura<br />
“[…] o franchising idealmente constitui-se em formidável instrumento de<br />
alavancagem financeira. Trata-se também de um alto acelerador do crescimento<br />
[…]” (BERNARD, 1992, p.63). Assim compreendida, conclui-se que para cumprir tal<br />
função, a franquia precisa apresentar retorno financeiro aos franqueados e também<br />
aos franqueadores.<br />
Tanto D. BERNARD quanto CHERTO e RIZZO destacam tudo aquilo que deve<br />
ser considerado para fazer da franquia um investimento com retorno positivo e<br />
satisfatório. Resumidamente, estes aspectos são:<br />
- Taxa inicial de franquia cobrada pelo franqueador;<br />
- Custo do ponto comercial;<br />
- Custo como os relativos a móveis, instalações, equipamentos de toda<br />
natureza, veículos, placas e luminosos e estoque inicial;<br />
- Necessidade de capital de giro para despesas como aluguel, manutenção e<br />
limpeza, salários, pró-labore, etc.;<br />
- Taxa de royalties cobrada pelo franqueador.<br />
A partir disso, deve-se fazer uma previsão de faturamento e de incremento das<br />
vendas, para se poder estimar o retorno do projeto. Métodos tradicionais de análise<br />
de investimento são apontados para complementar a análise financeira inicial da<br />
franquia.<br />
26
3.6. ADMINISTRAÇÃO DA FRANQUIA<br />
3.6.1. Administração de Pessoal<br />
Segundo ALEXANDRE ALVES SCHINADER ET AL (1191, p. 55) o processo de<br />
administração de pessoal se inicia com as atividades de recrutamento e seleção,<br />
desempenhando também outras atividades como treinamento, também avaliação de<br />
desempenho, etc.<br />
Uma boa maneira de se iniciar o processo de administração de pessoal seria a<br />
determinação dos cargos e da quantidade de pessoas necessárias para o<br />
funcionamento da franquia. A seguir, as outras etapas consideradas por<br />
ALEXANDRE ALVES SCHINADER ET AL (1991, p. 56):<br />
- Recrutamento <strong>–</strong> Na etapa de recrutamento de pessoal existe a busca e<br />
captação no mercado dos profissionais que se encaixam no cargo<br />
determinado. Pode-se utilizar cadastros de candidatos anteriores, de outras<br />
vagas, como também colocar anúncios em jornais, cartazes na frente da loja,<br />
etc.<br />
- Seleção <strong>–</strong> Após o recrutamento, a seleção faz a escolha, dentre os<br />
profissionais recrutados, aquele que será o futuro profissional. Pode-se avaliar<br />
o candidato através de testes e principalmente entrevistas. Deve-se também<br />
confirmar os dados do indivíduo através de cartas de referências, consultas<br />
na Justiça Civil, do Trabalho, etc.<br />
- Contratação <strong>–</strong> Após ser aprovado, o candidato passa pelo prazo de<br />
experiência de até 90 dias. Passado esse período, deve-se formalizar a<br />
contratação através do contrato de trabalho, que deve especificar a função,<br />
local de trabalho, horário a ser cumprido, remuneração e caso exista, prazo<br />
para duração desta relação de trabalho.<br />
- Treinamento <strong>–</strong> O treinamento, no inicio da gestão do novo franqueado vem<br />
para gerar o conhecimento necessário para começar de forma a conseguir<br />
conquistar os novos consumidores. O conteúdo do treinamento deve ser<br />
27
determinado de acordo com o cargo e quais deficiências poderão ser<br />
encontradas nos trabalhadores. Além disto, deve-se manter um sistema de<br />
treinamento contínuo para gerar aumento da produtividade e melhoria da<br />
qualidade. Algumas franqueadoras oferecem o serviço de treinamento,<br />
através de treinamentos pessoais ou até mesmo através de vídeos. Segundo<br />
PAULO CESAR MAURO “[…] o importante é que o franqueado inicie sua<br />
gestão com conhecimento suficiente para ser bem sucedido […]” (1994, p.<br />
137)<br />
- Remuneração <strong>–</strong> Para se determinar a remuneração dos funcionários o<br />
franqueador pode orientar o franqueado quanto aos valores, baseando-se em<br />
suas lojas próprias. Além disto, uma análise do salário do mercado e da<br />
região que estará sendo aberta a nova franquia também deve ser feita.<br />
- Motivação e Satisfação <strong>–</strong> Segundo ALEXANDRE ALVES SCHINADER ET AL<br />
(1991, p. 61), tanto os franqueados como também seus funcionários devem e<br />
precisam gostar, se identificar e buscar satisfação naquilo que fazem e em<br />
seu ambiente de trabalho também. Nas áreas em que há o contato direto com<br />
o cliente, como nos casos dos vendedores, a questão torna-se mais<br />
importante, pois este representa a empresa. Assim, deve-se ficar atento a<br />
qualquer alteração da motivação, fazendo uma mudança no clima<br />
organizacional ou estimulando através da melhoria das quotas e metas de<br />
vendas, com recompensas como prêmios, bônus, etc.<br />
3.6.2. Administração Financeira<br />
ALEXANDRE ALVES SCHINADER ET AL (1991, p. 63) define a real função da<br />
administração financeira ao afirmar que através dela busca-se maximizar o uso do<br />
capital pela alocação dos recursos de forma rentável, desde sua capitação até como<br />
será investido.<br />
28
Aliando a administração financeira ao sistema de franchising, encontramos assim<br />
uma parceria que, se bem administrada, pode trazer retorno financeiro e resultados<br />
positivos tanto aos franqueados como aos franqueadores:<br />
“[…] o franchising idealmente constitui-se em formidável<br />
instrumento de alavancagem financeira. Trata-se também de<br />
um alto acelerador do crescimento […]” (BERNARD, 1992, p.<br />
63).<br />
Demonstrações Contábeis - Importância e função<br />
O objetivo de maximização de valor, tanto no âmbito individual quanto no<br />
organizacional, traz a necessidade de domínio do fluxo financeiro que ocorre em<br />
cada operação.<br />
Assim, segundo ANTHONY, citado pela FEA/USP (1996, p. 25) fluxo financeiro<br />
tem como principais funções:<br />
- Controle: pode ser conceituado como um processo pelo qual a alta<br />
administração se certifica, na medida do possível, de que a organização está<br />
agindo de conformidade com os planos e políticas traçados pelos donos do<br />
capital e pela própria alta administração. A informação contábil garante<br />
controle à empresa por ser um meio de comunicação, de motivação e de<br />
verificação;<br />
- Planejamento: é o processo de decidir que curso de ação deverá ser tomado<br />
para o futuro. Geralmente, grande quantidade de informações contábeis são<br />
utilizadas para o processo de tomada de decisão estratégica nas empresas.<br />
Fluxo de caixa<br />
MATARAZZO argumenta que uma demonstração do fluxo de caixa da empresa:<br />
“[…] visa mostrar o conforto entre as entradas e saídas de<br />
caixa e, conseqüentemente, se haverá sobras ou falta de caixa<br />
[…]” e ainda que “[…] não se concebe uma empresa que<br />
possa operar sem ter uma Demonstração de entradas e<br />
29
saídas de caixa atualizada mensalmente”. (MATARAZZO,<br />
1997, p. 370).<br />
Assim, a empresa que utilizar esta demonstração, poderá observar quanto de<br />
dinheiro está disponível, podendo assim planejar uma estratégia de forma que<br />
consiga cumprir com todas as suas obrigações em dia e ter um valor mínimo em<br />
caixa.<br />
Portanto, somente quando se tem dimensionado adequadamente o fluxo de<br />
caixa estimado para o projeto, bem como todos os valores monetários envolvidos, é<br />
que se deve aplicar os métodos de análise de investimento que serão apresentados<br />
na seqüência.<br />
Demonstração do resultado do exercício (DRE)<br />
Outra importante demonstração é a DRE, cujo objetivo é evidenciar se a<br />
empresa obteve lucro ou prejuízo num dado exercício, ou seja, de que maneira o<br />
Patrimônio Líquido (PL) foi afetado pelas operações do exercício.<br />
É nesta demonstração que se encontram todas as receitas e despesas da<br />
empresa; as primeiras representam aumento dos bens e direitos (Ativo), e as<br />
segundas mostram as reduções do PL, através do aumento do Passivo Exigível ou<br />
da diminuição de contas do Ativo. Dentre os objetivos da DRE, FEA/USP ressalta<br />
(1996, p. 71): “os acionistas e quotistas são informados sobre os resultados das<br />
operações”.<br />
Entretanto, vale lembrar que assim como o Balanço, “a Demonstração do<br />
Resultado retrata apenas o fluxo econômico e não o fluxo monetário (fluxo de<br />
dinheiro)” (MATARAZZO, 1997, p. 47). O exemplo mais típico do que o autor afirma<br />
é a depreciação; esta conta representa uma despesa não desembolsada, ou seja, o<br />
valor de um ativo fixo da empresa perde valor contábil, mas não existe nenhum<br />
pagamento ou saída de caixa para isto. Portanto, a construção do DRE servirá de<br />
auxiliar, mas não de fonte de decisão para a análise de investimento em franquia.<br />
30
Em geral, a DRE é expressa nos seguintes moldes:<br />
Receita Bruta de Vendas<br />
(-) devoluções<br />
(-) impostos<br />
= Receita Líquida<br />
(-) Custo das Mercadorias vendidas<br />
= Lucro Bruto<br />
(-) Despesas de vendas<br />
(-) Despesas Administrativas<br />
(-) Outras despesas<br />
(-) Despesas Financeiras<br />
= Lucro antes do Imposto de Renda<br />
(-) Imposto de renda e contribuição social<br />
= Lucro depois do Imposto de Renda<br />
(-) dividendos<br />
= Lucro Líquido do exercício<br />
Fonte: MATARAZZO, 1997, p.48<br />
3.6.3. Compras<br />
Como afirmou ALEXANDRE ALVES SCHINADER ET AL (1991, p. 68), por<br />
existir no mercado uma grande variedade de produtos há uma necessidade de<br />
escolha, baseada em preços, formas de pagamento, prazos de entrega, formas de<br />
armazenagem, distribuição e etc.<br />
No caso de franquias, o produto a ser comprado é determinado pelo<br />
franqueador, de acordo com o foco ou conceito da marca, sendo que o franqueador<br />
possui a possibilidade de negociar benefícios por efetuar pedidos com grandes<br />
quantidades.<br />
31
Nem sempre o mix de produtos é determinada pelo franqueado, possibilitando<br />
uma maior flexibilidade na compra, permitindo assim que o franqueado escolha os<br />
produtos que melhor se adequem a demanda de sua região e ao perfil de seus<br />
consumidores.<br />
3.6.4. Controle de Estoque<br />
O franqueado, como qualquer outra empresa que possui estoques, deve manter<br />
um que minimize seus custos, mas que seja suficiente para atender as suas<br />
necessidades.<br />
De acordo com ALEXANDRE ALVES SCHINADER ET AL (1991, p. 69), um bom<br />
nível de estoque depende de algumas variáveis:<br />
- Previsão de Vendas <strong>–</strong> Através da previsão de vendas pode-se detectar quais<br />
produtos são necessários para serem comprados e estocados em maior ou<br />
menor quantidade. Como afirmaram GILBERT A CHURCHILL e PAUL<br />
PETER (2000, p. 105), deve-se lembrar que a previsão da demanda futura é<br />
sempre imprecisa, sendo normalmente feita a partir da análise das demandas<br />
passadas e da atual.<br />
- Volume e momento das compras <strong>–</strong> Planejar o volume das compras faz com<br />
que sejam evitados estoques altos de produtos com baixa demanda.<br />
- Prazo de entrega de pedidos <strong>–</strong> Para que não ocorra a falta de produtos por<br />
possuir prazo de entrega que não corresponda a necessidade de<br />
abastecimento do franqueado.<br />
- Capacidade de Imobilização financeira <strong>–</strong> Saber aplicar os recursos financeiros<br />
nas mercadorias corretas e em quantidade correta para não gerar grandes<br />
custos com armazenagem, etc.<br />
ALEXANDRE ALVES SCHINADER ET AL (1991, p. 70), complementa ainda que<br />
para que a administração de estoques ocorra de forma eficaz, é necessário um<br />
32
acompanhamento e um registro de todas as entradas e saídas de mercadorias para<br />
que a saída das mercadorias venha a corresponder com a realidade das vendas,<br />
permitindo uma análise nos históricos de vendas.<br />
Um índice que pode ser utilizada para o controle de estoque de produtos é o Giro<br />
de Estoques. A definição de giro de estoques de PETRONIO MARTINS e PAULO<br />
ALT é “Através dele sabe-se quantas vezes, por unidade de tempo, o estoque se<br />
renovou ou girou”. (PETRONIO MARTINS e PAULO ALT, 2001, P.159)<br />
Giro de estoques = Valor consumido no período<br />
Valor do estoque médio no período<br />
Fonte: PETRONIO MARTINS E PAULO ALT, 2001, P. 159.<br />
Além disto, segundo PETRONIO MARTINS e PAULO ALT (2001, p.156) deve-se<br />
fazer periodicamente um inventário físico, que consiste na contagem física dos itens<br />
do estoque. Caso diferenças entre o inventário físico e os registros de controle de<br />
estoque, devem ser feitos os ajustes conforme recomendações contábeis e<br />
tributárias.<br />
33
IV. ESTÁGIO E OBSERVAÇÃO<br />
O estágio que foi realizado na empresa Ellus Indústria e Comércio Ltda iniciou-se<br />
no dia 17 de abril de 2003 e teve término no dia 16 de outubro de 2003,<br />
correspondendo a um período de seis meses. O estágio foi todo desenvolvido no<br />
departamento de controladoria de lojas, que abrange o acompanhamento das lojas<br />
próprias, coligadas e franquias.<br />
O tema do trabalho foi escolhido a partir das atividades desenvolvidas pela<br />
estagiária no departamento de Controladoria da Ellus. Considerando as informações<br />
operacionais do funcionamento de uma franquia e as dificuldades detectadas no<br />
período de desenvolvimento do estágio, foi possível verificar o problema. Na<br />
verdade, este problema também pode ser encarado como uma grande oportunidade<br />
de melhoria para a empresa em relação ao seu sistema de franchising,<br />
possibilitando uma maior assistência às novas franquias. Além da direta observação<br />
do estagiário, foi a possibilidade de abertura de uma nova franquia da empresa que<br />
motivou o desenvolvimento da proposta.<br />
Durante o período de estágio, pude participar do acompanhamento de abertura<br />
de uma franquia na cidade de Belém (PA) e também houve a participação na<br />
convenção da coleção de Verão 2004. Nela, acontece a visita de todos os<br />
franqueados para conhecer os produtos da coleção, qual será o seu conceito, uma<br />
análise dos meses anteriores de 2003, estratégias para o segundo semestre e a<br />
compra de mercadorias da próxima coleção.<br />
As principais etapas do desenvolvimento deste estágio foram:<br />
1) Definição e formatação da idéia<br />
2) Levantamento de dados sobre a organização<br />
3) Pesquisa teórica<br />
4) Organização dos dados<br />
34
5) Formatação do modelo.<br />
4.1. PROBLEMA / OPORTUNIDADE<br />
Observando-se que o sistema atual de franquias da empresa está de acordo<br />
com a maioria das características das que estão no 3º estágio de desenvolvimento,<br />
acredita-se que é necessário reforçar a linha de comunicação e de know-how entre<br />
franqueados e a franqueadora Ellus.<br />
Para firmar a proposta em um embasamento teórico, quanto à necessidade do<br />
auxílio do franqueador ao franqueado, existem alguns serviços básicos que<br />
deveriam fazer parte de qualquer sistema de franquia evoluído, segundo PAULO C.<br />
MAURO:<br />
- Análise e seleção do ponto comercial<br />
- Projeto arquitetônico e decoração<br />
- Suporte pré-operacional ao franqueado<br />
- Treinamento operacional e gerencial<br />
- Assistência em publicidade<br />
- Suporte na gestão de franquias<br />
- Centralização de compras<br />
- Supervisão de operações<br />
- Assistência no financiamento das instalações e equipamentos<br />
- Assistência na inauguração.<br />
A partir desta afirmação e de todas as outras encontradas no conteúdo<br />
pesquisado, foi desenvolvida a proposta a esta problematização encontrada.<br />
35
V. PROPOSTA<br />
Para a elaboração da proposta, deve-se ressaltar que não serão apresentados,<br />
na abordagem do trabalho, dados, números e informações reais a respeito do<br />
mercado de varejo de confecções e da organização interna da empresa. Muitos dos<br />
pontos analisados com maior profundidade no projeto de igual tema e os objetivos<br />
desenvolvidos na Ellus serão aqui simplificados. Estas ressalvas têm exclusivamente<br />
o objetivo de garantir a confidencialidade de informações, algo de grande<br />
importância estratégica num mercado extremamente competitivo e dinâmico como o<br />
que a empresa está inserida.<br />
Idéia central e funcionamento<br />
A idéia central é a construção de textos explicativos que permitam a<br />
apresentação da empresa e do seu cenário para os participantes do processo na<br />
empresa e também para os que são novos franqueados. Nela, será passada a idéia<br />
estrutura atual de administração das lojas Ellus permitindo que o franqueado tenha o<br />
mesmo sucesso que a empresa em seus negócios.<br />
Desta forma, a partir do estudo e do embasamento teórico encontrado serão<br />
aliadas informações de diversos departamentos que auxiliam as franquias e serão<br />
compactados e resumidos neste guia, buscando desta forma facilitar a integração e<br />
desenvolvimento do franqueador, de acordo com o que os especialistas neste<br />
assunto desenvolveram em suas teorias e consideram essenciais para o bom<br />
andamento e desenvolvimento de uma franquia.<br />
5.1. <strong>INSTRUMENTO</strong> DE ORIENTAÇÃO AO NOVO FRANQUEADO<br />
36
APRESENTAÇÃO<br />
Desenvolvido pelo departamento de varejo, este guia de abertura de franquias<br />
visa apresentar ao novo franqueado a empresa Ellus e seu sistema de franquias,<br />
podendo assim situar-se em relação ao seu novo parceiro. Além disto, este guia<br />
servirá de suporte ao acompanhamento do processo de abertura e administração da<br />
franquia, pois trará os principais conceitos do modelo atual de administração da<br />
empresa.<br />
Esperamos que este guia venha a solucionar boa parte das dúvidas que existem<br />
ao entrar neste novo negócio e que seja um material de grande importância.<br />
37<br />
Departamento de Varejo <strong>–</strong> Ellus Indústria.<br />
Ellus Indústria e Comércio Ltda.<br />
Rua Coronel Luís Barroso, 151.<br />
Cep: 04750-030 - Santo Amaro<br />
São Paulo <strong>–</strong> SP<br />
Fone: 5694-9000
A EMPRESA<br />
Ellus Indústria e Comércio é uma empresa que atua no ramo de confecções e<br />
varejo a mais de 30 anos, consolidando-se como uma das melhores marcas de<br />
moda jovem e inovadora.<br />
Atualmente, além de possuir uma rede de lojas próprias, possui uma rede de<br />
filiais que são administradas por você, franqueador, buscando nas franquias uma<br />
parceria para o crescimento da empresa e também da expansão do atendimento ao<br />
cliente, da marca e de sua qualidade pelo Brasil, mantendo sua nomeação como<br />
pioneira no sistema de franchising de confecções.<br />
Assim a partir de agora, você, nosso mais novo parceiro, será peça importante<br />
neste processo, sabendo que poderá contar com o nosso auxílio, sendo que<br />
estaremos a disposição para qualquer dúvida e esclarecimento.<br />
Contatos<br />
Para tornar possível esta relação, a empresa conta com pessoas responsáveis<br />
pelo atendimento a franquias em diferentes áreas:<br />
ÁREA CONTATO FONE<br />
Cobrança Maria (11) 5694-9000<br />
Comercial José (11) 5694-9000<br />
Controladoria Fernanda (11) 5694-9000<br />
CPD João (11) 5694-9000<br />
Marketing Cláudia (11) 5694-9000<br />
Pronta Entrega Silvia (11) 5694-9000<br />
Show Room Andréa (11) 5694-9000<br />
38
Além destas pessoas que se encontram na indústria e eventualmente visitam as<br />
franquias, existem ainda os coordenadores, que são responsáveis por viajarem<br />
durante todo o ano e assim ocorrer um contato direto com a franquia. Atualmente<br />
contamos com 2 coordenadores:<br />
Ronaldo <strong>–</strong> Fone: (11) 9999-1515<br />
Roberto <strong>–</strong> Fone: (21) 9999-1616<br />
Desta forma, é importante que saiba que a nossa função como franqueador é<br />
auxiliá-lo em qualquer dúvida, sugestão ou reclamação quanto ao processo de<br />
franquias da empresa.<br />
O sucesso desta parceria só ocorrerá com a total integração e participação de<br />
você, franqueado e da empresa Ellus, franqueadora, neste processo.<br />
A seguir, traremos os principais pontos que o nosso franqueado precisa saber<br />
para que a administração de sua franquia ocorra da melhor forma.<br />
39
A. Análise e Seleção do Ponto Comercial<br />
A análise e seleção do ponto comercial será feita com a participação do<br />
franqueado, mas principalmente com a aprovação do departamento de varejo da<br />
empresa.<br />
Caso você franqueado já possua um ponto comercial na sua cidade, haverá uma<br />
análise quanto a localização, a área do ponto e instalações para se verificar se há<br />
um enquadramento dentro dos padrões das outras lojas Ellus que existem.<br />
Se o ponto comercial não corresponder aos padrões da empresa ou caso não<br />
exista um ponto comercial em vista, o departamento de varejo ficará responsável<br />
pela procura e negociação do ponto e de suas taxas a serem pagas.<br />
Seguem a seguir algumas características que o ponto comercial deve possuir<br />
para tornar-se ponto de venda Ellus:<br />
Área: mínimo de 90 m2.<br />
Localização: regiões que apresentem grande fluxo de consumidores como<br />
shopping centers e ruas comercias com atividades voltadas para o varejo de<br />
confecções. Além disto, caso existam outras marcas consideradas como<br />
concorrentes, não há necessidade de considerar como risco e sim como uma<br />
oportunidade de adquirir estes clientes.<br />
40
B. Projeto Arquitetônico e Decoração<br />
O projeto de montagem das lojas deve seguir os padrões das lojas Ellus tanto<br />
nas mobílias como nas cores, nos equipamentos utilizados, etc.<br />
Para isso, ao se contratar uma empresa para a execução do projeto, todas as<br />
características que deve possuir serão passadas pelo departamento de<br />
Programação Visual. Toda a execução será acompanhada, além do franqueado,<br />
pelo departamento de varejo e pelo departamento de programação visual.<br />
Além disto, a empresa Ellus é responsável pelas compras de:<br />
- Manequins<br />
- Cabides<br />
- Painéis de preços para vitrines<br />
- Displays<br />
- Expositores<br />
- Kits gabarito para dobrar camisas e blusas<br />
- Painéis e adesivos de vitrine<br />
- Logo Ellus para a fachada da vitrine<br />
As decorações de vitrine, flores e para lançamento serão de acordo com o tema<br />
da coleção vigente da abertura da franquia. Para isso, a cada lançamento o<br />
franqueado recebe um book de fotos e orientações diretas dos coordenadores<br />
regionais, que são responsáveis pelo supervisionamento das franquias.<br />
Existe esta preocupação com a decoração e arquitetura da loja, pois queremos<br />
que o cliente vá a qualquer cidade que exista uma franquia ou loja própria Ellus e<br />
não sinta nenhuma diferença no atendimento ou na estrutura, para que seja fácil o<br />
reconhecimento da marca e que a mesma não perca suas características.<br />
41
C. Assistência no Financiamento das Instalações / Equipamentos<br />
Atualmente, nosso sistema de franquias não possui parcerias com bancos para<br />
que, ao se tornar franqueado, posso adquirir algum tipo de financiamento direto com<br />
o banco. Isto ocorre por problemas que houveram no passado, sendo que a melhor<br />
maneira encontrada é a possibilidade de ser financiado através da própria empresa.<br />
Desta forma, caso esteja interessado em financiar suas despesas com a<br />
abertura da franquia, é necessário que entre em contato com o departamento<br />
financeiro da empresa que fará uma análise da situação a ser financiada e verificar o<br />
que será possível ser feito. Faremos o possível para facilitar os pagamentos, através<br />
de parcelamentos com taxas de juros acessíveis.<br />
D. Suporte Pré-Operacional ao Franqueado<br />
Antes da Abertura e o início da franquia, o franqueado recebe o suporte quanto à<br />
montagem do quadro de funcionários, tanto no perfil do funcionário necessário como<br />
também nos custos.<br />
Além disto, o departamento de controladoria auxilia nos cálculos e previsões de<br />
resultados para uma franquia de acordo com valores para todas as variáveis que<br />
envolvem sua análise financeira através de uma planilha 4 que nela são,<br />
sinteticamente especificados:<br />
Investimento inicial: compreende aqueles gastos que são necessários à<br />
abertura e início das atividades da franquia, ou seja, o ponto comercial (aqui<br />
considerado como sendo em um shopping center), a construção da loja e o<br />
capital de giro necessário para a operação da loja;<br />
4<br />
Anexo 1 <strong>–</strong> Exemplo de planilha de custos e investimentos. Fonte: departamento de Controladoria <strong>–</strong><br />
Ellus Ind.<br />
42
Previsão de faturamento médio: corresponde à projeção que se faz do<br />
potencial de vendas da cidade e do ponto comercial em que a franquia será<br />
montada;<br />
Forma de pagamento: equivale a maneira pela qual as vendas da loja serão<br />
efetuadas, dividindo-se entre cartão de crédito, cheque, dinheiro e vale<br />
funcionários (as vendas feitas para os funcionários da loja);<br />
Prazo das vendas: mostra a composição percentual média do prazo<br />
concedido aos clientes; seus valores englobam todas as vendas, feitas<br />
através de quaisquer das formas de pagamento;<br />
Distribuição anual das vendas e markup: a sazonalidade das vendas e do<br />
markup típica do varejo.<br />
Despesas gerais: São apresentadas 5 das despesas que compõem as<br />
saídas de caixa da loja. A propag representa a única taxa de franquia cobrada<br />
pela Ellus, à título de royalties sobre o valor de compras de mercadorias da<br />
franquia em relação à franqueadora. A perda de estoque equivale às perdas<br />
físicas de peças durante todo seu fluxo na loja. Por perda de cheque entendese<br />
o percentual de inadimplência dos cheques emitidos pelos clientes para o<br />
pagamento das vendas realizadas. O pró-labore se refere à remuneração do<br />
franqueado, calculada sobre o faturamento total da loja. Por fim, as outras<br />
despesas compreendem outros tipos de saída de caixa como água, luz,<br />
telefone, serviços de terceiros, manutenção, segurança, etc.;<br />
Despesas mensais com locação: compreende o aluguel da loja, que é<br />
calculado através de um percentual sobre o faturamento total, com um certo<br />
valor mínimo estabelecido pelo locatário. A soma do fundo, condomínio e<br />
IPTU é calculada por um valor fixo mensal e também faz parte das despesas<br />
mensais com locação;<br />
Impostos: esta tabela mostra as alíquotas dos impostos ICMS, PIS e<br />
COFINS que incidem sobre a operação da loja. O crédito e o débito de ICMS<br />
são calculados através destes valores;<br />
43
Folha de pagamento / comissões: representa a parte variável do salário dos<br />
funcionários da loja;<br />
Folha de pagamento / encargos: mostra todos os encargos sociais que, por<br />
lei, são de responsabilidade da empresa franqueada.<br />
Folha de pagamento / salário: mostra os valores dos salários que os<br />
funcionários da loja recebem na forma de remuneração fixa ou mínimo<br />
garantido; este último tipo representa aquele valor garantido pela<br />
empregadora que será pago a certos funcionários, independentemente do<br />
faturamento total da loja num certo mês;<br />
Folha de pagamento / benefícios: mostra os benefícios (vale transporte,<br />
ticket refeição e assistência médica) pagos pela empregadora aos<br />
funcionários, evidenciando os percentuais que cabem à empresa;<br />
Além destas informações a respeito de custos, damos a orientação para a<br />
utilização do sistema operacional “LLLLL”. Este sistema não é obrigatório ao<br />
franqueado, mas recomendamos, pois tanto a indústria como o franqueado têm a<br />
possibilidade e facilidade de através de relatórios sintéticos ou até mais complexos<br />
fazer análises da situação atual da franquia como:<br />
Conhecimento do estoque e controle do estoque, e suas movimentações<br />
(entradas e saídas).<br />
Facilitar cálculos de pedidos/reposições de produtos.<br />
Controlar as vendas diárias e mensais<br />
Possibilidade de analisar variáveis como venda e giro do estoque por<br />
produtos como também através de agrupamentos (ex.: por linha <strong>–</strong> feminino ou<br />
masculino).<br />
44
E. Treinamento Operacional e Gerencial<br />
Para que as atividades comecem sendo executadas da melhor forma, a equipe<br />
contratada passará por um treinamento da seguinte forma:<br />
Franqueado: Treinamento direto com o diretor de varejo, onde serão<br />
passadas as informações de administração comercial (vendas, como atrair os<br />
clientes, fidelização) de pessoal e também financeira.<br />
Caixas: Treinamento realizado na fábrica, em SP, com o departamento CPD<br />
no caso daqueles que possuem o sistema, possam conhecê-lo, saber os<br />
procedimentos de entradas e saídas de notas fiscais, envios de movimento<br />
diário etc. Saber como utilizá-lo da melhor forma.<br />
Vendedores e Gerentes: Treinamento realizado em uma de nossas lojas<br />
próprias em que poderá participar das atividades que são desenvolvidas nas<br />
lojas atualmente, atendendo clientes, vendendo, aprendendo a utilizar o<br />
sistema, etc. Será treinado por um gerente da loja ou pelo coordenador da<br />
região. Caso necessário, há a possibilidade do caixa também fazer este<br />
treinamento em uma das lojas próprias.<br />
F. Assistência em Publicidade<br />
Ao se tornar um franqueado Ellus há a necessidade do pagamento de uma taxa,<br />
PROPAG, que se refere a 6% do faturamento bruto que deve ser paga mensalmente<br />
para a formação de um fundo para propaganda.<br />
Desta forma, o departamento de marketing da empresa é responsável pelo<br />
auxílio ou a total procura para a colocação de outdoors, propagandas em rádios,<br />
cinemas etc, de onde são direcionados valores deste fundo para a execução.<br />
45
Esta taxa é utilizada nos outros períodos para o lançamento de coleção e<br />
durante as coleções, na criação e envio de malas diretas, catálogos, outdoors da<br />
campanha em andamento aos franqueados.<br />
G. Centralização de Compras<br />
Durante o ano, a empresa considera que existem dois períodos de compra, que<br />
são anteriores ao lançamento das coleções inverno e verão.<br />
Assim, os pedidos são realizados na fábrica, em SP, ou nos Show Rooms que<br />
estão instalados nas diversas áreas do Brasil, com a presença dos representantes<br />
comerciais, responsáveis pela apresentação e venda da coleção ao franqueado.<br />
Para isso, o departamento de controladoria é responsável pela preparação da<br />
cota de compras 5 do franqueado, que é feita com previsões de vendas, markup,<br />
giro do estoque, etc elaboradas em uma planilha e passada para cada franqueado e<br />
representante.<br />
Além destes períodos de compra há a possibilidade de reposição, ou seja,<br />
efetuar novos pedidos ou comprar na Pronta Entrega peças que estejam disponíveis<br />
no estoque da fábrica, caso necessário.<br />
Além destes valores de compra, são feitas considerações sobre a compra, de<br />
acordo com as entregas e lançamentos pré-determinados pelos departamentos de<br />
Produção e Marketing. Ex:<br />
5 Anexo 2: Exemplo de planilha de cotas de compra. Fonte: departamento de Controladoria <strong>–</strong> Ellus<br />
Ind.<br />
46
Haverá dois lançamentos da coleção, sendo o primeiro no mês de junho e o<br />
segundo em julho após os desfiles realizados no “São Paulo Fashion Week”<br />
com peças especiais e diferenciadas.<br />
A partir disto, há a determinação do percentual que será lançado e assim a<br />
determinação do percentual que será comprado em cada lançamento.<br />
H. Assistência na Inauguração<br />
Após todas as instruções para a administração e montagem da loja, é agendada<br />
uma data para a abertura e lançamento da franquia.<br />
Assim, o departamento de marketing é responsável por organizar a festa de<br />
lançamento da franquia, em que haverá a presença de no mínimo uma pessoa que<br />
represente a indústria, podendo ser coordenadores, representantes ou gerentes da<br />
indústria dos departamentos de marketing ou de varejo.<br />
A festa de inauguração é divulgada na cidade através de convites como também<br />
pela divulgação feita pelo marketing, como foi citado na assistência em publicidade.<br />
Para que a festa e a inauguração realmente ocorram na data certa, é necessária<br />
a elaboração de um cronograma e ao término do período de montagem, efetuar<br />
verificações das condições das lojas (arquitetura) como também avaliar o mix de<br />
produtos que está reservado na indústria ou já enviado a loja, para que possibilite<br />
um bom lançamento.<br />
I. Supervisão de Operações / Suporte na Gestão de Franquias<br />
As operações realizadas pelos franqueados serão supervisionadas e terão o<br />
suporte dos coordenadores regionais que, durante o ano, fazem visitas as franquias<br />
47
para uma análise de vitrines, displays, vendas da loja e de suas concorrentes, e<br />
também da conduta de vendedores e gerentes.<br />
Na indústria através do departamento de varejo, são acompanhadas diariamente<br />
as vendas das franquias que possuem o mesmo sistema que a empresa, onde são<br />
recebidas no dia seguinte e colocadas em um relatório sintético, com controle de<br />
estoques, vendas diárias e acumuladas do mês.<br />
Desta forma, possuindo ou não o sistema, o departamento de varejo está<br />
sempre em contato com as franquias através de telefone, e-mail ou por intermédio<br />
dos coordenadores regionais e representantes. Assim, são discutidos eventuais<br />
problemas que possam existir na franquia e quais as melhores soluções para estes<br />
problemas.<br />
Para uma avaliação do quadro geral, ao final de cada mês é elaborado um<br />
Ranking de vendas onde são colocadas todas as filias - próprias, coligadas e<br />
franquias, e suas vendas do mês que terminou e também das vendas acumuladas<br />
no ano.<br />
Cada franqueado recebe uma carta, e para preservar a sua privacidade, a carta<br />
é personalizada 6 , fazendo o comparativo do crescimento ou queda das vendas do<br />
mês ou acumuladas em relação ao ano anterior. Além disto, para se situar em<br />
relação à rede, é colocada a posição de sua franquia no ranking como também as<br />
três outras filias que estão acima ou abaixo na classificação geral.<br />
6 Anexo 3: Modelo de carta de Ranking Mensal. Fonte: departamento de Controladoria <strong>–</strong> Ellus Ind.<br />
48
CONCLUSÃO<br />
A proposta deste trabalho configura-se não apenas em uma solução a um<br />
problema específico da empresa, mas também como uma importante oportunidade.<br />
Este importante canal de distribuição de uma empresa como a Ellus, ou seja, as<br />
franquias, pode ser amplamente utilizado para a conquista do seu público-alvo em<br />
regiões ainda pouco exploradas pela marca.<br />
O sistema de franquias é uma saída para as pessoas que querem ter seu próprio<br />
negócio, porque permite que elas aproveitem o conhecimento e a competência de<br />
empresas que estão estabelecidas há anos no mercado, como a empresa Ellus. As<br />
vantagens estão principalmente no fato de se poder aproveitar experiências de<br />
empresas estruturadas, evitando assim, erros freqüentes entre empresários<br />
iniciantes.<br />
Uma estratégia que envolva a expansão das vendas da Ellus, para o incremento<br />
de receita da empresa e para maximização do retorno de seu capital próprio, pode<br />
ser feita com forte participação do modelo de franquia. A experiência do franchising<br />
no Brasil comprova esta constatação. O baixo investimento por parte do franqueador<br />
e a possibilidade de ampla cobertura geográfica da marca são pontos positivos<br />
fundamentais desta estratégia.<br />
É exatamente para possibilitar o uso do franchising nesta estratégia que o<br />
modelo proposto é útil, uma vez que diminui o risco do negócio através da<br />
orientação ao franqueado da forma de administração e conscientização da<br />
importâncias da participação de ambas as partes, franqueador e franqueado neste<br />
processo.<br />
Além disto, verificou-se que o processo de franquias da empresa está<br />
caminhando de acordo com os conceitos e determinações de autores especialistas<br />
49
em franquias, faltando apenas a estruturação e determinação de diretrizes ao<br />
franqueado. Muitas melhorias e aperfeiçoamentos teóricos poderão ser<br />
implementados a partir desta primeira etapa cumprida pela proposta.<br />
É possível, assim, apresentar-se de maneira geral quais são os resultados<br />
esperados da implementação da proposta:<br />
1) Conferir maior flexibilidade e rapidez ao processo de tomada de decisão<br />
estratégica da empresa;<br />
2) Fornecer um maior embasamento teórico no que diz respeito às franquias;<br />
3) Fornecer um instrumento que pode servir futuramente também como análise<br />
da forma de administração de franquias já existentes.<br />
4) Permitir ao franqueado uma visão projetada mais clara do seu negócio;<br />
5) Contribuir para uma estratégia de expansão mercadológica de menor risco e<br />
de maior controle por parte da empresa;<br />
6) Contribuir para a maximização do retorno do franqueado e da franqueadora<br />
Ellus.<br />
Não se pode dizer definitivamente se o sistema de franquias é bom ou ruim em<br />
geral. Este aspecto depende da seriedade e competência do franqueador e do<br />
franqueado. O sistema propriamente dito possui suas vantagens, mas essas<br />
vantagens só irão servir para quem trabalhar e se dedicar muito a seu negócio.<br />
È por isso que, através destas análises e constantes melhorias no sistema de<br />
franchising da empresa Ellus, acredita-se que será possível que este instrumento de<br />
orientação ao novo franqueado venha a auxiliar para que este sistema tenha sempre<br />
aspectos positivos para a Ellus como também para seus franqueados.<br />
50
CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />
Este “manual” apresentado traz apenas a estrutura de dados que será utilizada<br />
no manual, sendo que para a entrega ao franqueado será elaborado um modelo<br />
melhor caracterizado tornando-o mais atrativo através da participação dos<br />
departamentos de marketing e produto.<br />
51
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FRANCHISING. Site institucional:<br />
http://www.abf.com.br<br />
BERNARD, Daniel Alberto. Franchising: Avalie este investimento. Aspectos<br />
financeiros, abordagem comparativa internacional, a prática no Brasil. São Paulo:<br />
Atlas, 1993.<br />
CHERTO, Marcelo; RIZZO, Marcus. Franchising na Prática. São Paulo: Makron,<br />
1994.<br />
CHERTO, Marcelo; RIZZO, Marcus. Como Comprar sua Franquia Passo a Passo.<br />
São Paulo: McGraw-Hill, 1991.<br />
CHURCHILL, Gilbert A; Peter, J. Paul. Marketing: Criando Valor para os Clientes.<br />
São Paulo: Saraiva, tradução da 2º edição, São Paulo, 2000.<br />
DAHAB, Sonia et al. Entendendo o Franchising: Uma alternativa Eficaz para o<br />
Pequeno e Médio Empreendedor. Salvador: Casa da Qualidade, 1996.<br />
ELLUS INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. Site institucional: http://www.ellus.com.br<br />
FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DA USP.<br />
Contabilidade Introdutória. 8ºedição. São Paulo: Atlas, 1996.<br />
LEVY, Michael; WEITZ; Barton A. Administração de Varejo. São Paulo: Editora Atlas,<br />
2000.<br />
MATARAZZO, Dante C., Análise Financeira de Balanço: Abordagem Básica e<br />
Gerencial. 4º edição. São Paulo: Atlas, 1997.<br />
MAURO, Paulo César. Guia do Franqueador: Como Crescer Através do Franchising.<br />
São Paulo: Nobel, 1994.<br />
MARTINS, Petrônio Garcia; Alt, Paulo Renato Campos. Administração de Materiais e<br />
Recursos Patrimoniais. São Paulo: Saraiva 2001.<br />
52
SCHINADER, Alexandre Alves et al. Franchising: da Prática a Teoria. São Paulo:<br />
Maltese, 1991.<br />
53
ANEXOS<br />
54
ANEXO 1 - EXEMPLO DE PLANILHA DE CUSTOS E INVESTIMENTOS PARA A<br />
ABERTURA DE FRANQUIA<br />
55
ANEXO 2 - EXEMPLO DE PLANILHA DE COTAS DE COMPRA<br />
57
ANEXO 3 - MODELO DE CARTA DE RANKING MENSAL<br />
Á<br />
Sr(a). (nome franqueado)<br />
(razão social)<br />
Assunto: Ranking de Lojas (mês/ano)<br />
(FRANQUIA)<br />
58<br />
São Paulo, (data) de (mês) de (ano).<br />
Você ocupa o XXº lugar no ranking de lojas com um faturamento de R$ XX.XXX,XX.<br />
Em relação ao mês anterior (mês/ano) você teve um crescimento/queda de XX,X%.<br />
Em relação a (mês/ano) você teve um crescimento/queda de XX,X%.<br />
XXº - XXXXXXXXX<br />
XXº - XXXXXXXXX<br />
XXº - XXXXXXXXX<br />
XXº - (FRANQUIA)<br />
XXº - XXXXXXXXX<br />
XXº - XXXXXXXXX<br />
XXº - XXXXXXXXX<br />
Em relação ao comparativo dos resultados acumulados (Mês x a Mês y) entre Ano<br />
Anterior x Ano atual:<br />
Vendas: xx,x%.<br />
Preço médio: xx,x%.<br />
Atenciosamente,<br />
Fernanda Mangueira <strong>–</strong> Depto de Varejo<br />
Fone: (11) 5694-9000<br />
Fax: (11) 5694-9000