Teorias de potência elétrica - D.s.c.e. - Unicamp
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Eletrônica <strong>de</strong> Potência para Geração, Transmissão e Distribuição <strong>de</strong> Energia Elétrica Helmo K. Morales Pare<strong>de</strong>s<br />
da Teoria pq e tem discutido porquê tal teoria não <strong>de</strong>veria ser utilizada para a compreensão e/ou<br />
entendimento das proprieda<strong>de</strong>s e/ou características <strong>de</strong> uma carga. Por outro, lado em [91,92] o<br />
autor também apontou algumas limitações da teoria pq na compensação <strong>de</strong> distúrbios.<br />
Assim, do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> instrumentação e monitoração <strong>de</strong> distúrbios na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
energia, por exemplo, esta teoria não permite facilmente separar e i<strong>de</strong>ntificar a origem da<br />
<strong>de</strong>terioração quando vários fatores estão presentes simultaneamente [71,72]. Entretanto, existem<br />
propostas para sua utilização neste sentido [85].<br />
Do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> compensação, a teoria pq po<strong>de</strong> ser aplicada com dois objetivos<br />
principais: 1) o <strong>de</strong> garantir <strong>potência</strong> constante no ponto <strong>de</strong> acoplamento comum ou 2) o <strong>de</strong><br />
garantir correntes senoidais e equilibradas no PAC. Os dois objetivos só po<strong>de</strong>m ser atendidos<br />
simultaneamente quando as tensões no PAC forem senoidais e equilibradas. Em quaisquer outras<br />
condições <strong>de</strong> tensão (distorções e/ou assimetrias), os objetivos só po<strong>de</strong>m ser atendidos<br />
isoladamente. Isto significa que o resultado final da compensação <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> diretamente das<br />
tensões do PAC e do objetivo escolhido para uma dada aplicação [44,80,81].<br />
Finalmente, vale <strong>de</strong>stacar que o trabalho <strong>de</strong>senvolvido por Akagi e coautores foi uma das<br />
maiores contribuições dos últimos anos no campo <strong>de</strong> compensação <strong>de</strong> distúrbios.<br />
1.1.1 Teoria <strong>de</strong> potencia proposta por Paolo Tenti et al.<br />
Tenti e Mattavelli em [93] propuseram uma nova teoria <strong>de</strong> <strong>potência</strong> aplicável para sistemas<br />
monofásicos e polifásicos sob condições <strong>de</strong> operação periódica não senoidal, a qual tem sido<br />
expandida <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então [94-97]. Tendo como principal motivação o entendimento das<br />
proprieda<strong>de</strong>s dos fenômenos físicos (transferência <strong>de</strong> <strong>potência</strong> útil, armazenamento <strong>de</strong> energia,<br />
carga <strong>de</strong>sbalanceada, distorção harmônica) que ocorrem nos sistemas elétricos e com base nas<br />
Leis <strong>de</strong> Tensões e Correntes <strong>de</strong> Kirchoff e <strong>de</strong> acordo com o Teorema <strong>de</strong> Tellegen, esta teoria foi<br />
chamada <strong>de</strong> Teoria <strong>de</strong> Potência Conservativa, do inglês, Conservative Power Theory (CPT)<br />
[97].<br />
Assim, consi<strong>de</strong>rando um conjunto <strong>de</strong> quantida<strong>de</strong>s reais, contínuas e com período ,<br />
frequência fundamental 1 / e frequência angular 2, são <strong>de</strong>finidas as seguintes<br />
proprieda<strong>de</strong>s:<br />
Consi<strong>de</strong>rando uma variável com valor médio nulo, ou seja:<br />
A integral no tempo da variável é:<br />
assim, a integral imparcial <strong>de</strong> é <strong>de</strong>finida como:<br />
<br />
1<br />
0. (6.64)<br />
<br />
.<br />
(6.65)<br />
<br />
http://www.dsce.fee.unicamp.br/~antenor 6-16<br />
<br />
, (6.66)<br />
on<strong>de</strong> é o valor médio <strong>de</strong> sobre o período . O termo imparcial, neste caso, indica que a<br />
integral não possui valor médio.<br />
A <strong>de</strong>rivada no tempo <strong>de</strong> é:<br />
<br />
. (6.67)