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relatório de estágio comunicação com o doente crítico – promoção ...

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I<strong>de</strong>ntificação dos efeitos terapêuticos e sua aplicabilida<strong>de</strong> nos fármacos utilizados em<br />

Cuidados Paliativos; Selecção e aplicação <strong>de</strong> medidas não farmacológicas <strong>de</strong> acordo<br />

<strong>com</strong> as situações.<br />

Em Cuidados Paliativos o objetivo do tratamento é o alívio do sintoma e não a correção<br />

da <strong>de</strong> qualquer parâmetro analítico (GONÇALVES, 2002).<br />

A dor constitui uma <strong>com</strong>plicação <strong>com</strong>um das doenças neoplásicas sendo um sintoma<br />

muito frequente nos <strong>doente</strong>s em Cuidados Paliativos.<br />

Na UCP a avaliação da dor é feita pela escala analgésica da Organização Mundial <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> (OMS), após avaliação do <strong>doente</strong> pelo médico e enfermeiro, para a <strong>de</strong>terminação e<br />

implementação dum plano individualizado <strong>de</strong> gestão da dor, que cumpre objetivos <strong>de</strong>finidos<br />

quanto à reavaliação e contínua modificação respon<strong>de</strong>ndo às necessida<strong>de</strong>s da pessoa.<br />

Durante o <strong>estágio</strong> tive a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar um Curso prático intitulado “Tratar a<br />

Dor Mo<strong>de</strong>rada a Intensa <strong>–</strong> otimizar os efeitos, minimizar os receios” (Apêndice A), <strong>com</strong> a<br />

duração <strong>de</strong> 4 horas, que permitiu rever princípios básicos para tratamento farmacológico da<br />

dor, a interpretação da escala da OMS e as tabelas <strong>de</strong> doses equianalgésicas dos opiói<strong>de</strong>s<br />

geralmente usados, ferramentas que melhoram a <strong>com</strong>petência da minha atuação <strong>com</strong>o<br />

Enfermeira Especialista, na i<strong>de</strong>ntificação da relação da dose terapêutica utilizada <strong>de</strong> acordo<br />

<strong>com</strong> a via <strong>de</strong> administração utilizada.<br />

Recordo o Sr. F., um <strong>doente</strong> a quem fora diagnostica há cerca <strong>de</strong> um ano uma<br />

neoplasia do reto, agora em estádio final da doença, <strong>com</strong> uma ferida neoplásica a nível do reto<br />

que lhe provocava uma dor intensa e difícil <strong>de</strong> controlar. Apresentava dor neuropática, <strong>com</strong><br />

ardor constante, hiperalgias e <strong>com</strong> dor a irradiar o dorso. Este <strong>doente</strong> estava medicado <strong>com</strong><br />

Fentanil a<strong>de</strong>sivo, <strong>com</strong> vários ajustes <strong>de</strong> dose ao longo do internamento, Morfina <strong>de</strong> ação rápida<br />

<strong>com</strong> intervalos <strong>de</strong> quatro horas e <strong>com</strong>o terapêutica coadjuvante fazia Dexametasona por via<br />

epidural. A primeira observação que fiz da realização do penso apercebi-me que mesmo <strong>com</strong><br />

analgesia prévia ao tratamento, a dor e o <strong>de</strong>sconforto estavam bastante exacerbados, o <strong>doente</strong><br />

estava angustiado e revoltado <strong>com</strong> a sua situação clínica, tinha dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>ambular e sair<br />

do quarto. Vi aplicar Lidocaína em pomada para neutralizar a dor local e Brometo <strong>de</strong> Ipatrópio<br />

(aerossol) para diminuir o exsudado. Desconhecia a utilização <strong>de</strong>ste último para este efeito,<br />

pelo que questionei se existia algum protocolo que mostrasse a evidência clínica da sua<br />

utilização. Não existindo, propus à Enfermeira Orientadora, realizar um “Guia <strong>de</strong> Orientação<br />

para a Prestação <strong>de</strong> Cuidados ao Doente <strong>com</strong> Ferida Neoplásica” (Apêndice B), on<strong>de</strong><br />

apresentei a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> ferida neoplásica, o estadiamento, cuidados em fim <strong>de</strong> vida versus<br />

tratamento <strong>de</strong> feridas, intervenções <strong>de</strong> enfermagem e material utilizado para a realização do<br />

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