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Oração e escuta de Deus - Projeto Primeiro de Maio

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Jesus não está preocupado com as coisas ou com aquilo que po<strong>de</strong>mos<br />

oferecer ou fazer para/por Ele. Ao valorizar a atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Maria, que se colocou aos<br />

seus pés para ouvi-Lo falar, para ouvir sua palavra, Jesus ensina que o <strong>de</strong>sejo mais<br />

profundo do coração <strong>de</strong> <strong>Deus</strong> é ter seus amigos “bem próximos”, provando <strong>de</strong> sua<br />

Palavra, <strong>de</strong>sfrutando <strong>de</strong> sua intimida<strong>de</strong>. Sua Palavra é o verda<strong>de</strong>iro alimento. É por<br />

meio <strong>de</strong>la que <strong>Deus</strong> exprime seus anseios mais profundos a respeito do/da<br />

homem/mulher e que revela quem Ele é. A palavra, aqui entendida como a<br />

expressão íntima do ser, é aquilo que se tem <strong>de</strong> mais precioso, <strong>de</strong> mais belo. Toda<br />

palavra, assim entendida, é reveladora do ser.<br />

É, portanto, no diálogo pessoal e profundo com <strong>Deus</strong>, no estudo orante <strong>de</strong><br />

sua Palavra, que po<strong>de</strong>mos conhecê-Lo como tal. “Um dia”, como a personagem do<br />

livro do Cântico dos Cânticos, no mais íntimo do nosso coração, po<strong>de</strong>remos<br />

reconhecê-Lo e assim, pronunciar a alegre exclamação: “OH, esta é a Voz do<br />

amado! Ei-lo que aí vem”(Ct 2, 8). Com o coração ar<strong>de</strong>ndo a Ele conce<strong>de</strong>r um<br />

elogio, um louvor, expressar nosso amor e com belas palavras, enfim, <strong>de</strong>clarar:<br />

Seu paladar é a própria doçura;<br />

Tudo nele é <strong>de</strong>sejável.<br />

Tal é meu querido, tal meu companheiro,<br />

Filhas <strong>de</strong> Jerusalém! (Ct. 5,16)<br />

É preciso, <strong>de</strong>starte, cuidado para não reduzirmos nossa oração a um<br />

“espaço” para soluções <strong>de</strong> problemas, <strong>de</strong> busca <strong>de</strong> uma “graça” específica. A oração<br />

não oferece soluções para todos os problemas que enfrentamos em nosso cotidiano<br />

e ao longo <strong>de</strong> nossas vidas. Como afirmam Barry e Connolly (1991, p. 202)<br />

referindo-se também à direção espiritual: “<strong>Oração</strong> e direção espiritual se interessam<br />

por um relacionamento, não por soluções mágicas, e o relacionamento com o<br />

Senhor, como qualquer outro relacionamento, é estimulado e encarecido por causa<br />

do amor do outro e não porque ofereça vantagens utilitárias [...]”.<br />

Para partilhar:<br />

O que o texto nos ensina? Qual o pleno significado ou alcance <strong>de</strong>sta<br />

afirmação: “Maria escolheu a boa parte”?<br />

Não era proce<strong>de</strong>nte ou justa a reclamação da primogênita Marta?

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