Oração e escuta de Deus - Projeto Primeiro de Maio

Qual a substância mais essencial da vida do cristão ou dos seres humanos?
Afinal, o que é, para Jesus, a boa parte da vida?
O que o texto fala a você pessoalmente?
Para (não) concluir...
“venha a nós o vosso reino”
Exprimimos, na oração do “pai nosso”, com “venha a nós o teu reino”, o anseio
pela manifestação daquela realidade que se condensa na palavra “reino”, “[...] e que
pode ser expressa de mil outros modos: Justiça, fraternidade, triunfo da vida, derrota
da morte, situação em que não haverá lágrimas ou luto, capacidade de nos
reconhecermos e de nos amarmos a fundo, plenitude do Corpo de Cristo realizado
na Igreja, unidade verdadeira entre as pessoas e entre todos os povos” (Martini,
2000, p. 55).
Com essa expressão, “venha a nós o vosso reino”, portanto, colocamo-nos
à espera da realização do projeto de Deus na história e, ao mesmo tempo,
antecipamo-lo como nossos atos fundados no amor, com nosso trabalho e nossa
ação na sociedade. “Na dinâmica entre o reino como projeto que nós construímos no
dia-a-dia, e o Reino de Deus que nos é dado, e que é maior do que qualquer de
nossos projetos, a oração nos torna ativos (Martini. 2000, 56). Ela nos torna
disponíveis para “lançarmos nossas redes”, prepara-nos para que sejamos capazes
de enfrentar os conflitos de nosso tempo, para a construção da civilização do amor.
A oração, na feliz expressão do Papa Bento XVI na carta encíclica Spe Salvi,
é “lugar de aprendizagem e de exercício da esperança” (p.49). Uma “escola” que
proporciona o crescimento da Fé, a geração da Esperança, a vivência do Amor. Dá-
nos a certeza de que não estamos, nunca estivemos e nunca estaremos sós: “Eis
que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28, 20b).
Referências
AVRIL, A. C.; LENHART, P. Iniciação à leitura judaica da escritura. Seminário de
Sion, Sion Jerusalém, 1980.
BARRY, W. A.; CONNOLLY, W. J. A prática da direção espiritual. 3. Ed. São Paulo:
Loyola, 1999.