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Comportamento do crescimento inicial de mudas de cagaita ...

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I Congresso <strong>de</strong> Pesquisa e Pós-Graduação <strong>do</strong> Câmpus Rio Ver<strong>de</strong> <strong>do</strong> IFGoiano.<br />

06 e 07 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2012.<br />

COMPORTAMENTO DO CRESCIMENTO INICIAL DE MUDAS DE<br />

CAGAITA PRODUZIDAS EM DIFERENTES SUBSTRATOS<br />

ARAUJO, Eduard Lucas Souza 1 ; MOTA, Clenilso Sehnen 1 ; SILVA, Fabiano,<br />

Guimarães 1 ; DORNELLES, Paulo 1 .<br />

1 Instituto Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Educação, Ciência e Tecnologia Goiano-Câmpus Rio Ver<strong>de</strong>- GO. csm.sehnen@gmail.com<br />

RESUMO: Esse trabalho teve como objetivo avaliar as curvas <strong>de</strong> <strong>crescimento</strong> em <strong>mudas</strong> <strong>de</strong> <strong>cagaita</strong><br />

cultivadas em diferentes substratos. Os substratos utiliza<strong>do</strong>s foram: MecPlant (MP)+casca <strong>de</strong> arroz<br />

(CA) (7:3); vermiculita fina (VF)+CA+solo <strong>de</strong> barranco (SB) (2:2:1); VF+CA+SB (1:1:1);<br />

VF+SB+Silagem <strong>de</strong> milho <strong>de</strong>composta (SM) (3:1:6); SB+areia+ esterco bovino (EB) (2:2:1); e solo<br />

coleta<strong>do</strong> no entorno <strong>de</strong> plantas adultas <strong>de</strong> <strong>cagaita</strong> (SEP). As características <strong>de</strong> comprimento <strong>do</strong> caule<br />

(CC), diâmetro <strong>do</strong> coleto (DC), número <strong>de</strong> folhas (NF) e relação entre CC e DC, foram realizadas em<br />

intervalos <strong>de</strong> aproximadas <strong>de</strong> 15 dias, após a emergência. Foram utilizadas 30 plantas por tratamentos<br />

distribuídas em cinco blocos. Os da<strong>do</strong>s foram submeti<strong>do</strong>s a ajuste <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los estáticos <strong>de</strong><br />

<strong>crescimento</strong>, e as curvas comparadas por teste <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los. As curvas <strong>de</strong> <strong>crescimento</strong>s<br />

<strong>do</strong>s substratos VF+SB+SM e SB+AG+EB apresentaram-se diferentes das <strong>de</strong>mais O uso <strong>de</strong> SM e EB<br />

como fontes <strong>de</strong> matéria orgânica apresentaram os melhores resulta<strong>do</strong>s.<br />

Palavras-chave adicionais: Eugenia dysenterica DC. Curva <strong>de</strong> <strong>crescimento</strong>. Matéria orgânica.<br />

INTRODUÇÃO<br />

Atualmente, é notória a preocupação em<br />

relação às plantas <strong>do</strong> cerra<strong>do</strong>, principalmente no<br />

que diz respeito às frutíferas, por suas<br />

características e usos (PINHAL et al., 2011). A<br />

cagaiteira (Eugenia dysenterica DC.) é uma<br />

frutífera <strong>do</strong> cerra<strong>do</strong> com potencial econômico.<br />

Pois os frutos são consumi<strong>do</strong>s in natura ou na<br />

forma <strong>de</strong> sucos, sorvetes, licores e geléias<br />

(SILVA et al, 2001). Mas são escassos os estu<strong>do</strong>s<br />

que caracterizam o comportamento <strong>de</strong>sta espécie.<br />

A análise <strong>de</strong> <strong>crescimento</strong> tem por<br />

finalida<strong>de</strong> interpretar analiticamente o<br />

<strong>crescimento</strong> <strong>de</strong> uma planta. O conhecimento da<br />

curva <strong>de</strong> <strong>crescimento</strong> é importante na<br />

<strong>de</strong>terminação da época em que se inicia a<br />

limitação <strong>do</strong> <strong>crescimento</strong> por algum fator abiótico<br />

e/ou biótico (AHMAD e PRASAD, 2012). Como<br />

fatores limitantes ao <strong>crescimento</strong> <strong>de</strong> <strong>mudas</strong> po<strong>de</strong>se<br />

citar a falta <strong>de</strong> nutrientes, <strong>de</strong>ficiência hídrica,<br />

limitação pelo tamanho <strong>de</strong> recipiente e<br />

principalmente uso <strong>de</strong> substratos impróprios<br />

(MINAMI, 2010).<br />

Um bom substrato <strong>de</strong>ve dar suporte,<br />

fornecer nutrientes, manter e fornecer condições<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> sistema radicular da<br />

muda. Deve oferecer ainda espaço <strong>de</strong> aeração e<br />

disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> agua em níveis a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s que<br />

permitam o <strong>crescimento</strong> das plantas (GOMES e<br />

PAIVA, 2011). Busca-se utilizar matérias-primas<br />

para a formulação <strong>de</strong> substratos encontradas com<br />

facilida<strong>de</strong> na proximida<strong>de</strong> <strong>do</strong> viveiro,<br />

especialmente as renováveis.<br />

Assim o presente trabalho objetivou<br />

avaliar as curvas <strong>de</strong> <strong>crescimento</strong> em <strong>mudas</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>cagaita</strong> cultivadas em diferentes substratos<br />

conten<strong>do</strong> diferentes fontes <strong>de</strong> matéria orgânica.<br />

MATERIAL E MÉTODOS<br />

O experimento foi conduzi<strong>do</strong> em casa <strong>de</strong><br />

vegetação <strong>do</strong> Laboratório <strong>de</strong> Cultura <strong>de</strong> Teci<strong>do</strong><br />

Vegetal, <strong>do</strong> Instituto Fe<strong>de</strong>ral Goiano (Câmpus Rio<br />

Ver<strong>de</strong>). As matérias primas utilizadas na<br />

formulação <strong>do</strong>s substratos foram: MecPlant <br />

(MP), casca <strong>de</strong> arroz (CA), vermiculita <strong>de</strong><br />

granulometria fina (VF), solo <strong>de</strong> barranco (SB),<br />

esterco <strong>de</strong> bovino curti<strong>do</strong> (EB), silagem <strong>de</strong> milho<br />

<strong>de</strong>composta (SM), areia grossa, (AG) e solo<br />

coleta<strong>do</strong> no entorno <strong>de</strong> plantas nativas <strong>de</strong> <strong>cagaita</strong><br />

(SEP). As formulações <strong>do</strong>s substratos foram as<br />

seguintes: MP+CA (7:3); VF+CA+SB (2:2:1);<br />

VF+CA+SB (1:1:1); VF+SB+SM (3:1:6);<br />

SB+AG+EB (2:2:1); e SEP. A <strong>do</strong>sagem <strong>de</strong> cada<br />

componente foi baseada no volume.<br />

Os substratos foram acondiciona<strong>do</strong>s em<br />

tubetes com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 288 cm 3 . Para cada<br />

1


substrato foram utilizadas 30 plantas distribuídas<br />

em cinco blocos. As sementes <strong>de</strong> <strong>cagaita</strong> foram<br />

semeadas diretamente nos tubetes e as<br />

características <strong>de</strong> comprimento <strong>do</strong> caule (CC),<br />

diâmetro <strong>do</strong> coleto (DC), número <strong>de</strong> folhas (NF) e<br />

relação entre CC e DC (CCDC), foram realizadas<br />

em intervalos <strong>de</strong> aproximadamente quinze dias<br />

até ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 105 dias. O dia em que ocorreu a<br />

emergência das plântulas foi consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> como<br />

dia zero.<br />

Os da<strong>do</strong>s foram submeti<strong>do</strong>s a ajuste <strong>de</strong><br />

mo<strong>de</strong>los estatísticos <strong>de</strong> <strong>crescimento</strong>. Utilizou-se o<br />

teste <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los (REGAZZI, 1993;<br />

REGAZZI E SILVA, 2004), para comparar os<br />

substratos.<br />

RESULTADO E DISCUSSÃO<br />

As curvas <strong>de</strong> <strong>crescimento</strong>s <strong>do</strong>s substratos<br />

VF+SB+SM (3:1:6) e SB+AG+EB (2:2:1) foram<br />

diferentes das <strong>de</strong>mais (Figura 1). O mo<strong>de</strong>lo<br />

cúbico (y=a+bx+cx 2 +dx 3 ) foi o que apresentou<br />

melhor ajustou para as características <strong>de</strong> diâmetro<br />

<strong>do</strong> coleto, número <strong>de</strong> folhas e relação entre<br />

comprimento <strong>do</strong> caule e diâmetro <strong>do</strong> coleto. Para<br />

o comprimento <strong>do</strong> caule o mo<strong>de</strong>lo melhor<br />

ajusta<strong>do</strong> foi y=ax 0,5 +bx+cx 2 +dx 3 .<br />

As diferenças observadas parecem ocorrer<br />

com ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aproximadamente 40 dias para DC e<br />

NF e 20 dias para CC e CCDC. É nesse momento<br />

que as plantas cultivadas nos substratos<br />

VF+SB+SM e SB+AG+EB passam a se<br />

diferenciarem e apresentar maior incremento nas<br />

variáveis analisadas em relação aos <strong>de</strong>mais<br />

substratos. O melhor <strong>de</strong>sempenho das plantas<br />

cultivadas em substratos conten<strong>do</strong> SM e EB em<br />

sua composição, po<strong>de</strong> ser em resposta a fonte <strong>de</strong><br />

matéria orgânica, que nesse caso são facilmente<br />

<strong>de</strong>compostas, o que proporciona à<br />

disponibilização <strong>de</strong> nutrientes as plantas. O uso<br />

<strong>de</strong> esterco bovino e restos <strong>de</strong> materiais vegetais<br />

<strong>de</strong>compostos são amplamente conheci<strong>do</strong>s e<br />

utiliza<strong>do</strong>s com adubos orgânicos (WOLF e<br />

SNYDER, 2003).<br />

Em contra partida a adição <strong>de</strong> casca <strong>de</strong><br />

arroz aos substratos reduz a concentração <strong>de</strong><br />

inúmeros nutrientes, no substrato (GUERRINI e<br />

TRIGUEIRO, 2004), possivemnte pelo fato da<br />

casca <strong>de</strong> arroz ser um material rico em carbono, e<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>composição lenta.<br />

CONCLUSÃO<br />

Os substratos que possuem como fonte <strong>de</strong><br />

matéria orgânica a silagem <strong>de</strong> milho <strong>de</strong>composta<br />

I Congresso <strong>de</strong> Pesquisa e Pós-Graduação <strong>do</strong> Câmpus Rio Ver<strong>de</strong> <strong>do</strong> IFGoiano.<br />

06 e 07 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2012.<br />

e o esterco bovino curti<strong>do</strong> proporcionaram melhor<br />

<strong>de</strong>sempenho das plantas, especialmente após 40<br />

dias <strong>de</strong> emergência.<br />

Figura 1 – Curvas <strong>de</strong> evolução <strong>do</strong><br />

comprimento <strong>do</strong> caule, diâmetro <strong>do</strong> coleto,<br />

número <strong>de</strong> folhas e relação entre comprimento<br />

<strong>do</strong> caule e diâmetro <strong>do</strong> coleto, em <strong>mudas</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>cagaita</strong> cultivadas em diferentes substratos. O<br />

teste <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo (TIM) compara<br />

os diferentes substratos.<br />

2


AGRADECIMENTOS<br />

CAPES, CNPq e FAPEG, pelo auxilio<br />

financeiro e concessão <strong>de</strong> bolsas.<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

AHMAD, P.; PRASAD. M.N.V. Abiotic stress<br />

responses in plants: Metabolism, productivity<br />

and sustainability. New York:Springer, 2012.<br />

473p.<br />

GOMES, J.M.; PAIVA, H.N. Viveiros florestais:<br />

Propagação sexuada. Viçosa:Editora UFV,<br />

2011. 116p.<br />

GUERRINI, I.A.; TRIGUEIRO, R.M. Atributos<br />

físicos e químicos <strong>de</strong> substratos compostos por<br />

biossoli<strong>do</strong>s e casca <strong>de</strong> arroz carbonizada.<br />

Revista Brasileira <strong>de</strong> Ciência <strong>do</strong> Solo, Viçosa,<br />

v.28, p.1069-1076, 2004.<br />

MINAMI, K. Produção <strong>de</strong> <strong>mudas</strong> <strong>de</strong> alta<br />

qualida<strong>de</strong>. Piracicaba. Degaspari, 2010. 440p.<br />

I Congresso <strong>de</strong> Pesquisa e Pós-Graduação <strong>do</strong> Câmpus Rio Ver<strong>de</strong> <strong>do</strong> IFGoiano.<br />

06 e 07 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2012.<br />

PINHAL, H.F.; ANASTÁCIO, M.R.;<br />

CARNEIRO, P.A.P.; SILVA, V.J.; MARAIS,<br />

T.P.; LUZ, J.M.Q. Aplicações da cultura <strong>de</strong><br />

teci<strong>do</strong>s vegetais em fruteiras <strong>do</strong> Cerra<strong>do</strong>. Ciência<br />

Rural, v. 41, n. 7, p. 1136-1142, 2011.<br />

REGAZZI, A. J. Teste para verificar a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> regressão e a igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> alguns<br />

parâmetros num mo<strong>de</strong>lo polinomial ortogonal.<br />

Revista Ceres, v. 40, p.176-195, 1993.<br />

REGAZZI, A. J.; SILVA, C. H. O. Teste para<br />

verificar a igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> parâmetros e a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> regressão não-linear. I. Da<strong>do</strong>s no<br />

<strong>de</strong>lineamento inteiramente casualiza<strong>do</strong>. Revista<br />

<strong>de</strong> Matemática e Estatística, v. 22, p.33-45.<br />

2004.<br />

SILVA, R.S.M.; CHAVES, L.J.; NAVES, R.V.<br />

Caracterização <strong>de</strong> frutos e árvores <strong>de</strong> <strong>cagaita</strong><br />

(Eugenia dysenterica DC.) no su<strong>de</strong>ste <strong>do</strong> esta<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> Goiás, Brasil. Revista Brasileira <strong>de</strong><br />

Fruticultura, v.23, n.2, p.330-334, 2001.<br />

WOLF, B.; SNYDER, G. Sustainable soils: the<br />

place of organic matter in sustaining soils and<br />

their productivity. New York: Haworth Press,<br />

2003. 352p.<br />

3

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