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INSTRUÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE ARTIGO ... - Rio Verde

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I Congresso de Pesquisa e Pós-Graduação do Câmpus <strong>Rio</strong> <strong>Verde</strong> do IFGoiano.<br />

06 e 07 de novembro de 2012.<br />

<strong>DE</strong>SEMPENHO DA CULTURA DA SOJA SUBMETIDA AO<br />

PARCELAMENTO DA ADUBAÇÃO POTÁSSICA<br />

SALIB, Gabriel Couto (Estudante de IC) 1 ; PERIN, Adriano (Orientador) 1 ; RIBEIRO,<br />

Jéssika Mara Martins (Colaboradora); RATKE, Rafael Fellipe (Colaborador) 1 ;<br />

SILVEIRA, Flávio Oliveira (Estudante de IC) 1 ; JUNIOR, Neilston José da Silva<br />

(Colaborador) 1<br />

1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – campus <strong>Rio</strong> <strong>Verde</strong>. Laboratório de Fitotecnia, Rod. Sul<br />

Goiana, km 01, Cx Postal 75.901-970, <strong>Rio</strong> <strong>Verde</strong>/GO, E-mail: gcsalib@gmail.com<br />

RESUMO: O objetivo do trabalho foi avaliar a resposta da soja a doses e épocas de adubação<br />

potássica, através da verificação, de qual a melhor época para se aplicar a adubação de cobertura com<br />

potássio por meio da avaliação, da matéria seca e número de vargens por planta de soja. O<br />

delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com cinco tratamentos e 4 repetições. As parcelas<br />

foram de: T1: testemunha com dose 0; T2: 80Kg adubação antecipada; T3: 80kg semeadura; T4:<br />

40Kg na semeadura e 40kg 30 dias após emergência; T5: 80kg 30 dias após a emergência. Foi<br />

realizada a colheita manual do experimento e avaliação do peso de 1000 grãos (PMG), do número de<br />

vagens por planta (NVP) e produtividade da cultura da soja. Não houve variação quanto às épocas de<br />

aplicação de potássio para o PMG da soja. No entanto, o NVP e a produtividade apresentaram<br />

variação estatística quando houve a aplicação do potássio em diferentes épocas.<br />

Palavras-chave adicionais: Potássio. Produtividade. Adubação antecipada.<br />

INTRODUÇÃO<br />

Cada 100 gramas de grãos de soja,<br />

contém 230 mg de cálcio, 580 mg de fósforo, 9,4<br />

mg de ferro, 1 mg de sódio, 1900 mg de potássio,<br />

220 mg de magnésio e 0,1 mg de cobre, dentre<br />

outros compostos (EMBRAPA, 2006).<br />

O potássio (K) no solo pode estar<br />

presente tanto na estrutura dos minerais, em<br />

formas não trocáveis, como adsorvido pelas<br />

cargas negativas dos minerais do solo por<br />

atrações elétricas (forma trocável), ou ainda na<br />

solução do solo. Estas três formas estão em<br />

equilíbrio no solo, mas a velocidade da<br />

transformação de uma forma para outra é<br />

inversamente proporcional à sua disponibilidade.<br />

Nos solos muito intemperizados da região do<br />

Cerrado, a forma trocável e solúvel representa o<br />

potássio disponível às plantas, ou seja, é aquele<br />

que normalmente é determinado na análise<br />

química de solos. Todas as tabelas de<br />

recomendação de adubação consideram o potássio<br />

disponível. As plantas absorvem este nutriente da<br />

solução do solo na forma iônica K +<br />

(HARIDASAN, 2000).<br />

Vale ressaltar ainda que o K e um<br />

nutriente muito móvel no solo. Dessa forma o<br />

parcelamento de sua aplicação pode elevar a<br />

eficiência da adubação com esse nutriente, visto<br />

que a fase de maior demanda pela cultura ocorre<br />

no período que antecede o florescimento<br />

(HARIDASAN, 2000).<br />

MATERIAL E MÉTODOS<br />

O experimento foi instalado no dia 28 de<br />

outubro de 2011, em Latossolo Vermelho<br />

distroférrico na área experimental do IF Goiano –<br />

campus <strong>Rio</strong> <strong>Verde</strong>, <strong>Rio</strong> <strong>Verde</strong>, GO, com<br />

localização geográfica entre os paralelos 20º 45’<br />

53’’ de latitude sul e os meridianos 51° 55’ 53’’<br />

de longitude oeste de Greenwich, com altitude de<br />

748m.<br />

O delineamento experimental foi em<br />

blocos ao acaso, com cinco tratamentos e 4<br />

repetições. As parcelas foram de: T1: testemunha<br />

com dose 0; T2: 80Kg adubação antecipada; T3:<br />

80kg semeadura; T4: 40Kg na semeadura e 40kg<br />

1


30 dias após emergência; T5: 80kg 30 dias após a<br />

emergência. A semeadura da soja (cultivar 7337)<br />

foi realizada no dia 28 de outubro de 2011,<br />

distribuindo-se 16 sementes por metro no sulco<br />

no espaçamento de 0,50 m (320.000 plantas ha -1 ).<br />

Na ocasião, foi distribuída manualmente a<br />

adubação no sulco de semeadura de acordo com<br />

as doses de cada tratamento. Para todos os<br />

tratamentos, foi aplicado por ocasião da<br />

semeadura o equivalente a 80 kg P2O5/ha. As<br />

parcelas têm 5 fileiras de plantas de 6 m de<br />

comprimento.<br />

O controle de plantas invasoras em pósemergência<br />

foi realizado utilizando os herbicidas<br />

com Chlorimuron-ethyl (0,08 L ha -1 ) e Lactofen<br />

(0,75 L ha -1 ) aos 25 dias após a emergência<br />

(DAE). A partir dos 60 DAE, foram monitorados<br />

focos de ferrugem asiática. Foi aplicado o<br />

fungicida trifloxystrobin + ciproconazole (300<br />

mL ha -1 ), para o controle da doença. A mesma<br />

estratégia foi utilizada para o controle de<br />

percevejos e, também foi realizada aplicação do<br />

inseticida Permetrina (65 mL ha -1 ).<br />

Foi realizada a colheita manual do<br />

experimento e avaliação do peso de 1000 grãos<br />

(PMG), do número de vagens por planta (NVP) e<br />

produtividade da cultura da soja. Para avaliação<br />

do NVP, foram separadas 10 plantas no momento<br />

da colheita, e destas, foram contadas a quantidade<br />

de vagens presente em cada planta, e a partir<br />

destes valores realizaram-se médias para cada<br />

tratamento. A avaliação da produtividade de soja<br />

foi realizada em uma área útil equivalente a 2 m 2<br />

no centro da parcela. Após a colheita, os grãos<br />

colhidos em cada parcela foram beneficiados,<br />

pesados e a umidade determinada e corrigida para<br />

13%. Após esta avaliação foi avaliado o peso de<br />

1000 grãos.<br />

Os dados foram submetidos à análise de<br />

variância com auxílio do Sistema para Análises<br />

Estatísticas SISVAR. As médias foram<br />

comparadas pelo teste Tukey adotando-se o nível<br />

de 5% de probabilidade.<br />

RESULTADO E DISCUSSÃO<br />

Os dados referentes ao peso de mil grãos<br />

(PMV), número de vagens por planta (NVP) e<br />

produtividade da cultura da soja submetida a<br />

diferentes épocas de aplicações de potássio, são<br />

apresentados na tabela 1. Verifica-se que não<br />

houve variação estatística quanto às épocas de<br />

aplicação de potássio para o PMG da soja. No<br />

entanto, o NVP e a produtividade apresentaram<br />

I Congresso de Pesquisa e Pós-Graduação do Câmpus <strong>Rio</strong> <strong>Verde</strong> do IFGoiano.<br />

06 e 07 de novembro de 2012.<br />

variação estatística quando houve a aplicação do<br />

potássio em diferentes épocas (Tabela 1).<br />

Resultados similares aos obtidos nesse<br />

experimento, também foram encontrados por<br />

Guareschi et al., 2011. Os tratamentos 2 e 5 que<br />

correspondem, respectivamente, a aplicação de<br />

100% da dose de potássio aplicada 15 dias antes<br />

da semeadura ou 30 dias após a emergência foram<br />

aqueles que conferiram maior produtividade.<br />

Dessa forma, verifica-se que a aplicação total<br />

desse nutriente pode ser realizada em dois<br />

momentos, antecipada ou em cobertura na cultura<br />

da soja, permitindo a possibilidades de opção que<br />

melhor convém ao agricultor.<br />

Tabela 1. Peso de mil grãos (PMG), número de<br />

vagens por planta (NVP) e produtividade da<br />

cultura da soja submetida a diferentes épocas<br />

de aplicações de potássio. <strong>Rio</strong> <strong>Verde</strong>/GO 2012.<br />

Tratamento PMG<br />

(g)<br />

NVP Produtividad<br />

e<br />

(kg/ha)<br />

1 150,45 a 99,15 ab 4429 c<br />

2 168,41 a 96,35 ab 5660 a<br />

3 155,21 a 62,65 c 5370 b<br />

4 149,10 a 105,90 a 5224 b<br />

5 152,61 a 97,55 ab 5625 a<br />

CV (%) 5,84 18,13 2,13<br />

Médias seguidas de letras iguais na mesma coluna<br />

não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de<br />

probabilidade. Trat1= testemunha; Trat2 = 80<br />

kg/ha k2O adubação antecipada; Trat3 = 80 kg/ha<br />

k2O semeadura; Trat4 = 40kg/ha k2O na<br />

semeadura e 40kg/ha k2O 30 dias após<br />

emergência; Trat5 = 80kg/ha k2O 30 dias após a<br />

emergência;<br />

A adoção do sistema de plantio direto<br />

proporciona melhoria em atributos físicos,<br />

químicos e biológicos, possibilitando a<br />

antecipação da adubação em relação à semeadura<br />

(SILVA; ROSOLEM, 2001; PAVINATO;<br />

CERETA, 2004; BERNARDI et al., 2009).<br />

Dentre as ações realizadas durante a semeadura, a<br />

distribuição do fertilizante na área de cultivo<br />

envolve uma série de operações e pode demandar<br />

2


muito tempo. Essas operações compreendem o<br />

transporte do fertilizante do local de<br />

armazenamento até a área de cultivo, o<br />

abastecimento das semeaduras (alguns sacos<br />

ainda utilizam sacarias) e a distribuição<br />

propriamente dita. Todas essas ações demandam<br />

mão-de-obra e tempo, encarecendo sua execução<br />

e prolongando o período de semeadura. Sendo<br />

assim, Matos et al. (2006) mencionam que a<br />

adubação antecipada reduz o tempo nas paradas<br />

para o abastecimento da plantadora-adubadora. A<br />

aplicação antecipada total, ou parcial, do<br />

fertilizante reduz acentuadamente o trabalho e<br />

mão-de-obra durante a semeadura e, assim,<br />

permite uma operação bem mais àgil. Além deste<br />

aspecto, já é realidade que várias fábricas de<br />

semeaduras estão produzindo modelos sem as<br />

caixas de fertilizantes, considerando a tendência<br />

de que o produtor fará a aplicação a lanço.<br />

A adubação a lanço antecipada está de<br />

acordo com o modelo de manejo que tem sido<br />

utilizado por vários produtores que adotam o<br />

sistema de plantio direto, isto é, adubar o sistema<br />

com o todo e não apenas a cultura principal. A<br />

adubação das culturas podem variar em função<br />

das condições de solo, da planta e do ambiente<br />

(MENDONÇA et al., 2007).<br />

CONCLUSÃO<br />

1) O peso de mil grãos não foi<br />

influenciado por ocasião da aplicação de potássio<br />

em diferentes épocas na cultura da soja.<br />

2) A aplicação a lanço de 80 kg/ha k20<br />

respectivamente aos 15 dias após a semeadura ou<br />

30 dias após a emergência, conferiram as maiores<br />

produtividades na cultura da soja.<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

BERNARDI, A.C.C. de et al. Doses e formas de<br />

aplicação da adubação potássica na rotação soja,<br />

milheto e algodão em sistema plantio direto.<br />

Pesquisa Agropecuária Tropical, Brasília, v.39,<br />

n.2, p.158-167, 2009.<br />

I Congresso de Pesquisa e Pós-Graduação do Câmpus <strong>Rio</strong> <strong>Verde</strong> do IFGoiano.<br />

06 e 07 de novembro de 2012.<br />

EMBRAPA Soja. Empresa Brasileira de Pesquisa<br />

Agropecuária - Embrapa Rod. Carlos João Strass<br />

- Distrito de Warta. Telefone (43) 3371 6000 -<br />

Fax (43) 3371 6100 Caixa Postal 231 - CEP<br />

86001-970. Londrina- Paraná- Brasil, 2006.<br />

GUARESCHI, R. F; GAZOLLA.P. R; PERIN, A;<br />

SANTINI, J. M.; Adubação antecipada na cultura<br />

da soja. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 35,<br />

n. 4, p. 643-648, jul/ago., 2011.<br />

HARIDASAN, M.; Nutrição mineral de plantas<br />

nativas do cerrado. Revista Brasileira de<br />

Fisiologia Vegetal, v 12 p 54 – 64, 2000.<br />

MATOS, M.A.; SALVI, J.V.; MILAN, M.<br />

Pontualidade na operação de semeadura e a<br />

antecipação da adubação e suas influências na<br />

receita líquida da cultura da soja. Engenharia<br />

Agrícola, Jaboticabal, v.26, n.2, p.493-501, 2006<br />

MENDONÇA, V. et al. Fertilizante de liberação<br />

lenta na formação de mudas de maracujazeiro<br />

‘amarelo’. Ciência e Agrotecnologia, Lavras,<br />

v.31, n.2, p.344-348, mar./abr. 2007<br />

PAVINATO, P.S.; CERETTA, C.A. Fósforo e<br />

potássio na sucessão trigo/milho: épocas e formas<br />

de aplicação. Ciência Rural, Santa Maria, v.34,<br />

n.6, p.1779-1784, 2004.<br />

SILVA, R.H.; ROSOLEM, C.A. Influência da<br />

cultura anterior e da compactação do solo na<br />

absorção de macro nutrientes em soja. Pesquisa<br />

Agropecuária Brasileira, Brasília, v.36, n.10,<br />

p.1269-1275, out.2001.<br />

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