Cultivo in vitro de Guapeva (Pouteria gardneriana). - Campus Rio ...
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I Congresso <strong>de</strong> Pesquisa e Pós-Graduação do Câmpus <strong>Rio</strong> Ver<strong>de</strong> do IFGoiano.<br />
06 e 07 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2012.<br />
CULTIVO IN VITRO DE GUAPEVA (<strong>Pouteria</strong> <strong>gardneriana</strong>): TIPOS DE<br />
MEIO DE CULTIVO<br />
MENDONÇA, Beatriz Ferreira (Estudante IC) 1 ; PEREIRA, Flávia Dionísio<br />
(Colaboradora) 1 , SANTANA, João das Graças (Orientador) 1 , MENEZES, Carlos César<br />
Evangelista <strong>de</strong> (Colaborador) 2<br />
1 Instituto Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Câmpus <strong>Rio</strong> Ver<strong>de</strong> - GO.<br />
beattrizmendonca@gmail.com.br; 2 Centro Tecnológico Comigo (CTC-Comigo) - <strong>Rio</strong> Ver<strong>de</strong> – GO.<br />
RESUMO: A guapeva (<strong>Pouteria</strong> <strong>gardneriana</strong> Radlk) é uma espécie frutifera nativa do<br />
cerrado muito utilizada para a ornamentação <strong>de</strong> paisagens sendo assim, consi<strong>de</strong>rada importante em<br />
plantios para recuperação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>gradadas e <strong>de</strong> preservação permanente. No entanto, a lentidão<br />
em seu processo natural <strong>de</strong> reprodução restr<strong>in</strong>ge maiores populações <strong>de</strong>ste fruto, sendo a<br />
micropropagação <strong>in</strong> <strong>vitro</strong> a forma mais viável e rápida para a produção <strong>de</strong> mudas. Objetivou-se com<br />
este trabalho avaliar os pr<strong>in</strong>cipais fatores que <strong>in</strong>fluenciam e limitam a propagação <strong>in</strong> <strong>vitro</strong> da guapeva.<br />
Foram testados 2 meios <strong>de</strong> cultura (MS e WPM) e quatro concentrações <strong>de</strong> sais(100, 50, 75, 25%).<br />
Para a montagem dos experimentos foi utilizado <strong>de</strong>l<strong>in</strong>eamento <strong>in</strong>teiramente casualizado. Os dados<br />
foram submetidos à análise <strong>de</strong> variância e as médias comparadas pelo teste tukey a 5%. Para o cultivo<br />
<strong>in</strong> <strong>vitro</strong> <strong>de</strong> <strong>Pouteria</strong> <strong>gardneriana</strong> <strong>in</strong>dica-se o meio MS em altas concentrações.<br />
Palavras-chave adicionais: Micropropagação, cerrado goiano, fruticultura.<br />
INTRODUÇÃO<br />
A guapeva (<strong>Pouteria</strong> <strong>gardneriana</strong> Radlk)<br />
é uma frutífera nativa do cerrado e possui<br />
características ornamentais úteis para arborização<br />
e produzir muitos frutos anualmente, que servem<br />
<strong>de</strong> alimento para as espécies da fauna local, e por<br />
isso é consi<strong>de</strong>rada importante em plantios para<br />
recuperação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>gradadas e <strong>de</strong> preservação<br />
permanente.<br />
Estudos básicos são necessários para um<br />
melhor entendimento dos mecanismos <strong>de</strong><br />
adaptação <strong>de</strong>sta espécie no <strong>in</strong>tuito <strong>de</strong><br />
disponibilizar mudas <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong> e com<br />
origem conhecida e assim, redimensionar a<br />
ativida<strong>de</strong> agrícola na região oferecendo outras<br />
oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> renda além das tradicionais<br />
lançando bases para uma fruticultura apoiada na<br />
preservação ecológica, no <strong>de</strong>senvolvimento<br />
tecnológico e na eficiência econômica.<br />
Porém, algo que restr<strong>in</strong>ge maiores<br />
populações <strong>de</strong>ste fruto, é a lentidão em seu<br />
processo natural <strong>de</strong> reprodução, sendo a<br />
micropropagação <strong>in</strong> <strong>vitro</strong> a forma mais viável e<br />
rápida para a produção <strong>de</strong> mudas.<br />
Objetivou-se com este trabalho avaliar os<br />
tipos <strong>de</strong> meio para a propagação <strong>in</strong> <strong>vitro</strong> da<br />
guapeva.<br />
MATERIAL E MÉTODOS<br />
Os experimentos foram conduzidos no<br />
Laboratório <strong>de</strong> Cultura <strong>de</strong> Tecidos do Instituto<br />
Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Educação, Ciências e Tecnologia <strong>de</strong><br />
<strong>Rio</strong> Ver<strong>de</strong> (IF - Goiano/ Câmpus <strong>Rio</strong> Ver<strong>de</strong>).<br />
As sementes <strong>de</strong> <strong>Guapeva</strong> foram coletadas<br />
no município <strong>de</strong> Montes Claros <strong>de</strong> Goiás (latitu<strong>de</strong><br />
S – 16º 06 '20”, longitu<strong>de</strong> W – 51º 17' 11', 466 m<br />
asl), e armazenadas no Laboratório <strong>de</strong> Cultura <strong>de</strong><br />
Tecidos Vegetais (LCTV-Cerrados).<br />
Foram germ<strong>in</strong>adas 100 sementes em<br />
ban<strong>de</strong>jas plásticas (50x35x8 cm) contendo areia<br />
grossa lavada e peneirada, como substrato. O<br />
controle fitossanitário das plântulas foi realizado<br />
com pulverizações <strong>de</strong> solução fungicida sistêmica<br />
<strong>de</strong> Derosal® a 0,2% do produto comercial.<br />
Qu<strong>in</strong>zenalmente, foram irrigadas com solução<br />
nutritiva composta pelos sais do meio MS<br />
(Murashige & Skoog, 1962).<br />
Os explantes retirados foram revestidos<br />
por gazes e mantidos em água corrente por 20<br />
m<strong>in</strong>, após os mesmos foram <strong>de</strong>s<strong>in</strong>fetados com<br />
1
imersão em álcool a 70% por 1 m<strong>in</strong>uto, seguido<br />
<strong>de</strong> solução <strong>de</strong> hipoclorito <strong>de</strong> sódio - NaOCl (água<br />
sanitária comercial - 2,5% <strong>de</strong> cloro ativo) com 2<br />
gotas <strong>de</strong> <strong>de</strong>tergente comercial por 15 m<strong>in</strong>utos e<br />
lavadas 4 vezes com água estéril e em seguida<br />
<strong>in</strong>oculados <strong>in</strong> <strong>vitro</strong>. Testaram-se dois tipos <strong>de</strong><br />
meios, (MS) <strong>de</strong> Murashige & Skoog (1962) e<br />
WPM <strong>de</strong> Lloy<strong>de</strong> & Malccown (1980), ambos na<br />
concentração <strong>de</strong> 25, 50, 75 e 100%.<br />
Em câmara <strong>de</strong> fluxo lam<strong>in</strong>ar os<br />
segmentos nodais foram <strong>in</strong>oculados em tubos<br />
contendo 20 mL <strong>de</strong> meio e vedados com tampa<br />
plástica. No preparo do meio sólido utilizou-se<br />
3,5g.L -1 <strong>de</strong> ágar. O pH foi ajustado para 5,7±0,3<br />
antes da autoclavagem. Padronizou-se a<br />
<strong>in</strong>oculação <strong>de</strong> um segmento nodal contendo uma<br />
gema cada.<br />
Os tubos foram mantidas em sala <strong>de</strong><br />
crescimento com temperatura <strong>de</strong> 25±2ºC, sob<br />
fotoperíodo <strong>de</strong> 16 horas, com radiação<br />
fotoss<strong>in</strong>tética ativa <strong>de</strong> 45-55 μmol.m-2.s -1 .<br />
O <strong>de</strong>l<strong>in</strong>eamento experimental foi<br />
<strong>in</strong>teiramente casualizado, composto por 8<br />
tratamentos e 5 repetições, cada repetição<br />
equivalente a 5 tubos. Avaliou-se o comprimento<br />
médio, o número <strong>de</strong> gemas e folhas e o<br />
comprimento foliar. Os dados numéricos foram<br />
avaliados estatisticamente, mediante análise <strong>de</strong><br />
variância com aplicação do teste F a 5% <strong>de</strong><br />
probabilida<strong>de</strong> e as médias, utilizando o teste <strong>de</strong><br />
Tukey, com auxílio do software SISVAR<br />
(FERREIRA, 2011).<br />
RESULTADO E DISCUSSÃO<br />
Tr<strong>in</strong>ta dias após a <strong>in</strong>oculação, os<br />
explantes orig<strong>in</strong>aram plântulas com folhas<br />
<strong>de</strong>senvolvidas, porém sem raízes. Houve gran<strong>de</strong><br />
<strong>in</strong>cidência <strong>de</strong> contam<strong>in</strong>ação por fungos, assim<br />
como gran<strong>de</strong> índice <strong>de</strong> oxidação dos segmentos<br />
nodais.<br />
Para a característica comprimento médio<br />
<strong>de</strong> plântula não houve diferença entre os tipos <strong>de</strong><br />
meio. Já para o número <strong>de</strong> gemas os tratamentos<br />
MS 75% e 50% foram superiores aos meios WPM<br />
50% e o meio MS 25%. No entanto, os meios<br />
WPM 100, 75 e 25%, e os meios MS 100% foram<br />
iguais a todos os tratamentos (Tabela 1).<br />
Quanto aos números <strong>de</strong> folhas também<br />
houve diferenças entre os tratamentos, sendo que<br />
os meios WPM 100% e 75% foram superiores ao<br />
meio WPM 50% e o meio MS 75%. Porém, o<br />
I Congresso <strong>de</strong> Pesquisa e Pós-Graduação do Câmpus <strong>Rio</strong> Ver<strong>de</strong> do IFGoiano.<br />
06 e 07 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2012.<br />
meio WPM 25% e os meios MS 100, 50 e 25%<br />
são iguais aos <strong>de</strong>mais tratamentos (Tabela 1).<br />
Em relação ao comprimento foliar, os<br />
meios WPM 75% e 25% e o meio MS 100%<br />
foram superiores aos meios MS (75, 50 e 25%) e<br />
o meio WPM 50%, sendo que o meio MS 100%<br />
foi igual a todos os tratamentos (Tabela 1).<br />
Tabela 1- Número <strong>de</strong> gemas, número <strong>de</strong> folhas,<br />
comprimento foliar e comprimento médio <strong>de</strong><br />
plântulas <strong>de</strong> <strong>Guapeva</strong>, <strong>Rio</strong> Ver<strong>de</strong>, 2012.<br />
* Médias seguidas <strong>de</strong> mesma letra nas colunas não diferem<br />
entre si pelo teste <strong>de</strong> Tukey a 5% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>.<br />
Em geral, para espécies lenhosas, a<br />
redução dos sais é benéfica para o crescimento<br />
das culturas (Assis, 2010), porém com os<br />
resultados obtidos verifica-se um comportamento<br />
diferente do esperado, pois se observa que o mais<br />
apropriado é utilizar tanto o meio MS, quanto o<br />
meio WPM em altas concentrações.<br />
CONCLUSÃO<br />
Para o cultivo <strong>in</strong> <strong>vitro</strong> <strong>de</strong> <strong>Pouteria</strong><br />
<strong>gardneriana</strong> <strong>in</strong>dica-se o meio MS em altas<br />
concentrações<br />
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />
ASSIS, K C. Propagação <strong>in</strong> <strong>vitro</strong> <strong>de</strong> anacardium<br />
othonianum rizz, uma espécie frutífera e<br />
medic<strong>in</strong>al do cerrado. 2010. 89 f. Dissertação<br />
(Mestrado em Agronomia) – Universida<strong>de</strong><br />
Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Goiás, 2010.<br />
FERREIRA, D. F. Sisvar: um sistema<br />
computacional <strong>de</strong> análise estatística. Ciência e<br />
Agrotecnologia, Lavras, v. 35, n. 6, p. 1039-<br />
1042, 2011.<br />
LLOYD, G.; McCOWN, B. Use of microculture<br />
for production and improvement of<br />
2
Rhodo<strong>de</strong>ndron spp. HortScience, Alexandria, v.<br />
15, p. 416, Aug. 1980. Abstract 321.<br />
MURASHIGE, T.; SKOOG, F.A. Revised<br />
medium for rapid growth and biossays with<br />
tobacco tissue cultures. Physiologia Plantarum,<br />
Copenhagen, v.15, p 473-479, 1962.<br />
I Congresso <strong>de</strong> Pesquisa e Pós-Graduação do Câmpus <strong>Rio</strong> Ver<strong>de</strong> do IFGoiano.<br />
06 e 07 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2012.<br />
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