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Valores de pH, acidez titulável e nitrogênio amoniacal da silagem ...

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I Congresso <strong>de</strong> Pesquisa e Pós-Graduação do Câmpus Rio Ver<strong>de</strong> do IFGoiano.<br />

06 e 07 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2012.<br />

VALORES DE <strong>pH</strong>, ACIDEZ TITULÁVEL E NITROGÊNIO<br />

AMONIACAL DA SILAGEM DE CAPIM-PIATÃ ENSILADA COM<br />

DIFERENTES NÍVEIS DE FARELOS ENERGÉTICOS<br />

TEIXEIRA, Daniel Augusto Alves (Estu<strong>da</strong>nte IC) 1 ; PERIM, Rozana Castro (Mestran<strong>da</strong>) 1 ;<br />

COSTA, Kátia Apareci<strong>da</strong> <strong>de</strong> Pinho (Orientadora) 1 ; FERNANDES, Patrick Bezerra<br />

(Estu<strong>da</strong>nte IC) 1 ; EPIFÂNIO, Patrícia Soares 1 (Colaboradora);<br />

CARVALHO, Walkíria Guimarães (Mestran<strong>da</strong>) 1<br />

1 Instituto Fe<strong>de</strong>ral Goiano – Campus Rio Ver<strong>de</strong> - GO. rozana.perim@gmail.com.<br />

RESUMO: Os farelos energéticos po<strong>de</strong>m ser utilizados como aditivos no processo <strong>de</strong> en<strong>silagem</strong> <strong>de</strong><br />

gramíneas tropicais, por apresentar fontes <strong>de</strong> energia, proteína e carboidratos solúveis. Nesse sentido,<br />

objetivou-se avaliar as características fermentativas, como <strong>pH</strong>, aci<strong>de</strong>z <strong>titulável</strong> e <strong>nitrogênio</strong> <strong>amoniacal</strong><br />

<strong>da</strong> <strong>silagem</strong> <strong>de</strong> capim-piatã ensilado com diferentes níveis <strong>de</strong> farelos energéticos. O experimento foi<br />

conduzido no Instituto Fe<strong>de</strong>ral Goiano, Campus Rio Ver<strong>de</strong>. O <strong>de</strong>lineamento experimental utilizado<br />

foi inteiramente casualizado, com cinco repetições, em esquema fatorial 4 x 5, sendo quatro farelos<br />

energéticos (milheto, milho, sorgo e trigo) e cinco níveis <strong>de</strong> adição (0, 8, 16, 24 e 32%). Os resultados<br />

<strong>de</strong>monstraram que os farelos apresentaram boa fonte <strong>de</strong> aditivos para processo <strong>de</strong> en<strong>silagem</strong>, por<br />

diminuir o valor <strong>de</strong> <strong>pH</strong> e o teor <strong>de</strong> <strong>nitrogênio</strong> <strong>amoniacal</strong>. A inclusão <strong>de</strong>sses aditivos na en<strong>silagem</strong> tem<br />

como função reduzir os riscos do processo, prevenindo as fermentações secundárias e aumentando o<br />

valor nutritivo <strong>da</strong> <strong>silagem</strong> produzi<strong>da</strong>. A inclusão <strong>de</strong> até 24% <strong>de</strong>sses aditivos é suficiente para manter<br />

uma <strong>silagem</strong> <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

INTRODUÇÃO<br />

A necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> aproveitamento do<br />

exce<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> pastagem produzi<strong>da</strong> durante as<br />

chuvas impulsionam os produtores a buscarem<br />

alimentos que visam melhoria no custo e que<br />

sejam <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, diante disto, uma alternativa<br />

viável seria a utilização <strong>de</strong>ste excesso <strong>da</strong>s<br />

pastagens na confecção <strong>de</strong> <strong>silagem</strong>,<br />

proporcionando um equilíbrio no ganho <strong>de</strong> peso<br />

dos bovinos no período seco do ano. Para que se<br />

tenha um bom resultado na <strong>silagem</strong> <strong>de</strong> gramíneas,<br />

e importante uso <strong>de</strong> aditivos, pois diminui os<br />

riscos do processo <strong>de</strong> en<strong>silagem</strong> e melhoram o<br />

valor nutritivo. Segundo McDonald (1991) o<br />

aditivo apresenta como funções: a estimulação ou<br />

inibição <strong>da</strong> fermentação; inibição <strong>da</strong><br />

<strong>de</strong>teriorização aeróbica; fornecimento <strong>de</strong><br />

nutrientes para melhorar o valor nutritivo <strong>da</strong><br />

<strong>silagem</strong> e redução <strong>da</strong>s per<strong>da</strong>s <strong>de</strong> nutrientes por<br />

efluentes <strong>de</strong>vido ao seu po<strong>de</strong>r absorvente. Dentre<br />

as várias alternativas <strong>de</strong> aditivos naturais, surgem<br />

os farelos energéticos que apresentam fontes ricas<br />

<strong>de</strong> energia, proteína e carboidrato solúvel, além<br />

<strong>de</strong> representarem uma alternativa para a melhoria<br />

<strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>silagem</strong>, corrigindo os baixos<br />

teores <strong>de</strong> matéria seca e contribuindo para uma<br />

melhor fermentação <strong>da</strong> <strong>silagem</strong>. Nesse sentido,<br />

objetivou-se avaliar características fermentativas<br />

como <strong>pH</strong>, aci<strong>de</strong>z <strong>titulável</strong> e <strong>nitrogênio</strong> <strong>amoniacal</strong><br />

<strong>da</strong> <strong>silagem</strong> <strong>de</strong> capim-piatã ensilado com<br />

diferentes níveis <strong>de</strong> farelos energéticos.<br />

MATERIAL E MÉTODOS<br />

O experimento foi conduzido no Instituto<br />

Fe<strong>de</strong>ral Goiano, Campus Rio Ver<strong>de</strong>. O capimpiatã<br />

já se encontrava estabelecido numa área <strong>de</strong><br />

aproxima<strong>da</strong>mente <strong>de</strong> 180 m 2 para a produção <strong>de</strong><br />

<strong>silagem</strong>. O solo foi classificado como Latossolo<br />

Vermelho distrófico, <strong>de</strong> textura argilosa.<br />

Realizou-se um corte <strong>de</strong> uniformização na área, e<br />

em segui<strong>da</strong> realizou-se adubação <strong>de</strong> manutenção<br />

com 80 kg <strong>de</strong> N e 50 kg <strong>de</strong> K2O, em cobertura,<br />

nas fontes <strong>de</strong> sulfato <strong>de</strong> amônio e cloreto <strong>de</strong><br />

potássio. O <strong>de</strong>lineamento experimental utilizado<br />

foi o inteiramente casualizado, com cinco<br />

repetições, em esquema fatorial 5 x 4, sendo<br />

quatro farelos energéticos (milho, milheto, sorgo<br />

e trigo) e cinco níveis (0, 8, 16 e 24 e 32%). Para<br />

a en<strong>silagem</strong> o capim-piatã foi colhido aos 45 dias,<br />

após a adubação <strong>de</strong> manutenção, a 20 cm do nível<br />

do solo, utilizando-se roça<strong>de</strong>ira costal.<br />

1


Posteriormente a forrageira foi pica<strong>da</strong>, em<br />

pica<strong>de</strong>ira estacionária, em partículas <strong>de</strong> 10 a 30<br />

mm. Em segui<strong>da</strong> o material foi homogeneizado<br />

com os farelos, <strong>de</strong> acordo com os diferentes<br />

níveis <strong>de</strong>terminado e armazenado em silos<br />

experimentais <strong>de</strong> PVC. Logo após foram<br />

armazenados à temperatura ambiente e protegidos<br />

<strong>da</strong> chuva e luz solar. Após 60 dias <strong>de</strong><br />

fermentação, os silos foram abertos e a porção<br />

central do silo foi homogeneiza<strong>da</strong> e coloca<strong>da</strong> em<br />

ban<strong>de</strong>jas <strong>de</strong> plástico. Parte <strong>da</strong> <strong>silagem</strong> in natura<br />

após abertura dos silos foi separa<strong>da</strong> para ser<br />

analisados os parâmetros fermentativos como <strong>pH</strong>,<br />

aci<strong>de</strong>z <strong>titulável</strong> e <strong>nitrogênio</strong> <strong>amoniacal</strong> em relação<br />

ao <strong>nitrogênio</strong> total (N-NH3/NT) <strong>de</strong> acordo com a<br />

metodologia <strong>de</strong>scrita por Silva e Queiroz (2002).<br />

Os <strong>da</strong>dos foram submetidos à análise <strong>de</strong> variância<br />

e as médias foram compara<strong>da</strong>s pelo teste Tukey a<br />

5% <strong>de</strong> probabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, utilizando-se o programa<br />

estatístico SISVAR 4,6.<br />

RESULTADO E DISCUSSÃO<br />

Os valores <strong>de</strong> <strong>pH</strong>, aci<strong>de</strong>z <strong>titulável</strong> e teores<br />

<strong>de</strong> N-NH3/NT foram influenciados (P


elação do <strong>pH</strong> e do ácido láctico, sendo que a<br />

análise <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>z <strong>titulável</strong> indica o aspecto geral<br />

<strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> fermentativa <strong>de</strong> ensilados, que<br />

influência no sabor, odor, cor e estabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, por<br />

estar diretamente relaciona<strong>da</strong> com os ácidos que<br />

<strong>de</strong>terminam o <strong>pH</strong>, especialmente o ácido lático.<br />

Os teores <strong>de</strong> N-NH3/NT também é um<br />

bom indicativo <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>silagem</strong><br />

auxiliando no processo fermentativo. Verifica-se<br />

na Tabela 1, que houve redução nos teores <strong>de</strong> N-<br />

NH3/NT para todos os farelos estu<strong>da</strong>dos à medi<strong>da</strong><br />

que aumentou os níveis dos aditivos. A adição <strong>de</strong><br />

32% proporcionou redução <strong>de</strong> 3,48; 4,38; 3,75 e<br />

3,72 uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s percentuais em relação ao nível<br />

zero para os farelos <strong>de</strong> milheto, milho, sorgo e<br />

trigo, respectivamente. Esses resultados indicam<br />

que houve diminuição <strong>da</strong> <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> proteína<br />

bruta <strong>da</strong> <strong>silagem</strong> e estão correlacionados com os<br />

maiores teores <strong>de</strong> MS, que segundo Teixeira et al.<br />

(2008) este fator reduz a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> bactérias do<br />

gênero Clostridium, promotoras <strong>da</strong> proteólise e <strong>da</strong><br />

liberação do N-NH3/NT durante o processo <strong>de</strong><br />

en<strong>silagem</strong>. Epifânio et al. (2012) relataram que<br />

os maiores teores <strong>de</strong> <strong>nitrogênio</strong> <strong>amoniacal</strong>(N-<br />

NH3/NT) na <strong>silagem</strong> sem adição dos farelos<br />

protéicos <strong>de</strong>ve-se ao menor conteúdo <strong>de</strong><br />

carboidratos prontamente fermentescíveis, ao<br />

menor teor <strong>de</strong> MS e à maior capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> tampão,<br />

característicos em gramíneas forrageiras.<br />

Comparando os níveis <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> ca<strong>da</strong><br />

aditivo, verifica-se que no nível zero, 24 e 32% os<br />

teores <strong>de</strong> N-NH3/NT foram semelhantes entre os<br />

farelos estu<strong>da</strong>dos. Já no nível <strong>de</strong> 8% os farelos <strong>de</strong><br />

sorgo e trigo, diferenciaram-se dos farelos <strong>de</strong><br />

milheto e milho. E no nível <strong>de</strong> 16% apenas o<br />

farelo <strong>de</strong> milho diferenciou-se do farelo <strong>de</strong> trigo.<br />

Entretanto, po<strong>de</strong>-se afirmar que todos os<br />

materiais ensilados apresentaram valores<br />

compatíveis com o que se preconiza para uma<br />

<strong>silagem</strong> <strong>de</strong> boa quali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Até mesmo nos<br />

tratamentos sem adição dos aditivos, os teores <strong>de</strong><br />

N-NH3/NT são consi<strong>de</strong>rados aceitáveis na<br />

<strong>silagem</strong>, que apresentaram teores variando entre<br />

os farelos <strong>de</strong> 4,53 a 4,20%. Esses teores<br />

mantiveram-se inferior a 10% indicando que a<br />

<strong>silagem</strong> apresenta boa quali<strong>da</strong><strong>de</strong> para este<br />

parâmetro <strong>de</strong> acordo com Tomich et al. (2004).<br />

Isso indica que o processo <strong>de</strong> fermentação não<br />

resultou em quebra excessiva <strong>da</strong> proteína em<br />

amônia (Van Soest, 1994).<br />

I Congresso <strong>de</strong> Pesquisa e Pós-Graduação do Câmpus Rio Ver<strong>de</strong> do IFGoiano.<br />

06 e 07 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2012.<br />

CONCLUSÃO<br />

A utilização dos aditivos <strong>de</strong> farelos<br />

energéticos como o milho, milheto, sorgo e trigo.<br />

no processo <strong>de</strong> en<strong>silagem</strong> <strong>de</strong> capim-piatã<br />

melhorou a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>silagem</strong>. Sendo que o<br />

farelo <strong>de</strong> trigo foi o mais eficiente. A inclusão <strong>de</strong><br />

até 24% <strong>de</strong>sses aditivos é suficiente para manter<br />

uma <strong>silagem</strong> <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

EPIFANIO, P. S.; COSTA, K.A.P.; PERIM,<br />

R.;BEZERRA, P.; TEIXEIRA, D. A. A.; ANTONIO,<br />

P. Características fermentativas <strong>da</strong> <strong>silagem</strong> <strong>de</strong> capimpiatã<br />

ensilado com diferentes níveis <strong>de</strong> farelos <strong>da</strong><br />

indústria do biodiesel. In: 49 Reunião Anual <strong>da</strong><br />

Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Zootecnia, 2012, Brasilia-DF.<br />

Anais....Brasilia-DF. 2012.<br />

McDONALD, P.; HENDERSON, A.R.; HERON,<br />

S.J.E. The biochemistry of silage. 2.ed. Bucks:<br />

Chalcombe Publications, 1991. 340p.<br />

SILVA, D.J.; QUEIROZ, A.C. Análise <strong>de</strong><br />

alimentos (métodos químicos e biológicos). 3.<br />

ed. Viçosa: Imprensa Universitária <strong>da</strong> UFV, 2002.<br />

235p.<br />

TEIXEIRA, F.A.; VELOSO, C.M.; PIRES, A.J. et<br />

al. Per<strong>da</strong>s na en<strong>silagem</strong> <strong>de</strong> capim-elefante<br />

aditivado com farelo <strong>de</strong> cacau e cana-<strong>de</strong>-açúcar.<br />

Arquivo Brasileiro <strong>de</strong> Medicina Veterinária e<br />

Zootecnia, v.60, n.1, p.227-233, 2008.<br />

TOMICH, T. R.; RODRIGUES, J.A.S.;<br />

TOMICH, R.G.P. et al. Potencial forrageiro <strong>de</strong><br />

híbridos <strong>de</strong> sorgo com capim-sudão. Arquivos<br />

Brasileiros <strong>de</strong> Medicina Veterinária e<br />

Zootecnia, v. 56, n. 2, p. 258-263, 2004.<br />

VAN SOEST, P.J. Nutritional ecology of the<br />

ruminant. 2 ed. Ithaca: Cornell, 1994. 476p.<br />

3

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