graal e lanca.pdf - Agricultura Celeste
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A Lança e o Graal<br />
ordem situava-se na medieval Torre de Castro Marim, no Algarve. Entretanto,<br />
em 1357, no reinado de Pedro I (1357-1367), a Ordem mudou-se para a cidade<br />
de Tomar, antigo local onde situara-se a Ordem Templária em Portugal,<br />
durante a liderança de D. Nuno Rodrigues – sexto Grão Mestre da Ordem.<br />
O último Grão Mestre eleito foi D. Lopo Dias de Sousa que morreu em<br />
1417. Neste tempo o Rei João I casou-se com a Rainha Philippa de Lancaster,<br />
requisitou ao Papa o Ofício de Governador a favor de seu filho, o Príncipe<br />
Henrique, o Navegador.<br />
E 1420, o Príncipe Henrique assumiu, com aprovação papal, a<br />
administração da Ordem com o título de Governador, assim iniciando um<br />
novo período que tornou-se brilhante na história da Ordem, ligando seu<br />
destino às grandes descobertas marítimas.<br />
Durante seu governo, a Ordem foi reformada por João, Bispo de<br />
Lamego, com aprovação do Papa Eugene IV. Ao príncipe Henrique sucedeu,<br />
na governância da Ordem, seu sobrinho e filho adotivo, Príncipe Ferdinando,<br />
filho do Rei Eduardo I, que morrera em 1470.<br />
Em 1484, Emmanuel, Duque de Beja, tornou-se o Décimo Primeiro<br />
Governador da Ordem, e foi eventualmente reconhecido como Grão Mestre,<br />
pela Bula Papal “Constante Fide”, após sentar-se no trono de Portugal em<br />
1495. Substituiu-o seu filho João III.<br />
Entretanto, em 1551, após o falecimento do príncipe Jorge, Duque de<br />
Coimbra (um filho bastardo do Rei João III) – Mestre das Ordens de Avis e St.<br />
James, concedeu “in perpetuum”, o Grão Mestrado de todas as Ordens<br />
Militares à Coroa.<br />
Em 1523, João III foi a Tamar e fundou um Capítulo da Ordem tendo<br />
conferido a frei Antonio de Lisboa a responsabilidade de reformar a Ordem.<br />
Novos estatutos foram aprovados. Assim, a Ordem tornou-se Regular.<br />
Em 1789, a Rainha Maria I reformou e secularizou as três tradicionais<br />
Ordens Militares com aprovação do Papa Pio VI, o qual, através a bula<br />
“Qualqunque a Majoribus”, confirmou o Grão Mestrado das Ordens à Coroa<br />
Portuguesa, permitindo à Rainha reformar a Ordem Militar de Cristo.<br />
Portanto, a Ordem tornou-se uma mera Ordem de Cavalaria de natureza<br />
aristocrática.<br />
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