graal e lanca.pdf - Agricultura Celeste
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A Lança e o Graal<br />
graus subalternos foram postos em liberdade logo após terem sido<br />
aprisionados.<br />
A Ordem foi dissolvida a mando do Papa. Grande número de Cavaleiros<br />
passaram para a Ordem dos Hospitaleiros, mas a maioria para a Ordem de<br />
Cristo, sendo esta oficialmente herdeira dos bens do Templo. Outros<br />
Cavaleiros tornaram-se padres regulares, outros tantos retornaram à Terra<br />
Santa, ligando-se à diversas fraternidades secretas daquela região. Porém, um<br />
outro grupo voltou ao estado leigo, escolhendo ganhar a vida exercendo uma<br />
profissão remunerada. Parece que alguns destes encontraram uma ocupação<br />
dentro da “Corporação dos Construtores” – A Maçonaria Operativa.<br />
É extremamente difícil afirmar-se categoricamente a não existência de<br />
um Círculo Templário Oculto, e de ter sido o possuidor de importantes<br />
segredos. De quem, portanto, receberam os Templários seus conhecimentos<br />
esotéricos, se é que eram esotéricos e não de uma natureza muito além de<br />
nossa imaginação? A resposta, talvez, possa ser encontrada nos contatos que<br />
os Templários tiveram com inúmeras outras ‘organizações’ místicas, durante<br />
a permanência em terras do Oriente Médio durante mais de duzentos anos.<br />
Não nos referimos aqui somente à Ordem dos Assassinos, mas também<br />
aquelas dos Drusos, Dervixes, etc.<br />
Etimológicamente falando, liga-se o nome “Assassinos” a uma<br />
corriqueira explicação, ou seja: que o nome deriva-se de “haxixe”; dai<br />
“axaxino” (ou assassino) sendo aquele que “come” ou fuma haxixe, porque,<br />
explica-se, o Grão Mestre dos Assassinos garantia uma fanática obediência de<br />
seus comandados mediante o uso daquele alucinógeno.<br />
Há, porém, uma outra corrente afirmando que o nome deriva-se da<br />
palavra árabe Assass, significando “vigia”, “guardião”, etc. Os assassinos<br />
teriam sido, neste contexto, “Os Guardiões” da Terra Santa. Desta forma os<br />
Assassinos formavam uma Organização Militar Religiosa, uma Cavalaria<br />
Muçulmana, cujos fitos coincidiam perfeitamente com aqueles dos<br />
Templários, quais sejam: combate aos infiéis, defesa da Terra Santa, não<br />
materialmente falando, mas também de uma forma espiritual e iniciática.<br />
Tanto os Templários quanto os Assassinos observavam uma rigorosa<br />
hierarquia, e eram totalmente submissos ao, assim chamado, Velho da<br />
Montanha. Quem era, ou o que foi este “Velho da Montanha”? Até hoje não<br />
sabemos.<br />
Em 1128, seis dos nove (dez contando com o Conde de Champagne)<br />
Cavaleiros originais que habitaram o Templo de Salomão em Jerusalém,<br />
durante nove anos, regressaram à França “para conseguirem a aprovação e os<br />
estatutos da Ordem no Concílio de Troyes. Foram eles: Hugo de Payens,<br />
Mondidier, Archambaud de Saint-Amand, Geoffroy Bisol, Rozal e Gondefroy.<br />
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