A SEGUNDA MORTE - Comunidades
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A <strong>SEGUNDA</strong> <strong>MORTE</strong><br />
perdidas e se afogam no álcool em companhia de espíritos atrasados,<br />
inferiores e quase sempre, sem nenhuma qualificação. É doloroso ver, à noite,<br />
o terrível espetáculo dos seres decaídos do submundo da Terra. Homens de<br />
elevada posição social, respeitados na vida comum, são na realidade mendigos<br />
espirituais e réprobos na vida espiritual noturna. Aí se libertam de toda a<br />
coação moral e se transformam nos monstros espirituais que, a carne encobre.<br />
Expressam toda a medonha realidade da própria alma.<br />
Alguns se entregam a um sofrimento sem limites, porque, não querendo errar,<br />
erram compelidos pela necessidade que não podem satisfazer. O lar é sempre<br />
o refúgio das almas e o abrigo, onde encontram proteção, de modo a se<br />
defenderem de si mesmos, amparados por aqueles que as amam e que, com<br />
elas convivem. Não é à toa que, o Instituto do casamento impõe exigências<br />
rigorosas. Os espíritos que se reúnem no recesso do lar, gozam de proteção<br />
especial, a fim de uns colaborarem para construir a fortaleza dos outros, de<br />
modo a fornecer-lhes as armas de defesa de suas conquistas milenares.<br />
Aí, é que cumprem as mais duras provas e se exercitam os melhores meios de<br />
proteção, afastando os seres dos vícios e das fraquezas da Terra, preparandoos<br />
para as ascensões gloriosas do Espírito Eterno!<br />
Eu ainda meditava nessas coisas, quando ouvi Apolónio, que dizia:<br />
— Prepare-se, estamos chegando.<br />
De fato, aproximávamo-nos do Portal do Sol e já apareciam, à distância, os<br />
seus magníficos jardins de luz, de um sol colorido, que não se vê na Terra, e<br />
nem permite, a atmosfera terrestre. Assim que pousámos no solo do Portal,<br />
avistámos Platão que, andando lentamente, como se estivesse na Grécia,<br />
meditava. Vimos de longe que estava profundamente concentrado, porque, de<br />
sua cabeça, sublime luz de todas as cores inimagináveis, se irradiava. Por<br />
onde passava, ia deixando um longo rastro de luz.<br />
7 - O Sábio<br />
Recebeu-nos com alegria, suave e sincera. Como sempre, abraçou-nos. Seus<br />
olhos, de um azul profundo, guardavam carinho e doçura. Os jardins do Portal<br />
eram imensos e se perdiam na distância, colorindo o espaço com a luz de mil<br />
cores.<br />
Disse-nos, com bondade:<br />
— Já obtive de nosso irmão Francisco autorização para a entrada e visita de<br />
vocês, no Portal.<br />
Contemplei a enorme construção de linhas diferentes, à nossa frente. Subia-se<br />
por uma rampa que desaparecia para dentro do edifício, que era todo de uma<br />
espécie de plástico rosa e nos dava uma ideia, de leveza e transparência. Ali<br />
não via as construções pesadas da Terra. Tudo era, leve e transparente.<br />
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