17.04.2013 Views

A SEGUNDA MORTE - Comunidades

A SEGUNDA MORTE - Comunidades

A SEGUNDA MORTE - Comunidades

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

17 - Aprendendo Mais<br />

A <strong>SEGUNDA</strong> <strong>MORTE</strong><br />

Surpreendi-me a mim mesmo, sentindo que, naquelas regiões, além de respirar<br />

ou absorver melhor o ar, bem diferente, é verdade, do sistema das regiões do<br />

mundo. Meu raciocínio também era mais ágil e mais fácil. As imagens e os<br />

pensamentos entravam e saíam mais rápidos, em minha casa mental. Parecia,<br />

a mim mesmo, um outro ser. Tudo era claro e perfeito. Altino e Apolónio<br />

semelhavam, para mim, dois pássaros de beleza fantástica!<br />

Súbito, notei que diminuíram a velocidade, com que haviam partido do riacho<br />

do Oásis. Descemos em pequena elevação, muito clara, onde alguns Espíritos<br />

estacionavam.<br />

Altino alertou-me para o fato de que Apolónio, iria se despedir:<br />

— Kalicrates — falou —, aqui nos despedimos de Apolónio.<br />

Abraçou-o e deu-lhe um beijo.<br />

— Obrigado querido Irmão, por tudo. Seja feliz.<br />

Apolónio também me chamou e nos despedimos. Em breve, Apolónio viajaria<br />

em outra direção, e nós, continuámos a descida mais devagar. Aproveitei para<br />

fazer perguntas ao Espírito, já que éramos íntimos, como Pai e Filho. Na<br />

verdade, considerava-o meu Pai Espiritual, pois fora ele que, há milénios, me<br />

iniciara na Vida Espiritual e comigo convivia diuturnamente.<br />

Realmente, eu o amava. Sentia por minha vez, o profundo amor que me<br />

dedicava, tudo renascido na Terra e suportado os apuros do mundo, muitas<br />

vezes, por minha causa. Agora, éramos felizes juntos. Todo conhecimento que<br />

possuía viera dele ou por providência dele. Todos os Espíritos elevados,<br />

inclusive, as palavras dos Mestres e a amizade que agora possuíamos, foram<br />

por intercessão sua. Conduzira e apresentara a amigos seus que passaram a<br />

ter, para comigo, consideração especial, por causa dele e dos quais, por mim<br />

mesmo, eu não poderia aproximar-me.<br />

Fora, na realidade, meu avalista nessas coisas e nunca esperou de mim<br />

retribuição, à altura ou correspondente. Em verdade, sempre me tratou, dandome<br />

mais do que eu merecia. Por isso, sentia que era mais do que um irmão,<br />

era um verdadeiro Pai e eu ainda não sabia porque tanta dedicação e amor!<br />

Pensava nessas coisas, quando ele me falou:<br />

— Meu filho, um dia saberá. Na Terra é que colocamos o nosso coração, as<br />

nossas lutas, os nossos sofrimentos, as nossas dores e o nosso amor. Na<br />

Grécia, e em Roma, principalmente, se situam a nossa glória e a nossa<br />

descendência. Falaremos disso tudo, um dia!<br />

E dizendo isso, me abraçou carinhosamente. Por nós, passavam veículos<br />

estranhos, conduzindo passageiros, Espíritos que seguiam a rota das Estrelas<br />

e buscavam, na imensidade, os espaços sem fim do Infinito! Nós, contudo,<br />

agora íamos, volitando normalmente, encontrando, aqui e ali, caravanas de<br />

Espíritos, que volitavam como nós. De vez em quando surgiam algumas<br />

libélulas, que eu ainda surpreendido, contemplava muito admirado.<br />

53

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!