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A SEGUNDA MORTE - Comunidades

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A <strong>SEGUNDA</strong> <strong>MORTE</strong><br />

Cristo. De fato, se vermos com os olhos do passado e o pensamento do mundo<br />

moderno, poderia ser considerado quase, um materialista. Mas não era. Ele<br />

apenas buscava a verdade, despreocupado do Espírito, por isso, como todos<br />

nós, foi considerado estacionado no Tempo, que é apenas uma longa espera,<br />

até que, despertasse para as coisas espirituais.<br />

Na Terra, junto com Demócrito, pode ser hoje considerado um dos pais da<br />

Ciência, pela maneira positiva de ver os assuntos. Afinal, meu filho, todos nós,<br />

que estacionamos aqui, estamos estudando e aguardando mais evolução para<br />

nos transferirmos para o Portal da Luz, onde reina e permanece Jesus Cristo.<br />

Essas revelações, aparentemente simples, caíram-me na alma como o orvalho<br />

da manhã, na corola da flor. Quedei-me, pensativo, e Platão, enlaçou-me os<br />

ombros carinhosamente com seus braços de pai.<br />

8 - Ainda nos Jardins - O Amor Espiritual<br />

Os jardins irradiavam muita luz e beleza, não havíamos visto nada igual. Platão<br />

era uma figura impressionante e bela. Exercia, sobre nós, uma estranha e<br />

esquisita atração. Tínhamos o sentimento de que, ao mesmo tempo que nos<br />

atraia e empolgava, aquela atração, que se irradiava dele, com uma força que<br />

nos acorrentava, era como a claridade que iluminasse um quarto escuro, onde<br />

os móveis velhos e as roupas sujas, que ali estavam, surgiam à claridade com<br />

toda a sua hediondez e mediocridade. Ele nos iluminava por dentro e víamos,<br />

então, a pobreza da alma e as deficiências do próprio espírito. Sentíamo-nos<br />

tão pequenos e insignificantes, diante de sua grandeza. Não nos sentíamos<br />

humilhados, mas compreendíamos melhor a nossa pequenez.<br />

Ele, no entanto, exibia uma humildade ou simplicidade, a toda prova. Enquanto<br />

pensava nessas coisas, compreendendo ou vendo as minhas indagações, o<br />

Sábio disse:<br />

— Meu filho, eu, nada sou. Só o Senhor é tudo em todas as coisas. Aqui, há<br />

criaturas melhores do que eu: veja Francisco, que nos dirige, na sua humildade<br />

e amor às criaturas.<br />

Mas eu ainda não vi Francisco, pensei silenciosamente:<br />

— Mas verá, um dia! E aí, os seus olhos hão-de contemplar a luz do Senhor!<br />

Então compreendi a imensa humildade de Platão e percebi, que nas esferas<br />

espirituais mais elevadas, a humildade parecia ser norma geral. Platão tornou a<br />

falar:<br />

— Meu filho, só se chega até aqui, pela humildade de coração e de espírito.<br />

Não há outro meio, a não ser em viagem, acompanhado de um Ser Superior ou<br />

à sombra da evolução dele. Como, entre discípulo e mestre, vi logo que, com<br />

toda a delicadeza, se referia ao meu caso e me envergonhei.<br />

— Não se envergonhe — disse Ele ainda, lendo-me o pensamento. —<br />

Humildade não se aprende, é resultado da evolução, conquista laboriosa do<br />

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