A SEGUNDA MORTE - Comunidades
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A <strong>SEGUNDA</strong> <strong>MORTE</strong><br />
Altino e Apolónio, com certeza, viam claramente as cenas que desfilavam na<br />
minha mente porque exibiam uma fisionomia de compreensão, entendimento e<br />
boa vontade, como se eu não passasse de uma criança embebida em<br />
extraordinárias e inocentes descobertas.<br />
— Na realidade, é isso — explicou o Instrutor —, conforme a palavra de Paulo:<br />
somos crianças que ainda necessitam se alimentar de leite. Não temos<br />
condições de aceitar informações mais elevadas. As revelações só poderiam<br />
ser transmitidas gradativamente e por imagens, por comparação. A palavra<br />
humana, ainda é muito precária e pode confundir. O Homem infelizmente, pela<br />
sua vaidade, quer sempre mais, esquecido de que muita vaidade pode<br />
conduzi-lo à loucura! Para compreender certos ensinamentos mais elevados é<br />
preciso possuir evolução maior.<br />
Realmente, quando atingimos um grau maior de evolução, compreendemos<br />
claramente o sentido oculto do ensinamento, como se víssemos, através da<br />
casca, o coco por dentro. O sentido oculto salta para fora. A cada grau de<br />
evolução, revela os ensinamentos dessa evolução, ensinados por Espíritos<br />
detentores de evolução correspondente. Por mais que alguém se esforce, não<br />
compreenderá senão o ensinamento que corresponda à sua própria evolução.<br />
Se insistir, entrará em confusão. O seu Espírito só aceita tranquilamente o que<br />
pode assimilar. Aí, seria o caso de dizer: A cada um será dado de acordo com<br />
a sua evolução. "Deus não dá pedra a quem pede pão ".<br />
Meu filho, também não dá entendimento a quem não pode assimilar. E para<br />
evoluir mais, é preciso trabalhar mais em si mesmo.<br />
* * *<br />
De repente, parámos numa espécie de casas, onde ligeira corrente de água<br />
pura ou elemento semelhante corria ligeiro e os dois amigos espirituais<br />
sorveram em copos de lírios, que brotavam às margens e me ofereceram um<br />
cálice. Senti, ao tomar, a leveza do líquido e a delicadeza do copo de lírio, e<br />
imediatamente, penetrou-me o ser, uma estranha força e a respiração voltou<br />
com facilidade. Parecia que, na verdade, respirava por todo o organismo e<br />
comecei a perceber que na realidade, o Espírito respira ou aspira de modo<br />
diferente da maneira como respira nas faixas propriamente da Terra.<br />
Na Crosta ou nas colónias próximas do orbe terrestre, o nariz, em verdade, ali,<br />
servia para conformar a criatura. Características das regiões semelhantes ao<br />
nosso mundo e das galáxias iguais ou pouco acima da nossa. Altino, lendo-me<br />
o pensamento, acrescentou:<br />
— Meu filho, mas além do Portal da luz não é assim!<br />
— Portal da Luz?! — Indaguei respeitosamente.<br />
— Já não lhe falámos do Portal da Luz?<br />
— Bem, não me lembro... Talvez...<br />
Altino olhou-me surpreendido:<br />
— É possível, mostra-se tão surpreso! Meu filho, o Portal da Luz, seria como<br />
uma grande marca definindo o Além e o Além do Além. Dá para entender?<br />
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