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bullyng nas aulas de educação física: a homossexualidade em foco

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SEMINÁRIO INTERNACIONAL ENLAÇANDO SEXUALIDADES<br />

Educação, Saú<strong>de</strong>, Movimentos Sociais, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos<br />

20 a 31 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2009<br />

Salvador - BA<br />

Quando perguntamos aos respon<strong>de</strong>ntes se eles já sofreram bullying, 19 alunos (56%)<br />

respon<strong>de</strong>ram que sim e 15 alunos (44%) respon<strong>de</strong>ram que não.<br />

Lamentavelmente, as práticas <strong>de</strong> intimidação (Bullying) ainda são realida<strong>de</strong> <strong>nas</strong> escolas. Em<br />

virtu<strong>de</strong> disto, é necessário que algumas atitu<strong>de</strong>s sejam tomadas para que estas práticas diminuam e<br />

<strong>de</strong>ix<strong>em</strong> <strong>de</strong> existir.<br />

Neste sentido, questionamentos que nos possibilit<strong>em</strong> algumas reflexões, são <strong>de</strong> fundamental<br />

importância. Um <strong>de</strong>stes questionamentos é se existe uma visão compartilhada entre os m<strong>em</strong>bros da<br />

escola, pais/responsáveis, gestores e alunos, sobre o que são práticas <strong>de</strong> intimidação.<br />

A partir <strong>de</strong>ste questionamento po<strong>de</strong>mos admitir que o estar consciente <strong>de</strong> um fato é <strong>de</strong><br />

primordial importância, pois alguns fatos discriminatórios são tão banalizados que se inser<strong>em</strong> na<br />

normalida<strong>de</strong> do cotidiano. Aquele velho hábito <strong>de</strong> caçoar <strong>de</strong>ste(a) ou daquele(a) aluno(a) por vários<br />

dias, meses e anos seguidos já po<strong>de</strong> ter virado uma coisa banal, uma rotina, e o pior, ser aceito com<br />

naturalida<strong>de</strong> por todos <strong>em</strong> volta. Por isso, o esclarecimento do que v<strong>em</strong> a ser o bullying e suas<br />

conseqüências <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser divulgadas e, sua prática combatida, principalmente <strong>nas</strong> escolas.<br />

Levando <strong>em</strong> consi<strong>de</strong>ração este fato supracitado as intimidações po<strong>de</strong>riam ser vistas como<br />

um aspecto que potencialmente acompanha as relações <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r e estão ligadas à violência verbal,<br />

<strong>em</strong>ocional e também <strong>física</strong>.<br />

Será que a ameaça <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> uma amiza<strong>de</strong> e os comentários e comportamentos racistas,<br />

machistas, contra homossexuais e <strong>de</strong>ficientes também seriam vistos como aspectos <strong>de</strong> intimidação?<br />

Quando estes comentários acontec<strong>em</strong> entre os m<strong>em</strong>bros da escola entre si, entre eles e alunos, entre<br />

eles e os pais/responsáveis, e entre os alunos, qual seria a atitu<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quada a ser tomada? Se houver<br />

práticas <strong>de</strong> intimidação neste sentido, existiriam políticas claras sobre práticas <strong>de</strong> intimidação que<br />

<strong>de</strong>lineass<strong>em</strong> <strong>em</strong> <strong>de</strong>talhes os comportamentos aceitáveis e inaceitáveis na escola e a linguag<strong>em</strong><br />

<strong>de</strong>stas políticas seriam compreendidas pelos m<strong>em</strong>bros da escola, por estudantes e<br />

pais/responsáveis?<br />

A preocupação sobre este assunto se esten<strong>de</strong> <strong>de</strong> tal forma que po<strong>de</strong>ríamos questionar se<br />

exist<strong>em</strong> na escola pessoas disponíveis, com qu<strong>em</strong> meninos e meni<strong>nas</strong> possam discutir probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong><br />

intimidação e sentir<strong>em</strong>-se apoiados e se estes alunos sab<strong>em</strong> a qu<strong>em</strong> recorrer <strong>em</strong> caso <strong>de</strong><br />

experimentar<strong>em</strong> assédio.<br />

Outra questão é se a escola, exercendo o seu papel educativo, promove estratégias para<br />

prevenir e minimizar as práticas <strong>de</strong> intimidação e mantém registros claros sobre incidências <strong>de</strong><br />

intimidação.<br />

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