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40<br />
TAO TE CHING<br />
IV<br />
O Poço Sem Fonte<br />
1. O Tao se assemelha ao Vazio do Espaço; para empregá-lo,<br />
devemos evitar a criação de gânglios. Ó Tao, quão grande és Tu,<br />
o Abismo dos Abismos, tu o Pai Santo e Secreto de todas as Paternidades<br />
das Coisas 42 !<br />
2. Tornemos nossa afiadez sem fio 43 ; desprendamo-nos de<br />
nossos complexos 44 ; reduzamos 45 nosso brilho à obscuridade geral.<br />
Ó Tao, quão quieto és tu, quão puro, contínuo além do Céu!<br />
3. Este Tao não tem Pai; está além de todas as outras concepções,<br />
mais alto do que o altíssimo.<br />
42<br />
Consulte CCXX I:22, “Que não se faça diferença entre vós e uma coisa & qualquer<br />
outra coisa”. A inegualdade (uma ilusão) e a desordem se resultam necessariamente da<br />
retirada da homogeneidade.<br />
43<br />
Pois a afiadez implica em uma concentração.<br />
44<br />
Pois estes são o gânglio do pensamento, que devem ser destruídos.<br />
45<br />
Sobre o mesmo princípio.<br />
Veja também a doutrina em CCXX [I:52] quanto às “marcas do espaço”. As estrelas são<br />
manchas, por assim dizer, sobre a continuidade de Nuit.