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A RELAÇÃO ENTRE A MOTIVAÇÃO E A ROTATIVIDADE DE ...

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RESUMO<br />

A <strong>RELAÇÃO</strong> <strong>ENTRE</strong> A <strong>MOTIVAÇÃO</strong> E<br />

A <strong>ROTATIVIDA<strong>DE</strong></strong> <strong>DE</strong> FUNCIONÁRIOS EM UMA EMPRESA<br />

Elaine Schweitzer<br />

Graduanda do Curso de Hotelaria<br />

Faculdades Integradas ASSESC<br />

Em tempos de globalização, a troca de informações e conhecimentos proporciona a todos<br />

grandes possibilidades. Esse “caminho aberto” provoca uma verdadeira corrida por melhores<br />

oportunidades e causa uma grande taxa de rotatividade nas empresas. Mas, esses índices não<br />

crescem somente por este motivo. Há uma série de fatores que influenciam no agravamento<br />

deste problema. Por um lado, vemos as pessoas, que em busca de uma vida melhor, buscam<br />

novos conhecimentos e oportunidades. Por outro lado, está a empresa, que procura buscar<br />

sempre o melhor qualificado e muitas vezes acaba por demitir alguns de seus funcionários,<br />

substituindo-os por outros mais bem preparados. A motivação de um funcionário está<br />

diretamente ligada às taxas de rotatividade de cada empresa entre outros fatores. Uma grande<br />

rotatividade gera insegurança e desmotiva o pessoal, que passa a exercer suas tarefas com<br />

menos dedicação.<br />

Palavras Chave: Rotatividade, Motivação, Fidelização, Funcionário.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

A rotatividade dos funcionários é freqüentemente citada como um dos fatores que<br />

contribuem para o fracasso das taxas de produtividade dos funcionários de uma empresa em<br />

relação à seus concorrentes.<br />

É também um dos fatores principais do aumento ou diminuição das ofertas de<br />

trabalho. Mesmo numa empresa onde os demais fatores permaneçam inalterados, à medida<br />

em que os funcionários saem, a disponibilidade interna de pessoal cai. Isso envolve custos<br />

diretos e indiretos para a organização.


A motivação de um funcionário está diretamente ligada à sua permanência na<br />

empresa. Se sente-se motivado é porque sente-se seguro. Um é conseqüência do outro e um<br />

contribui para o sucesso do outro.<br />

Nos últimos anos, muitas empresas começaram a se preocupar com o seu capital<br />

intelectual, voltando suas atenções também para seu cliente interno, tornando-se “empresas<br />

centradas nas pessoas”. Esta aproximação interna proporciona um compartilhamento de todos<br />

os valores da empresa dos funcionários.<br />

As empresas centradas nas pessoas contratam de acordo com a cultura de cada<br />

indivíduo, reconhecendo que para contribuir de fato, devem sentir-se à vontade no que fazem,<br />

motivados a executar suas tarefas. É essencial que líderes estejam inseridos nesse contexto,<br />

para que possam atuar a fim de proporcionar uma maior interação e motivação entre os<br />

funcionários.<br />

Líderes pró-ativos têm o papel de assegurar o clima positivo em uma organização. Ao<br />

desenvolverem programas baseados em pessoas, conseqüentemente desenvolvem habilidades<br />

entre as pessoas envolvidas. O líder deve saber identificar as características de cada um de<br />

seus colaboradores e trabalhar a motivação individualmente para alcançar os objetivos da<br />

empresa.<br />

É importante que cada indivíduo saiba o seu papel, sinta-se responsável e<br />

principalmente seja reconhecido no que faz. Ninguém pode sentir-se motivado se não<br />

acreditar na utilidade do seu trabalho.<br />

Os investimentos em pessoal são investimentos a longo prazo. Treinamento e<br />

capacitação são fatores que contribuem para a permanência de um funcionário na empresa.<br />

As empresas que conseguem manter uma força de trabalho qualificada têm mais<br />

chances de reter seus clientes.


2. <strong>ROTATIVIDA<strong>DE</strong></strong><br />

A rotatividade nas empresas vem sendo um ponto bastante delicado de ser trabalhado.<br />

Uma empresa onde a troca de funcionários é muito grande só tem a perder com isso. Há<br />

sempre aquele novo funcionário que precisa de uma atenção maior e acaba por atrapalhar o<br />

rendimento dos outros. Além disso, perde-se todo o trabalho desenvolvido com ele, no case<br />

da demissão. E mais tempo e dinheiro são gastos com a entrada de um substituto.<br />

Tempos atrás, a Marriott, uma das maiores cadeias mundiais de hotelaria, avaliou a<br />

relação entre a rotatividade de funcionários e a retenção de clientes. Calculou o impacto da<br />

redução de 10% da rotatividade em duas de suas divisões. Descobriu que a economia de<br />

custos decorrente da manutenção de funcionários, somada ao aumento da receita gerada pela<br />

retenção de clientes geraria lucros superiores nas duas divisões analisadas. (Fonte: Revista<br />

Exame)<br />

Esta pesquisa mostra a importância da manutenção de um funcionário. Ela reflete nos<br />

resultados. A rotatividade nas empresas gera uma perda em vários aspectos. De um lado, a<br />

empresa perde todo o treinamento e investimento feito na contratação de um colaborador. De<br />

outro lado, perde de proporcionar ao seu cliente um atendimento mais qualificado, baixando a<br />

possibilidade de retorno do mesmo ao hotel.<br />

Para um funcionário, trabalhar em uma empresa com alta rotatividade gera certa<br />

insegurança no mesmo, fazendo com que este, trabalhe desmotivado e não proporcione ao<br />

hóspede tudo o que poderia ser apresentado.<br />

Um fator importante não é somente selecionar boas pessoas, treiná-las e capacitá-las<br />

freqüentemente, é também organizar a empresa de modo que elas sejam motivadas e possam<br />

colocar suas idéias em prática. Este é o maior problema na implantação de uma gestão<br />

baseada em pessoas. Muitas empresas implementam uma declaração de missão e valores ou<br />

experimentam ações mais coletivas de remuneração, como a participação nos lucros, ou


compartilham informações e objetivos, com vistas à interação cultural dos funcionários. Mas,<br />

no entanto, esses elementos só funcionam em conjunto. Além disso, pessoas motivadas e<br />

talentosas precisam ter a oportunidade de tomar decisões reais, participar efetivamente das<br />

decisões do hotel. De nada adianta dispor de funcionários inteligentes, treinados, informados<br />

e comprometidos se não podem participar de uma tomada de decisão.<br />

Também é fundamental que as contribuições feitas pelos colaboradores sejam<br />

colocadas em prática. Se nada mudar, é provável que o funcionário sinta-se frustrado e<br />

desmotivado.<br />

Para que tudo isso funcione realmente é fundamental a presença de setor de Recursos<br />

Humanos bem organizado. O R.H. é base de tudo, sua função é encontrar meios de ajudar os<br />

gerentes a atrair, reter e motivar o talento e a capacitação de cada funcionário.<br />

As organizações de sucesso caracterizam-se pelo envolvimento dos funcionários, pela<br />

fidelidade, pelo prazer e pela rotatividade abaixo da média, o que causa conseqüentemente,<br />

um bom desempenho financeiro.<br />

Em um mundo em que todo trabalho depende de conhecimento e o capital intelectual é<br />

indispensável para o sucesso econômico, é lógico que a capacidade de atrair, reter e utilizar os<br />

talentos das pessoas proporciona uma vantagem competitiva. (BOHLAN<strong>DE</strong>R, 2003)<br />

Outro fator considerável para o aumento da rotatividade dos funcionários em uma<br />

empresa é o próprio mercado externo. Há uma grande disputa pelos mais qualificados e estes<br />

profissionais receberão muitas ofertas de emprego.<br />

Um funcionário que se destaca, não é destaque somente no seu local de trabalho. Ele<br />

chama a atenção também do mercado. Se é destaque é porque tem algo diferente, que pode ser<br />

atrativo para a concorrência.<br />

O trabalho do setor de Recursos Humanos é importante nesta hora. É preciso saber<br />

manter o seu cliente interno para não perdê-lo para seu concorrente.


O recrutamento e seleção em uma empresa podem garantir o sucesso de uma<br />

contratação. Várias são as formas de “escolher” um novo colaborador. Segundo Lúcia<br />

Menezes, gerente de desenvolvimento de R.H. da Método Engenharia, “a indicação de um<br />

outro funcionário na hora da contratação é muito mais eficaz do ponto de vista de integração,<br />

o indicado já virá ciente dos valores da empresa”.(Fonte: Jornal Valor Econômico) Isso<br />

contribui para a permanência do mesmo na empresa.<br />

O sucesso de uma empresa atualmente está ligado a diversos fatores que geram um<br />

círculo de atividades para um todo.<br />

As empresas já se deram conta de que quanto melhor for a relação entre o trabalho, a<br />

família, esporte e saúde, menor será o desgaste do indivíduo ao longo do tempo, maior será<br />

sua produtividade e sua permanência na mesma. Tudo isso está ligado a um perfil menos<br />

operacional e mais ligado às estratégias.<br />

3. <strong>MOTIVAÇÃO</strong><br />

Motivar um funcionário não é só apenas recompensá-lo financeiramente. Proporcionar<br />

recompensas intrínsecas do prazer, do crescimento, do trabalho em equipe, do desafio e da<br />

realização facilitam as oportunidades e os funcionários se sentirem bem com suas conquistas e<br />

contarem com o reconhecimento das pessoas com quem se importam.<br />

Tudo isso faz parte de um grande círculo de atividades voltadas para a satisfação dos<br />

clientes internos, para alcançar o que deve ser um dos maiores objetivos, satisfazer e manter o<br />

cliente externo.<br />

A estabilidade no emprego também tem sua importância. Ao sentir-se seguro em seu<br />

local de trabalho, o colaborador fará suas atividades de forma leve e precisa.<br />

Um grande índice de rotatividade em uma empresa deixa-a sem identidade. Todo o<br />

trabalho empregado em um novo funcionário como o recrutamento e o treinamento do


mesmo, torna-se em vão. Até que o novo funcionário adapte-se completamente à cultura da<br />

empresa leva tempo e custa dinheiro. Se num período curto de tempo houver uma grande<br />

rotatividade entre os funcionários da empresa, sempre haverá uma parcela dos mesmos, em<br />

fase de adaptação. Nesta fase inicial, é menos provável que este consiga expressar todo o seu<br />

conhecimento e capacidade, podendo a empresa perder uma grande chance de conquistar<br />

definitivamente um cliente.<br />

A permanência de um funcionário por um longo tempo na empresa faz com que este<br />

adquira conhecimentos que só se tem com o passar do tempo e com a experiência. A<br />

rotatividade quebra esse vínculo entre a empresa e o funcionário, quebrando também a<br />

possibilidade de fidelização de um hóspede.<br />

A fidelização da clientela tem um dos seus pontos mais delicados o atendimento<br />

recebido pelo cliente. Um funcionário motivado proporciona um atendimento muito mais<br />

qualificado e muito mais individualizado, capaz de encantar o cliente e fazer com que o<br />

mesmo, volte ao hotel.<br />

A capacidade e motivação interna são a “alma do negócio”, pois quem faz a<br />

organização não são somente as máquinas e estratégias, mas principalmente as pessoas que a<br />

integram. Elas precisam sentir-se integrantes daquele lugar. (GIL, 2001)<br />

CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES FINAIS<br />

Numa era marcada pela reestruturação, cortes de pessoal e rotatividade tendem a ser<br />

vistos como uma atividade natural ou até essencial para a sobrevivência de uma empresa.<br />

A grande oferta de mão-de-obra contribui significativamente para que as empresas<br />

dispensem empregados sempre que julgarem necessário.<br />

Em decorrência disto, os empregados temem por suas vagas, gerando uma<br />

insegurança, e, por conseqüência, uma desmotivação do funcionário.


Um funcionário desmotivado não produz bem e causa prejuízos para a empresa. A<br />

motivação é fundamental para uma boa produtividade e por conseqüência um incremento nos<br />

lucros.<br />

É necessário criar condições para que os colaboradores desejem permanecer na<br />

empresa, sintam a contribuição significativa para o seu desenvolvimento profissional e<br />

pessoal.<br />

REFERÊNCIAS<br />

BECHER, Nelson. Proteja quem serve – Quer manter seus clientes? Cuide bem de quem<br />

lida com eles. Revista Exame – 31/07/2002;<br />

VALIM, Carlos Eduardo. Secção Eu & Carreira. Jornal Valor Econômico – 09/04/2003;<br />

BOHLAN<strong>DE</strong>R, George W. Administração de Recursos Humanos. São Paulo: Pioneira<br />

Thonson Learning, 2003.<br />

- GIL, Antônio Carlos. Gestão de Pessoas: Enfoque nos Papéis Profissionais. São Paulo.<br />

Atlas 2001.

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