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16 badalo badalo@jornaldametropole.com.br 30 anos atrás Maleiro morreu aos 73 anos, em 9/6/1982, de câncer de próstata. Ivan Lima, vice-presidente da Associação dos Amigos de Nelson Maleiro, lembra: “Morreu pobre, porém rico de caráter. Não bajulava ninguém, ajudou muita gente”. Sonho percussivo “Nelson Maleiro queria ver o crescimento. Várias vezes ele disse: ‘Olha, eu não vou morrer sem que eu veja essa música da percussão que eu faço explodir o mundo”, conta o dirigente da associação, ex-vizinho do carnavalesco. O gigante do Carnaval Soteropolitanos comemoram no próximo domingo (20) o Dia do Carnavalesco, em homenagem a Nelson Maleiro Texto Clarissa Pacheco clarissa.pacheco@jornaldametropole.com.br <strong>DE</strong>S<strong>DE</strong> 2011, os foliões que atravessam o Circuito Osmar do Carnaval passam pela Passarela Nelson Maleiro. Mas poucos sabem disso. 31 anos após a morte do pioneiro da percussão baiana, amigos e familiares de Nelson Cruz ainda lutam para que a história dele não seja apagada. “Maleiro morreu deixando o Carnaval e a Bahia mais percussivos, mas eles negam. Quando você pergunta a um artista desses, eles dizem que não conhecem. A vaidade não deixa”, diz Ivan Lima, vice- -presidente da Associação dos Amigos de Nelson Maleiro, fundada em 1996. Se estivesse vivo, Maleiro completaria, no próximo domingo (20), 104 anos. A data é, desde 2007, oficialmente conhecida como Dia Municipal do Carnavalesco. Mas, para quem conviveu de perto com o músico, artista plástico, artesão, agitador cultural, etnólogo e carnavalesco, ainda é muito pouco se comparado ao seu legado. Quando chegou a Salvador, Nelson trocou uma loja na Baixa dos Sapateiros pela fabricação de malas. Daí sua alcunha. Da oficina, saíram os seus primeiros instrumentos, que chegaram ao Olodum e aos Filhos de Gandhy. “Ele organizou tudo isso, mas a imprensa, os historiadores e ARQUIVO DA FAMÍLIA ARQUIVO DA FAMÍLIA os carnavalescos se esqueceram”, critica a presidente da Associação, Ivete Lima. Ela lembra que as criações de seu padrinho estão em toda parte: os primeiros instrumentos do Olodum e dos Filhos de Gandhy foram fabricados por Maleiro. Biografia – Somente em 2003, Maleiro ganhou uma biografia. O professor Leo Mendes, à época aluno da Escola de Letras da Ufba, escreveu como trabalho de conclusão de curso o livro ‘Nelson Maleiro – O Gigante das 1001 Criações’. “De 1982, quando ele morreu, até 1996, quando foi criada a Associação dos Amigos de Nelson Maleiro, o nome dele foi praticamente esquecido. É a partir disso, inclusive, que eu faço o meu trabalho: estudar que forças são essas que omitem da cena cultural o nome de Maleiro. Acredito que, pelo volume da obra que ele deixou, o nome dele precisa ser muito valorizado”, diz Leo Mendes, que foi também a última criança a desfilar com Maleiro em um bloco carnavalesco, em 1979. “Era um inovador, um estudioso, um cientista”, diz afilhada Salvador, 18 de janeiro de 2013
‘Tropicália, Lixo Lógico’ Tom Zé lança domingo (20) na Concha Acústica do TCA o novo disco ‘Tropicália, Lixo Lógico’. No repertório, sucessos do artista baiano e novidades. A partir das 18h30. Ingressos: R$ 40 (inteira). Leia entrevista com Tom Zé, hoje (18), no www.metro1.com.br. ANDRE CONTI/DIVULGAÇÃO Curtiu, painho? Morador Ilustração Sidney Falcão Texto João Gabriel Galdea joao.gabriel@metro1.com.br NA SEMANA em que o Facebook apresentou sua nova ferramenta de buscas, o soldado da PM Fábio Mendes, 32, morador de Pernambués, ainda não sabe como irá se apresentar ao filho de 13 anos, do qual só soube da existência há pouco tempo. “Ainda estou me preparando, mas vou a Manaus nas férias para conhecê-lo”, conta. Nascido em 2000, o garoto Edson Carlos foi registrado apenas com o nome da mãe, que perdeu contato com Fábio antes de descobrir a gravidez. Só 12 anos depois, e graças à rede social, sua busca teve final feliz. “Ela me procurou no Orkut e em outros sites, mas não achou porque eu usava apelidos e há muitos homônimos”, explica. Fábio lembra bem como conheceu a mãe de badalo badalo@jornaldametropole.com.br de Pernambués descobre pelo Facebook que é pai de um menino de 13 anos que vive em Manaus Edson, mas conta que foram poucos os encontros. “Foi no Bumbódromo, na Festa do Boi Garantido. A gente saiu só cinco vezes”, recorda. Filho de militar, ele se mudou com a família para a Bahia e nunca mais ouviu falar da moça, até julho de 2012. “Quando me achou, ela pediu meu e-mail. Depois, mandou a mensagem com a história toda e as fotos dele, de bebê até agora. Chorei muito quando vi”, conta, destacando que o menino é a sua cara e que não pretende fazer exame de DNA. “Vou lá para registrá-lo”, diz Fábio, pai de outro menino, Vinícius, de 12 anos. O Jornal da Metrópole tentou entrar em contato com Eliane e o garoto, mas tanto os telefonemas quanto as mensagens via Facebook, pelo qual Fábio mantém contato com os dois, não tiveram retorno até o fechamento da edição. Salvador, 18 de janeiro de 2013 17
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