Alice Fernandes Pinto Fertilidade Feminina: O Tabagismo e a ...
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_______________________________________________________________________Introdução<br />
1.4.2.3 DIFERENÇAS NA COMPOSIÇÃO ENTRE O FUMO DA CORRENTE TERCIÁRIA E<br />
SECUNDÁRIA<br />
O resultado do relatório de 1986 da U.S. – NRC (Unites States Nuclear Regulatory<br />
Commission) indica que as emissões de alguns componentes do fumo da corrente<br />
secundária contêm valores de contaminantes 10 vezes superiores comparativamente com<br />
os valores dos componentes emitidos pelo fumo da corrente terciária (Anexo 5). Os<br />
hidrocarbonetos aromáticos policíclicos são um exemplo disso mesmo (CEPA: Air<br />
Resources Board, 2005). O fumo da corrente secundária poderá ser mais tóxico por<br />
unidade de massa do que o fumo da corrente terciária e apresenta-se, assim, como o que<br />
mais contribui para a formação do FAT (U.S.EPA, 1992, citado em CEPA: Air Resources<br />
Board, 2005).<br />
Alguns estudos indicam que as emissões por unidade de massa do fumo da corrente<br />
secundária são relativamente constantes entre os vários tipos de tabaco comercializados<br />
(U.S.EPA, 1992; Jenkins et al., 2000; Lodovic et al., 2004; Leader and Hammond, 1991,<br />
citados em CEPA: Air Resources Board, 2005).<br />
1.4.3 BIOMARCADORES DA EXPOSIÇÃO AO FUMO DO TABACO<br />
O recurso a uma biomarcador é essencial para quantificar a exposição sistemática<br />
de indivíduos não fumadores a ambientes com fumo. O método ideal para a análise desta<br />
exposição é a determinação da sua concentração em fluidos corporais num indivíduo<br />
exposto (Benowitz, 1999). De acordo com Jaakkola e Jaakkola (1997), uma marcador ideal<br />
para quantificar o fumo ambiental deverá ter as seguintes características: 1) Ser específico<br />
da combustão do fumo; 2) Apresentar uma meia-vida no corpo longa; 3) Estar relacionado<br />
quantitativamente com o grau de exposição ambiental; 4) Ser o agente associado aos<br />
problemas de saúde ou estar forte e consistentemente ligado a ele; 5) Ser detectado em<br />
quantidades pequenas e com bastante precisão; 6) Ser encontrado em amostras que não<br />
necessitem de procedimentos invasivos e 7) Apresentar baixo custo.<br />
Diversos testes bioquímicos foram já avaliados para quantificar a presença de fumo<br />
no organismo de um indivíduo. Entre eles, está o tiocianato, medido na saliva e no plasma,<br />
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