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2. - Rede Visão

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164<br />

Os superIOres e Os InferIOres.<br />

Capítulo 17<br />

9. A autoridade, assim como a fortuna, é uma<br />

delegação cuja conta se pedirá a quem dela se reveste;<br />

não creiam que ela lhes seja proporcionada<br />

para lhes dar o vão prazer de comandar, nem,<br />

como o julgam erroneamente os poderosos da<br />

Terra em sua maioria, como um direito, uma propriedade.<br />

Deus, de resto, lhes vem assaz comprovando<br />

que não se trata de um direito, nem de uma<br />

propriedade, desde que lhes retira a autoridade<br />

quando lhe apraz. Se fosse um privilégio restrito à<br />

sua pessoa, seria inalienável. Ninguém pode, pois,<br />

dizer que uma coisa lhe pertence, quando tem<br />

como lhe ser arrebatada sem seu consentimento.<br />

Deus concede a autoridade a título de missão ou<br />

de provação, quando isso lhe convém, e a subtrai<br />

do mesmo jeito.<br />

Quem quer que seja depositário da autoridade, de qualquer extensão, desde o<br />

senhor sobre seu servo, até o soberano sobre seu povo, não pode esconder que<br />

tem almas a seu encargo; ele responderá pela boa ou má administração que oferecer<br />

a seus subordinados, e as infrações que estes poderão cometer, os vícios a<br />

que serão arrastados como resultado dessa administração ou dos maus exemplos<br />

recairão sobre ele, ao passo que colherá os frutos de sua solicitude, por guiá-los ao<br />

bem. Todo homem possui na Terra u’a missão pequena ou grande; qualquer que<br />

seja, ela é sempre dada para o bem; constitui, portanto, um fracasso desvirtuá-la<br />

em seu princípio.<br />

Se Deus pergunta ao rico: — Que fez você da fortuna que, em suas mãos, tinha<br />

que ser uma fonte a espalhar a abundância por todo o derredor? —, ele perguntará<br />

a quem possui uma autoridade qualquer: — Que uso fez você dessa autoridade?<br />

Que mal reprimiu? Que progresso patrocinou? Se eu lhe forneci subordinados,<br />

não foi para transformá-los em escravos de sua vontade, nem instrumentos dóceis<br />

de seus caprichos e de sua cupidez; eu o fiz forte e lhe confiei os fracos para<br />

ampará-los e ajudá-los a subir na minha direção.<br />

O superior que se compenetrou das palavras do Cristo não menospreza nenhum<br />

dos que se situam abaixo dele, porque sabe que as distinções sociais não existem<br />

diante de Deus. O espiritismo lhe ensina que, se eles o obedecem hoje em dia,<br />

podem ter mandado nele ou poderão mandar nele mais tarde, e que, então, será<br />

tratado como os tiver tratado ele mesmo.<br />

Se o superior possui deveres a cumprir, também o inferior os possui de seu lado,<br />

os quais não são menos sagrados. Caso este último seja espírita, sua consciência<br />

lhe dirá melhor ainda que não está dispensado deles, mesmo que seu chefe não<br />

cumpra os seus, porque ele sabe que não pode pagar o mal com o mal, e que os<br />

erros de uns não justificam os erros dos outros. Caso sofra com sua situação, ele<br />

diz consigo que, sem dúvida, mereceu isso, porque ele mesmo talvez haja abusado<br />

outrora de sua autoridade, e que precisa sentir, por seu turno, os inconvenientes<br />

resultantes do que fez sofrer aos outros. Se ele é forçado a agüentar essa situação,<br />

por falta de achar outra melhor, o espiritismo lhe ensina a se resignar a ela, como<br />

a uma provação para sua humildade, necessária ao seu adiantamento. Sua crença

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