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2. - Rede Visão

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210<br />

Capítulo 24 25<br />

tanto, eu lhes declaro que Salomão mesmo, em toda a sua glória, não se vestiu<br />

jamais como um deles. — Portanto, se Deus tem o cuidado de vestir dessa forma<br />

uma erva dos campos, que surge hoje e que amanhã é jogada no forno, quanto<br />

terá ele maior cuidado de vesti-los, ó homens de pouca fé!<br />

Não se inquietem, portanto, jamais, dizendo: Que comeremos nós, ou que<br />

beberemos nós, ou com que nos vestiremos nós? — como fazem os pagãos que<br />

se requintam em todas essas coisas; pois seu Pai sabe o de que vocês têm necessidade.<br />

Busquem, pois, primeiro, o reino de Deus e sua justiça e todas essas coisas<br />

lhes serão oferecidas em acréscimo. — Eis porque não fiquem jamais em desassossego<br />

pelo amanhã, pois o amanhã irá cuidar de si mesmo. A cada dia basta<br />

seu mal. (São MateuS, vi: 19 a 21; 25 a 34.)<br />

7. Tomadas essas palavras à letra, seriam a<br />

negação de toda previdência e de todo trabalho<br />

e, por conseguinte, de todo progresso. Com um tal<br />

princípio, o homem se reduziria a uma passividade<br />

esperançosa; suas forças físicas e intelectuais ficariam<br />

sem atividade; se tal tivesse sido sua condição<br />

normal no mundo, ele não teria jamais saído do<br />

estado primitivo, e, se ele fizesse disso sua lei atual,<br />

ele poderia apenas viver, sem nada fazer. Tal não<br />

pode ter sido o pensamento de Jesus, pois estaria<br />

em contradição com o que ele havia dito alhures<br />

e com as leis mesmas da natureza. Deus criou o<br />

homem sem roupas e sem abrigo, mas ele lhe forneceu<br />

a inteligência para fabricá-los. (Cap. xiv, n.º<br />

6; cap. xxv, n.º <strong>2.</strong>)<br />

É preciso, então, ver nessas palavras tão-só uma<br />

alegoria poética da Providência, que não abandona<br />

jamais os que depositam nela sua confiança,<br />

mas que deseja que eles trabalhem de seu lado. Se nem sempre ela vem em ajuda<br />

através de um socorro material, ela inspira as idéias com as quais se encontram os<br />

meios de sair por si mesmo do embaraço. (Cap. xxvii, n.º 8.)<br />

Deus conhece nossas carências e ele as provê, segundo o necessário; mas o<br />

homem, insaciável em seus desejos, nem sempre consegue contentar-se com o que<br />

tem; o necessário não lhe basta; ele precisa também do supérfluo; é então que a<br />

Providência o larga a si mesmo; constantemente ele fica infeliz por sua culpa e por<br />

haver ignorado a voz que advertia através de sua consciência; e Deus o deixa sofrer<br />

as conseqüências, a fim de que isso lhe sirva de lição no futuro. (Cap. v, n.º 4.)<br />

8. A terra produz o bastante para alimentar todos os seus habitantes, isto quando<br />

os homens souberem administrar os bens que ela proporciona, segundo as leis<br />

de justiça, de caridade e de amor do próximo; quando a fraternidade reinar entre<br />

os diversos povos, como entre as províncias de um mesmo império, o supérfluo<br />

temporário de um suprirá a insuficiência temporária de outro, e cada um terá o<br />

necessário. O rico, então, se considerará como um homem que tem uma grande<br />

quantidade de sementes; caso ele as distribua, elas produzirão ao cêntuplo, para ele<br />

e para os outros; mas, caso ele coma essas sementes sozinho, caso as desperdice e

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